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SIMBOLISMO NO LIVRO DO

APOCALIPE

Por: Renato Souza Prates.


Esperança e Consumação
O Contexto Histórico

Por: Renato Souza Prates. STPRAGS, 2008


O Apocalipse na Literatura Apocalíptica

O Apocalipse, é pertencente à uma tradição literária


denominada de “apocalíptica”, sendo considerado
também um dos mais controvertidos. Desde os tempos
do início do cristianismo, sua data, autoria, e
significado têm servido de grandes debates, inclusive
em relação ao seu lugar no cânon do Novo Testamento.
Nos primeiros séculos do cristianismo, Montano,
Dionísio de Roma e Dionísio de Alexandria,
levantaram os primeiros debates sobre o livro, e
muitos comentários foram dedicados a ele desde o
século IV.
Mais tarde, no período da Reforma religiosa do séc. XVI,
alguns também manifestaram dúvidas a respeito da
canonicidade e autoria do livro do Apocalipse, tais
como: Erasmo (1527) e Lutero; este último chegou a
questionar sua divina inspiração, embora tenha
corrigido sua crítica posteriormente.
O próprio Calvino não escreveu nenhum comentário
sobre o Apocalipse, e Zwinglio tinha uma opinião bem
negativa sobre ele. Contudo, o Apocalipse se tornou
neste período um ponto de arregimentação para
oponentes do papado.
O Apocalipse está cheio da ardente esperança da Volta
de Cristo, e o fator decisivo é o alvo profético de
imprimir a esperança escatológica na comunidade,
cada vez mais urgente de descrições. É um livro cheio
de encorajamento para os crentes em perseguição,
assegurando-lhes que Deus vê suas lágrimas (7.17;
21.4); de que suas orações exercem grande influência
no mundo (8.3,4); de que sua morte é preciosa aos
olhos de Deus, e de que a vitória final desses fiéis é
garantida (15.2); o seu sangue será vingado (19.2); o seu
Senhor vive e reina pelos séculos dos séculos, e governa
o mundo em função de sua igreja (5.7,8).
Há de se destacar também a influência de certas tradições de
atividade literária, religiosa ou ainda sociais, no judaísmo e
cristianismo, desde o século segundo antes da era cristã, até
o século segundo da era cristã, chamadas de Apocalipsismo.
Na comunidade de Qumran, a perspectiva da escatologia
apocalíptica tinha se tornado uma ideologia, funcionando
como um método de interpretação da Escritura para prover
a compreensão de adversários judeus e gentios, e para suprir
um ponto de vista mais historiográfico do que teológico, foi
desenvolvido um cenário detalhado da batalha final, e a
vindicação divina dos eleitos.
Para Paul Hanson, “O gênero literário do apocalipse está mais
intimamente relacionado ao fenômeno da apocalíptica do que
a qualquer outra forma literária”.
João também retoma várias vezes as antigas profecias do AT,
mas não as cita diretamente. Ele parece combiná-las,
completando-as e modificando-as com bastante autoridade.
Kistemaker diz que, no Apocalipse, há quatorze citações
incompletas do Antigo Testamento, sendo uma parelha em
7.17 e 21.4, que são: 1.7; 2.27; 4.8; 6.16; 7.16; 7.11; 11.11; 14.5;
15.3a; 15.3b; 15.4; 19.15; 20.9; 21.4; e 21.7. A maioria das citações
de João é dos Salmos, Ezequiel e Daniel.
Sobre a interpretação do livro, deve-se observar que o
Apocalipse deve ser entendido em chave simbólica,
pois se compõe de uma série de quadros que se movem
constantemente cheios de ação, como numa obra
cinematográfica.
Desta forma, um quadro cede lugar a outro e
sucessivamente estes formam símbolos ativos. A
natureza “tipológica” do Apocalipse é essencial para
compreendermos sua mensagem.
A tipologia desenvolvida por João no livro dá mais
consistência aos dados bíblicos do Antigo Testamento,
sejam eles históricos ou doutrinais.
O simbólico sempre tem caráter figurado ou alegórico,
e é por não considerar a linguagem de João como
simbólica, extraindo seus próprios símbolos das
Escrituras, que o Apocalipse pode se revelar ao leitor
iniciante, como um aglomerado caótico e até mesmo
bizarro.
Percebe-se que no Apocalipse há símbolos que parecem
intervir entre a primeira e a segunda vindas de Cristo,
como: os castiçais, os selos, as trombetas e as taças.
Estes símbolos não podem se referir a uma data
específica na história, pois se fossem vistos assim, não os
poderíamos interpretar, caindo em confusão, e tornando
o livro do Apocalipse “fechado” em si mesmo.
Mas o Apocalipse é revelação, uma descoberta e,
portanto, temos que encontrar uma regra de
interpretação, cuja mais coerente parece ser a simbólica.
Nossa Fonte
Agostinho, Lutero, Calvino, Berkhof, Corsini, Willian
Hendriksen, Anthony Hoekema, Simon Kistemaker,
Alister Mcgrath, Moltmann, Pierre Prigent, Rottmann,
Saôut, Wainwright, e Hernandes Dias Lopes, e as
Confissões reformadas (calvinistas).
Chave mais ou menos simbólica
Não é sábio ignorar a natureza do livro e passar a
interpretar tudo de maneira literal. Uma interpretação
literal de Apocalipse levou o fundador das
Testemunhas de Jeová a conclusão de que apenas
144.000 pessoas seriam salvas e iriam para o céu.
A Interpretação do Apocalipse
Outra regra hermenêutica é que as Escrituras
interpretam as próprias Escrituras. Um texto claro
lança luz sobre um texto mais obscuro. No caso em
questão, por se tratar do tema do Reino de Deus,
temos uma vasta gama de textos bíblicos que
discorrem a respeito do assunto. Aliás, Jesus falou mais
sobre o Reino de Deus do que sobre qualquer outro
assunto. Embora não tenha citado um Reino Milenar
por vir.
A Interpretação do Apocalipse
A pergunta chave para a hermenêutica do Apocalipse
não é: "O que é?", mas, sim, "O que significa?". Por
exemplo: O que significam as dezenas de referências
numéricas, tais como, 7, 24, 666, 144.000 e 1.000?
Nem mesmo os mais literalistas interpretam
literalmente coisas como o número da Besta, A Besta
do Mar com sete cabeças e dez chifres (Ap 13), Os
Gafanhotos do Abismo (Ap 9) e cavalos (Ap 9).
Escolas Milenaristas
Historicamente, existem três escolas de
interpretação em relação ao milênio
descrito em Ap 20. Estas escolas são
chamadas de Pré-milenismo, Pós-
milenismo e Amilenismo.
Vejamos agora estas interpretações
em gráficos:
Pré-milenismo
Pré-Milenismo
Vinda de Cristo com seus
santos- 1 Ts 3.13; Ap
Céu
Calvário 19.11-14) Julgamento do
Arrebatamento da
Igreja (1 Co Grande Trono
15.51-53; 1 Ts Branco, dos Ímpios
4.14-18) ( Ap 20.11-15)

Reino às 1000 anos


Portas (Mt – Milênio
Condenação Terra
3.2) Período da (Cristo
da Besta e do Renovada
Tribulação Falso Profeta Trono de se pelo fogo
(Dn 9.20- (Ap 19.20) Pai, Davi Satanás (2 Pe Eternidade –
27) Ap 21 e 22)
é solto 3.10-12)
Era Atual – Piora
cada vez mais (2 3 anos 3 anos Lc 1.32; Is
Satanás
Tm 3.13). Era da (Ap
e meio e meio Amarrado 9.7. Reino 20.7-9)
Igreja (Grande (Ap
Mistério, Ef 3.2-10) (Ap 6- (Ap 20.2,3) dos Justos
13) 14-18) finalmente
na terra (Ap Ressurreição
Antigo Testamento 20.6) dos Ímpios
– Reino Profetizado Mortos (Ap Inferno
(Is 9.6-7) 20.13)
Pós-milenismo
1000 anos de Reino
Milenar de Cristo na
Calvário Terra. Cristo Inaugura-se a Céu
assentado no Trono apostasia
de Davi
Segunda Vinda
Cristo governa a Terra de Cristo
com Justiça – Traz o
Reino

Começa a
70ª Eternidade
Semana de
Daniel
O Evangelho Terra Renovada
melhora o pelo fogo (2 Pe
mundo cada vez 3.10-12)
mais Governo do
Anticristo

Ressurreição
Antigo Geral Inferno
Testamento
Amilenismo
Amilenismo
Segunda
Calvário
Vinda de Céu
Cristo
Trono de Davi –
Julgamento Geral
Cristo se assenta
para reinar sobre
um reino espiritual, Governo do
durante a era Anticristo
presente

70ª Semana de
Daniel
26 AD – 33 AD
Terra Renovada
Começo da
pelo fogo (2 Pe Eternidade
A era presente 3.10-12)
vai piorando à
Apostasia Governo do
medida que se
aproxima o fim Anticristo

Antigo Ressurreição Inferno


Testamento Geral
Exemplo:
Apocalipse 20.1-6: “O Milênio”

O capítulo 20, sem dúvida,


oferece uma das maiores
dificuldades do Apocalipse: a
interpretação do milênio.
O Amilenismo e o Apocalipse 20
O capítulo 20 começa descrevendo os
eventos que marcaram a primeira vinda,
porque foi por ocasião da Primeira Vinda de
Cristo que aconteceu o aprisionamento de
Satanás e seu lançamento no abismo.

Vejamos alguns textos:


Satanás está amarrado!
a) Mt 12:29: “Ou como pode alguém entrar na casa do valente e
roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? E, então, lhe saqueará
a casa.”

b) Lc 10:17-18: “Então regressaram os setenta, possuídos de alegria,


dizendo: “Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu
nome! Mas ele lhes disse: “Eu via Satanás caindo do céu como um
relâmpago”.

c) Jo 12:31-32: “Chegou o momento de ser julgado este mundo, e


agora o seu príncipe será expulso. E eu, quando for levantado da
terra, atrairei todos a mim mesmo”.
Satanás está amarrado!
d) Cl 2:15: “E depojando os principados e as potestades,
publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles
na cruz”.

e) Hb 2:14: “…para que, por sua morte, destruísse


aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo”.

f) 1 Jo 3:8: “…Para isto se manifestou o Filho de Deus:


para destruir as obras do diabo”.
Satanás está amarrado!
g) Ap 12:5-17 – A expulsão de Satanás foi o resultado da
coroação de Cristo.

h) Assim, a amarração de Satanás começou na


primeira vinda de Cristo e isso é o que Apocalipse 20:2
significa. A prisão ou restrição do poder de Satanás
tem a ver com a obra de Cristo na cruz e com a
evangelização das nações, de onde Deus chama
eficazmente todos os seus eleitos.
Satanás está amarrado!
Satanás está restrito em seu poder no sentido de que não
pode destruir a igreja (Mt 16:18) nem pode impedir que
os eleitos de todas as nações recebam o evangelho e
creiam (Rm 8:30). A igreja é internacional. O
particularismo da antiga dispensação (judeus) deu
lugar ao universalismo da nova (igreja).
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6
Jesus já iniciou o seu reinado ainda que isto
não esteja visível para todos conforme bem
expressa o autor de Hebreus quando diz: "o
coroaste de glória e de honra; tudo sujeitaste
debaixo dos seus pés. Ao lhe sujeitar todas as
coisas, nada deixou que não lhe estivesse
sujeito. Agora, porém, ainda não vemos que
todas as coisas lhe estejam sujeitas.“ (Hb 2.7-
8)
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6
Esta dinâmica do Reino tem a ver com o caráter híbrido
do Reino de Deus na era presente que é descrito por
Jesus em termos de trigo misturado com joio (Mt 13). E
também tem a ver com o caráter progressivo e
paulatino da expansão deste Reino como bem descrito
na Parábola do Grão de Mostarda (Mt 13) e na
revelação do Reino de Cristo registrada em Daniel 2.35
(a estátua).
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6
João 12.31-32 declara: "Chegou a hora de ser
julgado este mundo; agora será expulso o
príncipe deste mundo. Mas eu, quando for
levantado da terra, atrairei todos a mim"!
Jesus não disse que tal expulsão de Satanás se
daria após a sua Segunda Vinda, pelo
contrário, ele é enfático no uso do advérbio
"agora", ou seja, por ocasião da sua primeira
vinda.
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6

Portanto, o ensino do Novo Testamento é que


Jesus amarrou a Satanás e inaugurou o seu
reino em sua primeira vinda. Agora, como
disse Paulo: "é necessário que ele reine até que
todos os seus inimigos sejam postos debaixo
de seus pés. O último inimigo a ser destruído é
a morte" (1Co 15.25,26).
Não é possível que haja morte depois da volta de
Cristo.
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6

Já, quanto aos "mil anos", o número é simbólico, como


tantos outros no Apocalipse, (“7”, “24”, “666”, 144.000”, etc),
e significa um longo, suficiente, e completo período de
tempo em que se dará o Reino terrestre de Cristo, que
entendemos se tratar do período que vai de sua primeira
vinda até a sua Segunda Vinda.
 
Pois, além de tudo que foi dito anteriormente, temos
também a maravilhosa revelação de Daniel 2.44 que indica
claramente que o reinado messiânico e eterno do Messias
teria início na época do Império Romano.
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6
A interpretação do sonho indica quatro grandes
reinos, a saber: 1) a cabeça de outro = império
babilônico, 2) o peito e o braço = império medo-persa,
3) o ventre e os quadris = o império grego e 4) as
pernas e os pés = império Romano. O texto diz: "Na
época desses reis, o Deus dos céus estabelecerá um
reino que jamais será destruído e que nunca será
dominado por nenhum outro povo. Destruirá todos os
reinos daqueles reis e os exterminará, mas esse reino
durará para sempre"(Dn 2.44).
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6
Jesus disse que o Reino havia chegado (Mt 12.28) e
garantiu que alguns dos seus discípulos imediatos não
morreriam antes de verem o Reino de deus vindo com
poder! (Mc 9.1). "Pois ele nos resgatou do domínio das
trevas e nos transportou para o Reino do Filho
Amado"(Cl 1.13). Por esta razão é que o Livro de
Apocalipse começa declarando que Jesus Cristo "nos
constituiu reis e sacerdotes para servir a seu Deus e
Pai"(Ap 1.6).
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6

Jesus falou de seu reino em termos


espirituais e em ação já na presente era:
"...não vem o reino de Deus com visível
aparência... porque o reino de Deus está
dentro em vós“ (Lc.17:20,21). E que o Reino
dEle não é deste mundo (Jo 18.36).
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6

Os versículos de 4 a 6 falam daqueles que estão


assentados em tronos, com autoridade para julgar e
reinar juntamente com Cristo, destacando a figura dos
mártires, pois o livro de Apocalipse foi escrito para
encorajar os crentes que estavam sendo
tremendamente atribulados naquele período, que,
hoje, é conhecido como a Era dos Mártires. Eles
perderam parentes e irmãos em Cristo e estão
correndo o risco de perderem suas próprias vidas por
causa do Evangelho.
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6

A menção "as almas dos decapitados" em


Apocalipse 20 é muito semelhante a visão
dos mártires na glória registrada no capítulo
6.
Se fizermos uma leitura literalista deste
texto, teremos que admitir que somente os
decapitados são salvos.
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6

A ressurreição do corpo e o julgamento final estão


registrados no fim do capitulo 20, após a descrição do
reinado de mil anos. Que esta ressurreição é geral,
incluindo tanto incrédulos como crentes, se deduz da
frase conclusiva que diz: “E aquele que não foi achado
escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo”
(v.15).
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6

Daniel também profetizou uma ressurreição


geral: "Multidões que dormem no pó da
terra acordarão: uns para a vida eterna,
outros para a vergonha, para o desprezo
eterno" (Dn 12.2. Veja também: 2 Co 5.10;
Rm 14.10-12).
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6

Quanto as duas ressurreições de Ap 20, a primeira (v. 5) é de


caráter espiritual, sendo uma referência ao novo nascimento e
a condição de salvo, inscritos no Livro da Vida, como se pode
ver no texto paralelo que se encontra no v.15. Pois quem nasceu
de novo não sofre o dano da segunda morte ou condenação do
inferno.
O v. 14 diz que a Segunda Morte é o Lago de Fogo. “Nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1).
“Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra
e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em
juízo, mas passou da morte para a vida” (João 5:24).
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6

O Novo Testamento usa com frequencia o termo ressurreição,


ressuscitados e ressurretos para descrever a condição do crente
em Cristo: “tendo sido sepultados, juntamente com ele, no
batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a
fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos” (Cl
2:12)... “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com
Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à
direita de Deus” (Cl 3:1)... Fomos, pois, sepultados com ele na
morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado
dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos
nós em novidade de vida” (Rm 6:4)
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6

A Primeira Vinda de Cristo nos trouxe a primeira


ressurreição, que é o novo nascimento e a Segunda
Vinda nos trará a segunda ressurreição que será a do
corpo.
A segunda morte é uma referência ao castigo eterno, o
que implica em que a primeira ressurreição,
mencionada por João, não seja uma ressurreição física.
( Ap 20.6)
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6
Jesus ensinou claramente que a ressurreição seria
geral, para todos, crentes e não crentes, uns para vida e
outros para a condenação: “Não vos maravilheis disto,
porque vem a hora em que todos os que se acham nos
túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito
o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem
praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (João
5.28,29).
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6

O Novo Testamento sempre diz que o


Juízo Final se seguirá a Segunda Vinda
de Cristo (2 Ts 1.7-10; Mt 16.27; 25.31-32;
Jd 14-15 e Ap 22.12.
Não existem duas segundas vindas de
Cristo e duas ressurreições diferentes.
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6
 A Parábola das Dez Virgens ensina que não há esperança de vida e
nem de salvação para os perdidos após a Segunda Vinda de Jesus.
Ficando, assim, descartada a ideia de uma segunda oportunidade de
vida e salvação para os não salvos após o Arrebatamento da Igreja.

Porque razão Jesus, após sua vinda gloriosa, deveria ainda ter de
governar sobre seus inimigos com vara de ferro, e ainda ter de esmagar
uma desnecessária rebelião no fim do milênio? Por que, então, haveria
espaço para mais uma rebelião e mais uma guerra após a destruição do
último inimigo (1Co 15) por ocasião da Segunda Vinda de Cristo?
Conclusão de Ap 20
Portanto, Apocalipse 20, não está ensinando nada novo e nem diferente
do ensino de Jesus e de seus Apóstolos que deixaram claro que a Primeira
Vinda de Cristo inaugurou o Reino de Deus e que Jesus reina do seu
trono celestial colocando um a um de seus inimigos debaixo de seus pés,
cujo último inimigo, a morte, será destruído por ocasião da sua Segunda
Vinda, que é única, pessoal, visível, portentosa, em meio a labaredas de
fogos, promovendo uma ressurreição geral de todos para o Juízo Final,
quando o joio será separado do trigo e os bodes do meio das ovelhas.
Os mortos em Cristo ressuscitarão e receberão corpos espirituais e
indestrutíveis capacitados para viver a eternidade na Jerusalém Celestial.
Não pertencemos a Jerusalém terrena, nossa cidadania é celeste!
Aguardamos novos céus e nova terra, nossa morada celestial que Jesus foi
preparar!
Conclusão Geral
Sempre buscando uma interpretação que revele com
maior clareza a mensagem do Apocalipse, descobrimos
que o livro deve ser entendido em chave simbólica, pois
o objetivo do autor era transmitir sua mensagem através
de figuras carregadas de linguagens apocalípticas, que
revelassem os mistérios, e o ministério de Cristo, como
“Aquele que anda no meio dos sete candeeiros de ouro”.
Jesus Cristo Virá
Outra vez!

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