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Iluminação

Efeitos de iluminação

Prof. Dani Ferauche


Considerações iniciais
A tendência atual da iluminação de interiores e exteriores considera a
luz como elemento compositivo, que cria cenários e atmosferas.
Deve ser flexível e adaptada às diferentes necessidades de um espaço.
As luminárias devem ser valorizadas mais pelas característica técnicas
do que pelas visuais, salvo aquelas decorativas, que representam
pontos de interesse no projeto.
O objetivo, ao se projetar a iluminação de um ambiente, deve estar
focado mais na “luz e atmosfera” que ela ajudará a criar do que na peça
de onde será proveniente.
Conforto luminoso
• Quanto menor for o esforço de adaptação do indivíduo, maior será sua
sensação de conforto.
Conforto luminoso
1. O conforto ambiental é uma área de formação técnica definida pelo MEC na
estrutura curricular profissional de arquitetos e urbanistas. É composta de quatro
sub-áreas: conforto térmico, iluminação (natural e artificial), acústica e ergonomia.
2. A norma 5413, da ABNT, estipula como mínimo 300 lux e máximo 750 lux.
3. A mesma norma estipula 1.000 lux para desenho, por exemplo.
Tipos de iluminação
• Natural
• Precisamos da luz do sol para “iluminar” nosso espírito.
• Pouca luz natural deprime e entristece.
• Quanto mais luz natural mais favorável será a atmosfera criada.

• Artificial
• Deve atingir boas condições de visão associadas à visibilidade, segurança e orientação
num determinado espaço.
• E utilizá-la como instrumento de ambientação do espaço, na criação de efeitos especiais,
dotando-o de identidade própria.
Sistemas de iluminação artificial
A luz pode ser utilizada para diferentes finalidades.
A compreensão exata do ambiente como um todo é o principal
determinante do tipo de iluminação necessária.
Podem existir os seguintes sistemas, respondendo-se 3 perguntas:

SISTEMA
1. Como a luz deverá PRINCIPAL
ser distribuída pelo ambiente?
2. Como a luminária irá distribuir aXluz?
3. Qual é a ambientação que queremos dar, com a luz, a este espaço?
SISTEMA SECUNDÁRIO
1. Como a luz deverá ser distribuída pelo ambiente?
Para responder à primeira pergunta, devemos definir o modo como as
luminárias serão dispostas no ambiente, podendo variar em:

 Iluminação geral
 Iluminação localizada SISTEMA PRINCIPAL
 Iluminação de tarefa
Iluminação geral
• Distribuição regular das luminárias pelo teto.
• Não ressalta nenhuma superfície nem objeto.
• Ajuda na percepção do ambiente como um todo, oferecendo uma iluminação
difusa, espalhada, com mínimo de sombreamento.

• Vantagens: uma maior flexibilidade na disposição interna do ambiente – layout.


• Desvantagens: não atende às necessidades específicas de locais que
requerem níveis de iluminância mais elevados, grande consumo de energia, e
em algumas situações muito específicas, podem desfavorecer o controle do
ofuscamento pela visão direta da fonte.
Iluminação localizada (pontual)
• Concentra-se a luminária em locais de principal interesse.
• As luminárias devem ser instaladas suficientemente altas para cobrir
as superfícies adjacentes, possibilitando altos níveis de iluminância
sobre o plano de trabalho, ao mesmo tempo em que asseguram uma
iluminação geral suficiente para eliminar fortes contrastes

• Vantagens: maior economia de energia e pode ser posicionada de tal


forma a evitar ofuscamentos, sombras indesejáveis e reflexões
veladoras, além de considerar as necessidades individuais.
• Desvantagens: em caso de mudança de layout, as luminárias devem
ser reposicionadas.
Iluminação de tarefa (funcional)
• Luz constante e direta
• Luminárias perto da tarefa visual e do plano de trabalho iluminando
uma área muito pequena.
• Possibilita a execução de atividades específicas, como cozinhar, ler,
estudar, etc.

• Vantagens: maior economia de energia, maior controle dos efeitos


luminotécnicos.
• Desvantagens: deve ser complementada por outro tipo de iluminação,
e apresenta menor flexibilidade na alteração da disposição dos planos
de trabalho.
Eficiência dos sistemas
2. Como a luminária irá distribuir luz?
Já para a segunda pergunta, precisamos saber que uma luminária eficiente otimiza o
desempenho do sistema de iluminação artificial.
Avaliar uma luminária, sua eficiência e suas características de emissão é muito importante para
o projeto.
A especificação de uma luminária deve ser feita de acordo com:

• Aplicação:
Dos itens interna
citados, os mais importantes, tratando-se de distribuição de
ou externa;
• Tipo e quantidade
luminárias parade lâmpadas;
obter um projeto luminotécnico eficiente, são:
• Tipo da luminária:
fluxo luminoso arandela, lustre, plafon, pendente, etc.;
• Estrutura: aberta ou fechada;
e eficiência.
• Tipo de montagem: embutida, sobreposta, pendente;
• Características luminotécnicas: distribuição do fluxo luminoso, eficiência;
A eficiência da luminária define a proporção de saída de luz em relação à
• Características elétricas e mecânicas: potência máxima e montagem;
soma total de luz das lâmpadas quando fora da luminária.
• Tamanho e formato.
Luminária Bossa, do designer Fernando Prado
3. Qual é a ambientação que queremos dar, com a luz, a
este espaço?
Por fim, deve-se determinar como queremos iluminar o ambiente, dando
ênfase ao local como um todo ou para algum elemento arquitetônico.
Essas variações de iluminação podem variar conforme:

• Luz de destaque
• Luz de efeito
SISTEMA SECUNDÁRIO
• Luz decorativa
• Luz arquitetônica
• Modulação de intensidade (dimerização)
Iluminação de destaque
• Coloca-se ênfase em determinados aspectos do interior arquitetônico,
como um objeto ou uma superfície, chamando a atenção do olhar.
• Criando-se uma diferença 3, 5 ou até 10 vezes maior em relação à luz
geral ambiente.
• Este efeito pode ser obtido também posicionando a luz muito próxima
à superfície a ser iluminada. Exemplo: paredes, objetos, gôndolas,
displays, quadros etc.
Iluminação de efeito
• Enquanto na luz de destaque procuramos destacar algo, aqui o objeto
de interesse é a própria luz: jogos de fachos de luz nas paredes,
contrastes de luz e sombra etc.
Iluminação decorativa
• Aqui o destaque é o objeto que produz a luz.
• Exemplos: lustres, arandelas e velas criam uma área de interesse no
ambiente, acentuando o design objeto.
Iluminação arquitetônica
• Posiciona-se a luz dentro de elementos arquitetônicos para servirem
de suporte à luz, como sancas, corrimãos, nichos etc.
Efeitos de luz segundo orientação do facho
• Direta
• Direta de efeito
• Indireta
• Built-in (indireta embutida)
• Difusa
• Wall-washing
Mais efeitos de iluminação secundária
• Up Light
• Down Light
• Back Light
• Silhueta
• Cênica
Efeitos de luz conforme luminária
• Difusa geral
• Direta-indireta
• Semidireta
• Semi-indireta
• Indireta
• Direta
Relação potência média/ m²
Segundo Miriam Gurgel:

Hall de entrada – 15 W/m²


Corredor – 20 W/m² a cada 3 metros lineares
Salas de estar – 25 W/m²
Dormitórios – 15 W/m²
Closet – 25 W/m² ou 100 W a cada 3 metros lineares
Banheiros/ lavabo: 15 W/m² mais 100 W em cada lateral de espelho (tarefa)
Escritório – 20 W/m²
Cozinha – 20 W/m²
Altura aproximada das fontes de luz

Segundo estudo realizado pela It´Is Foundation (Foundation for research on


information Technologies in Society de Zurich), publicado em 21/03/2010,
quando uma luminária tiver lâmpada fluorescente compacta e permanecer acesa
por longos períodos de tempo, é recomendado, por precaução, manter distância
mínima de 30 cm da lâmpada para evitar possíveis problemas de pele.
Esta distância deve ser principalmente resguardada quando se tratar de
luminárias para leitura e daquelas usadas em cabeceiras de camas.
Altura aproximada das fontes de luz
Lâmpadas de leitura:
luminárias de piso ou de mesa laterais à poltrona – base de cúpula ou refletor a 100 cm ou 110
cm do piso.
luminárias de piso posicionadas atrás da poltrona – base da cúpula a 120 cm do piso e a 25 cm
do ombro do leitor.
leitura de cama – base da cúpula ou refletor posicionado 50 cm acima do travesseiro.
Pendentes sobre a mesa:
de 70 cm a 75 cm do tampo da mesa
Luminárias de tarefa:
de 35 cm a 40 cm do plano de trabalho e de 25 cm a 35 cm na frente de quem a utiliza.
Arandelas:
no banheiro ou lavabo – 160 cm a 180 cm do piso.
no living, escadas, etc – 180 cm a 200 cm do piso.

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