CICLO VITAL Trabalho Apresentacajuan1

MEDICINA
Disciplina: Habilidades de Comunicação II

Acadêmico: Juan M D B Rodrigues
Docente: Marcia Simei Zanovello Duarte
CICLO VITAL
O início da Vida e a primeira Infância
RODRIGUES, J.M.D.B. Apresentação disciplina Habilidades ....Curso Bacharel Medicina Humana, ano 1. Cruzeiro do Sul. Agosto, 2021.
CICLO VITAL
O início da Vida
Gestação, Parto e Puerpério
DE MARCO, M. et al., 2012
Gestação
Não há gravidez sem história, portanto, não há gravidez ideal.
Algumas mulheres vivem sentimentos de plenitude na gestação.

Gestação
Não há gravidez sem história, portanto, não há gravidez ideal.
Algumas mulheres vivem estados de angústia.

Gestação
• Infância
• Adolescência
• Relação com os pais
• Relacionamento entre os pais
• Cabe ao médico investigar a

história pregressa da gestante.
Gestação
Grávida?
Sentimentos ambivalentes
Desejar x Não desejar a gravidez
Não existe uma gravidez totalmente aceita ou totalmente rejeitada.
Gestação
A gravidez implica em grandes mudanças – interpessoais,

intrapsíquicas etc – envolve perdas e ganhos, sentimentos
ambíguos.
Gestação
Cabe ao profissional de saúde nomear, legitimar tais

sentimentos, tanto as alegrias quanto os medos.
Gestação
A possibilidade dos pais

acompanharem o
desenvolvimento do bebê
minimiza as angústias e
ansiedade desta fase.
Gestação
Útero x mundo externo
• A ciência provou a interação do feto com o meio

ambiente externo.
• Desde os 6 meses de gestação já tem operante os
sentidos de gustação, olfativo, auditivo e sensorial.
• Ao final da gestação, o apogeu do crescimento dos
neurônios.
Gestação
Útero x mundo externo
• Desde os seis meses de gestação o bebê já

reconhece a voz materna.
• Ao nascer, já reconhece o cheiro da mãe.
Gestação
Gestação: primeiro trimestre
O primeiro trimestre de gestação no campo

emocional é marcado pelas mudanças que
ocorrem na percepção da imagem do corpo
pela mulher.
Mudanças emocionais
• Experiência desestabilizante e angustiante que

anuncia modificações mais significativas
• Sensação de ameaça à autoimagem
• Oscilação de humor
• Medo da rejeição pelo companheiro, etc

“A Mulher começa a viver uma centralização, ou seja, todo seu corpo se ocupa
não só de viver por si mesmo, mas de proteger esta vida em desenvolvimento e de
ajudá-la a evoluir harmoniosamente. A mulher não vive mais para si mesma, o
que envolve neste processo, um certo trabalho de luto, pois precisa abrir mão de
muitas coisas para tornar-se mãe”.
DE MARCO, M. et al., 2012, p.175
Gestação
Gestação: segundo trimestre
Mudanças fisiológicas x respostas emocionais
A gestação já é perceptível com o aumento da barriga, fato que pode

gerar instabilidade emocional, tal qual acontece na adolescência. Assim
sendo, se a gestante teve uma experiência negativa na adolescência em
função das mudanças de seu corpo, isso pode vir a se repetir na gestação.
Gestação: segundo trimestre
Mudanças fisiológicas x respostas emocionais
Em algumas mulheres as crises de ansiedade e pesadelos podem tomar o

lugar das náuseas, cansaço e de outros sintomas, e a preocupação com o
parto e as fantasias de complicação e morte começam a aparecer, o que
contradiz a opinião geral de que o segundo trimestre é o melhor período
da gravidez.
Gestação
Gestação: terceiro trimestre
Mudanças fisiológicas x emocionais
• O espaço interno do ventre passa a ser pequeno, a cada dia, para o bebê.
• A mãe começa a sentir mais desconfortos físicos, a necessidade constante de micção
em razão da redução da capacidade de acumular volume por parte da bexiga fazem
com que a gestante levante-se várias vezes a noite para ir ao banheiro.
• Ademais, o tamanho do ventre não permite muitas posições para dormir e o sono da
mãe já não é tão reparador, o que incorre em cansaço e exaustão no dia seguinte.
• Por fim, a vida sexual fica comprometida.
• Logo, é um período marcado por grandes descompensações psíquicas, tanto da parte
da mulher quanto do homem. As diversas mudanças maternas podem refletir
também no parceiro, em diversos graus da denominada ‘síndrome de couvade’:
• O termo couvade (incubar) foi aplicado em função do ritual da couvade observado em

algumas sociedades nas quais os homens, durante a gravidez das mulheres, deitam-se
e permanecem acamados até o nascimento de seu filho.
• Os diferentes graus da síndrome da couvade, portanto, expressam, simbolicamente, a
participação e o envolvimento do parceiro na gestação da mulher. Essa síndrome é de
ordem psicogênica, e seus sintomas são semelhantes aos sintomas da mulher.
• No homem que sinaliza a “couvade” ele apresenta sintomas como anorexia, dor de
dente, náuseas, vômitos, depressão, tensão, insônia, ansiedade, irritabilidade.
Enfim, o casal que está bem na relação e com a vinda do filho, exala um ar de quem
está acima de tudo aquilo que sabe não poder controlar.
“Com nosso filho vai correr tudo bem”.
Este sentimento de onipotência é uma condição saudável e necessária para reduzir as

angústias e favorecer o enfrentamento emocional da tarefa de gerar e cuidar de um
novo ser.
Gestação: Parto
Gestação: Parto
• O parto por si só é um evento muito estressante.

• Irreversível.
• Medo da dor, da morte, do filho com problemas, etc.
• Quando esta separação não é bem elaborada, o parto pode
ser sentido como uma segregação dolorosa, na qual a mulher
perde parte de ‘si’ mesma, e a relação materno-filial pode
ficar comprometida.
Gestação: Parto
É recomendável que a equipe médica

responsável pelo parto seja a mesma que fez
o acompanhamento de pré natal.
Pesquisas demonstram a importância de a

mãe e o bebê interagirem imediatamente
logo após o parto. Cientistas postulam que os
hormônios gerados no corpo da mãe na hora
do nascimento favorecem o vínculo entre
mãe e filho.
Gestação: Parto
Psicose puerperal
A psicose puerperal é uma condição

psiquiátrica grave mas, felizmente rara e
acomete de 0,1% a 0,2% das puérperas.
https://womensmentalhealth.org/posts/postpartum-psychosis-ten-things-need-know-2/. 13/08/2021.
Gestação: Parto
Psicose puerperal
• Normalmente, ocorre no 1º mês do pós-parto,

especialmente nos primeiros dias.
• O pós-parto é um período de vulnerabilidade e mais

propício a deflagar transtornos mentais em mulheres
predispostas. Nesse período a chance de apresentar
psicose chega a ser 23 vezes maior do que em outra fase
da vida.
Gestação: Parto
Psicose puerperal
• Os sintomas incluem insônia, alterações do

comportamento, agitação ou lentificação, fala
desorganizada, dizer “coisas sem sentido”, agressividade,
delírios e pensamentos obsessivos relacionados à criança.
Gestação: Parto
Psicose puerperal
• Mulheres com psicose puerperal têm maior de risco de

cometer suicídio e infanticídio, por isso, se trata de uma
condição grave e potencialmente fatal e, normalmente, é
indicado internação hospitalar.
Gestação: Parto
Psicose puerperal
• Mães que apresentaram psicose puerperal tem 50% a

80% de chance de apresentar outro episódio psicótico ao
longo da vida e ter o diagnóstico de transtorno afetivo
bipolar. Cerca de 20% a 50% dessas mulheres só terão
este único episódio psicótico ao longo da vida.
Gestação: Parto
Psicose puerperal
• Os principais fatores de risco são história prévia de

transtorno afetivo bipolar e/ou transtornos psicóticos
antes da gestação. Para essas mulheres é indicado o
tratamento profilático na gestação com o intuito de
prevenir a psicose puerperal.
Gestação: Parto
Psicose puerperal
Por sua vez, propiciar um ambiente adequado para a

tranquilidade da dupla mãe e bebê é um fator fundamental de
prevenção de doença mental.
Gestação: Parto
Vínculo Mãe Bebê
Ajudas intrusivas prejudicam a formação

adequada de vínculo entre mãe e filho.
Gestação: Parto
Vínculo Pai Mãe Bebê
Por sua vez, a presença e ajuda do pai, é fundamental

para estabelecimento de vínculo saudável e sensação de
segurança e apoio por parte da mãe.
Um casal harmonioso passa de modo tranquilo por este
processo.
CICLO VITAL
A primeira Infância
CICLO VITAL
A primeira Infância: imediatamente ao parto
CICLO VITAL
A primeira Infância: o olhar dos pais
Os pais tendem a olhar para o filho em partes com as expectativas que

projetavam ao mesmo durante o período da gestação. A necessidade de um
‘encontro’ do bebê real é fundamental para a relação pais e filho e para o
desenvolvimento harmonioso do bebê.
CICLO VITAL
A primeira Infância: desenvolvimento
Estudos de René Sptiz (apud De Marco et al., 2012) demonstraram que:
• No segundo mês de vida, o rosto humano é o estímulo preferido dentre todos

os outros que existem no ambiente do bebê, por isso o mesmo sorri quando
alguém fala fitando-o, face a face.
• Privações afetivas atrapalham o desenvolvimento global da criança.
CICLO VITAL
A primeira Infância: desenvolvimento
Estudos de René Sptiz (apud De Marco et al., 2012) demonstraram que:
• O Bebê não tem apenas necessidades vitais mas também necessidades

afetivas. Fala-se de um quarto trimestre de gestação, quando a fusão mãe-
bebê é necessária para o desenvolvimento da criança.
CICLO VITAL
A infância: especificidades –mãe e bebê
Nos primeiros meses o bebê é uma
extensão da mãe. Ele precisa deste laço,
deste cuidado, atenção total, para que se
desenvolva uma autoestima em sua
personalidade. Aos poucos, é saudável que
este laço se desfaça, de modo que o bebê
aprenda a perceber o outro e que este, não
é propriedade sua. DE MARCO, M. et al., 2012
CICLO VITAL
A infância: especificidades – limites
O diálogo é vital diante de uma birra. É
necessário segurar a reação motora da
criança, que muitas vezes, tende a bater na
mãe. Deve-se colocar limites para não se
desenvolver um ser humano autoritário e
muito narcisista.
CICLO VITAL
A infância: especificidades – o mundo ao redor - natureza
Os pais nesta fase apresenta o mundo
a volta para a criança que passa a
perceber uma realidade fora de si
mesma, que também precisa de
cuidados tanto quanto ela mesma.
CICLO VITAL
A infância: especificidades – o mundo ao redor – outros seres animais
O convívio com outros animais, quer

sejam cães, gatos, pássaros, etc,
propicia conhecer e conceber respeito
e temor diante dos mesmos, faz parte
da construção da cidadania da criança.
CICLO VITAL
A infância: especificidades – o mundo ao redor – com seus pares
As chances de aprendizagem no
coletivo são infinitamente maiores.
É um misto de prazer e ciúmes estar
com seus pares.
As disputas por atenção,
exclusividade, rivalidade são comuns e
os conflitos surgem. É preciso intervir,
para que a criança assimile que há
regras sociais, e consequências se não
CICLO VITAL
A infância: Primeiro ANO
No primeiro ano, os materiais mais importantes para estimular a

criança são os corpos, o seu e dos familiares, principalmente da mãe.
Brinquedos como chocalhos, argolas, materiais de diferentes texturas
e cores.
CICLO VITAL
CICLO VITAL
A exploração de ambientes diversos corrobora para o

desenvolvimento motor, cognitivo, emocional e social da criança.
CICLO VITAL
Conclusão
Diante de todo o estudo reforça-se o que já se vê na prática: a
infância determina o resto da Vida do ser humano . Uma infância bem
vivida, construída, estruturada resulta em um adulto decidido,
autoconfiante, ciente de seus direitos e deveres enquanto cidadão,
capaz de enfrentar e superar as revezes da existência.
Referências Bibliográficas
• DE MARCO, M. et al. Psicologia Médica: abordagem integral do
processo saúde-doença. Porto Alegre: Artmed, 2012.
• SOARES, M. Alfabetização e letramento na educação infantil. Revista

Pátio Educação Infantil. ArtMed, Porto Alegre, nº VII - Nº 20 -
Oralidade, alfabetização e letramento, Jul/Out, 2009.

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O início da Vida e a primeira Infância

DE MARCO, M. et al., 2012

Algumas mulheres vivem sentimentos de plenitude na gestação.

Algumas mulheres vivem estados de angústia.

• Cabe ao médico investigar a

Desejar x Não desejar a gravidez

Não existe uma gravidez totalmente aceita ou totalmente rejeitada.

DE MARCO, M. et al., 2012

A gravidez implica em grandes mudanças – interpessoais,

Cabe ao profissional de saúde nomear, legitimar tais

DE MARCO, M. et al., 2012

A possibilidade dos pais

DE MARCO, M. et al., 2012

• A ciência provou a interação do feto com o meio

DE MARCO, M. et al., 2012

• Desde os seis meses de gestação o bebê já

DE MARCO, M. et al., 2012

O primeiro trimestre de gestação no campo

DE MARCO, M. et al., 2012

• Experiência desestabilizante e angustiante que

• Sensação de ameaça à autoimagem

• Medo da rejeição pelo companheiro, etc

DE MARCO, M. et al., 2012, p.175

A gestação já é perceptível com o aumento da barriga, fato que pode

DE MARCO, M. et al., 2012

Em algumas mulheres as crises de ansiedade e pesadelos podem tomar o

DE MARCO, M. et al., 2012

DE MARCO, M. et al., 2012

• O termo couvade (incubar) foi aplicado em função do ritual da couvade observado em

DE MARCO, M. et al., 2012

DE MARCO, M. et al., 2012

“Com nosso filho vai correr tudo bem”.

Este sentimento de onipotência é uma condição saudável e necessária para reduzir as

DE MARCO, M. et al., 2012

• O parto por si só é um evento muito estressante.

É recomendável que a equipe médica

Pesquisas demonstram a importância de a

A psicose puerperal é uma condição

• Normalmente, ocorre no 1º mês do pós-parto,

• O pós-parto é um período de vulnerabilidade e mais

• Os sintomas incluem insônia, alterações do

• Mulheres com psicose puerperal têm maior de risco de

• Mães que apresentaram psicose puerperal tem 50% a

• Os principais fatores de risco são história prévia de

Por sua vez, propiciar um ambiente adequado para a

DE MARCO, M. et al., 2012

Ajudas intrusivas prejudicam a formação

DE MARCO, M. et al., 2012

Por sua vez, a presença e ajuda do pai, é fundamental

DE MARCO, M. et al., 2012

DE MARCO, M. et al., 2012

Os pais tendem a olhar para o filho em partes com as expectativas que

• No segundo mês de vida, o rosto humano é o estímulo preferido dentre todos

• O Bebê não tem apenas necessidades vitais mas também necessidades

DE MARCO, M. et al., 2012

DE MARCO, M. et al., 2012

O convívio com outros animais, quer

DE MARCO, M. et al., 2012

No primeiro ano, os materiais mais importantes para estimular a

DE MARCO, M. et al., 2012

A exploração de ambientes diversos corrobora para o