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Universidade Zambeze

Faculdade de Ciências Agrárias


Curso: Engenharia agro-pecuária
Cadeira: Fitotecnia
Tema: Técnicas de preparação do solo
Discente:
183052071041
193052071002
193052071008
193052071016
193052071026
193052071045
Docente:
Engo. Ângelo Gomes.

Ulónguè, Outubro de 2021.


INTRODUҪÃO
O preparo do solo é uma etapa do processo agrícola que deve ser feita
obedecendo a critérios rígidos e técnicas precisas. Usar sistemas de
preparo da terra significa trabalhá-la para melhorar as condições
físicas e químicas para o plantio. Nesse momento, o produtor pode
precisar revolver a terra, suplementá-la com fertilizantes de tipos
diferentes, ou eliminar sementes de ervas daninhas por métodos
físicos ou químicos. Tudo isso visa alcançar uma maior
produtividade da terra, mas pode afectar de forma negativa o
terreno, (QUNTO, 2004).
OBJECTIVOS
GERAL:
Fazer revisão bibliográfica sobre as técnicas de
preparação do solo.
ESPECIFICO:
Identificar as técnicas de preparação do solo;
Descrever as principais técnicas do preparo do solo;
Descrever a importância da preparação do solo.
Sistemas de preparo do solo

Topografias diferentes exigem manejos diferentes.


Além disso, as próprias características físico-químicas
do terreno vão determinar que tipo de preparo deverá
ser feito para que a produção seja optimizada e o
ecossistema, respeitado. Veja a seguir os principais
sistemas de preparo do solo, (BERTOLINO, 2004).
Convencional
Para o preparo convencional, o produtor precisa fazer pelo menos uma aração e
duas gradagens no solo, e esses números podem ser superiores. Entre as
vantagens desse sistema está o fato de proporcionar um melhor controlo de
pragas.
Além disso, o sistema convencional deixa o solo sem torrões, o que melhora a
recepção das sementes. Ele também fica com boa aeração na camada arável. No
entanto, há as desvantagens.
Entre os principais problemas estão um maior risco de erosão, a necessidade de
mais mão-de-obra e uma maior perda de água no solo. Esse último terá reflexos
na necessidade maior de irrigação.
Directo
O plantio directo é um sistema que não envolve o revolvimento do
solo. Ele se baseia nos princípios da cobertura permanente do
terreno e na rotatividade de culturas. É um sistema menos agressivo
para o meio ambiente e mais económico para o negócio.

Por outro lado, o produtor pode notar uma colheita um pouco menor
nos três primeiros anos. Além disso, pode ser necessário um uso
maior de herbicidas, e é comum haver uma incidência maior de
pragas, (SALM, 2005).
Semi-direto
O plantio semi-direto é similar ao directo. A semeadora é feita directamente
sobre a superfície do solo, com uma semeadora especial. A principal diferença
é que, neste sistema, há uma retirada dos resíduos na superfície do solo.

Cultivo mínimo

Como o próprio nome sugere, a principal característica desse sistema é o


mínimo revolvimento do solo para o plantio. Esse sistema demanda menos
mão-de-obra, combustível e gastos com máquinas.

O solo mantém uma maior capacidade de retenção de água na superfície, e há


uma menor pulverização da superfície do terreno. Por outro lado, o leito de
semeadora não fica uniforme e pode ocorrer o embuchamento do arado.
Passos iniciais para o preparo do solo

Aração

Essa técnica consiste em revirar as camadas do solo, de modo a invertê-las.


Com o auxílio de um arado, o produtor revolve as camadas em uma
profundidade de aproximadamente 20 centímetros. A prática aumenta os
níveis de oxigenação da matéria orgânica.

A prática é muito comum nas regiões do globo que têm clima temperado. No
entanto, em países tropicais como o Brasil, que são sujeitos a intempéries,
ela pode não ser uma boa estratégia em longo prazo, pois compromete a
saúde do solo, (NETO, 2007).
Escarificação
Essa técnica é menos agressiva e também pode ser feita para o
preparo do solo. Com um escarificador mecânico, faz-se o
rompimento de camadas do solo, mas sem revolvê-las ou
invertê-las.
A técnica é muito usada no sistema de preparo mínimo do solo e
tem sido utilizada em alternativa à aração. No clima brasileiro, a
escarificação também tem como desvantagem reduzir muito
rapidamente os níveis de cálcio no solo, (NETO, 2007).
 
Subsolagem
Esse tipo de técnica é indicado para solos com camadas superiores que
impeçam o fluxo de água ou o desenvolvimento das raízes das plantas
em profundidades que ultrapassem os 30 cm.
A subsolagem consiste em uma descompactação do solo que é um pouco
mais profunda do que a escarificação. Os subsoladores são
equipamentos que têm hastes mais robustas e longas do que os
escarificadores. O espaçamento maior entre as hastes permite a vazão
da terra durante a execução da técnica, (BERTOLINO, 2004).
Gradagem
A técnica de gradagem costuma ser realizada depois da aração e da subsolagem. Ela
serve para quebrar os torrões deixados por essas técnicas e deixar a terra mais uniforme
e a superfície plana.
A gradagem está caindo em desuso, pois novas técnicas do sistema de plantio directo
dispensam a necessidade de um solo tão solto e uniforme. Alguns agricultores
continuam revolvendo a terra em suas propriedades, mesmo aplicando o sistema de
plantio directo.
Além de ser um erro que prejudica a saúde do solo, essas práticas são desnecessárias,
pois, com as técnicas de plantio directo, é possível alcançar uma produção optimizada
lançando as sementes directamente sobre o solo, sem revolvê-lo, (BERTOLINO,
2004).
CONCLUSÃO
O preparo do solo é uma etapa de fundamental importância não só para a
safra, mas para a sustentabilidade da propriedade no longo prazo. Caso
haja um manejo errado da terra, pode ocorrer a desertificação da área,
impedindo a continuação das actividades económicas no terreno e
prejudicando as próximas gerações que vão trabalhar essa terra.
O problema não é só financeiro: essa alteração profunda nas
características físico-químicas da terra pode contribuir até mesmo para o
aumento do efeito estufa e o aquecimento da superfície terrestre.

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