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Sistema Cardiovascular e

Respiratório
Dr. Rodrigo Vieira
Bomba cardíaca
O sangue é uma variedade especial de tecido conjuntivo com
características fluidas.

Sua principal função é transportar gás oxigênio e nutrientes a


todas as células do corpo, além de conduzir gás carbônico para
os pulmões e excretas para os rins.

Esse transporte ocorre com o auxílio do coração, que bombeia


o sangue e promove, assim, a circulação sanguínea.
Bomba cardíaca
Nos mamíferos, o coração é um órgão formado por quatro câmaras
cardíacas: dois átrios (câmaras superiores) e dois ventrículos (câmaras
inferiores).

O coração com quatro cavidades é denominado tetracavitário e é responsável


por promover uma circulação dupla (o sangue passa duas vezes pelo coração) e
completa (o sangue venoso não se mistura com o arterial).

As câmaras cardíacas se contraem e relaxam, alternadamente, 70 vezes por


minuto, em média.
Bomba cardíaca
O processo de contração dessas câmaras é denominado sístole, enquanto o
relaxamento é chamado de diástole.

O fluxo sanguíneo, gerado por esse movimento de contração e relaxamento, deve


ocorrer em uma única direção. Para garantir esse fluxo, as valvas impedem o
refluxo do sangue.
Bomba cardíaca
Bomba cardíaca
Fluxo sanguíneo por meio dos vasos
Descobrir que o sangue flui por meio dos vasos sanguíneos em um sentido único
foi decisivo para compreender o papel exercido por cada um desses vasos na
circulação humana.

O sangue flui do coração para as artérias, vasos que transportam o sangue dos
ventrículos para diversas partes do corpo.

As artérias apresentam uma diminuição no diâmetro do vaso à medida que se


aproximam dos tecidos. Isso resulta no surgimento das arteríolas, que se estreitam
ainda mais para formar outros vasos, chamados de capilares.

Os capilares tornam-se cada vez mais espessos, formando as vênulas e, em


seguida, as veias, que transportarão o sangue de volta ao coração.
Bomba cardíaca
Fluxo sanguíneo por meio dos vasos

As veias são vasos que transportam o sangue proveniente de diversas partes do


corpo de volta ao coração.

Chegando ao coração sempre pelos átrios, as veias possuem, em seu interior,


válvulas (pequenas valvas) unidirecionais para evitar o contrafluxo causado pela
força da gravidade.

Além das válvulas, as contrações musculares também garantem o retorno do


sangue aos átrios.
Bomba cardíaca
Fluxo sanguíneo por meio dos vasos
Bomba cardíaca
Fluxo sanguíneo por meio dos vasos
As artérias e as veias são compostas por três camadas: uma de tecido
conjuntivo, uma de tecido muscular não estriado e elástico e outra que fica em
contato com o fluxo sanguíneo, o endotélio.

No entanto, nas artérias, a musculatura não estriada é mais desenvolvida que nas
veias, pois o sangue chega com grande pressão dos ventrículos para as artérias.
Assim, os vasos arteriais apresentam uma pulsação semelhante ao ritmo
cardíaco.
Bomba cardíaca
Fluxo sanguíneo por meio dos vasos
Bomba cardíaca
Fluxo sanguíneo por meio dos vasos
Bomba cardíaca
Fluxo sanguíneo por meio dos vasos
A grande e a pequena circulação

O sangue arterial, rico em gás oxigênio, sai do ventrículo esquerdo


quando há sístole e é enviado a todos os órgãos e tecidos do corpo
humano por meio de uma artéria de grande calibre, a aorta.

A aorta se ramifica em diversas artérias, com destino a todas as partes


do organismo.
Bomba cardíaca
Fluxo sanguíneo por meio dos vasos
A grande e a pequena circulação

O retorno do sangue dos tecidos para o coração ocorre por meio


das veias cavas inferior e superior.

Essa descrição de percurso do sangue arterial, desde o ventrículo


esquerdo até o seu retorno como sangue venoso ao átrio direito,
corresponde à grande circulação ou circulação sistêmica.
Bomba cardíaca
Fluxo sanguíneo por meio dos vasos
Bomba cardíaca
Fluxo sanguíneo por meio dos vasos
O sangue venoso, pobre em gás oxigênio, sai do ventrículo direito e é
transportado até os pulmões pela artéria pulmonar.

Nos capilares dos pulmões, ocorre o fenômeno de hematose (troca de gases): o


sangue venoso se torna arterial (rico em gás oxigênio) e segue em direção ao
átrio esquerdo do coração por meio das veias pulmonares.

O percurso do sangue venoso, que sai do ventrículo direito e chega ao átrio


esquerdo, é denominado pequena circulação ou circulação pulmonar.
Bomba cardíaca
Fluxo sanguíneo por meio dos vasos
Bomba cardíaca
Ciclo cardíaco e frequência cardíaca

O ciclo cardíaco é um ciclo completo de contração (sístole) e relaxamento


(diástole) das câmaras cardíacas. A frequência cardíaca pode ser medida por
meio da contagem da pulsação das artérias.

A pressão arterial é exercida pelo sangue na parede das artérias e pode ser
verificada por meio de um aparelho chamado de esfigmomanômetro.

Em um adulto saudável, a pressão durante a sístole ventricular – pressão


sistólica ou máxima – é da ordem de 120 mmHg (milímetros de mercúrio); já
durante a diástole ventricular – pressão diastólica ou mínima –, é da ordem de 80
mmHg.
Bomba cardíaca
Ciclo cardíaco e frequência cardíaca

A pulsação (ou pulso) pode ser verificada pelo ciclo de expansão e relaxamento
das artérias, por meio da artéria radial do punho e pela artéria carótida do
pescoço.

Essa aferição corresponde a uma variação de pressão sanguínea nas artérias


durante a contração e o relaxamento do coração.
Bomba cardíaca
Bomba cardíaca

Controle e sons do batimento cardíaco

O coração humano é constituído por uma musculatura de caráter estriado.


Diferentemente da contração dos músculos do braço, por exemplo, a do coração é
involuntária e rítmica.

Essa contração rítmica depende da atividade elétrica de autoestimulação que o


coração possui. Próximo à junção do átrio direito com a veia cava superior, há um
conjunto especializado de células musculares, o nó sinoatrial.
Bomba cardíaca

Controle e sons do batimento cardíaco

O nó sinoatrial dispara estímulos elétricos que são distribuídos para todo o


músculo cardíaco pelo miócito condutor cardíaco, uma rede de miócitos
especializados que transmite um impulso em uma velocidade seis vezes maior que
o músculo cardíaco normal.

Assim, o nó sinoatrial controla a frequência e o ritmo do batimento cardíaco.


Bomba cardíaca
Controle e sons do batimento cardíaco

Outros mecanismos podem influenciar na frequência cardíaca controlada pelo nó


sinoatrial, como a secreção do hormônio adrenalina, quando em situações de
medo, raiva, emoção etc.
Bomba cardíaca
Controle e sons do batimento cardíaco

Os sons do coração correspondem à propagação sonora resultante da atividade de


fechamento das valvas do coração e das valvas das artérias que saem dos
ventrículos.

O primeiro som, mais fraco, acontece quando as valvas do coração (mitral e


tricúspide) se fecham e separam os átrios dos ventrículos. Esse som é conhecido
como primeira bulha cardíaca.

O rápido fechamento das valvas das artérias durante a saída do sangue dos
ventrículos propaga um som de maior intensidade, chamado de segunda bulha
cardíaca. Essas atividades evitam o refluxo do sangue.
Hipertensão – Também chamada de “pressão alta”, caracteriza-se pelo aumento
da pressão de sístole e diástole ventricular: quando a pressão de sístole é maior
que 14 e a de diástole é maior que 9.

Essa elevação pode ser causada por vários motivos, como estresse, má
alimentação, sedentarismo e excesso de peso.

O tratamento consiste em medicamentos, atividades físicas regulares e


alimentação equilibrada.
Aterosclerose – Consiste na perda de elasticidade das artérias devido à deposição
de placas de gordura (ateroma) na parte interna dos vasos.

As placas de gordura reduzem o diâmetro do vaso, o que dificulta a passagem do


sangue, provoca um aumento da pressão sanguínea e pode causar dores no peito
durante pequenos esforços físicos (angina).

O tratamento depende dos sintomas e da gravidade do problema, podendo ser feito


com medicamentos ou medidas cirúrgicas.
Trombose – Consiste na formação de coágulos sanguíneos nas veias,
principalmente das pernas, causando dores e inchaço local.

A complicação da trombose ocorre quando os coágulos se soltam e passam a


circular na corrente sanguínea.

Com isso, podem ficar presos em vasos do cérebro, pulmões ou coração,


ocasionando lesões graves.
AVC (acidente vascular cerebral) – Também chamado de acidente vascular
encefálico, acontece quando vasos do cérebro são rompidos ou obstruídos, o que
reduz a circulação sanguínea e a oxigenação do local.

Assim, ocorre a paralisia da região afetada.


Infarto – Acontece quando os vasos que irrigam o coração – as artérias coronárias
– são obstruídos por depósitos de cálcio, placas de gordura ou coágulos, o que faz
com que esse órgão não receba sangue adequadamente.

Isso pode causar a morte de células, desencadeando um processo inflamatório no


músculo cardíaco.
Componentes do sangue

O sangue é um fluido constituído por duas frações bem distintas: uma parte
líquida denominada plasma, composta de água e substâncias dissolvidas, e uma
parte formada pelos elementos figurados do sangue (glóbulos vermelhos,
glóbulos brancos e plaquetas), constituída pela porção celular.
Componentes do sangue

Plasma

A porção líquida do sangue representa 55% do volume total desse tecido, sendo
formada por 90% de água e 10% de proteínas solúveis, sais minerais e materiais
em circulação.

As proteínas dissolvidas no plasma são responsáveis pela manutenção das


condições químicas do sangue, garantindo a capacidade de troca entre este e as
demais células do corpo.
Componentes do sangue

Plasma

A maior parte do gás carbônico proveniente da respiração celular é transportada e


dissolvida no plasma, de onde seguirá até os pulmões para ser expirado.

A composição química do plasma pode sofrer pequenas modificações de acordo


com o local por onde o sangue circula.

Ex: durante a passagem pelo intestino delgado, o sangue torna-se repleto de


nutrientes dissolvidos (aminoácidos, glicose, frutose, vitaminas, glicerol),
resultantes da atividade de absorção das microvilosidades intestinais.
Componentes do sangue

Glóbulos vermelhos

Também chamados de eritrócitos ou hemácias, são células produzidas na medula


óssea vermelha.

O número dessas células no corpo pode variar de um indivíduo para outro de


acordo com a idade, o sexo, a nutrição, o condicionamento físico, a altitude do
local onde a pessoa se encontra, entre outros fatores.
Componentes do sangue

Glóbulos vermelhos

Também chamados de eritrócitos ou hemácias, são células produzidas na medula


óssea vermelha.

O número dessas células no corpo pode variar de um indivíduo para outro de


acordo com a idade, o sexo, a nutrição, o condicionamento físico, a altitude do
local onde a pessoa se encontra, entre outros fatores.
Componentes do sangue

Glóbulos vermelhos

No interior das hemácias de um indivíduo da espécie humana, há uma proteína


pigmentosa denominada hemoglobina, responsável pela cor vermelha dessas
células, que apresentam átomos de ferro em sua estrutura.

Os glóbulos vermelhos têm como função o transporte de gás oxigênio aos tecidos,
o que ocorre por meio da ligação entre esse gás e a parte férrica da hemoglobina,
formando o composto oxiemoglobina.
Componentes do sangue

Glóbulos vermelhos
Componentes do sangue

Glóbulos vermelhos

Após um período de, aproximadamente, 120 dias, a membrana plasmática das


hemácias perde elasticidade, rompe e se degrada, principalmente no baço.

Após a ruptura do glóbulo, a hemoglobina sofre degradação no fígado, liberando a


bilirrubina, que é lançada no intestino sob a forma de sais biliares. O ferro, por sua
vez, é reutilizado pela medula óssea vermelha para a produção de novas moléculas
de hemoglobina.
Componentes do sangue

Glóbulos brancos

Na medula óssea vermelha, além da produção dos glóbulos vermelhos e das


plaquetas, também ocorre a produção dos glóbulos brancos ou leucócitos.

A principal atividade dos glóbulos brancos é combater os microrganismos


patogênicos e as toxinas que penetram no corpo. Portanto, os leucócitos compõem
o sistema de defesa do organismo.
Componentes do sangue

Glóbulos brancos
Componentes do sangue

Plaquetas
Além de atuar na distribuição de gases e nutrientes e na defesa do organismo, o
sangue também é responsável pela proteção contra hemorragias.

Quando um vaso sanguíneo é lesionado devido a uma condição natural ou


acidental, o sangue não deve fluir para o meio externo, pois há o risco de se perder
o equilíbrio vital.
Componentes do sangue

Plaquetas

Para que isso não ocorra, o sangue dispõe de elementos figurados envolvidos no
processo de hemostasia: as plaquetas ou trombócitos. As plaquetas não são
células, mas fragmentos celulares derivados de megacariócitos, compostos de
membranas e citoplasmas anucleados (sem núcleo).
Componentes do sangue

Formação do tampão plaquetário (coágulo)

A ruptura de um vaso sanguíneo desencadeia um processo contínuo e dinâmico


que visa à formação de um coágulo.

A reação inicial é a contração do próprio vaso lesado para diminuir seu calibre e o
processo de vazão.
Componentes do sangue

Formação do tampão plaquetário (coágulo)

Em seguida, utilizando componentes proteicos do plasma, forma-se uma rede de


proteínas ao redor da área lesada. Depois, as plaquetas começam a aderir a essa
rede, formando um emaranhado denominado tampão plaquetário ou coágulo.

Durante o conjunto de reações para a formação da rede de proteínas, o cálcio e a


vitamina K são essenciais na regulação do processo.
Componentes do sangue

Formação do tampão plaquetário (coágulo)


Componentes do sangue

Formação do tampão
plaquetário (coágulo)
Respiração

Os seres vivos apresentam diversos tipos de respiração, como a branquial, a


cutânea e a pulmonar.

Todos esses mecanismos são necessários para a realização da respiração celular,


processo pelo qual os seres vivos obtêm a energia necessária à sua sobrevivência.

O ser humano, por exemplo, utiliza a respiração pulmonar para esse processo.
Respiração celular

A respiração celular ocorre no citoplasma e nas mitocôndrias das células. Para que
esse processo aconteça, é essencial a participação do gás oxigênio, que é retirado
do ambiente, e da glicose, substância orgânica obtida por meio da alimentação.

Nesse processo, a glicose é quebrada por uma série de reações químicas, e a


energia armazenada nela é liberada e transferida para outra molécula, o ATP, que
participa de reações e processos metabólicos relacionados à transferência e à
conversão de energia.

Dessa forma, o ATP funciona como uma “moeda” de circulação no citoplasma,


onde sua reserva é pequena.
Componentes do sistema respiratório

O sistema respiratório humano é constituído pelas vias aéreas


respiratórias (cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos
e alvéolos) e pelos pulmões.

Por meio desse sistema, ocorrem trocas gasosas entre o ar atmosférico inspirado e
os alvéolos pulmonares.

O caminho percorrido pelo ar atmosférico até chegar aos pulmões é o mesmo por
onde ocorre a saída: as vias respiratórias.
Componentes do sistema respiratório
Componentes do sistema respiratório
Cavidades nasais

As cavidades nasais são duas cavidades paralelas que iniciam nas narinas e findam
na faringe. Encontram-se separadas uma da outra por um septo nasal cartilaginoso.

Em seu interior, há células produtoras de muco e providas de cílios, que


movimentam o muco ao longo das cavidades.

As cavidades nasais estão envolvidas nas funções de filtrar, umedecer e aquecer o


ar; dessa forma, também auxiliam na proteção do organismo.
Componentes do sistema respiratório
Faringe

A faringe é uma estrutura que se comunica com o nariz (nasofaringe), com a boca
(orofaringe) e com a laringe (laringofaringe).

Desse modo, ela é uma estrutura comum aos sistemas respiratório e digestório.

Antes de atingir a laringe, o ar inspirado pelas cavidades nasais passa inicialmente


pela faringe, popularmente conhecida como garganta.
Componentes do sistema respiratório
Faringe
Componentes do sistema respiratório
Laringe

A laringe é constituída por peças cartilaginosas, por estruturas musculares e por


ligamentos na parte superior do pescoço, em continuidade à faringe.

Na laringe, são encontradas as pregas vocais, que vibram quando o ar passa,


produzindo sons. No início da laringe está a glote, uma entrada que se apresenta
controlada por uma estrutura cartilaginosa móvel, denominada epiglote.
Componentes do sistema respiratório
Laringe

Ao deglutir (engolir), a epiglote fecha a abertura da laringe a fim de evitar a


passagem do alimento para as vias respiratórias. A falha desse processo pode
causar o engasgamento.
Componentes do sistema respiratório
Traqueia

A traqueia é uma continuidade tubular das vias aéreas. Possui 1,5 cm de diâmetro
e, aproximadamente, 10 a 12 cm de comprimento. É reforçada por anéis
cartilaginosos em forma de c para permanecer aberta.

Em sua região inferior, uma bifurcação origina os brônquios, que penetram nos
pulmões.
Componentes do sistema respiratório
Traqueia

Além disso, a traqueia contém um epitélio de revestimento mucociliar responsável


por aderir partículas de poeira e bactérias presentes no ar inalado, que serão
posteriormente expelidas ou engolidas.

Os bronquíolos são sub-ramificações da traqueia e penetram nos alvéolos


pulmonares.
Componentes do sistema respiratório
Pulmões e alvéolos pulmonares

Os pulmões são órgãos viscerais revestidos e protegidos por uma membrana dupla
serosa, denominada pleura. Entre as camadas da pleura há um pequeno espaço – a
cavidade pleural –, preenchido por um líquido lubrificante que reduz o atrito entre
elas.

A região dos pulmões na qual ocorrem as trocas gasosas – processo


denominado hematose – corresponde a pequenos sacos de ar formados por finas
membranas altamente vascularizadas, os alvéolos pulmonares.

Os alvéolos, por sua vez, são subdivisões dos pulmões, responsáveis por ampliar a
superfície de contato com o ar e, assim, otimizar a hematose.
Componentes do sistema respiratório
Pulmões e alvéolos pulmonares

A expansão e a retração dos pulmões promovem a entrada e a saída de ar do seu


interior por meio da atividade dos músculos respiratórios.
Componentes do sistema respiratório
Músculos respiratórios

O diafragma, exclusivo dos mamíferos, é um órgão musculomembranoso que se


posiciona transversalmente no corpo, separando o tórax do abdômen.

O diafragma e os músculos intercostais promovem os movimentos respiratórios.


Componentes do sistema respiratório
Músculos respiratórios

A respiração é uma ação involuntária. O controle da contração do diafragma e dos


movimentos dos músculos intercostais parte do centro nervoso respiratório, que
está localizado no bulbo.

Bulbo é um órgão do sistema nervoso central localizado antes da medula espinal. É


responsável pela regulação das atividades respiratórias e cardíacas.
Componentes do sistema respiratório

Movimentos respiratórios: inspiração e expiração

Por meio da ventilação pulmonar, o ar atmosférico penetra nos alvéolos


pulmonares. Assim, os movimentos respiratórios de inspiração e expiração
garantem a entrada e a saída do ar das vias aéreas.
Componentes do sistema respiratório
Movimentos respiratórios: inspiração e expiração

Durante o movimento de inspiração, ocorre a entrada de ar, o diafragma contrai-se


em direção ao abdômen, enquanto a contração dos músculos intercostais eleva as
costelas e promove o aumento do volume da caixa torácica.

Esse aumento determina uma variação da pressão interna dos pulmões, que se
torna inferior à pressão atmosférica (760 mmHg). Com a pressão interna do
pulmão menor que a pressão externa, o ar entra nos alvéolos.
Componentes do sistema respiratório
Movimentos respiratórios: inspiração e expiração

Já durante o movimento de expiração, ocorre o relaxamento dos músculos


intercostais e do diafragma, resultando na compressão da caixa torácica e,
consequentemente, na redução do seu volume.

Com a redução do volume da caixa torácica, a pressão interna do pulmão torna-se


maior que a pressão externa, determinando a saída de ar dos pulmões pelas vias
aéreas.
Componentes do sistema respiratório
Movimentos respiratórios: inspiração e expiração
Componentes do sistema respiratório
Trocas gasosas

No interior dos alvéolos pulmonares, a concentração de gases não é exatamente


igual à concentração de gases na atmosfera.

Isso faz com que, durante a inspiração, ocorra um movimento espontâneo de


gases atmosféricos para o interior dos alvéolos.

O mesmo acontece dos alvéolos para a atmosfera durante a expiração.


Componentes do sistema respiratório
Trocas gasosas

Como existe uma grande proximidade dos alvéolos com o sangue, uma vez que
eles são vascularizados, há o favorecimento das trocas gasosas.

Assim, quando os alvéolos estão inflados (inspiração), o gás oxigênio (O2) passa
através da fina e permeável membrana alveolar e alcança as hemácias, que
circulam pelos capilares.

O gás carbônico (CO2), por sua vez, é trazido dos tecidos pelo sangue e passa
para o interior dos alvéolos.
Componentes do sistema respiratório
Trocas gasosas

A maior parte do gás oxigênio é transportada aos tecidos junto à hemoglobina


presente no interior das hemácias.

O gás carbônico, proveniente da atividade de respiração celular, é transportado


essencialmente dissolvido no plasma sanguíneo.
Componentes do sistema respiratório
Trocas gasosas

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Componentes do sistema respiratório
Envenenamento por monóxido de carbono

O monóxido de carbono (CO) é um gás incolor e inodoro, resultante da queima


incompleta de combustíveis fósseis e também está presente na fumaça dos
cigarros.

Uma de suas propriedades é a combinação com a hemoglobina, de modo muito


semelhante ao gás oxigênio (O2).

No entanto, a combinação entre o monóxido de carbono e a hemoglobina é 200


vezes mais forte.

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Componentes do sistema respiratório
Envenenamento por monóxido de carbono

Em concentrações pequenas, da ordem de 0,1%, o monóxido de carbono


combina-se com metade das moléculas de hemoglobina e reduz perigosamente a
capacidade condutora do sangue.

Os altos níveis de monóxido de carbono levam à hipóxia (redução de O2 nas


células) e resultam no envenenamento por monóxido de carbono, o que causa
tontura, dor de cabeça, náusea e até desmaio.
Componentes do sistema respiratório
Controle da respiração

A respiração ocorre de forma natural, controlada pelo sistema nervoso autônomo,


que modifica sua frequência de acordo com as necessidades do corpo.

Durante uma atividade física, por exemplo, as células necessitam de mais gás
oxigênio e energia, e a concentração de gás carbônico aumenta na corrente
sanguínea.

Com isso, o bulbo (centro respiratório) é estimulado e produz impulsos nervosos


de modo que a inspiração e a expiração ocorram mais rapidamente, garantindo a
oxigenação dos pulmões e do sangue.

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