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Por outro lado, o produtor pode notar uma colheita um pouco menor
nos três primeiros anos. Além disso, pode ser necessário um uso
maior de herbicidas, e é comum haver uma incidência maior de
pragas, (SALM, 2005).
Semi-direto
O plantio semi-direto é similar ao directo. A semeadora é feita directamente
sobre a superfície do solo, com uma semeadora especial. A principal diferença
é que, neste sistema, há uma retirada dos resíduos na superfície do solo.
Cultivo mínimo
Aração
A prática é muito comum nas regiões do globo que têm clima temperado. No
entanto, em países tropicais como o Brasil, que são sujeitos a intempéries,
ela pode não ser uma boa estratégia em longo prazo, pois compromete a
saúde do solo, (NETO, 2007).
Escarificação
Essa técnica é menos agressiva e também pode ser feita para o
preparo do solo. Com um escarificador mecânico, faz-se o
rompimento de camadas do solo, mas sem revolvê-las ou
invertê-las.
A técnica é muito usada no sistema de preparo mínimo do solo e
tem sido utilizada em alternativa à aração. No clima brasileiro, a
escarificação também tem como desvantagem reduzir muito
rapidamente os níveis de cálcio no solo, (NETO, 2007).
Subsolagem
Esse tipo de técnica é indicado para solos com camadas superiores que
impeçam o fluxo de água ou o desenvolvimento das raízes das plantas
em profundidades que ultrapassem os 30 cm.
A subsolagem consiste em uma descompactação do solo que é um pouco
mais profunda do que a escarificação. Os subsoladores são
equipamentos que têm hastes mais robustas e longas do que os
escarificadores. O espaçamento maior entre as hastes permite a vazão
da terra durante a execução da técnica, (BERTOLINO, 2004).
Gradagem
A técnica de gradagem costuma ser realizada depois da aração e da subsolagem. Ela
serve para quebrar os torrões deixados por essas técnicas e deixar a terra mais uniforme
e a superfície plana.
A gradagem está caindo em desuso, pois novas técnicas do sistema de plantio directo
dispensam a necessidade de um solo tão solto e uniforme. Alguns agricultores
continuam revolvendo a terra em suas propriedades, mesmo aplicando o sistema de
plantio directo.
Além de ser um erro que prejudica a saúde do solo, essas práticas são desnecessárias,
pois, com as técnicas de plantio directo, é possível alcançar uma produção optimizada
lançando as sementes directamente sobre o solo, sem revolvê-lo, (BERTOLINO,
2004).
CONCLUSÃO
O preparo do solo é uma etapa de fundamental importância não só para a
safra, mas para a sustentabilidade da propriedade no longo prazo. Caso
haja um manejo errado da terra, pode ocorrer a desertificação da área,
impedindo a continuação das actividades económicas no terreno e
prejudicando as próximas gerações que vão trabalhar essa terra.
O problema não é só financeiro: essa alteração profunda nas
características físico-químicas da terra pode contribuir até mesmo para o
aumento do efeito estufa e o aquecimento da superfície terrestre.