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Campus Niterói – Professor Marco Antonio

10/30/2021
Campus Niterói

PROCESSO PENAL I
PROFESSOR MARCO ANTONIO

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10/30/2021 Campus Niterói - Professora Michele Penha
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AÇÃO PENAL

Pública incondicionada e condicionada


Privada.

Representação – manifestação de vontade da vítima de ver o


ofensor processado
Prazo – 6 meses a contar do momento que vier a saber quem é o
autor do delito
Retratação – antes do oferecimento da denuncia
Retratação da retratação – 2 correntes

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AÇÃO PENAL

Condicionada a requisição do Ministro da justiça – manifestação do


Ministro da justiça de ver o ofensor processado
Prazo – corrente majoritária, não há prazo decadencial
Retratação – corrente majoritária, é possível

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AÇÃO PENAL

Denuncia – instrumento processual de acusação que irá dar inicio a ação


penal pública
Queixa crime – instrumento processual de acusação que irá dar início a ação
penal privada.
Requisitos:
“Art. 41.  A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com
todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos
pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando
necessário, o rol das testemunhas.”

“Art. 44.  A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais,
devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a
menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem
de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal.”
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Ação civil ex delicto

Ação de indenização em razão do dano causado pela infração penal.

Ação de execução ex delicto – com fundamento no art. 63.


Art. 63.  Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe
a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu
representante legal ou seus herdeiros.

Ação civil ex delicto (art. 64)


Art. 64.  Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para ressarcimento
do dano poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor do crime e, se for
caso, contra o responsável civil.                 (Vide Lei nº 5.970, de 1973)
Parágrafo único.  Intentada a ação penal, o juiz da ação civil poderá suspender o
curso desta, até o julgamento definitivo daquela.
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Ação civil ex delicto

Art. 65.  Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o
ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito
cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Art. 66.  Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil
poderá ser proposta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a
inexistência material do fato.
Art. 67.  Não impedirão igualmente a propositura da ação civil:
I - o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação;
II - a decisão que julgar extinta a punibilidade;
III - a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime.
Art. 68.  Quando o titular do direito à reparação do dano for pobre (art. 32, §§ 1
o e 2o), a execução da sentença condenatória (art. 63) ou a ação civil (art. 64)

será promovida, a seu requerimento, pelo Ministério Público.

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Jurisdição e competência
JURISDIÇÃO em latim, significa “ação de dizer o direito”, resulta da
soberania do Estado e, junto com as funções administrativa e legislativa,
compõe as funções estatais típicas 
CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO
INÉRCIA - A jurisdição é inerte e necessita ser provocada. A prestação
jurisdicional é efetiva somente quando solicitada.
- INDECLINÁVEL/ INDELEGÁVEL/INEVITÁVEL - Constitucionalmente, ficam
proibidos os Tribunais ou Juízos de exceção, sendo a jurisdição exercida
somente pelo Estado-juiz, pelo Juiz Natural, por aquele investido no poder
de julgar. Não poderá o juiz se eximir de julgar, salvo no caso de
impedimento, suspeição, incompetência, tampouco delegar suas atribuições
de julgamento. Somente o juiz exerce a jurisdição, juiz leigo não é juiz e não
exerce jurisdição. Arbitragem não é jurisdição é um ‘equivalente de
jurisdição’.
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Jurisdição e competência
CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO
1) Imparcialidade – o juiz tem que atuar de forma imparcial;

2) Substitutividade – O juiz substitui a vontades. O Estado chamou a


si o dever de prestar jurisdição, substituindo‑se a atividade inicial das
partes, aplicando o direito objetivo ao caso concreto..

3)  Definitividade – A ultima palavra é do judiciário. Tem que ser


seguida. Também conhecida como indiscutibilidade ou imutabilidade.
A decisão jurisdicional põe fim à controvérsia e impede que seja, no
futuro, novamente suscitada ou trazida a.

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Jurisdição e competência
classificação da jurisdição
A jurisdição segundo a doutrina, possui duas grandes espécies, quais
sejam: a contenciosa e a voluntária.

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Jurisdição e competência
Princípios norteadores da jurisdição:
a) Ne procedat judex ex officio – Não pode haver jurisdição sem
ação: a jurisdição é inerte, e seu papel é de apenas obedecer aos
preceitos legais;

b) Investidura: o representante da órbita jurisdicional é preciso estar


investido de determinadas funções conforme esteja expresso em lei.

c) Indeclinabilidade da jurisdição: é um princípio constitucional (art.


5º, XXXV, CF), em que diz que nenhum juiz pode deixar de julgar um
determinado fato. Existem casos excepcionais em que as partes
podem pedir o impedimento do juiz no caso por determinadas razões
pessoais.
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d) Indelegabilidade da jurisdição: o juiz tem que exercer sua função
pessoalmente, não podendo delegar para que outra pessoa julgue
determinado caso. Possui algumas exceções a este princípio, como o
caso das precatórias emitidas para outras comarcas, em que o juiz
deprecado para o ato recebe a precatória do juiz deprecante e ouve o
interrogatório da testemunha (por exemplo), e depois de cumprida a
precatória será devolvida para o juiz deprecante devidamente
cumprida, onde será juntada aos autos principais.

e) Juiz natural: é um princípio constitucional (art. 5º, LIII, CF), que diz
que ninguém será processado senão pela autoridade competente, e
que não haverá juízo ou tribunal de exceção (art. 5º, XXXVII, CF).
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Jurisdição e competência
f) Princípio da unidade da jurisdição: esse princípio é utilizado para
distinguir os ramos do direito que cada lide será regida. Uma lide de
natureza penal será regida pela jurisdição penal; as lides de natureza
civil serão regidas pela jurisdição civil, entre outros.

g) Nulla poena sine judictio – Nenhuma pena pode ser imposta


senão através do processo: é um princípio constitucional (art. 5º, LIV,
CF) que diz sobre a pessoa que não será processada sem antes passar
pelo devido processo legal.

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Jurisdição e competência

Espécies de competência:
I) Ratione materiae – fixada em razão da natureza da infração
penal;
II) Ratione personae – foro por prerrogativa de função;
III) Ratione loci – local da infração penal;
IV) Competência funcional – feita pela lei entre diversos juízes da
mesma instância ou diversas para, num mesmo processo, ou
segmento ou fase de seu desenvolvimento, praticar
determinados atos.
3 espécies de competência funcional:

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Jurisdição e competência

3 espécies de competência funcional:


4.1) por fase do processo – ex. juiz de conhecimento e da execução;
4.2) objeto do juízo – ex. Tribunal do júri (conselho de sentença e
juiz presidente);
4.3) grau de jurisdição – ex. recursos ao tribunal contra decisão de
juiz singular.

Competência absoluta e relativa.

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Jurisdição e competência
Guia prático de competência
1) Qual a justiça competente (comum ou especial)?
2) Qual o órgão competente (Primeiro grau ou tribunal)?
3) Qual o foro competente (comarca)?
4) Qual o juízo competente (Tribunal do juri, vara criminal...) ?
5) Qual o juiz competente dentro do juízo?
6) Qual o órgão recursal competente ?

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