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Direito
Professora Me. Raquel Nogueira de Araújo Noronha
2021.2
Unidade III – Norma Jurídica
Princípios e regras.
A experiência do Constitucionalismo, portanto, faz com que
não seja mais possível que se considerem normas e regras
jurídicas como simples sinônimos.
A expressão norma passa a ser utilizada como gênero, do
qual os princípios e as regras são espécies.
NORMAS JURÍDICAS (GÊNERO) - PRINCÍPIOS
- REGRAS
Estudo das Normas Jurídicas
A importância de saber a diferença entre os princípios jurídicos e as regras
jurídicas.
Princípios são identificados com normas que se encontram na base do sistema, que
informam valores a serem utilizados para toda a construção do ordenamento jurídico.
Sua principal característica é que são dotados de menor densidade normativa: não
disciplinam de forma direta hipóteses específicas; indicam um caminho a ser seguido.
Trata-se, segundo Robert Alexy, de mandados de otimização.
Como mandados de otimização, determinam que se adotem todas as medidas
possíveis para sua aplicação.
Contudo, caso não se apliquem a determinado caso concreto, isso não quer dizer que
o princípio tenha perdido sua validade jurídica.
Estudo das Normas Jurídicas
Princípios jurídicos = mandados de otimização
Exemplos de princípios jurídicos são encontrados do direito fundamental
à vida, à saúde, ao devido processo legal, à razoável duração do processo,
etc.
A Constituição Federal organiza e rege toda a legislação do Estado
brasileiro.
Dentre os seus dispositivos mais importantes, destacam-se os que tratam
dos direitos e deveres individuais e coletivos, descritos no art. 5º, ao
longo de 77 incisos.
Direito à vida, à igualdade, à dignidade, à segurança, à honra, à liberdade
e à propriedade.
Estudos das Normas Jurídicas
Regras jurídicas, por sua vez, são dotadas de maior densidade normativa:
especificam hipóteses que podem ser perfeitamente amoldadas aos fatos
concretos considerados.
Exemplo de uma regra jurídica é encontrada na proibição de homicídio (art. 121
do Código Penal): aquele que matar alguém está sujeito à pena de 06 a 20 anos.
Perceba que esta regra concretiza um dos princípios antes mencionados,
identificado como direito fundamental à vida.
Ou a regra se aplica ou ela não se aplica.
Regras operam, como ensina Ronald Dworkin, na lógica do tudo ou nada.
Segundo Dworkin, o conceito de Direito guarda estrita vinculação com os
princípios morais, embora, em tese, não se confunda com a moral.
Estudos das Normas Jurídicas
Regras jurídicas = disciplina hipóteses que são perfeitamente amoldadas a
fatos concretos. Aplicação pela lógica do tudo ou nada.
Caso seja reconhecida a validade e aplicabilidade de uma regra ao caso
concreto, ela sumariamente exclui a aplicação de outras normas ao mesmo
caso.
Deste modo, o conflito entre regras jurídicas será solucionado pela
identificação de qual regra permanece válida ou não no ordenamento jurídico.
A aplicação de princípios ao caso concreto, por outro lado, envolve os
exercício do sopesamento.
Identifica-se qual princípio deve prevalecer na solução do caso concreto sem
que para isso seja realizado juízo de validade.
Estudos das Normas Jurídicas
Norma Jurídica
Dentre as normas que regem o comportamento social dos
homens devemos distinguir as leis jurídicas.
A expressão “lei jurídica” pode ser empregada em dois
sentidos diferentes:
a) Restrito, é equivalente à lei escrita; nesse sentido, “lei”
(direito escrito) opõe-se ao “costume jurídico” (direito não
escrito);
b) Amplo, “lei” abrange todas as normas jurídicas: lei escrita,
costume jurídico, jurisprudência etc.
Lei Jurídica
De acordo com Robert Alexy, para que uma norma seja considerada
juridicamente válida é necessário que ela:
A Validade não se confunde com vigência, posto que pode haver uma norma
jurídica válida sem que esteja vigente, isso ocorre claramente quando se
vislumbra a vacatio legis (período entre a promulgação da Lei e o início de sua
vigência) ou quando o dispositivo legal é válido, mas perde a eficácia.
Norberto Bobbio sustenta que, para que uma norma seja válida ela
deve ser valorosa (justa); nem toda norma, portanto, é válida, porque
nem toda a norma é justa.
Para Tércio Sampaio Ferraz Júnior a validade não deve ser
condicionante, mas sim finalística, ou seja, é preciso “saber se uma
norma vale, finalisticamente, é preciso verificar se os fins foram
atingidos conforme os meios prescritos”, reconhecendo a relação
íntima entre direito e moral;
Para Miguel Reale a validade de uma norma pode ser vista sob três
aspectos: o da validade formal ou técnico jurídica (vigência), o da
validade social (eficácia ou efetividade) e o da validade ética
(fundamento).
A Validade da Norma e os Doutrinadores