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CONTEXTO E IMPACTOS
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“Ali onde os historiadores tentam se defrontar com um período
para o qual existem testemunhas oculares vivas, dois conceitos de
história bem diferentes se chocam ou, no melhor dos casos,
completam-se mutuamente; a acadêmica e a existencial, o arquivo
e a memória pessoal. Pois todo mundo é historiador de sua própria
vida passada consciente, na medida em que elabora uma versão
pessoal dela: um historiador nada confiável, sob a maioria dos
pontos de vista, como bem sabem todos os que se aventuraram
pela “história oral”. Mas um historiador cuja contribuição é
essencial”
(Eric Hobsbawn, A era dos impérios)_
A noite do Golpe
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Figueiredo (1979-1985)
ANTECEDENTES
Guerra Fria
Mundo Guerra do Vietnam (1955/1975)
Revolução Cubana (1959)
DECADA DE 60
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Projeto Nacional- População Distribuição
Desenvolvimentista de Renda
50% 17,91%
30% 27,92%
15% 26,66%
5% 27,69%
Mercadoria
80% dos salários de bens
consumidores alimentos
não
duráveis
Brasília
Modernização JK
Indústria
do país
20% dos automobilística
consumidores
Mercado
2ª abertura dos
exterior
portos
Latifúndio
mecanização
exportação
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Para Ideologia Estradas de
isso do rodagem
automóvel
Dinheiro
do Estado
Inflação Aumento da
Aumentar o salário da classe dívida
media
CPC (Centro
Popular de Cultura)
Canção do
Subdesenvolvido,
Carlos Lira e
Francisco de Assis
Oduvaldo
Viana Filho Eduardo
Coutinho Critica à dependência cultural,
Augusto política e econômica do pais desde
Boal Carlos o “Descobrimento”
Diegues
Ferreira
Gullar
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“O Brasil é uma terra de amores, Então o bravo brasileiro (iehéé),
Alcatifada de flores, Em perigos e guerras esforçados (iehéé),
Onde a brisa fala amores, Mais que prometia a força humana
Nas lindas tardes de abril. Plantou couve, colheu banana.
Correi pras bandas do Sul. Bravo esforço do povo brasileiro
Debaixo de um céu de anil, Mandou vir capital lá do estrangeiro.
Encontrareis um gigante deitado: Subdesenvolvido, subdesenvolvido,
Santa Cruz, hoje o Brasil. subdesenvolvido, subdesenvolvido.
Mas um dia o gigante despertou
As nações do mundo para cá mandaram
(ooaahhh!).
Seus capitais tão desinteressados.
Deixou de ser gigante adormecido.
As nações coitadas só queriam ajudar, não
E dele um anão se levantou.
é?
Era um país subdesenvolvido
Aquela ilha velha não roubou ninguém,
Subdesenvolvido, subdesenvolvido,
País de poucas terras só nos fez um bem
subdesenvolvido, subdesenvolvido
Um Big Ben
(bis)
Um big ben , bom, bem, bom
Nos deu luz (ah)
E passado o período colonial,
Tirou ouro (oh)
O país passou a ser um bom quintal.
Nos deu trem (ah)
E depois de dada a conta a Portugal
Mas levou o nosso tesouro
Instalou-se o latifúndio nacional .. (Ai)
Subdesenvolvido, subdesenvolvido,
subdesenvolvido, subdesenvolvido Subdesenvolvido, subdesenvolvido,
subdesenvolvido, subdesenvolvido
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Mas data houve em que se acabaram Bento que bento o frade, frade.
os tempos duros e sofridos Na boca do forno, forno.
Porque um dia aqui chegaram os Tirai um bolo, bolo
capitais dos países amigos. Fareis tudo que seu mestre mandar?
País amigo, desenvolvido, Faremos todos, faremos todos, faremos
País amigo, país amigo, todos.
Amigo do subdesenvolvido Começaram a nos vender e nos comprar.
País amigo, país amigo. Comprar borracha, vender pneu.
E os nossos amigos americanos Comprar minério, vender navio.
Com muita fé, com muita fé, Pra nossa vela, vender pavio.
Nos deram dinheiro e nos plantamos Só mandaram o que sobrou de lá:
Só café, só café. Matéria plástica, que entusiástica,
É uma terra em que se plantando tudo Que coisa elástica, que coisa drástica,
dá. Rock balada, filme de mocinho,
Pode-se plantar tudo que quiser Ar refrigerado e chiclete de bola (pop)
Mas eles resolveram que nos devíamos E coca cola.
plantar Subdesenvolvido, subdesenvolvido,
Só café, só café subdesenvolvido, subdesenvolvido.
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O povo brasileiro tem personalidade. O povo brasileiro, embora pense, cante e
Não se impressiona com facilidade dance como americano
Embora pense como americano Não come como americano,
“Uuuuuuu, I’m going to kill that indian Não bebe como americano,
before he kills me (pinim...) Vive menos, sofre mais
Embora dance como americano Isso é muito importante
Ta-ta-ta-ta, ta-ta-ta-ta Muito mais do que importante
Embora cante como americano Pois difere o brasileiro dos demais
Eh boi, lá, lá, lá, Personalidade, personalidade,
Eh roçado bão, lá, lá, lá, personalidade sem igual,
O melhor do meu sertão, lá, lá, lá Porém,
Comeram o boi. Subdesenvolvida, subdesenvolvida,
Essa é que é a vida nacional.”
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O Governo Jango
Contra
A favor
A subversão com apoio dos comunistas
A sua abertura às organizações
sociais: as organizações populares e O desejo de implantar uma ditadura
trabalhadores ganharam espaço, sindicalista no Brasil
O PERIGO DA NUDEZ
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A vida social em expansão exerce continuamente pressão nas
estruturas. Daí os desajustes sociais. Os desajustes constituem o
chamado problema social. Começam a aparecer os remendos. Os
remendos serão tantos que ou a realidade social muda as suas
estruturas ou elas rebentam.
É o que acontece com o Brasil. O Brasil é um menino que
recebeu uma roupa bonitinha, ajustadinha de seus pais ou irmãos
mais velhos. Mas um menino que entra na adolescência. Um
menino que cresceu e que está com a roupa desajustada.
Começam aparecer os remendos sociais. Há remendo na
organização agrária, no sistema eleitoral, na organização
educacional, administrativa, bancária, urbana, etc. Todas as peças
de sua roupa já estão com remendo, inclusive suas peças íntimas.
Ou o Brasil troca de roupa ou, um dia, quando menos se espera,
os remendos não aguentarão mais e o Brasil ficará nu. Cobrir-se-á
com qualquer pedaço de pano que lhe derem.
Parece-me que há alguém remendando o Brasil com a mão
direita, tendo na esquerda um manto vermelho para cobri-lo, em
caso de necessidade,
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comício pelas
13 de março
reformas ou Comício
da Central, organizado
pela CGT
Reforma Agrária
» Decreto assinado naquele dia considerava como passíveis de desapropriação as terras
às margens de rodovias, ferrovias, açudes públicos federais e terras beneficiadas por
obras de saneamento da União. “Ainda não é a carta de alforria do camponês
abandonado”, disse Jango, prometendo avançar em uma das principais bandeiras de
governo.
Estatização de refinarias
» Jango anunciou a “encampação” das refinarias de petróleo privadas. “A partir
deste instante, as refinarias (...) passam a pertencer ao povo, passam a pertencer
ao patrimônio nacional.” Poucos dias depois, o presidente mirava a estatização das
companhias aéreas, quando foi deposto.
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19 de Marcha da Família
março com Deus pela
Liberdade.
31 de março: tropas
do General Olimpio
Mourão Filho( 4ª
região militar- MG)
movimentam-se
para o Rio
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Auro Moura de Andrade:
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1964/1969 – PERÍODO DE
INSTITUCIONALIZAÇÃO DA
NOVA ORDEM
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Legitimação e legalização
das ações políticas dos
Atos militares.
Ins
titu De 1964 a 1969 são
decretados 17 atos
institucionais
cio regulamentados por 104
atos complementares.
nais
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1964/1969 – PERÍODO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DA NOVA ORDEM
AI -1 – suspende a constituição
de 1946, organizações de base,
sindicatos, ligas camponesas,
UNE, centros acadêmicos),
cassação de direitos políticos de
centenas de pessoas
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AI- 3 determinava eleições
indiretas para governadores e
nomeação dos prefeitos das
capitais.
AI-4 – Convocação do
Congresso Nacional para a
votação e promulgação do
projeto de Constituição, que
revogava definitivamente a
Constituição de 1946.
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Lutas com criatividade (encontros da
UNE)
Reação
estudantil Subversão, clandestinidade.
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Tem dias que a gente se sente
Roda Viva – Chico Buarque
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente A roda da saia mulata
Ou foi o mundo então que Não quer mais rodar não senhor
cresceu... Não posso fazer serenata
A gente quer ter voz ativa A roda de samba acabou...
No nosso destino mandar A gente toma a iniciativa
Mas eis que chega a roda viva Viola na rua a cantar
E carrega o destino prá lá ... Mas eis que chega a roda viva
Roda mundo, roda gigante E carrega a viola prá lá...
Roda moinho, roda pião Roda mundo, roda gigante
O tempo rodou num instante Roda moinho, roda pião
Nas voltas do meu coração... O tempo rodou num instante
A gente vai contra a corrente Nas voltas do meu coração...
Até não poder resistir O samba, a viola, a roseira
Na volta do barco é que sente Que um dia a fogueira queimou
O quanto deixou de cumprir Foi tudo ilusão passageira
Faz tempo que a gente cultiva Que a brisa primeira levou...
A mais linda roseira que há No peito a saudade cativa
Mas eis que chega a roda viva Faz força pro tempo parar
E carrega a roseira prá lá... Mas eis que chega a roda viva
Roda mundo, roda gigante E carrega a saudade prá lá ...
Roda moinho, roda pião Roda mundo, roda gigante
O tempo rodou num instante Roda moinho, roda pião
Nas voltas do meu coração... O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...(4x)
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Assassinato de
Poder Negro Martin Luther
King
Guerra do Movimento
Vietnam Hippie
Invasão
da Tchecoslováqui Revolução de
a Maio de 68
Massacre de
estudantes
no México
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Meu depoimento
https://youtu.be/cbWc5tdWkQE
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28 de março
1968
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1968 2 de abril
Missa em Homenagem a Edson
Luís -
16 de abril Metalúrgicos
de Contagem, em Minas
Gerais entram em greve por
10 dias, por reajuste salarial
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1968
18 de julho- Comando de
Caça ao Comunistas espanca
o elenco da peça ‘Roda Viva’
de Chico Buarque em São
Paulo
19 de julho Assembleia
Geral da CNBB no interior de
SP condena a falta de
liberdade de
expressão Brasil.
22 de julho - Sede
da Associação Brasileira de
Imprensa, no Rio de
Janeiro é alvo de atentado
a bomba
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1968
29 de agosto - Líder
estudantil da UNB Honestino
Guimarães é preso dentro da
universidade, após invasão
das policias militar e federal
em Brasília.
2 de setembro - Deputado
do MDB, Marcio Moreira
Alves faz discurso ofensivo
contra o governo militar no
Congresso .
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1968
A batalha da Maria Antônia, 03 de
outubro
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1968
A batalha da Maria Antônia, 3 de
outubro
/http://jeocaz
.wordpress.co
m/2008/10/2
4/brasil-1968-
do-tiro-no-cal
abouco-ao-ai-
5
http://
acervo.
estadao
.com.br
/noticia
s/acerv
o,maria
-antoni
a-duas-
historia
s-no-m
esmo-a
ngulo,9
305,0.h
tm
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A repressão proporcionou
Sem outra opção, era uma riqueza cultural
preciso encontrar uma imensurável devido à
maneira de protestar através atmosfera de tensão vivida
da arte. pelo povo.
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Pra Não Dizer Que Não Falei Das
FloresGe
rComposição: Geraldo Vandré
aldo Vandré
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Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos Os amores na mente
De armas na mão As flores no chão
Nos quartéis lhes ensinam A certeza na frente
Uma antiga lição: A história na mão
De morrer pela pátria Caminhando e cantando
E viver sem razão... E seguindo a canção
Vem, vamos embora Aprendendo e ensinando
Que esperar não é saber Uma nova lição...
Quem sabe faz a hora Vem, vamos embora
Não espera acontecer...(2x) Que esperar não é saber
Nas escolas, nas ruas Quem sabe faz a hora
Campos, construções Não espera acontecer...(4x)
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não...
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13 de Dezembro- AI-5 é editado
AI-5 pelo Congresso e sancionado pelo
presidente Costa e Silva, fechando o
Congresso Nacional gerando caos no país.
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Recesso Parlamentar :
fechamento do Congresso
O presidente poderia
decretar, a qualquer
momento, estado de sitio,
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Decreto 477
Lei da Segurança
Nacional
Ciex – DÓI-CODI
200 mil dedos-duros
Oban
Esquadrão da
Morte
Cenimar
Fleury
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O MILAGRE ECONÔMICO
1969/1973
OS ANOS DE CHUMBO
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1969/1973 – O MILAGRE ECONÔMICO
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1969/1973 – O MILAGRE ECONÔMICO
acentuação da desigualdade
social e aumento da pobreza,
com cerceamento às
liberdades individuais
associado à repressão
política
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1969/1973 – O MILAGRE ECONÔMICO
1970: Renda
50% = 14,91
30% = 22,85
15% = 27,38
05% = 34,86
Supermercados Shoppings
petrodólares
Construção de infra-
estrutura Aumento da dívida externa
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do AI-5 em 13 de
dezembro de 1968 até o
final do governo Médici,
em março de 1974
Anos de
Chumbo Feroz combate entre a
extrema-esquerda de um
lado e, de outro, o aparelho
repressivo policial-militar do
Estado.
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Opções - 1. Estudar
2. Exílio
3. Luta armada
- urbana
- rural
Caça às bruxas
Universidade de
Brasília
USP
Federal do Rio
Colégio Vocacional
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Organizações armadas contra o regime militar
MNR
PCB
PC do B
POLOP
Val-Palmares
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Durante esse período, houve
"desaparecimento" e morte de
milhares de militantes,
políticos e estudantes de
esquerda.
A liberdade de imprensa, a de
expressão e a de manifestação
foram cerceadas.
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1969
Operação Bandeirante
(OBAN)
Sequestro do Embaixador
Americano
Esquadrão da Morte
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1969
Assassinato de
Marighela (ALN)
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Apesar De Você
Chico Buarque
Chamado para depor, Chico disse que a música era para uma
mulher muito mandona, mas não colou. A música foi proibida
de ser executada e todos os compactos recolhidos e
quebrados.
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Apesar De Você
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque Vou cobrar com juros. Juro! Apesar de você
Todo esse amor reprimido, (Coro3) Apesar de você
(Crescendo) Amanhã vai ser outro dia x Esse grito contido, Amanhã há de ser outro
3 Esse samba no escuro dia
Hoje você é quem manda Você que inventou a tristeza Você vai ter que ver
Falou, tá falado Ora tenha a fineza A manhã renascer
Não tem discussão, não. de "desinventar" E esbanjar poesia
A minha gente hoje anda Você vai pagar, e é dobrado, Como vai se explicar
Falando de lado e olhando pro chão Cada lágrima rolada Vendo o céu clarear, de
Viu? Nesse meu penar repente,
Você que inventou esse Estado (Coro2) Apesar de você Impunemente?
Inventou de inventar Amanhã há de ser outro dia. Como vai abafar
Toda escuridão Ainda pago pra ver Nosso coro a cantar,
Você que inventou o pecado O jardim florescer Na sua frente.
Esqueceu-se de inventar o perdão Qual você não queria Apesar de você
(Coro) Apesar de você Você vai se amargar (Coro4) Apesar de você
amanhã há de ser outro dia Vendo o dia raiar Amanhã há de ser outro
Eu pergunto a você onde vai se Sem lhe pedir licença dia.
esconder E eu vou morrer de rir Você vai se dar mal, etc
Da enorme euforia? E esse dia há de vir e tal,
Como vai proibir antes do que você pensa
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
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Cálice – Chico Buarque e Gilberto Gil
Na canção percebe-se um
elaborado jogo de palavras para
despistar a censura da ditadura
militar. A palavra-título, por
exemplo, é cantado pelo coral que
acompanha o cantor de forma a
soar como um raivoso "Cale-se!".
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Cálice
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque Como é difícil De muito gorda
e Gilberto Gil Acordar calado A porca já não anda
Se na calada da noite (Cálice!)
Pai! Afasta de mim esse Eu me dano De muito usada
cálice Quero lançar A faca já não corta
De vinho tinto de sangue... Um grito desumano Como é difícil
(2x) Que é uma maneira Pai, abrir a porta
Como beber De ser escutado Pai! Afasta de mim esse
Dessa bebida amarga Esse silêncio todo cálice
Tragar a dor Me atordoa Pai! Afasta de mim esse
Engolir a labuta Atordoado cálic
Mesmo calada a boca Eu permaneço atento Como beber
Resta o peito Na arquibancada Dessa bebida amarga
Silêncio na cidade Prá a qualquer Tragar a dor
Não se escuta momento Engolir a labuta
De que me vale Ver emergir Mesmo calada a boca
Ser filho da santa O monstro da lagoa... Resta o peito
Melhor seria Pai! Afasta de mim Silêncio na cidade
Ser filho da outra esse cálice Não se escuta
Outra realidade Pai! Afasta de mim De que me vale
Menos morta esse cálice Ser filho da santa
Tanta mentira Pai! Afasta de mim Melhor seria
Tanta força bruta... esse cálice Ser filho da outra
Pai! Afasta de mim esse De vinho tinto de Outra realidade
cálice sangue... Menos morta
De vinho tinto de sangue... Tanta mentira
Tanta força bruta...
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Mesmo calado o peito
Pai! Afasta de mim Resta a cuca
esse cálice Dos bêbados
Pai! Afasta de mim Quero perder de vez
Do centro da cidade... Tua cabeça
esse cálice Pai! Afasta de mim esse
Pai! Afasta de mim (Cale-se!)
cálice Minha cabeça
esse cálice Pai! Afasta de mim esse
De vinho tinto de Perder teu juízo
cálice (Cale-se!)
sangue... Pai! Afasta de mim esse
De muito gorda Quero cheirar fumaça
cálice De óleo diesel
A porca já não anda De vinho tinto de sangue...
(Cálice!) (Cale-se!)
Talvez o mundo Me embriagar
De muito usada Não seja pequeno
A faca já não corta Até que alguém me
(Cale-se!) esqueça
Como é difícil Nem seja a vida
Pai, abrir a porta (Cale-se!)
Um fato consumado
(Cálice!) (Cale-se!)
Essa palavra Quero inventar
Presa na garganta O meu próprio pecado
Esse pileque (Cale-se!)
Homérico no mundo Quero morrer
De que adianta Do meu próprio veneno
Ter boa vontade (Pai! Cale-se!)
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1973-1978 –A crise: o fim do “milagre”
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1973-1978 –A crise: o fim do milagre
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Crise externa A crise do petróleo
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polícia violência
Deixa de
Classe Média consumir
1974: voto na oposição
Questiona o
modelo
Crise política
Governo Duas táticas
Crise
econômica
É preciso pagar
Crise econômica os juros e as
amortizações da
dívida externa
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Crise econômica
Incentivar o latifúndio : “exportar é o que
importa”
incentivos fiscais: isenção de impostos
Começa a faltar
Isenção de impostos dinheiro para o
indústria
para exportação Estado
Movimentos de reivindicação
1970 Comunidades Eclesiais de
Base
Movimento “custo de vida”
Renascimento do movimento
Organização da estudantil
sociedade civil
Sindicatos: ABC – novas
lideranças
Movimento dos camponeses
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ABI
Foros políticos OAB
de debates SBPC
IGREJA
Fechamento
temporario do
77 – Pacote de Congresso
Abril
Senadores
Biônicos
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Crise política
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Morte de Vladimir Herzog
1975
O culto ecumenico foi a primeira
manifestação publica contra a ditadura
Intensificam-se os movimentos da
1977 sociedade civil contra a ditadura – Carta
aos Brasileiros – Gofredo da Silva Teles
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Fim da década de 70. A pressão para uma abertura
democrática no Brasil vem de todas as formas, mas é
duramente reprimida.
Teotonio Vilela, o
menestrel de Alagoas
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Caía a tarde feito um viaduto
A nossa Pátria
E um bêbado trajando luto
Mãe gentil
Me lembrou Carlitos...
Choram Marias
A lua
E Clarisses
Tal qual a dona do bordel
No solo do Brasil...Mas sei,
Pedia a cada estrela fria
que uma dor
Um brilho de aluguel
Assim pungente
E nuvens!
Não há de ser inutilmente
Lá no mata-borrão do céu
A esperança...
Chupavam manchas torturadas
Dança na corda bamba
Que sufoco!
De sombrinha
Louco!
E em cada passo
O bêbado com chapéu-coco
Dessa linha
Fazia irreverências mil
Pode se machucar...
Prá noite do Brasil.
Azar!
Meu Brasil!...
A esperança equilibrista
Que sonha com a volta
Sabe que o show
Do irmão do Henfil.
De todo artista
Com tanta gente que partiu
Tem que continuar...
Num rabo de foguete
Chora!
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Tô Voltando Pega uma praia, aproveita, tá calor
Composição: Paulo César Pinheiro e Vai pegando uma cor
Maurício Tapajós Que eu tô voltando
Faz um cabelo bonito pra eu notar
Pode ir armando o coreto Que eu só quero mesmo é despentear
E preparando aquele feijão preto Quero te agarrar
Eu tô voltando Pode se preparar porque eu tô voltando
Põe meia dúzia de Brahma pra gelar Põe pra tocar na vitrola aquele som
Muda a roupa de cama Estréia uma camisola
Eu tô voltando Eu tô voltando
Leva o chinelo pra sala de jantar Dá folga pra empregada
Que é lá mesmo que a mala eu vou largar Manda a criançada pra casa da avó
Quero te abraçar, pode se perfumar Que eu to voltando
Porque eu tô voltando Diz que eu só volto amanhã se alguém
Dá uma geral, faz um bom defumador chamar
Enche a casa de flor Telefone não deixa nem tocar
Que eu tô voltando Quero lá, lá, lá, ia, porque eu to
voltando! arnaldolemos@uol.com.br
Reforma Politica
1979
Arena – PDS
MDB – PMDB
PTB
PDT
PP
Sindicalistas
1980 Fundação do PT
Intelectuais de esquerda
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Novo aumento do petróleo
Crise econômica
Aumento do juros
internacionais
Segunda crise
internacional Baixam os preços de matéria prima e
produtos agrícolas
Atentados da direita
Pacote eleitoral
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Crise Política
1982
Vitoria da oposição:
Montoro
Brizola
Tancred
o
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Trabalhadores
repressão às greves do
ABC
1981 CONCLAT
1984
https://youtu.be/1DE4ttIIgh0 arnaldolemos@uol.com.br
1985 Eleição de Tancredo Neves
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O fim da ditadura militar
O final do governo militar de 1964
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Para ilustrar os acontecimentos da Ditadura Militar,
veja os vídeos da TV Câmara, CONTOS DA
RESISTÊNCIA.
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Episódio 1: Estudantes e Igreja
O primeiro episódio de Contos da Resistência retrata a atuação de estudantes e da Igreja contra a ditadura militar.
Relatos emocionantes de presos políticos e vítimas do regime marcam o documentário.
Episódio 2: Congresso
O segundo episódio da série Contos da Resistência enfoca as relações políticas entre Congresso Nacional e governos
militares. O objetivo da série de documentários é esclarecer fatos políticos dos 20 anos de ditadura militar, iniciada em
março de 1964, explicar como se davam as ações de poder e dominação do governo central, e como o Congresso foi,
ao mesmo tempo, núcleo de resistência e caixa de ressonância dos desejos dos militares daquela época.
Dando continuidade à série Contos da Resistência, o terceiro episódio trata da resistência nas artes e na imprensa no
período da ditadura militar que vai de 1968 a 1979. Este período foi marcado principalmente pelo anúncio do Ato
Institucional nº 5, o AI-5. Com ele se decretou a censura prévia em jornais, revistas, emissoras de TV e também nos
espetáculos culturais de música, teatro, entre outros.
O quarto episódio da série conta como operários e líderes sindicais da região do ABC Paulista resistiam à falta de
liberdade e se organizavam por melhores salários e condições de vida. O programa mostra a trajetória dos
metalúrgicos: da alienação política à campanha pelas eleições diretas em 1984 e como a batalha por melhores salários
resultou na luta pela redemocratização do Brasil. Histórias dramáticas e curiosas de operários anônimos e líderes
reconhecidos.
Acesse http://www.camara.gov.br/internet/tvcamara/?
lnk=CONTOS-DA-
RESISTENCIA&selecao=MATDATA&programa=90
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Filmes sobre a Ditadura
Militar no Brasil
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Braços Cruzados,Maquinas Paradas, 1978, Roberto
Gervitz e Sergio Toledo
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ABC da Greve,1979, Leon Hisrsman
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Linha de Montagem,1981, Renato Tapajós
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Eles não usam black-tie, 1981, Leon Hirszman.
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Nunca Fomos tão felizes, 1984, Murilo Sales
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Jango,1984, Silvio Tendler
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Em nome da segurança Nacional, 1984, Renato
Tapajós
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Que bom te ver viva, 1989, Lucia Murat
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Amazonia em chamas,1994, John
Frankenheimer
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Ação entre amigos,1998, Beto Brant
Em 1971, Miguel (Rodrigo Brassalto), Paulo (Heberson Hoerbe), Elói (Sérgio Cavalcante)
e Osvaldo (Douglas Simon) participaram da luta armada contra a ditadura militar e
acabaram sendo presos quando tentavam assaltar um banco. Eles foram barbaramente
torturados, sendo que Lúcia (Melina Athís), a namorada de Miguel que estava grávida,
morreu quando seus algozes colocaram nela uma "coroa de cristo" até estourar seu
cérebro. Vinte e cinco anos depois, os quatro amigos ainda se vêem e quando vão para
uma pescaria Miguel (Zecarlos Machado) mostra aos amigos uma foto de um encontro
político em São Paulo, afirmando que uma das pessoas fotografadas foi Correia
(Leonardo Villar), o homem que os torturou por meses. Inicialmente Paulo (Carlos
Meceni), Elói (Cacá Amaral) e Osvaldo (Genésio de Barros) contestam a afirmação do
amigo, pois oficialmente Correia morreu, mas a verdade é que ninguém viu o corpo e
três anos depois a viúva de Correia faleceu de câncer e, algum tempo depois, os restos
mortais dela foram transferidos para outro cemitério. Como não consta o nome de quem
fez o pedido, Miguel acredita que tenha sido Correia. Na cidade eles confirmam que o
corpo está lá, assim procuram um local de apostas, pois o torturador deles era um
viciado em qualquer tipo de jogo, e o acabam encontrando em uma rinha de galos. Os
quatro armam uma emboscada e seqüestram Correia, que inicialmente nega tudo, mas
após receber de Miguel um tiro na perna admite ser o torturador, mas revela algo
inimaginável: ele só os prendeu pelo simples fato de que entre eles existia um delator.
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Dois córregos, 1999, Carlos Reinchenbach
Dez anos após o filme Terra para Rose, ocorreu este reencontro
com personagens da ocupação da Fazenda Annoni. O documentário
acompanha a trajetória dos agricultores sem-terra, narra os
resultados dos assentamentos, seus conflitos e vai atrás dos filhos
de Rose. Importante para quem é contrário à reforma agrária.
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Golpe de 64 – 2000, A procissão está nas ruas,
Mauro Lima
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Marighella, retrato de um guerrilheiro,2001, Silvio
Tendler
A luta de Darcy Ribeiro no início dos anos 60 para criar e implantar a Universidade
Brasília. E as repetidas agressões sofridas pela UNB, desde o golpe militar de 64 até os
acontecimentos de 1968. Desde os seus primórdios, Brasília foi fortemente marcada
pelos acontecimentos políticos, como a renúncia de Jânio Quadros e o golpe militar de
64. Envolvida, a comunidade conheceu a intranqüilidade e ficou estigmatizada pela
repressão. Um dos seus bens mais preciosos, a Universidade, criada por Darcy Ribeiro,
foi agredida em 64, 68 e 77. Na primeira vez a UnB foi ocupada por tropas militares e
quase perdeu todo o seu corpo docente que voluntariamente se demitiu em protesto
célebre. A crise se arrastou por quatro longos anos e em l968, com o movimento
deflagrado em reação ao assassinato de Edson Luís, no Rio de Janeiro, as ruas de
Brasília assistiram aos embates entre estudantes e a polícia. As famílias sobressaltadas
procuravam alento nos ofícios religiosos, enquanto cerca de 5OO jovens eram detidos
numa praça de esportes no campus da UnB. Tudo culmina, depois de lances dramáticos
com a prisão de parlamentares, o fechamento do Congresso Nacional e a promulgação
do AI-5. Essa trajetória é resgatada através da urdidura de depoimentos, casos e
histórias mesclados às raras imagens e sons que ficaram e perfazem, de uma época,
uma memória imperfeita, mas sempre verdadeira.
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Vale a pena sonhar,2003, Rudi Böhm, Stela Grisotti
O retorno de uma exilada política ao Brasil faz com que antigo líder
estudantil recorde seu passado de lutas contra o regime militar. Por
ironia do destino, quando sua filha é sequestrada, é obrigado a pedir
ajuda a um delegado de polícia que torturou sua namorada.
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Pra frente, Brasil (1983, Brasil, direção: Roberto Farias) –
Sobre a ditadura militar brasileira nos anos 1970. Um cidadão
comum é tomado por guerrilheiro, é preso e torturado.
Ambientado durante a Copa do Mundo de 70, denuncia a
repressão para-militar do período
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Ato de Fé – Angelo Rampazzo, 2004 - O filme narra fatos já bem
conhecidos da luta armada contra a ditadura na voz de alguns de
seus personagens. Os depoimentos dominam o documentário,
sobretudo sobre as torturas sofiridas pelos freis dominicanos e sua
relação com Carlos Marighela.
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Vlado - 30 Anos Depois”de João Batista de Andrade
No dia 25 de outubro de 1975 o jornalista Vladimir Herzog acorda de manhã e se
despede da mulher Clarice: ele deve se apresentar ao DOI-CODI, órgão da repressão
política do regime militar, para um depoimento. Vlado nem imaginava que nunca mais
voltaria para casa. Naquele fatídico dia ele seria morto. Segundo fonte oficial, teria se
suicidado na prisão. Neste documentário o diretor João Batista de Andrade ouve
depoimentos de amigos, familiares, colegas que viveram com Vlado a história, a
amplitude das perseguições dos anos de chumbo, a trajetória do jornalista, desde sua
infância até sua posse como Diretor de Jornalismo da TV Cultura de São Paulo e a
perseguição a ele iniciada naquele momento. Com depoimentos de Clarice Herzog,
José Mindlin, Ruy Ohtake, Dom Paulo Evaristo Arns, Henry Sobel, Fernando Morais,
Paulo Markun, João Bosco, Aldir Blanc, Alberto Dines, Diléia Frate, Mino Carta, Rose
Nogueira.
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“Barra 68 – Sem perder a ternura” de Vladimir Carvalho
A luta de Darcy Ribeiro no início dos anos 60 para criar e implantar a Universidade
Brasília. E as repetidas agressões sofridas pela UNB, desde o golpe militar de 64
até os acontecimentos de 1968. Desde os seus primórdios, Brasília foi fortemente
marcada pelos acontecimentos políticos, como a renúncia de Jânio Quadros e o
golpe militar de 64. Envolvida, a comunidade conheceu a intranqüilidade e ficou
estigmatizada pela repressão. Um dos seus bens mais preciosos, a Universidade,
criada por Darcy Ribeiro, foi agredida em 64, 68 e 77. Na primeira vez a UnB foi
ocupada por tropas militares e quase perdeu todo o seu corpo docente que
voluntariamente se demitiu em protesto célebre. A crise se arrastou por quatro
longos anos e em l968, com o movimento deflagrado em reação ao assassinato de
Edson Luís, no Rio de Janeiro, as ruas de Brasília assistiram aos embates entre
estudantes e a polícia. As famílias sobressaltadas procuravam alento nos ofícios
religiosos, enquanto cerca de 5OO jovens eram detidos numa praça de esportes
no campus da UnB. Tudo culmina, depois de lances dramáticos com a prisão de
parlamentares, o fechamento do Congresso Nacional e a promulgação do AI-5.
Essa trajetória é resgatada através da urdidura de depoimentos, casos e histórias
mesclados às raras imagens e sons que ficaram e perfazem, de uma época, uma
memória imperfeita, mas sempre verdadeira.
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Jânio a 24 quadros (1981, Brasil, direção: Luiz Alberto Ferreira) – A
vida política do ex-presidente, mas com pouca profundidade na
análise histórica.
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Linha de Montagem (Rento Tapajós, 1982)
Investigação sobre a gênese do movimento sindical de São Bernardo do Campo entre os
anos de 1978 e 1981, quando se produziram as maiores greves de metalúrgicos na região,
desafiando a repressão do final da ditadura militar. Radiografa-se a cidade no calor da
grande efervescência das assembléias no estádio da Vila Euclides, onde os operários
decidiam os novos rumos do movimento. As greves de 1979 e 1980 levaram à intervenção
federal no Sindicato dos Metalúrgicos, à prisão de líderes, como Luís Inácio da Silva,
processados com base na Lei de Segurança Nacional.
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Abc da Greve (Leon Hirszman, 1979)
O filme cobre os acontecimentos na região do ABC paulista, acompanhando a trajetória do
movimento de 150 mil metalúrgicos em luta por melhores salários e condições de vida.
Sem obter êxito em suas reivindicações, decidem-se pela greve, afrontando o governo
militar. Este responde com uma intervenção no sindicato da categoria. Mobilizando
numeroso contingente policial, o governo inicia uma grande operação de repressão. Sem
espaço para realizar suas assembléias, os trabalhadores são acolhidos pela igreja.
Passados 45 dias, patrões e empregados chegam a um acordo. Mas o movimento sindical
nunca mais foi o mesmo
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Pixote – A lei do mais fraco (1980, Brasil, direção: Hector Babenco) – Sobre
menores abandonados no Brasil no período após 64. Menores fogem de um
reformatório e passam a viver com uma prostituta. Um retrato dos menores
abandonados das grandes cidades brasileiras
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Terra para Rose (1987, Brasil, direção: Tetê Morares) – A partir da história de
Rose, uma gaúcha sem-terra, este documentário fala das 1.500 famílias que
ocuparam a improdutiva Fazenda Annoni (RS). Era o momento de transição após
regime militar e o início do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
no Brasil. Rose deu à luz ao primeiro bebê nascido no acampamento.
O Sonho de Rose (2.000, Brasil, direção: Tetê Morares) – Dez anos após o
filme Terra para Rose, ocorreu este reencontro com personagens da ocupação da
Fazenda Annoni. O documentário acompanha a trajetória dos agricultores sem-
terra, narra os resultados dos assentamentos, seus conflitos e vai atrás dos filhos
de Rose. Importante para quem é contrário à reforma agrária.
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Repare Bem
O filme, eleito o melhor longa estrangeiro do Festival de Cinema de
Gramado, foi gravado no Brasil, Itália e Holanda, entre janeiro e outubro
de 2011, resgatando a trajetória da família de Denise Crispim, sua filha
Eduarda Ditta Crispim Leite e seu ex-companheiro Eduardo Leite, o
"Bacuri", torturado por 109 dias e assassinado pelos militares. Os relatos
e personagens da trama desvelam os aspectos mais cruéis desse
período da história brasileira, em um documentário que contribui para os
crescentes debates sobre o resgate da memória no Brasil e a reparação
das famílias brutalizadas pelo Estado.
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Em busca de Iara (Brasil / Dir. Flavio Frederico). O filme resgata a vida
da guerrilheira Iara Iavelberg a partir da investigação pessoal da
sobrinha da guerrilheira, Mariana. É a história de uma mulher culta e
bela que optou engajar-se na luta armada contra a ditadura. Foi
companheira do ex-capitão Carlos Lamarca e um dos alvos mais
procurados pela repressão. O filme desmonta a versão oficial do regime
que atribuiu sua morte, em 1971, a um suicídio.
Terça (1/10) – 16h – Ponto Cine
Duas Histórias (Brasil / Dir. Angela Zoe). Documentário sobre a
trajetória de dois militantes na luta contra a ditadura militar. A
primeira história narra a fuga do Brasil para o Chile da militante Irles
Carvalho, que vivia na clandestinidade com seu filho, Daniel. A segunda
história é de Marco Antônio Meyer, militante estudantil, preso,
torturado e depois trocado pelo embaixador alemão. O documentário
contou com o apoio do projeto Marcas da Memória, da Comissão da
Anistia.
Segunda (30/9) – 21h – Armazém da Utopia
Setenta (Brasil / Dir. Emilia Silveira) Na década de 70 no Brasil, em
pleno regime militar, um grupo de 70 presos políticos de diferentes
organizações é enviado ao Chile em troca da libertação do embaixador
suíço. O documentário Setenta reencontra esses personagens 40 anos
depois do banimento. Quem são eles? Como eles veem o passado? Que
sonhos têm para o futuro? Como sobreviveram e como vivem?
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