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Processadores CISC X RISC:

qual a diferença entre essas • É aqui que as diferenças


duas arquiteturas?
entre RISC e CISC começam
O que o processador faz? a surgir.
Considerado o cérebro de um
computador, o processador – ou
Unidade Central de Processamento
(CPU) – é um circuito eletrônico
responsável por executar uma série de
instruções dadas pela máquina.   Essas
instruções são pré-definidas e
armazenadas na memória principal do
computador e chegam ao processador
em linguagem assembly, que é o
padrão reconhecido e compreendido
por ele.   O processador pode receber
diferentes tipos de instrução:
•Operações aritméticas (adição,
subtração, multiplicação e divisão);
•Acesso à memória para, por exemplo,
mover dados de um local para outro;
•Operações lógicas;
•Controle, etc...
CISC (Complex Instruction Set Computer)

CISC é o acrônimo de Complex Instruction Set Computer, ou seja, executa instruções complexas.
 E qual é a complexidade por trás dessas instruções?  
Elas são normalmente longas e repletas de operações matemáticas distintas.
Não possuem um tamanho padrão, podendo assumir dimensões variáveis de acordo com a quantidade de
operações que deverão ser executadas.
Exigem que o processador acesse a memória para executar essa instrução.
Resultado: o tempo de processamento será maior afetando, portanto, a capacidade de processamento.  Para
executar uma só instrução, um processador CISC pode exigir vários ciclos de relógio. Um ciclo de relógio é a
frequência medida em Hertz que determina quantos impulsos serão realizados por segundo naquele
computador.  
Exemplo, uma máquina de 100Mhz irá realizar 100 milhões de impulsos por segundo. Quanto maior esse
número, menor será a quantidade de ciclos necessários para executar uma instrução.   A família de
processadores x86 da Intel (286, 386, 486) nascida na década de 1970 é uma das mais reconhecidas usuárias da
arquitetura CISC. E, durante anos, os computadores pessoais se restringiram a essa arquitetura até que a Apple
mudou esse cenário.   “Podemos dizer que 90% do mercado têm suas demandas atendidas por máquinas com
processador CISC. São usadas, normalmente, para rodar aplicações simples que exigem pouco processamento
como um sistema de caixa de uma loja, por exemplo”, afirma o Diretor de Operações da LB2, Victor Machado.
 Devido à capacidade de processamento limitada, são logo substituídas pela arquitetura RISC, quando a
necessidade de processamento atinge padrões elevados.
RISC ( Reduced Instruction Set Computer)

Aqui o nome mais uma vez diz muito sobre a arquitetura do processador. Ao contrário do CISC, o RISC
executa instruções reduzidas. 
Ou seja, ele quebra a instrução em várias menores e mais simples e todas assumem um tamanho padrão.   Cada
uma dessas instruções têm as características necessárias para que possa ser executada em apenas um ciclo de
relógio. No exemplo que demos antes, a cada 100 milhões de impulsos, uma instrução seria concluída.
No caso do CISC, essa afirmação não seria verdadeira já que uma instrução poderia exigir 10, 20 ou vários outros
ciclos para ser finalizada.   “Em nível enterprise, em que o processamento dos dados é muito alto, máquinas com
arquitetura RISC como a Power da IBM e Sparc da Oracle são as mais indicadas. E aqui não estamos nos referindo
necessariamente ao tamanho da empresa. Organizações de pequeno e médio porte podem ter operações que
exijam capacidade de processamento muito alto e, por isso, recorrem ao RISC”, detalha Victor.  
O RISC também é amplamente utilizado em dispositivos móveis como celulares e tablets, os próprios notebooks
e vídeo-games, pois são processadores menores, mais baratos e que tendem a consumir menos energia. Sem
contar que atende à forte demanda por uma velocidade de processamento elevada nestes casos.  
RISC ( Reduced Instruction Set Computer)

Apesar de parecer menos vantajosa frente à arquitetura RISC, a CISC possui


um conjunto maior de instruções que podem ser precessados, enquanto no
RISC, o volume de instruções além de mais limitado, é mais simples.   Existem
sim aplicações muito específicas para a arquitetura CISC e, por isso, a tendência é
que ambas continuem coexistindo no mercado. Inclusive, há uma tendência
de fusão dos dois tipos de processadores, permitindo que as instruções mais
complexas sejam direcionadas para RISC e as mais simples e rápidas para CISC.

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