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Universidade Tiradentes

Curso de Licenciatura em Pedagogia

PSICOLOGIA DA
EDUCAÇÃO
Aluna: Joseane Reis Da Costa.

Professor:  Ivan Rego Aragão


ALEXANDER LURIA
ALEXANDER ROMANOVICH LURIA
•Nasceu em Cazã, na Rússia, em 1902;
•Faleceu em 1977;
•Filho de judeus;
•Contemporâneo de duas Guerras Mundiais e
da Revolução Russa;
•Um dos fundadores da psicologia histórico-
cultural;
•É considerado o pai da neuropsicologia
moderna;
•Seus estudiosos o consideravam “um homem
complexo vivendo numa época complexa”.
Luria foi aluno e grande colaborador de
Vygostky, principal nome do Socioconstrutivismo,
que exerceu enorme influência sobre o seu
pensamento. Ele se dedicou por toda sua vida de
pesquisador a desenvolver e aprofundar aspectos da
teoria psicológica de Vygotsky.
Leontiev, Vygotsky e Luria integravam um grupo
de jovens intelectuais soviéticos que pretendia
desenvolver uma nova psicologia, contagiados pelo
clima de idealismo e efervescência intelectual do período
pós-revolucionário. Eles acreditavam que uma nova
sociedade estava emergindo sob uma nova era e
desejavam integrar a produção científica e o regime
social que acabara de ser implantado na então União
Soviética.
Buscavam construir uma nova psicologia, que se
tornaria conhecida como Psicologia Sócio-Histórica ou
Socioconstrutivismo, mas eles também contribuíram
para o surgimento de uma nova ciência chamada
Neuropsicologia.
 Na década de 1930, investigou as alterações na percepção, resolução de problemas e memória

associadas às mudanças históricas na atividade econômica e educação;

 Estudou gêmeos, idênticos e não idênticos, para estabelecer relações dinâmicas entre fatores

filogenéticos e histórico-culturais no desenvolvimento de linguagem e pensamento;

 Ingressou no Curso de Medicina, especializando-se no estudo da disfunção de linguagem que

pode envolver deficiência na compreensão ou expressão de palavras ou equivalentes não

verbais de palavras, afasia, mantendo o foco na relação entre linguagem e pensamento;

 Com o decurso da Segunda Guerra Mundial, trabalhou diretamente com ex-combatentes de

guerra que sofreram lesões cerebrais, o que lhe providenciou muito material para desenvolver a

teoria sobre a função cerebral e o método para a reabilitação neuropsicológica.


ABORDAGEM HISTÓRICO-CULTURAL

Capacidade cognitiva e as Funções Superiores;

O desenvolvimento da capacidade de pensar se dá com forte

influência do meio;

Considera que a aprendizagem se dá do meio para o sujeito;

Integra a ideia das capacidades biológicas sociais;

Busca entender como o cérebro funciona.


NEUROPSICOLOGIA DE LURIA

Plasticidade do cérebro: o cérebro consegue se moldar a partir


de como as coisas vão funcionar;
Liga o conceito de UNITARISMO (onde o cérebro está
funcionando todo junto, automaticamente), e do
LOCALIZACIONISMO (quando o cérebro funciona em
partes);
Propõe que o cérebro funciona como uma grande orquestra,
ora os instrumentos tocam sozinhos, ora tocam todos juntos.
UNIDADES FUNCIONAIS DO CÉREBRO
1ª UNIDADE FUNCIONAL

É a unidade mais primitiva. Ela é responsável pela


regulação do tônus cerebral, da vigília e dos estados
mentais, e está altamente relacionado à atenção e às
condições do recebimento e integração das informações
internas e externas, por isso, também é chamada de "O
Cérebro Desperto“.
2ª UNIDADE FUNCIONAL
A segunda unidade funcional é formada pela região posterior das
superfícies laterais e os lobos occipital, temporal e parietal, essa
unidade relaciona-se à recepção, análise e armazenamento de
informações, interferindo diretamente na análise, codificação e
armazenamento das informações sensoriais, isto é, informações
visuais, auditivas, vestibulares e táteis, onde podemos incluir os
estímulos gustativos e olfatórios. Por isso do termo "Cérebro
Informado”.
3ª UNIDADE FUNCIONAL
A terceira unidade funcional é uma unidade de programação, regulação e verificação da

atividade, além de relacionar-se na criação de planos, estratégias e formação de intenções,

programação das ações, regulação dos movimentos voluntários e, inspecionamento e

verificação do mesmo. Esta unidade está localizada nas regiões anteriores do córtex, em

frente ao sulco central, formando os lobos frontais.

De acordo com Luria, o homem não está passivo ao ambiente, criando planos e estratégias

para suas ações, verificando sua realização e regulando seu comportamento, posteriormente,

o indivíduo inspeciona sua atividade consciente, comparando os prós e contras de suas ações.

Pensando nisso, poderíamos relacionar essa unidade funcional ao conceito conhecido

atualmente como Funções Executivas.


 Após a guerra, Luria procurou continuar seu trabalho em neuropsicologia,

porém, seus planos foram interrompidos durante o período de repressão

antissemita, onde foi retirado do Instituto de Neurocirurgia.

 Durante esse tempo perseguiu seus interesses científicos através de uma

série de estudos sobre o desenvolvimento da linguagem e do pensamento

em crianças “mentalmente retardadas” no final da década de 1950.

 Teve permissão para voltar ao estudo da neuropsicologia, que ele perseguiu

até a sua morte, por insuficiência cardíaca, em 1977, as 75 anos de idade.


O legado do pai da neuropsicologia permitiu
compreender o funcionamento cerebral e a
localização dos sistemas que permitem certas
funções.
Inúmeros instrumentos de avaliação foram criados
com base em seus trabalhos, além de permitir o
desenvolvimento de técnicas que permitem recuperar
e melhorar funções em casos de lesão cerebral.
LIVROS PUBLICADOS NO BRASIL
 Luria, A. R.. Fundamentos de Neuropsicologia. RJ, Livros Técnicos e Científicos; SP, EDUSP,1981 tradução de Ricardo

Juarez Aranha da edição da Penguin Books (Middlesex, 1973) com prefácio de K. H. Pribram

 Luria A. R. Curso de Psicologia Geral, 4 vols. RJ, Civilização Brasileira, 1991. tradução de Paulo Bezerra

 Luria, A. Pensamento e Linguagem. As últimas conferências de Luria. Porto Alegre, Artmed,2001.

 Luria, A. O Homem com o Mundo Estilhaçado. Textos Fundantes em Educação. RJ, Vozes, 2008. Resenha

 Luria, A. R.. Desenvolvimento Cognitivo. SP, ìcone Editora, 2008.

 Ccipolla, M. B.;Luria A. R.. A Construção da Mente. SP, ìcone Editora, 1992.

 Vigotskii, L.S.; Luria, A.R.; Leontiev, A.N.. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. SP, Ícone/EDUSP, 1988

 Vygotsky e Luria. Estudos Sobre a História do Comportamento. Porto Alegre, Artmed, 1997.

 Luria, A. Vigotskii, L.S. et alii Psicologia e Pedagogia SP, Centauro,2008

 Berliner, C.; Luria, A. R.. A Mente e a Memória. SP, Martins Fontes, 2006
O conhecimento que temos hoje sobre o
cérebro é relativamente pequeno se o
compararmos com o que ainda temos que
descobrir e muito grande se o compararmos
com o que sabíamos apenas alguns anos
atrás.
Alexander Romanovich Luria
REFERÊNCIAS
 A EDUCAÇÃO ESCOLAR E A TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL. Disponível
em:https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/20322_9131.pdf. Acesso em: 14 de março de
2021.
 Associação Portuguesa Psicologia Relacional-Histórica. Disponível em:
https://www.relacionalhistorica.pt/sobre-nos/a-psicologia-relacional-historica/alexander-luria/ .
Acesso em: 14 de abril de 2021.
 Contribuições da perspectiva histórico-cultural de Luria para a pesquisa contemporânea  .

Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-


97022010000400009. Acesso em: 14 de março de 2021.

 O conceito de percepção para Alexander Luria e a controvérsia com Kurt Koffka. Disponível em:

https://periodicos.ufmg.br/index.php/memorandum/article/view/6445/4032. Acesso em: 14 de abril


de 2021.

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