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HOMEOPATIA - ESPECIALIDADE MÉDICA E FARMACEUTICA

-Especialidade médica, farmacêutica e veterinária,


reconhecida pelos Conselhos Federais de Medicina, Farmácia
e Medicina Veterinária
- Exercida também pelos dentistas - processo de
reconhecimento no Conselho Federal de Odontologia
- Brasil: reconhecimento de eficácia vem desde da época do
Império
- 1980: reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina
-Sistema científico bem definido - metodologia de pesquisa
própria, apoiada em dados da experimentação clínica dos
medicamentos no homem são, que podem ser reproduzidos a
qualquer momento
LEGISLAÇÃO PARA FARMÁCIAS HOMEOPÁTICAS E
HABILITAÇÃO

- Legislação pertinente à farmácia homeopática: legislação


comum às farmácias de manipulação alopática e drogarias +
algumas específicas:

- Decreto 57477 de 20/12/1965: dispõe sobre


manipulação, receituário, industrialização e venda de
produtos utilizados em Homeopatia;

- RDC 139 de 29/05/2003: registro e isenção de


registro de medicamentos homeopáticos industrializados;

- Resolução 370/2001 de 25/10/2001: registro de


Especialização e Título de Especialista;
- Resolução 352/2000 de 29/06/2000:
regulamentação de cursos de aperfeiçoamento e
especialização e registro do Título de Especialista;

- Resolução 335/98 de 17/11/1998: prerrogativas


para o exercício da responsabilidade técnica em
homeopatia - revoga a Resolução 319/97;

- Resolução 440 de 22 de setembro de 2005: dispõe


sobre as prerrogativas para o exercício da responsabilidade
técnica em homeopatia - obrigatoriedade do estágio de 240
horas;
O farmacêutico necessita estar habilitado para
exercer a responsabilidade técnica em farmácia
homeopática:
- disciplina de farmacotécnica homeopática
no curso de graduação de no mínimo 60 horas,
acrescida do estágio de 240 horas
- ou Título de Especialista em Farmácia
Homeopática
- ou curso de especialização em Farmácia
Homeopática.
INSTALAÇÕES FÍSICAS PARA FARMÁCIA HOMEOPÁTICA
- Critérios em comum definidos para as instalações físicas
de farmácias de manipulação em geral
- Para farmácia homeopática é exigida a observação dos
seguintes critérios específicos:

1. Para a limpeza, devem ser usados produtos que


não deixem resíduos ou que possuam odores fortes;

2. Ambiente isento de odores fortes (essências, etc)


e radiações (raios X, UV e IV);

3. Luz solar não pode incidir diretamente sobre o


local de manipulação ou sobre os medicamentos;
4. Deve haver um local ou área destinado à limpeza,
sanitização e inativação dos materiais utilizados na
manipulação de medicamentos homeopáticos - pode estar
dentro da área de manipulação, desde que a operação seja
realizada em horário distinto da manipulação; a inativação
requer a utilização da estufa de esterilização equipada com
termostato.

5. Para as farmácias que manipulem auto-


isoterápicos, é necessário que possua uma área de coleta
de material biológico e de inativação microbiana. Esta área
deve ser de uso exclusivo, de preferência com a utilização
da autoclave para inativação dos utensílios usados na
manipulação dos bioterápicos.
FILOSOFIA E FUNDAMENTOS
- Grécia Antiga: duas correntes terapêuticas
- Princípio dos contrários: Alopatia e Fitoterapia
-combatem sintomas isolados da enfermidade com
substâncias (sintéticas ou naturais) que atuam
contrariamente aos mesmos (anti), anulando-os
- Ex: anti-inflamatório para a inflamação, antiácido para a
acidez, antidepressivo para a depressão, antitérmico para
a febre, etc
- Princípio dos semelhantes: baseada no princípio da
similitude
- Decodificada por Samuel Hahnemann há mais de 200
anos - apoiando-se na observação experimental de que
toda substância capaz de provocar determinados
sintomas numa pessoa sadia, é capaz de curar estes
mesmos sintomas numa pessoa doente

- Princípios da Homeopatia: expostos pelo médico


alemão Samuel Hahnemann no final do século XVIII
(1796)
- Objetivo: oferecer aos pacientes um tratamento
rápido, seguro e duradouro em relação aos
tratamentos médicos da sua época
- Desiludido com resultados irrisórios da medicina
tradicional da época - parou de clinicar e dedicou-se a
traduzir antigos escritos médicos
- Interessou-se pelo uso da “cinchona” (China officinalis -
retirada da casca de arbustos chamados Rubiáceas) -
utilizada no tratamento da malária e a experimentou em si
mesmo
- A partir de determinada dose: desencadeavam-se nele os
mesmos sintomas da enfermidade para a qual era indicada
como curativa

- Começou a registrar observações


sobre o efeito das substâncias no corpo
de outras pessoas e em si mesmo com
diferentes medicamentos
- 1799: Hahnemann controlou epidemia de escarlatina com
o medicamento Belladona

-Grande epidemia de cólera de 1831: Homeopatia perdeu


apenas 6 de 154 pacientes - A medicina convencional da
época perdeu 821 de 1501 casos (55%)

- 1810: publicou seu livro mestre, chamado “O Organon da


Ciência Médica Racional” - aperfeiçoado em 1819, mudando
o nome para “O Organon da Arte de Curar”

- Criou o termo Homeopatia - ciência médica que tem por


base a aplicação de uma terapêutica centrada na similitude
(Similia Similibus Curentur)

- Homeopatia: duas palavras gregas: homeo (semelhante) e


pathos (sofrimento)
- Especialidade médica que trata os pacientes visando à sua
totalidade sintomática

- Usa energia dos medicamentos homeopáticos pela Lei dos


Semelhantes - para reequilibrar a energia vital dos
indivíduos

-Homeopatia trata o indivíduo, levando em conta suas


características físicas, mentais, emocionais e espirituais

- Terapêutica individual: um medicamento é bom somente


para aquele doente com aqueles sintomas

- “Homeopatia trata o doente e não a doença”


FORÇA VITAL OU ENERGIA VITAL
- Forma de energia primordial e fundamental responsável
pela manutenção da vida e do equilíbrio orgânico, que
anima o corpo humano e que sofre um desequilíbrio - causa
das doenças - devido à influência de agentes hostis à vida
- Hahnemann: saúde é uma questão de equilíbrio e
harmonia
- Força vital: produz balanceamento e harmonização – cura
- Origem primária de qualquer doença: perturbação da
força vital
- Tratamento homeopático visa estimular o organismo a
reagir à perda da sintonia original promovendo a
reorganização do equilíbrio orgânico - energia vital
- Energia dos medicamentos homeopáticos age sobre a
força vital - retorne ao equilíbrio original, desaparecendo os
sintomas e curando a doença
Pilares fundamentais da Homeopatia
- Princípio da semelhança: Uma substância capaz de
produzir determinada alteração (sintoma) em um indivíduo
são, teria a capacidade de curar esta mesma alteração em
uma condição de doença, quando dada em doses pequenas.

- Experimentação no homem sadio: todo medicamento


homeopático deve ser experimentado no homem são
- Conjunto de sintomas coletados - patogenesia do
medicamento
- Através da patogenesia o médico escolhe o
medicamento que irá efetivar a volta do equilíbrio
natural do organismo - após fazer cuidadosa anamnese
Anamnese: levantamento da história do paciente - busca
conhecer profundamente o indivíduo como um todo
- Homeopatia: relação médico- paciente radicalmente
diferente
-Cada caso é um caso único
-Pacientes: acostumados a “identificar” sua doença com a
aparente disfunção de um órgão - prática alopata
- Homeopata: sempre ocorre em primeiro lugar o
desequilíbrio do ser como um todo
- Agravação: pequena piora nos sintomas, rapidamente
seguida por melhora tanto dos sintomas quanto no quadro
geral - remédio foi bem escolhido

- Isto ocorre porque o medicamento homeopático desperta


uma resposta do organismo para que este reaja à
enfermidade e siga corretamente em direção à cura
- Mais dois princípios completam a Homeopatia como um
sistema de cura do ser humano:

- Medicamento diluído, atenuado e dinamizado: quanto


mais diluído e dinamizado for o medicamento - mais
eficaz e profunda será sua atuação no organismo

- Um único medicamento por vez: um só medicamento


que cobre a maioria dos sintomas do quadro atual da
doença é capaz de curá-la
- Tendências terapêuticas diferentes - baseadas na prática
da prescrição dos medicamentos
Homeopatia Unicista: um medicamento é prescrito
por vez, de acordo com a totalidade do conjunto de
sintomas, tentando abranger com um único remédio a
totalidade característica dos sintomas;

Homeopatia Pluralista: vários medicamentos são


administrados de maneira alternada durante o dia;

Homeopatia Complexista: possui caráter


“organicista”, visando o restabelecimento de
cada órgão separadamente, ministrando
complexos medicamentosos, com dois ou mais
medicamentos em várias potências ou diluições.
A ingestão de medicamentos homeopáticos
indiscriminadamente por um longo tempo pode
levar ao aparecimento de muitos sintomas
indesejáveis, especialmente em indivíduos
hipersensíveis.

Todo o tratamento deve ser orientado por um


médico habilitado e especialista na área.
Origem dos medicamentos homeopáticos:
- Substâncias e produtos provenientes dos três reinos da
natureza: vegetal, mineral e animal
-Drogas obtidas de fontes “imponderáveis” - não se
encaixam em nenhuma das fontes acima
- Disponibilizadas a partir de recursos naturais e físicos. Ex.:
Eletricitas (energia elétrica), Luna (luar), Raios X, Sol,
Magnetis polus articus.
- Tinturas-mãe de origem vegetal e animal: metodologia
própria de obtenção, de acordo com o tipo de droga
empregado - processos de maceração ou percolação
- Farmacopéias Homeopáticas Brasileira, Francesa, Alemã e
Americana tem descritos os processos adequados
- Matriz: contém a substância ou produto que lhe deu
origem e passa por um processo de diluição e sucussão
(dinamização) sucessivas até atingir a “potência” prescrita
pelo clínico homeopata

- À medida que o medicamento sofre o


processo de dinamização desaparecem
as moléculas
- Fica a energia da substância impressa
nas moléculas de água e álcool - diluente
universal dos medicamentos
homeopáticos

- Dinamização: tem por finalidade a liberação dos poderes


energéticos vitais contidos nas substâncias, respaldado no
conceito universal de que “toda matéria é energia
condensada”.
- Sucussão: processo de agitação metódica e padronizada
em número de 100 agitações por diluição, podendo ser
manual ou mecânica.

- Movimento manual deve ser executado


através de movimento vertical feito com o
antebraço, contra um anteparo semi-rígido
(bloco de espuma, almofada, toalhas
dobradas, etc). Este movimento deve ser
contínuo e ritmado, com força e
deslocamento apenas do antebraço.

- Sucussões mecânicas: dinamizador - “Denise”.


Métodos de preparação dos medicamentos homeopáticos

- Hahnemanniano ou dos frascos múltiplos: utiliza 01 frasco


para cada dinamização.

- Korsakov ou método do frasco único: utiliza um único


frasco para fazer todas as dinamizações, vertendo-se o
seu conteúdo após a preparação de cada potência,
utilizando o resíduo de líquido que fica aderido às paredes
internas do frasco para a próxima dinamização,
adicionando-se apenas mais veículo.
- Fluxo contínuo: altíssimas potências são obtidas por meio
de um equipamento denominado de “Dinamizador de fluxo
contínuo” (ou Valéria)
- Realiza simultaneamente o processo
de diluição e sucussão, em grande
velocidade (segundos, minutos ou horas)
potências como 5000CH são preparadas
em pouco tempo
- Cubeta adaptada que contém a
substância a ser dinamizada - vai sendo
diluída pela adição constante e uniforme
de veículo (água purificada) e dinamizada
através de uma palheta de vidro ou aço
impulsionada por um motor de rotação
programada para fazê-la girar a 3600 rpm
ou mais
- Tempo necessário para obtenção da potência desejada:
cálculos baseados na capacidade de rotação do
equipamento
- Usa-se cronômetro para controle do tempo calculado.
Escalas de preparação: relacionadas à proporção entre
insumo ativo e insumo inerte seguida na preparação das
diluições
- Decimal D ou X (1:10);
- Centesimal C ou CH (1:100)
- Cinquenta-milesimal LM (1:50000);
- Special Dinamization SD: não-oficial (não consta
da Farmacopéia Homeopática Brasileira) - muito utilizada
no Paraná.
Preparação de matrizes homeopáticas pelo
método hahnemanianno
- Matrizes dos medicamentos: compõem o “estoque” da
farmácia - a partir das quais os medicamentos são
dispensados aos pacientes, mediante receita prescrita por
médico, dentista ou veterinário homeopata
- Envasadas em frascos de vidro âmbar de 15ml, com
batoque gotejador, em armários com gavetas pequenas e
rasas - especialmente desenhados para farmácia
homeopática
- Maioria das farmácias: segue a ordem alfabética das
substâncias
- Cada substância - ordem crescente de potência
- Cada escala em gaveta ou armário diferente
Ex.: Belladonna CH1, Belladonna CH2....Belladonna FC 5000
Belladonna D1, Belladonna D2...............Belladonna D100.
- Método Hahnemanianno ou dos frascos múltiplos: principal
método utilizado para obtenção de potências homeopáticas
- Consiste na diluição de 1 parte do insumo ativo + 9 ou 99
partes de excipiente, podendo ser efetuado com substâncias
solúveis e insolúveis
Se o insumo ativo for uma Tintura-mãe, as três
primeiras diluições devem obedecer à graduação alcoólica da
TM.
Ex.: TM com graduação alcoólica 65%: utilizar solução
hidroalcoólica 65% até a D6 ou a CH3.
- Para fazer a CH4 e seguintes: solução hidroalcoólica
70%

Excipiente utilizado para insumos ativos solúveis: mistura


hidroalcoólica 70%, feita através da alcoometria - utilizando
o alcoômetro para garantir a concentração correta de 77º
GL.
Se o insumo ativo for insolúvel em água/álcool, faz-
se a diluição através da trituração até a CH3 (ou D6) ou até
que se torne solúvel.
- A partir deste ponto, toma-se 1 parte da potência
sólida e dilui-se em 9 ou 99 partes de água, sucussiona-se e
faz-se a próxima potência em álcool 70%.
A POTÊNCIA REALIZADA EM ÁGUA NÃO PODE SER
ARMAZENADA!!!!!!!!!!!!!!!!

Excipiente utilizado para a trituração homeopática: lactose


malha 200
Dinamizações posteriores (CH5 ou D8 em diante): álcool
70% grau 77º GL
- Dinamizações: feitas em frascos de vidro âmbar com
batoque e tampa que vede perfeitamente, de volume
apropriado
- Conteúdo do frasco: deve ocupar no mínimo metade
do volume total do mesmo e no máximo 2/3, para que o
líquido possa ser agitado
- Ao preparar 10 mL de matriz - utilizamos um frasco de
volume de 15 mL, no mínimo

volume total do
frasco:
15 mL
volume máximo de matriz: 10 mL
Escala D (Decimal)
Escala C (Centesimal)
Escala LM (Cinquenta Milesimal) ou trituração+sucussão
- Matrizes desta escala: armazenadas na forma de
microglóbulos - utilizados para dispensação
Escala SD (Special Dinamization):
- Método de preparação Hahnemanianno

4 gotas CH 4 + 9,9ml + 100 sucussões = CH 5


álcool 70%

1 gota CH 5 + 24,975 mL + 100 sucussões = SD1


álcool 70%
COMO CALCULAR A QUANTIDADE DE GOTAS DE INSUMO ATIVO

1 gota álcool (50% a 96%) 0,025 mL


4 gotas 0,10 mL
6 gotas 0,15 mL
8 gotas 0,20 mL
12 gotas 0,30 mL
40 gotas 1,0 mL
60 gotas 1,5 mL
80 gotas 2,0 mL
120 gotas 3,0 mL
QUANTIDADE DE GOTAS E VEÍCULO – VOLUME FINAL DE MATRIZ
Escala D (1:10) Escala C (1:100)
Volume final Matriz (gotas) Veículo (mL) Matriz(gotas) Veículo(mL)

10 mL 40 9 4 9,9

15 mL 60 13,5 6 14,85

20 mL 80 18 8 19,8

30 mL 120 27 12 29,7
FORMAS DE APRESENTAÇÃO
Forma líquida
- Tintura-mãe: ou forma farmacêutica básica, é
designada pelo nome da substância que a compõe e a sigla
TM. É preparada a partir das drogas (ponto de partida),
através da extração utilizando como veículo o álcool etílico
em várias graduações;
- Gotas ou Doses Repetidas: para ser tomado em
gotas, são preparadas em solução hidroalcoólica, que pode
ou não ser diluída em água, na hora de tomar;
- Dose única: preparadas em água
destilada ou solução hidroalcoólica, para ser
tomada diretamente do frasco ou conforme
determinação médica.
Forma sólida
- Glóbulos: grânulos de sacarose - tamanho
depende da padronização da farmácia.

- Tabletes e comprimidos: lactose - variam de


tamanho, de acordo com a padronização das farmácias.

- Pós: lactose - acondicionados em papelotes

Pomadas, cremes, géis, supositórios, óvulos: formas


farmacêuticas sólidas de uso externo
Insumos inertes
- Lactose (açúcar de leite): pós (embalados em papéis) ou
tabletes.
- Sacarose (açúcar de cana): glóbulos e microglóbulos.
- Misturas Hidroalcóolicas de várias graduações: gotas e
dose única.
- Vaselina sólida, lanolina, creme não-iônico, gel, gelatina,
glicerina, manteiga de cacau: pomadas, óvulos, supositórios,
cremes, géis.

- Quantidade de medicamento pode ser expressa em peso,


volume ou unidade. Por exemplo:

- 10g ou 120 tabletes;

- 15ml;
- 3 papéis.
Dispensação de medicamentos homeopáticos de uso interno
- Mediante prescrição médica, de acordo com da FHB 2ª ed
- Quantidade de medicamento: em números romanos,
porcentagem (menos frequente) ou o termo ãã;

Termo ãã - pronuncia-se “anan” = em iguais quantidades

- Quantidade de veículo: em algarismos arábicos, acrescidos


da unidade ml ou g.
Ex.:Carduus marianus CH 9 .......... XX/30ml (5%)
XX = 20 gotas da matriz Carduus marianus CH 9
30 ml = volume de solução hidroalcoólica 5% (p/p)
Obs.: O volume também pode estar expresso em cc, ou seja,
Carduus marianus CH 9 .......... XX/30cc (5%)
A) Forma Líquida
1. Dose única:
- Veículo: água purificada ou solução hidroalcoólica
até 5% (v/v);
- Volume: de acordo com o desejado (prescrição
médica). Quando não especificado, dispensar 2 mL;
- Técnica: simples adição de gotas da matriz
prescrita no veículo; quando o prescritor não determinar o
número de gotas da matriz, dispensar 2 gotas de matriz por
mL de veículo.
Ex.:Pulsatilla CH6............. 15ml - Dose única ou D.U.
* Coloca-se 15ml de água purificada no frasco e adiciona-se
30 gotas da matriz de Pulsatilla CH 6.
2. Gotas ou Doses Repetidas:
- Veículo: solução hidroalcoólica de 30% a 70% (v/v) ou
veículo prescrito pelo médico;
- Volume: de acordo com o desejado (prescrição médica);
quando não determinado, poderá ser preparado no
volume padronizado pela farmácia;
- Técnica: simples adição de gotas da matriz no veículo.
No MNT e na FHB, está descrita a seguinte técnica:
A. O insumo ativo será a matriz do
medicamento na potência imediatamente
anterior à prescrita;
B. Diluir 1 parte do insumo ativo em 9
ou 99 partes de veículo de dispensação;
C. Sucussionar 100 vezes e transferir
para o frasco de dispensação.
- Na escala LM, dissolver um microglóbulo do medicamento
da dinamização prescrita em 1 gota de água, acrescentar o
veículo de dispensação no volume prescrito.
- Se o volume a ser dispensado não estiver determinado pelo
prescritor, dispensar 20 mL em frasco de 30 mL.
Obs.: o volume dispensado deverá ocupar 2/3 da
capacidade do frasco.
3. Formulações Líquidas com mais de um ativo: quando
houver mais de um medicamento a ser dispensado no mesmo
frasco, utilizam-se as seguintes técnicas:
- Quando a quantidade de gotas for prescrita: simples
adição das gotas no veículo desejado;
- Quando for utilizado o termo ãã: preparar
separadamente os medicamentos nas dinamizações
desejadas em álcool 30% (p/p) e misturar as preparações em
partes iguais, proporcionalmente ao volume desejado.
Ex.: Belladonna CH6
Phytolacca CH5 ãã ........... 30ml
* Prepara-se 15ml de Belladonna CH6 em álcool 30% a
partir da CH 5. Prepara-se 15ml de Phytolacca CH5 em álcool
30% a partir da CH 4.
* Misturam-se as duas preparações em cálice ou
béquer e envasa-se em frasco de 30 ml para dispensação.
B) FORMA SÓLIDA
1. Dose única:
- Doses únicas sólidas podem ser prescritas na forma de
comprimidos, glóbulos, tabletes e, mais frequentemente, pós.
Técnica: Se o medicamento, na dinamização desejada for uma
matriz líquida, faz-se a impregnação de 2 gotas da matriz no
insumo inerte, com secagem em temperatura inferior a 50ºC.
Após secagem, o medicamento será embalado para
dispensação.
Quantidade de veículo
Comprimidos: 1 comprimido
Glóbulos: 5 glóbulos
Pó: 1 papel (500mg)
Tablete: 1 tablete
- Se o medicamento, na dinamização prescrita, for sólido
(trituração CH1, CH2 ou CH3): o triturado deverá ser
misturado ao(s) insumo(s) inerte(s) na proporção de 10%
(p/p), homogeneizado e preparado em tabuleiro adequado
(tabletes), secado e posteriormente dispensado.
Obs.: neste caso, a dose única sólida que a farmácia poderá
dispensar será na forma de pó (papel) ou, em algumas
farmácias, em tablete.
- O comprimido e o glóbulo somente podem ser
impregnados (já vem pronto do fornecedor).
2. Doses Repetidas:
Veículo: glóbulos
Quantidade: prescrita pelo médico em gramas ou em
unidades.
Técnica:
- Se o insumo ativo for líquido (matriz alcoólica): faz-
se a impregnação do insumo inerte com o insumo ativo
líquido na proporção de 10% (v/p) - 2 a 5%, de acordo com o
MNT 3a ed.- com secagem em temperatura inferior a 50ºC.
Obs.: como a quantidade de matriz líquida é, geralmente, alta
em relação ao insumo prescrito, este pode derreter
parcialmente durante a impregnação.
- Por este motivo, recomenda-se que a quantidade de líquido
seja dividida em 3 partes (tríplice impregnação), efetuando-
se a impregnação e secagem de cada parte em seqüência.
Veículo: tabletes, lactose (pós/papéis), comprimidos
- Tabletes e comprimidos: tanto para
moldagem/compressão como para impregnação, devem ser
manipulados na concentração de 15% (V/p).
- Pós/papéis: impregnação a 15% (V/p); cada dose
corresponde à quantidade de 500mg.
- Se o insumo ativo for sólido (trituração CH1, CH2 ou CH3):
somente poderá ser dispensado o medicamento na forma de
pós (papéis) ou, em algumas farmácias, em tabletes.
- O comprimido e o glóbulo já vêm prontos para uso do
fornecedor, sendo impraticável para a farmácia a
preparação destas formas sólidas.

3. Formulações Sólidas com mais de um insumo ativo:


preparar da mesma maneira que as formulações líquidas,
fazendo-se a tríplice impregnação em seguida.
Dispensação de medicamentos homeopáticos de uso externo
- Linimentos: utilizam como insumo inerte uma solução
hidroalcoólica e/ou óleos. A técnica de incorporação do
insumo ativo homeopático é a impregnação a 10% (v/v);

- Preparações nasais: utilizam como insumo inerte água,


soluções hidroalcoólicas, hidroglicerinadas ou glicólicas,
entre outros.A técnica de incorporação do insumo ativo é a
impregnação do insumo inerte na proporção de 5 %. Neste
tipo de preparação, é importante que sejam verificados o pH
e a tonicidade, devido aos riscos de irritação da mucosa
nasal;

- Preparações otológicas: preparações líquidas destinadas à


aplicação no ouvido, utilizam como insumo inerte água,
soluções hidroalcoólicas, hidroglicerinadas, glicólicas, óleos
e outros. A técnica de incorporação do insumo ativo é a
impregnação a 10% (v/v);
- Supositórios e Óvulos: utilizam como insumo inerte a
manteiga de cacau, gelatina glicerinada e outros. A técnica
de impregnação é a incorporação do insumo ativo na
proporção de 10% no insumo inerte fundido em temperatura
inferior a 50ºC, sendo moldado juntamente com este;
- Cremes, géis, pomadas: os insumos ativos utilizados são
os mesmos utilizados em preparações dermatológicas, e a
técnica de incorporação do insumo ativo é a impregnação a
10% (v/p);
- Pós (talcos): os insumos inertes utilizados são amido,
carbonatos, estearatos, silicatos e outros. A técnica de
incorporação é a impregnação a 10% (p/p ou v/p), com
secagem e tamisação.
- Sabonetes e xampus: o insumo inerte são bases
glicerinadas sólidas ou bases líquidas compostas de
detergentes, espessantes, estabilizadores de espuma, ceras,
corretivos de pH e água; impregnar o ativo na proporção de
2 a 5% (V/p).
PRAZO DE VALIDADE DAS MANIPULAÇÕES HOMEOPÁTICAS

Medicamento Validade Máxima


Dose única sem álcool 30 dias
Dose única com álcool 5% 3 meses
Dose única com álcool 10% 6 meses
Dose repetida sem álcool 30 dias
Dose repetida com álcool de 5 a 19% 3 meses
Dose repetida com álcool de 20 a 29% 1 ano
Dose repetida com álcool de 30 a 59% 2 anos
Dose repetida com álcool acima de 60% 3 anos
Matrizes em álcool 77ºGL 5 anos
Glóbulos 6 meses
Comprimidos 6 anos
RECIPIENTES E EMBALAGENS PARA HOMEOPATIA
- Preparação e estocagem de medicamentos e matrizes: vidro
âmbar, de vários volumes (já estão à venda frascos âmbar em
PET).
- Dispensação de medicamentos: vidro âmbar (ou PET),
plástico branco leitoso de polietileno de alta densidade e
papel branco impermeável.
- Acessórios: - tampas, batoques e gotejadores (batoque
especial com bico gotejador)
de polietileno ou polipropileno;
- Cânulas de vidro, polietileno
de alta densidade,
polipropileno;
- Bulbos de látex, silicone ou
polietileno (não são permitidos
bulbos de borracha).
ROTULAGEM DE MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS

Os rótulos dos
medicamentos
homeopáticos devem
seguir os mesmos
critérios de
identificação das
preparações magistrais
alopáticas, tendo o
cuidado adicional de
identificar o
medicamento
utilizando a
nomenclatura
homeopática correta.
CUIDADOS COM OS MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS
• Deixe que o medicamento entre em contato com a saliva;
• Se tiver de tomar o medicamento em jejum, não usar pasta de
dente, nem antes ou depois. Café também, só depois de tomar
o medicamento. Deixe para escovar os dentes 20 minutos
depois. Lembre-se que o jejum é de hálito e não de estômago;
• Evite o contato com as mãos. Use as tampinhas dos frascos
para tomar os glóbulos e tabletes.
• Não ingerir bebidas alcoólicas junto com a medicação.
• Não reutilize o frasco após o término do medicamento.
Escalde com água fervendo os utensílios que entrarem em
contato com o medicamento homeopático ou use material
descartável.
• Todo medicamento deve ficar fora do alcance das crianças.
• Em caso de ingestão acidental, comunicar imediatamente ao
médico. Se não encontrá-lo, procure uma Farmácia
Homeopática.
• O medicamento Homeopático é sensível a cheiros fortes,
excesso de luz, umidade e calor. Deve ser guardado em uma
caixa exclusiva para ele, em local seco e fresco.
• Evite guardá-lo no banheiro, devido à umidade e ao cheiro
de perfumarias, sabonetes, cosméticos, e etc.
• Não deve ficar junto com produtos que contenham cânfora
ou mentol (Vick®, pasta de dente, etc.), nem próximo de
cheiro de cigarros.
• No carro, deve ser protegido do calor e da luz direta do sol.
• É sensível ao Raio-X e outras radiações - não deve ficar
próximo da tela de TV ligada ou de alto-falante sob pena de
ser inativado. Caso vá viajar, peça à Farmácia um atestado
para seu medicamento e não se esqueça de levar a receita de
seu médico. Nos aeroportos, não deixe seu medicamento na
mala ou bolsa de mão, pois elas sempre são radiografadas.
Carregue-o em um bolso de sua roupa, pois detectores de
metais não o afetam tanto quanto o Rx.
Importante!!
• Não se automedique;
• Não repita receitas por conta própria;
• Não aceite indicação de medicamento dada em balcão de
farmácia;
• Não recomende a amigos ou parentes o seu medicamento;
• Não utilize por conta própria medicamento de amigos ou
parentes;
• Não esqueça que um medicamento Homeopático pode ter
tantos ou maisefeitos colaterais quanto um alopático.
E lembre-se!!!
A indicação do medicamento Homeopático depende
de uma análise profunda da totalidade dos sintomas do
paciente. Somente o médico Homeopata está habilitado a
fazer esta análise. É por isto que, no tratamento
Homeopático, as consultas devem ser freqüentes.
- A Homeopatia trata o doente e não a doença;
- O medicamento de uma pessoa pode não ser de
outra, mesmo que a doença seja a mesma;
- Se quiser ajudar alguém, recomende um
tratamento homeopático, não o seu próprio medicamento;
- Florais e Fitoterapia (tratamentos com ervas) não
são tratamentos homeopáticos.
NOMENCLATURA HOMEOPÁTICA
- Medicamentos homeopáticos devem ser designados de
acordo com uma nomenclatura específica da Homeopatia,
usualmente em latim, por sua imutabilidade, em qualquer
lugar ou época.
- Podem ser utilizados tanto o nome científico como os
nomes homeopáticos consagrados pelo uso e existentes em
Farmacopéias, Matérias Médicas (Reunião das Patogenesias
dos medicamentos homeopáticos) e outras obras
reconhecidas pela Homeopatia.
-Escreve-se primeiro o gênero com inicial maiúscula e
depois a espécie com inicial minúscula.
Ex.: Apis mellifica
Bryonia alba
Chelidonium majus
Lycopodium clavatum
- Em alguns casos, pode ser utilizado apenas o nome da
espécie:
Ex.: Atropa belladonna = Belladonna
Solanum Dulcamara = Dulcamara
- Alguns medicamentos homeopáticos de origem química
possuem uma designação específica, consagrada pelo uso
na Homeopatia:
Ex.: Barium e seus compostos = Baryta e seus
compostos
Calcium e seus compostos = Calcarea e seus
compostos
Sulfur e seus compostos = Sulphur e seus
compostos
- Os medicamentos de origem química que derivam de sais
e ácidos orgânicos ou inorgânicos, possuem uma
designação consagrada pelo uso permitida:
Ex.: Acidum aceticum ou Acetic acidum
Acidum lacticum ou Lactis acidum
Acidum sulfuricum ou Sulphuris acidum

- Deve-se evitar, sempre que possível, o uso de abreviaturas


que podem dar margem às dúvidas e interpretações
incorretas.
Exemplos de abreviações corretas:
Aconitum napellus = Acon. ou Aconit.
Atropa belladonna = Bell. ou Bellad.
Mercurius solubilis = Merc. sol. ou Mercur. sol.
Abreviaturas e Símbolos: algumas abreviaturas e símbolos
podem ser utilizados para designar escalas, métodos,
formas farmacêuticas, etc. em Homeopatia:
Diluição: dil.
Escala Centesimal Hahnemanianna: CH
Escala Cinqüenta Milesimal: LM
Escala Decimal de Hering: DH
Tintura-mãe: TM ou Tint. mãe
Método de Fluxo contínuo: FC
Método Korsakoviano: K
Partes iguais: ana ou ãã (fala-se ãnã)
Trituração: trit.
Placebo: P ou o número 0/__mL ou g
- Em Homeopatia, é frequente o uso de sinonímias, isto é,
nomes substitutos dos medicamentos homeopáticos.
- Isto acontece devido ao fato de que as plantas ou animais
que dão origem ao medicamento podem ter nomes
diferentes em diversos países ou regiões.
- Pode, também, haver necessidade de o médico utilizar
uma sinonímia ao prescrever um medicamento para evitar
que o paciente seja impressionado pelo nome original.
Ex.: Tuberculinum aviaria: Aviaria
Surukuku: Lachesis.
BIOTERÁPICOS
- Preparações medicamentosas homeopáticas obtidas a partir
de produtos biológicos, quimicamente indefinidos:
secreções, excreções, tecidos e órgãos, patológicos ou não,
produtos de origem microbiana, alergenos.
- Classificados como bioterápicos de estoque e isoterápicos
(autoisoterápicos e heteroisoterápicos).
Bioterápicos de estoque: insumo ativo é constituído por
amostras preparadas e fornecidas por laboratórios
especializados (industrializados).
Isoterápicos: insumo ativo pode ser de origem endógena ou
exógena: alergenos, alimentos, cosméticos, medicamentos,
toxinas, etc.
Autoisoterápicos: insumo ativo é obtido do próprio paciente:
cálculos, sangue, secreções, urina, etc. e só a ele
destinados.

Heteroisoterápicos: insumos ativos são externos ao paciente


e que de alguma forma o sensibilizam: alergenos, poeira,
pólem, solventes, etc...
A nomenclatura dos auto-isoterápicos devem seguir os
seguintes critérios:
- Quando se tratar de material fornecido pelo próprio
paciente (sangue, urina, etc): a expressão Auto-isoterápico
seguida da identificação do ponto de partida empregado na
preparação, seguida da potência, escala e método.
Ex.: Auto-isoterápico de sangue 30 CH

- Quando o material fornecido pelo paciente for uma


alergeno (chocolate, poeira doméstica, pólen, etc): a
expressão Heteroisoterápico seguida da identificação do
ponto de partida utilizado na preparação, seguida da
potência, escala e método.
Ex.: Heteroisoterápico de pólen 12 CH
- Coleta do material: somente pode ser efetuada por
profissional habilitado (médico ou farmacêutico) e em local
apropriado, em material descartável ou esterilizável,
adicionado de um insumo inerte adequado.
- Manual de Normas Técnicas 3a. ed.: tabela com os
insumos para cada tipo de material coletado.
- Insumos inertes: utilizados até a preparação da potência
3CH - após a qual será utilizado o álcool 70%
- Todo material de coleta, bem como todo utensílio utilizado
na manipulação, deve ser previamente descontaminado por
esterilização, autoclavagem ou imersão em hipoclorito de
sódio antes de ser desprezado.
- O lixo no qual este será descartado necessita ter a
identificação de contaminante ou hospitalar.
- As técnicas de preparação dos isoterápicos estão
relacionadas ao tipo de material usado como ponto de
partida. Consultar o Manual de Normas Técnicas e a
Farmacopéia Homeopática Brasileira.

- Os bioterápicos são, na maioria dos casos, materiais


contaminados com microorganismos, podendo apresentar
risco de contaminação ao manipulador. Assim, além dos
cuidados necessários com as técnicas homeopáticas,
devem ser observadas as técnicas de assepsia.

- Toda e qualquer manipulação deve estar baseada em


rigorosos critérios de limpeza, assepsia de bancadas,
mãos, luvas, equipamentos e utensílios antes e depois do
seu término.
SISTEMAS FLORAIS
-Utilizados em várias partes do mundo, não são
considerados sistemas terapêuticos farmacológicos,
diferentemente da fitoterapia, homeopatia e alopatia, por
não possuir uma metodologia sistemática e científica de
estudo das substâncias utilizadas nem do funcionamento
das mesmas na fisiologia do corpo humano.
- Da mesma forma, os florais não são considerados
medicamentos ou drogas, mas como terapias alternativas
de apoio.
- Existem vários sistemas florais diferentes, originados da
flora de vários países, geralmente denominados pelo nome
do país (Florais Australianos, Indianos, etc) ou pelo nome
do seu descobridor (Florais de Bach) ou ainda qualquer
denominação escolhida (Florais da Terra, Saint Germain,
etc).
- Embora a prescrição de florais pelos médicos não seja
permitida pelo Conselho Federal de Medicina, alguns
terapeutas, entre eles médicos e psicólogos, ainda enviam
solicitações de aviamento de florais para as farmácias
magistrais.
- Importante frisar que, independentemente de qualquer
crença ou necessidade de utilização destes sistemas, seu
uso não deve, em hipótese alguma, substituir outros
sistemas terapêuticos baseados no estudo científico. Pode
e deve funcionar, sempre, como terapia de apoio e de
melhora de qualidade de vida do paciente.
- Os Florais foram objeto de estudo do Dr. Edward Bach, da
Inglaterra, reconhecido médico homeopata e patologista em
saúde pública.
- Ele descobriu e desenvolveu os conhecidos “Florais de
Bach” nos anos 30. Segundo ele, para se recuperar de uma
doença, é preciso ter uma mente sã.
- Posteriormente outros florais foram estudados e
desenvolvidos no mundo todo.
- Os Florais, portanto, ajudam a restabelecer um equilíbrio
das emoções negativas.
-As essências Florais são adquiridas em “kits” prontos, de
diferentes regiões do mundo, como por exemplo, da
Inglaterra (Bach), Califórnia, Minas, Alaska, Austrália, etc.
- A preparação dos florais foi padronizada para 30ml, mas o
médico pode solicitar os florais em 60ml.
- Sua preparação consiste em pingar um número padrão de
gotas para cada 30ml de floral em veículo apropriado
(Brandy 30%).
- Para essências simples (aquelas que possuem um único
componente), pinga-se sempre 2 gotas para cada 30ml.
- Para essências compostas (aquelas que agrupam mais de
um componente em uma única essência, ex: Rescue,
Fórmula Exame, Fórmula do Aprendizado, Buquê de 9
Flores pinga-se 4 gotas para cada 30ml.
Prazo de validade:

Floral com brandy 30% --------------------- 2 meses

Floral sem brandy ---------------------------- 1 mês

Florais em glóbulos ------------------------- 6 meses


Florais em Gotas: preparados sempre em Brandy 30% e em
30ml (quantidade padrão). A quantidade pode variar assim
como o veículo, sendo que alguns médicos chegam a
solicitar o floral em água mineral ou em vinagre de maçã a
30%.
Ex.: Agrimony, Cerato, Holly 30ml gotas
Técnica: Preparar previamente o veículo para floral (Brandy
30%). Colocar 30ml de Brandy 30% num frasco de
capacidade para 30ml. Pingar 2 gotas da essência
Agrimony, 2 gotas da essência Cerato e 2 gotas da essência
Holly no frasco. Colocar conta-gotas adequado com lacre,
agitar vigorosamente, e rotular.

OBS: Para a preparação deste mesmo floral em vinagre de


maçã a 30%, basta colocar 9ml de vinagre de maçã num
frasco de 30ml e completar com 21ml de água mineral. Em
seguida pingar as essências como no exemplo anterior,
colocar conta-gotas com lacre, agitar e rotular.
Florais em Dose Única:
São preparados somente em água mineral, sendo
que a quantidade padrão é de 30ml, mas pode haver
solicitações médicas em outras quantidades.
Ex.: Rescue 30ml Dose única

Técnica: Colocar 30ml de água mineral em um


frasco de capacidade para 30ml e pingar 4 gotas da
essência Rescue. Colocar batoque com lacre, agitar
vigorosamente e rotular.
Florais em Glóbulos: A proporção utilizada para
impregnação de florais em glóbulos é de 10 gotas para 30cc
e de 20 gotas para 60cc, com uma mistura das essências e
Brandy puro em glóbulos inertes. A incorporação é feita por
impregnação única.

Ex.: Self Heal, Angélica, Madressilva 30cc Glóbulos

Cálculo do número de gotas de essência e de Brandy puro


para a impregnação:
Número de gotas total: 10 gotas
Número de gotas de essências florais: 6 gotas
Número de gotas total – número de gotas de
essências florais = 4 gotas de Brandy puro.
Técnica: Colocar 30cc de glóbulos inertes em frasco de
30ml com auxílio de espátula e funil esterilizados. Pingar 2
gotas de essência Self Heal, 2 gotas de essência Angélica e
2 gotas de essência Madressilva em um frasco de 60ml. Em
seguida pingar 4 gotas de Brandy puro e misturar,
distribuindo sobre as paredes do frasco. Colocar, então os
glóbulos inertes separados previamente e misturá-los com o
líquido contido no frasco de modo que todos os glóbulos
absorvam a mistura. Espalhá-los em pote de vidro
esterilizado, cobrir e deixar secar à temperatura ambiente
por 2 horas. Depois de secos colocá-los em frasco de 30ml
de capacidade com auxílio de funil esterilizado, colocar
tampa com lacre de segurança, registrar e rotular.

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