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R. Bras. Zootec., v.35, n.1, p.

21-29, 2006

Características morfogênicas e estruturais do capim-


braquiária em pastagem adubada com nitrogênio
avaliadas nas quatro estações do ano
Jailson Lara Fagundes, Dilermando Miranda da Fonseca, Claudio Mistura, Rodrigo Vieira de
Morais, Claudio Manoel Teixeira Vitor, José Alberto Gomide, Domicio do Nascimento
Junior, Daniel Rume Casagrande, Lucas Teixeira da Costa

Aluno: Janerson José Coelho


Disciplina: Forragicultura I
Prof: Mércia V.F. dos Santos
Programa de Pós-Graduação em Zootecnia

Ecological Applications, 11(2), 2001, pp. 343–355


q 2001 by the Ecological Society of America
INTRODUÇÃO

O gênero Brachiaria representa um marco


na pecuária nacional com a ocupação de
grandes áreas do cerrado na região central
do Brasil

Ainda há necessidade de mais informações sobre as respostas da


espécie Brachiaria decumbens em condições de pastejo e adubação

Produtividade das forrageiras

• Continua emissão de folhas e perfilhos;


• IAF e interceptação (pós-corte);
• Essencial para fotossíntese;
• Importância dos ferilizantes.
Adubação Nitrogenada

• Produção de biomassa;
• Resposta no desenvolvimento dos tecidos;
• Aumento dos índices de produtividade das
pastagens.

Apenas a adubação garante a


produtividade de uma forrageira?

Compreender os mecanismos das respotas morfofisiológicas e


sua interação com o ambiente e manejo
Objetivo de verificar o efeito da adubação nitrogenada e das
estações do ano sobre as características morfogênicas e
estruturais de Brachiaria decumbens Stapf. sob pastejo.
MATERIAL E MÉTODOS
 Área experimental Departamento de
Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa
(UFV), 8 piquetes 0,2 a 0,4 ha.;
 Coordenadas (20º45' S; 42º51' W; 651 m);
 Pastagem de Brachiaria decumbens cv.
Basilisk (Stapf.);
 Latossolo Vermelho-Amarelo argiloso, com
relevo medianamente ondulado.
 Adubação com 100 kg/ha de P2O5 (superfosfato simples);
 150 kg/ha de K2O (cloreto de potássio);
 Aplicados em cobertura, em toda a área experimental.
4 níveis adubação N (Uréia) - 75, 150, 225 e 300 kg/ha.ano
Parceladas 3 x (14/11/01, 26/01/02 e 21/03/02)
Delineamento em blocos completos ao acaso, com duas
repetições
 Lotação contínua;
 Taxa de lotação variável;
 Mestiços Nelore;
 Altura média da pastagem 20 (cm) /(put
ans take);
 Período de março a novembro de 2002.

Tabela 1 - Médias mensais das temperaturas máxima, mínima e média diária, precipitação pluvial total
mensal e evaporação médial mensal durante o período de março a novembro de 2002

Verão
Outono
Inverno

Primavera

Fonte: Estação metereológica do Departamento de Engenharia Agrícola da UFV.


Índice de área foliar (IAF)
 Método direto;
 3 rep/unidade exper.;
 Corte (20 cm) rente ao solo / 0,16m2;
 Intervalo 30 dias.

 Pesadas;
 Subamostradas e fracionadas em lâminas foliares,
colmos (colmo + bainha foliar) e material morto
(perfilhos e folhas mortos);
 Laminas F (subamostra) Medidor de área (Delta T
Devices, Ltda).

Massa seca (MS) corte x área de folhas verdes (0,16 m2) e o IAF
correspondente (área de folhas/área de solo).
Desenvolvimento foliar
 Marcados 6 perfilhos/UE;
 Protegidos com gaiolas de exclusão;
 Medido 3x semana, comprimento laminas
e colmo;
 Lâmina (Lígula até o ápice foliar);
 Colmo (Solo até a lígula).

Calculados
 Taxa de alongamento foliar (TAIF, mm/perfilho.dia);
 Taxa de alongamento de colmo (TAIC, mm/perfilho.dia);
 Comprimento final da folha (CFF, cm);
 Taxa de senescência foliar (TSeF, mm/perfilho.dia).
Análise estatística
 A análise de variância PROC MIXED SAS (SAS Institute, 2002).
 O efeito das estações do ano sobre as características
morfogênicas e estruturais o teste Tukey, a 5% de
significância;
 O efeito das doses de nitrogênio, por meio de equações de
regressão.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 1 - Taxa de alongamento foliar (mm/perfilho.dia) de Brachiaria decumbens sob
pastejo, de acordo com as doses de nitrogênio. Significativo a 1% (**).
Tabela 2 - Taxas de alongamento de foliar (TAIF), alongamento de colmo (TAIC) e
senescência foliar (TSeF) (mm/ perfilho.dia) de Brachiaria decumbens em pastagem
adubada com nitrogênio e mantida a 20 cm de altura durante quatro estações do ano de
2002

 Não houve efeito significativo das doses de N sobre a TSeF. Apenas o efeito
da estação;
Tabela 3 - Número de folhas emergentes (NFEm), expandidas (NFEx) e de folhas vivas (NFV)
por perfilho e comprimento final da folha (CFF) de Brachiaria decumbens em pastagem
adubada com nitrogênio e mantida a 20 cm de altura durante quatro estações no ano de
2002
Figura 2 - Comprimento final das folhas (cm) de Brachiaria decumbens, em função
das doses de nitrogênio. Significativo a 1 (*).

Embora o efeito do N no CFF sejam significativo, os incrementos foram muito pequenos


(0,007 cm/kg de N).
Figura 3 - Índice de área foliar em pastagem de Brachiaria decumbens mantida a 20
cm de altura, em função das doses de nitrogênio. Significativo a 1% (**).

IAF de 0,0068 unidades/kg.ha de N foram muito baixos, o efeito do parcelamento


do nitrogênio e a pastagem mantida em mesma altura 20cm
Tabela 4 - Índice de área foliar (IAF) e composição morfológica de Brachiaria
decumbens em pastagem adubada com nitrogênio mantida a 20 cm de altura
durante as quatro estações do ano de 2002

Fatores ambientais: luz, temperatura e disponibilidade hídrica


Figura 4 - Porcentagens de colmo ( ) e material morto ( ) em pastagem de Brachiaria
decumbens mantida a 20 cm de altura, em função das doses de nitrogênio. Significativo
a 1 (**) e 5% (*).
Figura 5 - Porcentagem de lâmina foliar em pastagem de Brachiaria decumbens
mantida a 20 cm de altura, em função das doses de nitrogênio e das estações do
ano. Significativo a 1 (**) e 5% (*).
Conclusões

 A taxa de alongamento foliar, o comprimento final da folha, IAF (%)


colmo e de lâmina foliar de Brachiaria decumbens sob pastejo
aumentam linearmente, e porcentagem de material morto decresce
com as doses de nitrogênio;

 As taxas de alongamento de colmo e de senescência foliar e os


números de folhas vivas, expandidas e emergentes não são
influenciados pelas doses de nitrogênio;

 As taxas de alongamento foliar e de colmo, o número de folhas


vivas, o comprimento final da folha, o índice de área foliar e as
porcentagens de lâmina foliar e de colmo, variam entre as estações
do ano, apresentando valores menores no inverno.

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