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Expressões brasileiras

Professor Marcelo
Roman
Acabar em pizza

• Essa expressão popular brasileira é muito usada


na política e significa que a situação não vai ser resolvida,
mesmo que seja um escândalo; a situação começou e vai
acabar do mesmo jeito; os responsáveis pelos atos
errados não serão punidos. 
• Mas tudo acabar em pizza foi uma expressão que surgiu
no esporte, como mostra uma reportagem da 
Revista Superinteressante:

• “Aconteceu na década de 60, quando alguns cartolas


palmeirenses ficaram 14 horas seguidas trancados numa
reunião discutindo e brigando. No final estavam todos mortos
de fome e resolveram ir a uma  pizzaria, onde pediram 18
pizzas gigantes e muito chope. Depois de toda comilança e
álcool, todos foram para casa, as brigas acabaram e não
houve mais discussão. O episódio foi documentado pelo
jornalista Milton Peruzzi na Gazeta Esportiva com a seguinte
manchete: “Crise do Palmeiras termina em pizza””.
A cara da riqueza

• A cara da riqueza é a expressão


utilizada quando a pessoa está em
um momento de ostentação ou
quando a pessoa está
um arraso ou bem vestida. 
A cobra vai fumar

• Quando se faz alguma coisa e depois surgem


sérios problemas. 
• “A cobra vai fumar” foi o lema do Exército
Brasileiro durante a 2ª Guerra Mundial (1.939-
1.945), pois dizia-se que

• “É mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil


entrar na guerra".

• O Brasil acabou participando da Segunda


Guerra Mundial, mesmo acontecendo na
Europa, e a cobra fumando foi uma provocação
àqueles que diziam que nosso país nunca
estaria nos campos de batalha.
Amigo da onça

• "Amigo da onça" é a expressão


popular brasileira para descrever
uma pessoa traidora ou falsa.
Alguém que finge ser amigo/amiga de
alguém, mas na verdade quer mesmo
é que a outra pessoa se dê muito mal.
Apenas espera para atacar a vítima.
Dar migué

• "Dar migué" é usar


uma desculpa
esfarrapada para enrolar
uma pessoa, mentir para
alguém. 
Dois palito

• "Dois palito" é uma


expressão usada
para dizer
que alguma coisa
será resolvida
rapidamente.
Embaçado

• A gíria embaçado pode
servir para falar de
uma situação difícil de ser
resolvida ou
para descrever uma
pessoa que é agressiva.
Engolir sapo
• Engolir sapo significa tolerar
situações desagradáveis e não
opinar sobre elas, manter-se em
silêncio e suportar a situação
mesmo que seja algo ruim.
Fazer uma
vaquinha

• Fazer uma vaquinha é juntar


dinheiro através de doações
feitas por várias pessoas para
uma determinada finalidade.
Muitas vezes existe uma meta
de arrecadação e outras vezes
não.
Lacrou

• Hoje muito popular, Lacrou é uma gíria


que surgiu em 2.013 com
o youtuber brasileiro Romagaga e no
início era muito utilizada pela
comunidade LGBT+.
• Lacrou funciona como um elogio para
alguém, parabenizar uma pessoa por
ter feito algo bem-sucedido, arrasar, ter
sucesso.

• Outra expressão equivalente é


“mandar bem”.
Mitou

• Expressão popular brasileira


especialmente na internet.
• Uma pessoa "mitou" quando diz
algo engraçado, polêmico ou int
eligente e passa a receber
vários feedbacks, pois o conteúdo
acaba “viralizando” na internet.
Essa pessoa acaba se tornando
um mito ou uma lenda para os
leitores.
Pagar pau

• "Pagar pau" é
estar interessado(a)
(amorosamente) por
alguém e não conseguir
disfarçar, mostrar admiração
por algo ou alguém.
Pagar mico

• Pagar mico é passar vergonha.


• A expressão surgiu com um jogo de
cartas infantil chamado Jogo do Mico,
onde os participantes precisavam formar
pares de animais (macho e fêmea),
porém o Mico era o único animal que
não tinha par. Quem ficava com a carta
do mico perdia o jogo, ou seja, pagava
mico.
• Outra expressão equivalente: “Passar
carão”.
Pão-duro

• Ser um pão-duro significa o desejo de acumular dinheiro e gastar apenas com o essencial.


É a pessoa avarenta, que não divide o que tem e não compartilha nada com os
outros (Fonte: Dicionário Michaelis).
• Segundo a Nexo - Soluções linguísticas, pão-duro nasceu em uma peça teatral de Amaral
Gurgel, que retratava a vida de um mendigo que sempre pedia qualquer coisa para as
pessoas nas ruas do Rio de Janeiro, até mesmo “um pedaço de pão-duro”. Essa história
parece ser realmente verdade e quando o mendigo morreu, descobriram que ele tinha um
bom patrimônio, como contas em bancos e imóveis. 
• Expressões equivalentes: “Ter o escorpião no bolso, mão de vaca”. 
Pega pra capar 

• Pega pra capar é uma expressão usada


para briga, confusão ou conflito. O
dicionário Aulete Digital define a
expressão como tumulto generalizado com
agressões físicas. 
Puxa-saco

• Puxa-saco é uma expressão usada


para alguém que é bajulador,
que gosta de elogiar outra pessoa
para obter vantagens pessoais.
• A expressão teria surgido
nos quartéis, pois os soldados
com mais baixas patentes tinham
de carregar seus sacos com
utensílios e suprimentos e também
os sacos daqueles integrantes do
exército com patentes mais altas. 
Rodar a baiana

• Fazer um escândalo ou arrumar confusão ao tirar satisfação com


alguém; não levar desaforo para casa. 
• Essa expressão rodar a baiana surgiu no Carnaval do Rio de
Janeiro. No início do Século 20, quando os blocos saíam pelas
ruas, as mulheres vestidas de baianas eram uma das principais
atrações e alguns rapazes se aproveitavam da situação para beliscar
o bumbum das meninas.
• Foi então que alguns capoeiristas passaram a se fantasiar de
baianas, e quando havia uma situação de desrespeito, aplicavam um
golpe de capoeira nos rapazes aproveitadores. Ninguém entendia o
que estava acontecendo e só conseguiam ver, literalmente, as
baianas rodarem. 
• Expressão equivalente: “Fazer um barraco”.
Saia justa

• Saia justa é uma situação


vergonhosa, embaraçosa, constrangedora, complicad
a, difícil, sem saída.
• Procurei pela internet alguma explicação para essa
expressão popular, porém o máximo que encontrei é
que o termo está relacionado com a peça de roupa -
a saia justa - que define o corpo da mulher e mostra
suas formas - mas também dificulta seus movimentos.
Por isso, saia justa é uma expressão usada para falar de
situações difíceis ou sem saída.
Santo do Pau Oco

• Santo do Pau Oco é uma expressão popular


brasileira usada para classificar uma pessoa como
dissimulada ou falsa, pessoa sem
caráter, hipócrita.
• O surgimento da expressão está ligada ao período
do Brasil Colônia e de maneira específica,
associada à mineração. Para escapar dos altos
impostos, imagens de santos em madeira eram
feitas com o interior oco para que fossem
preenchidas com ouro em pó e assim, na
fiscalização da Coroa Portuguesa, passarem
despercebidas.

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