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Serviço Nacional de Aprendizagem

Industrial
Profº. Ionaldo Passos

TRATAMENTO DE
SUPERFÍCIES METÁLICAS
Cromagem ou Cromatização
A cromagem, também designada por cromatização
consiste no processo no qual o revestimento obtido é
produzido em soluções contendo cromatos ou ácido
crómico. Esse revestimento pode ser realizado sobre o
metal ou sobre camadas de óxidos ou de fosfatos. No
primeiro caso, o objetivo é o de aumentar a resistência à
corrosão ou melhorar a aderência de tintas sobre
materiais metálicos, como o alumínio e o magnésio ou as
suas ligas.
No processo de cromagem ou cromatização  a
peça, após passar pelas etapas de lavagem,
desengraxe químico, desengraxe eletrolítico,
decapagem e ativação, vai para um tanque contendo
água e o metal a ser depositado junto com aditivos
(como, por exemplo, o ácido bórico) onde
efetivamente ocorre a eletrodeposição do cromo.
Depois, a peça passa por mais uma etapa de lavagem
para remoção de resíduos. Algumas aplicações
específicas requerem uma segunda etapa de
cromagem para conferir maior resistência à peça.
Todo esse processo deve ser realizado com a
supervisão de um químico responsável e de um técnico
em galvanoplastia para garantir a qualidade do
tratamento. O principal problema é realmente a
geração de efluentes líquidos, gasosos (o processo é
realizado a quente) e resíduos perigosos o que torna
necessária a obtenção de licenças ambientais e o
monitoramento constante. Atualmente está cada vez
mais difícil de encontrar bons profissionais da área,
mas não quer dizer que a procura por
serviços diminuíram.
No segundo caso (magnésio) é utilizado como
vedante de poros suplementando a proteção
conferida pelas camadas de óxido ou fosfatos, obtidos
respetivamente por anodização ou fosfatização.
É costume adicionar-se na solução de cromatização
ativadores como: sulfatos, nitratos, cloretos, fosfatos
ou acetatos. Estes aceleram o ataque do metal e o
hidrogénio resultante reduz parte do ião cromato,
originando hidróxido de crómio e cromato básico de
crómio.
A cromatização pode ser feita em meio
básico ou ácido, geralmente à temperatura
ambiente, não necessitando de aquecimento. O tempo
de tratamento varia de segundos a alguns minutos e o
revestimento pode ser aplicado por imersão ou a jato.
Depois da cromatização, o material deve ser
cuidadosamente lavado e seco.
Em função da espessura do revestimento obtêm-se
diferentes colorações como incolor, amarelo, verde e
violácea.
A cromatização é mais usada para alumínio,
magnésio, zinco e cádmio, podendo no entanto ser
usada para estanho, cobre, prata, ferro, aço, ligas de
níquel, de titânio e de zircónio.
Tanques Jaquetados

Onde são utilizados?

A lei exige que tanques subterrâneos de


armazenamento de combustíveis sejam jaquetados,
para evitar contaminação do solo. As multas são
bastante elevadas e os postos que não seguem esta
exigência não obtêm licença de operação.
Os tanques de armazenamento subterrâneo de
combustíveis são considerados potencialmente
poluidores, já que ficam em contato direto com o
solo e, na ocorrência de qualquer vazamento, mesmo
que mínimo, o solo e o lençol freático podem vir a ser
seriamente contaminados. Por isso, a legislação
quanto a este equipamento, bem como as exigências
relativas à sua fabricação, são bastante rigorosas.
A Resolução nº 273 do Conselho Nacional de Meio
Ambiente (Conama) determina que todos os tanques
enterrados nos postos da classe 3 da Norma NBR 13786 da
ABNT, tenham parede dupla e um equipamento de
monitoramento intersticial (instalado no interstício do
tanque, ou seja, no vão existente entre o tanque de aço e o
tanque não metálico que o reveste). É nescessário ainda
instalar também um dispositivo antitransbordante. Em
alguns estados e/ ou cidades, como por exemplo no caso do
Estado de São Paulo, o órgão de licenciamento ambiental
(no caso a Cetesb) classificou todos os postos na classe 3,
exigindo a instalação de tanque jaquetado em todos os
estabelecimentos. Em resumo a resolução do Conama exige
a aplicação da Norma NBR 13 786, que determina os
equipamentos a serem instalados nos postos.
Os tanques, denominados jaquetados,
devem ser fabricados de acordo com a norma
NBR 13 785, da Associação Brasileira de Normas Técnicas, e
terem passado por todos os testes de resistência e desgaste
previstos por ela (veja Box). Conforme a resolução do
Conama, os órgãos estaduais de controle ambiental são
responsáveis pela fiscalização, pelo fornecimento de licenças
de operação para estabelecimentos e podem estabelecer
exigências mais rigorosas para os postos no seu Estado. Isto
significa que os tanques de todos os novos tanques
instalados precisam ser fabricados de acordo com as Normas
da ABNT, a saber: NBR 13312, NBR 13785 ou NBR 13212,
conforme o caso. Os postos que já estão em operação, mas
possuem tanques fora desta especificação, têm de promover
as reformas necessárias dentro de um prazo determinado
pelo órgão estadual competente.
A resolução do Conama se aplica a qualquer tipo de
estabelecimento possuidor de tanques enterrados –
postos revendedores, postos de abastecimento, TRRs,
empresas de ônibus e transportadoras, entre outras.
No caso dos postos revendedores, em geral o
equipamento pertence à companhia distribuidora e é
cedido ao revendedor em comodato. Assim, quem é
responsável por sua compra – e verificação se o tanque
atende às normas de fabricação – é a companhia, que
tem mais recursos e conhecimento técnico para a
realização de testes.
Mesmo assim, caso o tanque não atenda às normas
vigentes e ocorra qualquer tipo de problema, o
revendedor é considerado responsável solidário. As
multas por contaminação ambiental são bastante
elevadas, e os custos para correção de eventuais
passivos ambientais são altíssimos, o que muitas vezes
acaba inviabilizando a continuidade de operação do
posto. Por isso é imprescindível que os revendedores –
tanto os independentes, que são proprietários dos
equipamentos, quanto aqueles que mantém contratos
com uma companhia - tenham certeza sobre as
características do tanque que está instalado em seu
posto.
Tanque jaquetado de parede dupla
Uma verdadeira revolução em sistema de armazenamento
subterrâneo de combustíveis!
Um tanque Jaquetado é, na verdade, dois tanques, um
por dentro do outro. O tanque interno (primário) é construído
em chapas de aço-carbono obedecendo à norma NBR13312.
Externamente, recebe uma segunda parede (tanque
secundário), moldado em fibra de vidro reforçada e
especialmente desenvolvida para suportar combustíveis
automotivos. Entre essas duas paredes existe um material
separador, que mantém e garante o chamado espaço
intersticial anular. O tubo de monitoramento intersticial faz a
comunicação entre esse espaço e o meio externo, permitindo
a instalação de um sensor eletrônico de monitoramento de
vazamentos.
Tanque jaquetato (Partes)
Tanque primário - interno - construído em chapas
de aço-carbono estrutural ASTM A36conforme a
norma NBR 13312.

 Sistema de solda automático arco-submerso.


Tampos bordeados mecanicamente.
 Operadores e procedimentos de solda qualificados
conforme norma ASME.
 Os Ensaios de liquido penetrante e ultra-som
garantem a eficácia das soldas
Tanque secundário - externo
Moldado em resina reforçada com fibra de vidro
formando composto próprio para combustíveis
automotivos conforme a norma NBR 13785
 Sistema de aplicação e moldagem contínua, sem emendas.
 Espessura mínima da parede secundária: 2,5 mm
 Ensaios de vácuo, comunicação, dureza barcol, espessura,
impacto e (holiday detector) que garantem a estanqueidade.
 Principais funções da jaqueta: proteção do tanque primário
contra o solo, contenção de eventual vazamento da parede
interna.
 Espaço intersticial anular entre as duas paredes mantido por
material separador Tubo de monitoramento intersticial de 2"
que permite a instalação de sensor eletrônico
 Uma boca de inspeção por compartimento
 Quatro luvas flangeadas de 2" em cada boca de
inspeção
 Dois tubos de sucção de 2" com peneira filtro em cada
boca de inspeção
 Uma luva de 4" soldada no centro da tampa
 Porcas, parafusos e prisioneiros bicromatizados.
 Junta de vedação em borracha nitrílica (NBR).
 Não acompanha tubo de carga - deve ser instalada
válvula ante-transbordamento
 Vacuômetro instalado no lado oposto ao tubo de
monitoramento

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