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1964/2014 – 50 ANOS DO GOLPE MILITAR:

CONTEXTO E IMPACTOS

arnaldolemos@uol.com.br
“Ali onde os historiadores tentam se defrontar com um período
para o qual existem testemunhas oculares vivas, dois conceitos de
história bem diferentes se chocam ou, no melhor dos casos,
completam-se mutuamente; a acadêmica e a existencial, o arquivo
e a memória pessoal. Pois todo mundo é historiador de sua própria
vida passada consciente, na medida em que elabora uma versão
pessoal dela: um historiador nada confiável, sob a maioria dos
pontos de vista, como bem sabem todos os que se aventuraram
pela “história oral”. Mas um historiador cuja contribuição é
essencial”
(Eric Hobsbawn, A era dos impérios)_

“Por ser mero protagonista secundário do momento histórico,


tornei-me mais testemunha do que ator, e, se ator,,
irrelevante, o que me deu condição de ver como observador
menor. Justamente aquele que tem menos compromisso com
as técnicas de mascaramento e de maquilação da narrativa.
Aquele que, por ser menos, acaba compreendendo mais porque
compreende na perspectiva da margem, que é mais
abrangente”
(José de Sousa Martins, A Sociologia como
aventura)
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ANTECEDENTES

O governo Jango (1961-1964)

A noite do Golpe

I 1964/1969 PERÍODO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO


DA NOVA ORDEM
Castelo Branco(1964-1967)
Costa e Silva (1967-1969

II 1969/1974 – O MILAGRE ECONÔMICO


ETAPAS DA
DITADURA MILITAR OS ANOS DE CHUMBO
Médici 1969/1974

III 1973/1979 - A CRISE – O FIM DO MILAGRE


A ABERTURA
Geisel (1974-1978)

IV 1979- 1984 - ABERTURA E TRANSIÇÃO

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Figueiredo (1979-1985)
ANTECEDENTES

Guerra Fria
Mundo Guerra do Vietnam (1955/1975)
Revolução Cubana (1959)

Renuncia de Jânio Quadros (1961)


Brasil
Jango Goulart (1961-1964)

DECADA DE 60

Debate entre dois projetos políticos que começou no


governo Getulio

Projeto Nacional- Projeto


Desenvolvimentista arnaldolemos@uol.com.br
Desenvolvimentista
O DEBATE SOBRE O DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO

Projeto Nacional- Projeto


Desenvolvimentista Desenvolvimentista

desenvolvimento autônomo e soberano


do país
modernização conservadora

alinhamento aos interesses norte-


americanos repressão a participação
Papel do Estado popular.

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Projeto Nacional- População Distribuição
Desenvolvimentista de Renda

50% 17,91%
30% 27,92%
15% 26,66%
5% 27,69%

Mercadoria
80% dos salários de bens
consumidores alimentos
não
duráveis

sindicatos greves Pequenas


propriedades

Para isso: lei - eleições - partidos


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Projeto Desenvolvimentista

Brasília
Modernização JK
Indústria
do país
20% dos automobilística
consumidores

Mercado
2ª abertura dos
exterior
portos

Latifúndio

mecanização
exportação
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Para Ideologia Estradas de
isso do rodagem
automóvel

Dinheiro
do Estado

20% dos Empréstimo


consumidores Emissão externo

Inflação Aumento da
Aumentar o salário da classe dívida
media

Achatar o salário Imobilizar politicamente


os 80% arnaldolemos@uol.com.br
dos 80%
Projetos

 Aliados ideológicos do  Aliados ideológicos da


1º projeto 2º projeto

 Classe média e alta


 80% (20%)
 CGT  Adeptos da ordem e
 Sindicatos segurança
 Trabalhadores  Forças Armadas (ESG)
 Movimentos Sociais  Anticomunistas
 ISEB  Povo: inimigo interno
 UNE – AP
 IBAD
 IPES
 FMP
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UNE

CPC (Centro
Popular de Cultura)
Canção do
Subdesenvolvido,
Carlos Lira e
Francisco de Assis

Teatro Cinema Música

Oduvaldo
Viana Filho Eduardo
Coutinho Critica à dependência cultural,
Augusto política e econômica do pais desde
Boal Carlos o “Descobrimento”
Diegues
Ferreira
Gullar

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“O Brasil é uma terra de amores, Então o bravo brasileiro (iehéé),
Alcatifada de flores, Em perigos e guerras esforçados (iehéé),
Onde a brisa fala amores, Mais que prometia a força humana
Nas lindas tardes de abril. Plantou couve, colheu banana.
Correi pras bandas do Sul. Bravo esforço do povo brasileiro
Debaixo de um céu de anil, Mandou vir capital lá do estrangeiro.
Encontrareis um gigante deitado: Subdesenvolvido, subdesenvolvido,
Santa Cruz, hoje o Brasil. subdesenvolvido, subdesenvolvido.
Mas um dia o gigante despertou
As nações do mundo para cá mandaram
(ooaahhh!).
Seus capitais tão desinteressados.
Deixou de ser gigante adormecido.
As nações coitadas só queriam ajudar, não
E dele um anão se levantou.
é?
Era um país subdesenvolvido
Aquela ilha velha não roubou ninguém,
Subdesenvolvido, subdesenvolvido,
País de poucas terras só nos fez um bem
subdesenvolvido, subdesenvolvido
Um Big Ben
(bis)
Um big ben , bom, bem, bom
Nos deu luz (ah)
E passado o período colonial,
Tirou ouro (oh)
O país passou a ser um bom quintal.
Nos deu trem (ah)
E depois de dada a conta a Portugal
Mas levou o nosso tesouro
Instalou-se o latifúndio nacional .. (Ai)
Subdesenvolvido, subdesenvolvido,
subdesenvolvido, subdesenvolvido Subdesenvolvido, subdesenvolvido,
subdesenvolvido, subdesenvolvido
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Mas data houve em que se acabaram Bento que bento o frade, frade.
os tempos duros e sofridos Na boca do forno, forno.
Porque um dia aqui chegaram os Tirai um bolo, bolo
capitais dos países amigos. Fareis tudo que seu mestre mandar?
País amigo, desenvolvido, Faremos todos, faremos todos, faremos
País amigo, país amigo, todos.
Amigo do subdesenvolvido Começaram a nos vender e nos comprar.
País amigo, país amigo. Comprar borracha, vender pneu.
E os nossos amigos americanos Comprar minério, vender navio.
Com muita fé, com muita fé, Pra nossa vela, vender pavio.
Nos deram dinheiro e nos plantamos Só mandaram o que sobrou de lá:
Só café, só café. Matéria plástica, que entusiástica,
É uma terra em que se plantando tudo Que coisa elástica, que coisa drástica,
dá. Rock balada, filme de mocinho,
Pode-se plantar tudo que quiser Ar refrigerado e chiclete de bola (pop)
Mas eles resolveram que nos devíamos E coca cola.
plantar Subdesenvolvido, subdesenvolvido,
Só café, só café subdesenvolvido, subdesenvolvido.

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O povo brasileiro tem personalidade. O povo brasileiro, embora pense, cante e
Não se impressiona com facilidade dance como americano
Embora pense como americano Não come como americano,
“Uuuuuuu, I’m going to kill that indian Não bebe como americano,
before he kills me (pinim...) Vive menos, sofre mais
Embora dance como americano Isso é muito importante
Ta-ta-ta-ta, ta-ta-ta-ta Muito mais do que importante
Embora cante como americano Pois difere o brasileiro dos demais
Eh boi, lá, lá, lá, Personalidade, personalidade,
Eh roçado bão, lá, lá, lá, personalidade sem igual,
O melhor do meu sertão, lá, lá, lá Porém,
Comeram o boi. Subdesenvolvida, subdesenvolvida,
Essa é que é a vida nacional.”

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O Governo Jango
Contra
A favor
A subversão com apoio dos comunistas
A sua abertura às organizações
sociais: as organizações populares e O desejo de implantar uma ditadura
trabalhadores ganharam espaço, sindicalista no Brasil

O seu apoio a sindicatos, e a A quebra da disciplina e da hierarquia


sargentos que apoiavam a tentativa das Forças Armadas.
de sindicalização,
A preocupação entre setores
A não repressão às greves conservadores , empresários, banqueiros
e setores da Igreja Católica do estilo
O apoio às Ligas Camponesas  de populista do governo
Francisco Julião. 
O medo de alguns governadores de um
A sua proposta de aumento de 100% golpe de estado comunista
no salario mínimo quando ministro
de Getulio, A preocupação do governo dos  Estados
Unidos, juntamente com as classes
A lei de remessa dos lucros do conservadoras brasileiras, de o Brasil
capital estrangeiro virar mais do que uma nova Cuba, uma
nova China
As Reformas de Base
A marcha da Família com Deus pela
O comício de 13 março Liberdade
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REFORMAS DE BASE

O PERIGO DA NUDEZ

Imaginem os leitores um menino caminhando para a


adolescência. As roupas que vestem seu corpo, cheio de vida,
aos poucos se tornam pequenas. Rebentam e os remendos
começam aparecer. Um remendo aqui, um remendo ali, nos
joelhos, no cotovelo, nos fundilhos. As roupas ficam
desajustadas. Desajuste é a inadaptação entre dois elementos
que deveriam coadunar-se. No caso do adolescente, a roupa e
seu corpo. Ou o adolescente troca de roupa ou, quando menos
espera, num movimento mais brusco, ficará nu e procurará
cobrir-se com qualquer pedaço de pano que lhe derem.

A vida social é o elemento dinâmico da realidade social. São as


potencialidades biológicas e psíquicas do grupo social em
contínua transformação, em incessante ação criadora, com sua
força de expansão demográfica, com suas características
psicológicas, com sua composição étnica, com suas aspirações
e ideais coletivos.

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A vida social em expansão exerce continuamente pressão nas
estruturas. Daí os desajustes sociais. Os desajustes constituem o
chamado problema social. Começam a aparecer os remendos. Os
remendos serão tantos que ou a realidade social muda as suas
estruturas ou elas rebentam.
 
É o que acontece com o Brasil. O Brasil é um menino que
recebeu uma roupa bonitinha, ajustadinha de seus pais ou irmãos
mais velhos. Mas um menino que entra na adolescência. Um
menino que cresceu e que está com a roupa desajustada.
Começam aparecer os remendos sociais. Há remendo na
organização agrária, no sistema eleitoral, na organização
educacional, administrativa, bancária, urbana, etc. Todas as peças
de sua roupa já estão com remendo, inclusive suas peças íntimas.
Ou o Brasil troca de roupa ou, um dia, quando menos se espera,
os remendos não aguentarão mais e o Brasil ficará nu. Cobrir-se-á
com qualquer pedaço de pano que lhe derem.
 
Parece-me que há alguém remendando o Brasil com a mão
direita, tendo na esquerda um manto vermelho para cobri-lo, em
caso de necessidade,

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comício pelas
13 de março
reformas ou Comício
da Central, organizado
pela CGT

Reforma Agrária
» Decreto assinado naquele dia considerava como passíveis de desapropriação as terras
às margens de rodovias, ferrovias, açudes públicos federais e terras beneficiadas por
obras de saneamento da União. “Ainda não é a carta de alforria do camponês
abandonado”, disse Jango, prometendo avançar em uma das principais bandeiras de
governo.

Estatização de refinarias
» Jango anunciou a “encampação” das refinarias de petróleo privadas. “A partir
deste instante, as refinarias (...) passam a pertencer ao povo, passam a pertencer
ao patrimônio nacional.” Poucos dias depois, o presidente mirava a estatização das
companhias aéreas, quando foi deposto.

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19 de Marcha da Família
março com Deus pela
Liberdade.

Uma reação ao discurso do ex-


presidente João Goulart, na Central
do Brasil na semana anterior

Alguns setores da sociedade acreditavam


que o governo Jango caminhava para o
comunismo.
As Marchas contaram, em sua organização, com o
patrocínio e financiamento de empresários reunidos no
grupo Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais - Ipês,
representantes da ala mais tradicional da Igreja Católica,
segmentos do conservadorismo político e grupos
femininos, como a Campanha da Mulher pela
Democracia do Rio de Janeiro, e União Cívica Feminina,
de São Paulo.  
 
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30 de março :
discurso de Jango “Não admitirei o golpe
no Automóvel das reacionários”
Clube do Rio

Golpe de 31 de março de 1964 vitória do segundo projeto

31 de março: tropas
do General Olimpio
Mourão Filho( 4ª
região militar- MG)
movimentam-se
para o Rio
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Auro Moura de Andrade:

“Declaro vaga a presidência


da republica”

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1964/1969 – PERÍODO DE
INSTITUCIONALIZAÇÃO DA
NOVA ORDEM

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Legitimação e legalização
das ações políticas dos
Atos militares.

Ins
titu De 1964 a 1969 são
decretados 17 atos
institucionais
cio regulamentados por 104
atos complementares.
nais

O governo divulgou que


seu objetivo era combater
a "corrupção e a
subversão”

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1964/1969 – PERÍODO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DA NOVA ORDEM

AI -1 – suspende a constituição
de 1946, organizações de base,
sindicatos, ligas camponesas,
UNE, centros acadêmicos),
cassação de direitos políticos de
centenas de pessoas

AI-2 – após as eleições dos


governadores, cassa JK (candidato
a presidente), prorroga Castelo
Branco até 67, não há mais
eleições diretas (presidente e
governador), bipartidarismo (Arena
e MDB)

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AI- 3 determinava eleições
indiretas para governadores e
nomeação dos prefeitos das
capitais.

AI-4 – Convocação do
Congresso Nacional para a
votação e promulgação do
projeto de Constituição, que
revogava definitivamente a
Constituição de 1946.

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Lutas com criatividade (encontros da
UNE)
Reação
estudantil Subversão, clandestinidade.

Festivais de música (tratado político)

1966: IIº Festival da


Record – Disparada, de
Vandré

1966 : IIIº Festival da


Record – Roda Viva, de
Chico Buarque

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Tem dias que a gente se sente
Roda Viva – Chico Buarque
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente A roda da saia mulata
Ou foi o mundo então que Não quer mais rodar não senhor
cresceu... Não posso fazer serenata
A gente quer ter voz ativa A roda de samba acabou...
No nosso destino mandar A gente toma a iniciativa
Mas eis que chega a roda viva Viola na rua a cantar
E carrega o destino prá lá ... Mas eis que chega a roda viva
Roda mundo, roda gigante E carrega a viola prá lá...
Roda moinho, roda pião Roda mundo, roda gigante
O tempo rodou num instante Roda moinho, roda pião
Nas voltas do meu coração... O tempo rodou num instante
A gente vai contra a corrente Nas voltas do meu coração...
Até não poder resistir O samba, a viola, a roseira
Na volta do barco é que sente Que um dia a fogueira queimou
O quanto deixou de cumprir Foi tudo ilusão passageira
Faz tempo que a gente cultiva Que a brisa primeira levou...
A mais linda roseira que há No peito a saudade cativa
Mas eis que chega a roda viva Faz força pro tempo parar
E carrega a roseira prá lá... Mas eis que chega a roda viva
Roda mundo, roda gigante E carrega a saudade prá lá ...
Roda moinho, roda pião Roda mundo, roda gigante
O tempo rodou num instante Roda moinho, roda pião
Nas voltas do meu coração... O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...(4x)

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Assassinato de
Poder Negro Martin Luther
King

Guerra do Movimento
Vietnam Hippie

Invasão
da Tchecoslováqui Revolução de
a  Maio de 68

Massacre de
estudantes
no México

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Meu depoimento

Parte do documentaio OS ANOS DE CHUMBO

https://youtu.be/cbWc5tdWkQE

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28 de março
1968

 No dia 29 de março, Edson Luís


foi velado na Assembleia
Legislativa, tendo o corpo
coberto pela bandeira do Brasil.

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1968 2 de abril
Missa em Homenagem a Edson
Luís -

Ao término da missa, diante do cerco


da igreja pela polícia, os padres
puseram-se em frente às pessoas,
enfrentando três fileiras de policiais
empunhados com sabres. Formando
um cordão protetor, os clérigos deram-
se as mãos, conduzindo as pessoas da
igreja até a Avenida Rio Branco. arnaldolemos@uol.com.br
1968

12 se abril- Capitão do exército


dos Estados Unidos, Charles
Chandler, acusado de ser agente
da CIA é morto por guerrilheiros
em São Paulo.

16 de abril Metalúrgicos
de Contagem, em Minas
Gerais entram em greve por
10 dias, por reajuste salarial

1º de maio - Governador de São


Paulo, Abreu Sodré é
apedrejado em palanque
na Praça da Sé por
trabalhadores contra a ditadura
militar.
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A passeata dos 100 mil, 26 de junho
1968 Pressionado por
Hélio Pellegrino, o
governador Negrão
de Lima deu a
autorização oficial
para que se
realizasse uma
passeata pacifica
no centro da
cidade.. Faziam
parte dos
intelectuais
liderados por Hélio
Pellegrino: Oscar
Niemeyer, Clarice
Lispector, Ferreira
Gullar, Nara Leão,
Ziraldo, Milton
Nascimento e
Na foto: Tônia Carrero, Paulo Autran,
muitos outros.
Gilberto Gil, Caetano Veloso, entre entros.
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1968
A passeata dos 100 mil

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1968
18 de julho- Comando de
Caça ao Comunistas espanca
o elenco da peça ‘Roda Viva’
de Chico Buarque em São
Paulo

19 de julho  Assembleia
Geral da CNBB no interior de
SP condena a falta de
liberdade de
expressão Brasil.

22 de julho - Sede
da Associação Brasileira de
Imprensa, no Rio de
Janeiro é alvo de atentado
a bomba

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1968

29 de agosto - Líder
estudantil da UNB  Honestino
Guimarães é preso dentro da
universidade, após invasão
das policias militar e federal
em Brasília.

2 de setembro - Deputado
do MDB, Marcio Moreira
Alves faz discurso ofensivo
contra o governo militar no
Congresso .

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1968
A batalha da Maria Antônia, 03 de
outubro

arnaldolemos@uol.com.br
1968
A batalha da Maria Antônia, 3 de
outubro

/http://jeocaz
.wordpress.co
m/2008/10/2
4/brasil-1968-
do-tiro-no-cal
abouco-ao-ai-
5

O estudante secundarista José Guimarães após ser


baleado segundo algumas testemunhas, pelo atirador
Osni Ricardo, membro do CCC e informante da polícia.
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1968
A batalha da Maria Antônia, 3 de
outubro

http://
acervo.
estadao
.com.br
/noticia
s/acerv
o,maria
-antoni
a-duas-
historia
s-no-m
esmo-a
ngulo,9
305,0.h
tm

Durante a passeata, José Dirceu, presidente da UEE, faz discurso


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1968
Congresso de Ibiúna, 12 de
outubro

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A repressão proporcionou
Sem outra opção, era uma riqueza cultural
preciso encontrar uma imensurável devido à
maneira de protestar através atmosfera de tensão vivida
da arte. pelo povo.

Dentre toda a produção musical do período ditatorial, “ Pra


não dizer que não falei de flores”, de Geraldo Vandré, foi um
hino de resistência ao regime militar.

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Pra Não Dizer Que Não Falei Das
FloresGe
rComposição: Geraldo Vandré
aldo Vandré

Pelos campos há fome


Caminhando e cantando Em grandes plantações
E seguindo a canção Pelas ruas marchando
Somos todos iguais Indecisos cordões
Braços dados ou não Ainda fazem da flor
Nas escolas, nas ruas Seu mais forte refrão
Campos, construções E acreditam nas flores
Caminhando e cantando Vencendo o canhão...
E seguindo a canção... Vem, vamos embora
Vem, vamos embora Que esperar não é saber
Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora
Quem sabe faz a hora Não espera acontecer...(2x)
Não espera acontecer...(2x)

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Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos Os amores na mente
De armas na mão As flores no chão
Nos quartéis lhes ensinam A certeza na frente
Uma antiga lição: A história na mão
De morrer pela pátria Caminhando e cantando
E viver sem razão... E seguindo a canção
Vem, vamos embora Aprendendo e ensinando
Que esperar não é saber Uma nova lição...
Quem sabe faz a hora Vem, vamos embora
Não espera acontecer...(2x) Que esperar não é saber
Nas escolas, nas ruas Quem sabe faz a hora
Campos, construções Não espera acontecer...(4x)
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não...

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13 de Dezembro- AI-5  é editado
AI-5 pelo Congresso  e sancionado pelo
presidente Costa e Silva, fechando o
Congresso Nacional gerando caos no país.

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Recesso Parlamentar :
fechamento do Congresso

Plenos poderes para o


Presidente
arbitrariamente intervir
em estados e municípios
AI-5
Prerrogativa presidencial:
suspender direitos
políticos e cassação de
mandatos

Ficava extinto, em caso de


crimes políticos ou contra
a economia, o habeas
corpus.

O presidente poderia
decretar, a qualquer
momento, estado de sitio,
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Decreto 477

Lei da Segurança
Nacional

AI-5 SNI (futuros


presidentes)

Ciex – DÓI-CODI
200 mil dedos-duros
Oban

Esquadrão da
Morte
Cenimar
Fleury

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O MILAGRE ECONÔMICO

1969/1973

OS ANOS DE CHUMBO

arnaldolemos@uol.com.br
1969/1973 – O MILAGRE ECONÔMICO

arnaldolemos@uol.com.br
1969/1973 – O MILAGRE ECONÔMICO

Período de intenso crescimento


econômico e de grande
endividamento.

O PIB do Brasil cresceu acima de


10% ao ano, em média, apesar da
inflação, que oscilou entre 15% e
20% ao ano,

Grande concentração de renda,


com redução dos salários reais

acentuação da desigualdade
social e aumento da pobreza,
com cerceamento às
liberdades individuais
associado à repressão
política
arnaldolemos@uol.com.br
1969/1973 – O MILAGRE ECONÔMICO

1970: Renda
50% = 14,91
30% = 22,85
15% = 27,38
05% = 34,86

Supermercados Shoppings

Indústria -------- mercadoria -------


consumidor

Repressão X euforia dos


consumidores

Ideologia Brasil, ame-o ou deixe-o

Ninguém segura este


país. arnaldolemos@uol.com.br
Copa do Mundo Pra Frente Brasil. Os Incriveis
1970 Noventa milhões em ação
Pra frente Brasil, no meu coração
Todos juntos, vamos pra frente Brasil
Salve a seleção!!!
De repente é aquela corrente pra frente, parece que todo
o Brasil deu a mão!
Todos ligados na mesma emoção, tudo é um só coração!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Gol!
Somos milhões em ação
Pra frente Brasil, no meu coração
Todos juntos, vamos pra frente Brasil
Salve a seleção!!!
De repente é aquela corrente pra frente, parece que todo
o Brasil deu a mão!
Todos ligados na mesma emoção, tudo é um só coração!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Salve a seleção!
Salve a seleção!
Salve a seleção!
arnaldolemos@uol.com.br
Eu te amo, meu Brasil, Dom e Ravel
As praias do Brasil ensolaradas
O chão onde o país se elevou
A mão de Deus abençoou
Mulher que nasce aqui
Tem muito mais amor
O céu do meu Brasil tem mais estrelas
O sol do meu país mais esplendor
A mão de Deus abençoou
Em terras brasileiras
Vou plantar amor
Eu te amo meu Brasil, eu te amo
Meu coração é verde, amarelo, branco, azul,
anil
Eu te amo meu Brasil, eu te amo
Ninguém segura a juventude do Brasil
As tardes do Brasil são mais douradas-
mulatas.
Brotam cheias de calor
A mão de Deus abençoou
Eu vou ficar aqui
Porque existe amor
No carnaval os povos querem vê-las
No colossal desfile multicor
A mão de Deus abençoou
Em terras brasileiras
Vou plantar amor
Adoro meu Brasil de madrugada
Na hora em que estou com meu amor
A mão de Deus abençoou
A minha amada vai comigo aonde eu for
As noites do Brasil, tem mais beleza
A hora chora de tristeza e dor
Porque a natureza sopra e ela vai-se embora
Enquanto eu planto o amors
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3ª abertura dos
Brasil Ilha de tranquilidade portos

petrodólares

Construção de infra-
estrutura Aumento da dívida externa

Polo químico Indústria de


da Bahia base
Transamazônica
Rio-Niteroi
Usinas
Grandes
Energia Nuclear
projetos
Ferrovia do aço
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1969/1973 – OS ANOS DE CHUMBO

A expressão “anos de chumbo”


foi aplicada inicialmente a um
fenômeno da Europa Ocidental,
relacionado com a Guerra Fria e
com a estratégia de tensão.

Anos 70/80: anos marcados por


violência política, luta armada e
terrorismo de esquerda e de direita,
bem como pelo endurecimento do
aparato repressivo dos Estados
democráticos da Europa Ocidental.

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do AI-5 em 13 de
dezembro de 1968 até o
final do governo Médici,
em março de 1974

Anos de
Chumbo Feroz combate entre a
extrema-esquerda de um
lado e, de outro, o aparelho
repressivo policial-militar do
Estado.

O governo é apoiado por


organizações paramilitares e
grandes empresas.

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Opções - 1. Estudar
2. Exílio
3. Luta armada
- urbana
- rural

Caça às bruxas

Universidade de
Brasília

USP

Federal do Rio

Colégio Vocacional

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Organizações armadas contra o regime militar

Ação Libertadora Nacional(ALN)

Comando de Libertação Nacional (COLINA)

MNR

Movimento de Libertação Popular - Molipo

Movimento Revolucionario 8 de outubro (MR-8]

PCB

PC do B

Partido Comunista Brasileiro Revolucionario(PCBR)

Partido Operario Comunista(POC)

POLOP

Val-Palmares

Vanguarda Popular Revolucionaria(VPR, VAR-P ou VAR-PAL)


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Principais movimentos de direita

Instituto de Pesquisa e Estudos Sociai(IPES)

Instituto Brasileiro de Ação Democratica(IBAD)

Campanha da Mulher pela Democracia(Camde) - financiada pelo IPES

União Cívica Feminina(UCF) - sob orientação do IPES

Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas (Adce) - ligada ao IPES

Movimento Anti-Comunista (MAC) - formado por universitários

Frente da Juventude Democratica - formada por estudantes


anticomunistas radicais

Comando de Caça aos Comunistas(CCC) - formado por estudantes


anticomunistas radicais

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Durante esse período, houve
"desaparecimento" e morte de
milhares de militantes,
políticos e estudantes de
esquerda.

A liberdade de imprensa, a de
expressão e a de manifestação
foram cerceadas.

Por outro lado, alguns


noticiários, como o Jornal
Nacional, tentavam transmitir a
imagem de um Brasil
democrático e retratavam o
evidente “desenvolvimento”
nacional.

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1969
Operação Bandeirante
(OBAN)

Sequestro do Embaixador
Americano

Esquadrão da Morte

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1969

Assassinato de
Marighela (ALN)

D.Paulo Evaristo Arns é nomeado Arcebispo de


São Paulo e abre um canal de denuncias contra a
1970 ditadura

Guerrilhas contra o regime militar espalham-se na


cidade e no campo

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Apesar De Você
Chico Buarque

Vendo circular pelas ruas os automóveis com o adesivo


“Brasil: ame-o ou deixe-o“, Chico Buarque se viu obrigado a
reagir com sua melhor arma: a música. E assim nasceu
“Apesar de você”:

A música foi adotada como hino de resistência aos militares


quando um jornal publicou uma notinha dizendo que “você”,
na verdade, era o general Médici.

Chamado para depor, Chico disse que a música era para uma
mulher muito mandona, mas não colou. A música foi proibida
de ser executada e todos os compactos recolhidos e
quebrados.

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Apesar De Você
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque Vou cobrar com juros. Juro! Apesar de você
Todo esse amor reprimido, (Coro3) Apesar de você
(Crescendo) Amanhã vai ser outro dia x Esse grito contido, Amanhã há de ser outro
3 Esse samba no escuro dia
Hoje você é quem manda Você que inventou a tristeza Você vai ter que ver
Falou, tá falado Ora tenha a fineza A manhã renascer
Não tem discussão, não. de "desinventar" E esbanjar poesia
A minha gente hoje anda Você vai pagar, e é dobrado, Como vai se explicar
Falando de lado e olhando pro chão Cada lágrima rolada Vendo o céu clarear, de
Viu? Nesse meu penar repente,
Você que inventou esse Estado (Coro2) Apesar de você Impunemente?
Inventou de inventar Amanhã há de ser outro dia. Como vai abafar
Toda escuridão Ainda pago pra ver Nosso coro a cantar,
Você que inventou o pecado O jardim florescer Na sua frente.
Esqueceu-se de inventar o perdão Qual você não queria Apesar de você
(Coro) Apesar de você Você vai se amargar (Coro4) Apesar de você
amanhã há de ser outro dia Vendo o dia raiar Amanhã há de ser outro
Eu pergunto a você onde vai se Sem lhe pedir licença dia.
esconder E eu vou morrer de rir Você vai se dar mal, etc
Da enorme euforia? E esse dia há de vir e tal,
Como vai proibir antes do que você pensa
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
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Cálice – Chico Buarque e Gilberto Gil

"Cálice" é uma canção escrita e


interpretada por Chico Buarque e
Gilberto Gil em 1973.

Na canção percebe-se um
elaborado jogo de palavras para
despistar a censura da ditadura
militar. A palavra-título, por
exemplo, é cantado pelo coral que
acompanha o cantor de forma a
soar como um raivoso "Cale-se!".

A canção teve sua execução


proibida durante anos no Brasil.
Na versão, Milton Nascimento
canta os versos de Gil.

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Cálice
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque Como é difícil De muito gorda
e Gilberto Gil Acordar calado A porca já não anda
Se na calada da noite (Cálice!)
Pai! Afasta de mim esse Eu me dano De muito usada
cálice Quero lançar A faca já não corta
De vinho tinto de sangue... Um grito desumano Como é difícil
(2x) Que é uma maneira Pai, abrir a porta
Como beber De ser escutado Pai! Afasta de mim esse
Dessa bebida amarga Esse silêncio todo cálice
Tragar a dor Me atordoa Pai! Afasta de mim esse
Engolir a labuta Atordoado cálic
Mesmo calada a boca Eu permaneço atento Como beber
Resta o peito Na arquibancada Dessa bebida amarga
Silêncio na cidade Prá a qualquer Tragar a dor
Não se escuta momento Engolir a labuta
De que me vale Ver emergir Mesmo calada a boca
Ser filho da santa O monstro da lagoa... Resta o peito
Melhor seria Pai! Afasta de mim Silêncio na cidade
Ser filho da outra esse cálice Não se escuta
Outra realidade Pai! Afasta de mim De que me vale
Menos morta esse cálice Ser filho da santa
Tanta mentira Pai! Afasta de mim Melhor seria
Tanta força bruta... esse cálice Ser filho da outra
Pai! Afasta de mim esse De vinho tinto de Outra realidade
cálice sangue... Menos morta
De vinho tinto de sangue... Tanta mentira
Tanta força bruta...

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Mesmo calado o peito
Pai! Afasta de mim Resta a cuca
esse cálice Dos bêbados
Pai! Afasta de mim Quero perder de vez
Do centro da cidade... Tua cabeça
esse cálice Pai! Afasta de mim esse
Pai! Afasta de mim (Cale-se!)
cálice Minha cabeça
esse cálice Pai! Afasta de mim esse
De vinho tinto de Perder teu juízo
cálice (Cale-se!)
sangue... Pai! Afasta de mim esse
De muito gorda Quero cheirar fumaça
cálice De óleo diesel
A porca já não anda De vinho tinto de sangue...
(Cálice!) (Cale-se!)
Talvez o mundo Me embriagar
De muito usada Não seja pequeno
A faca já não corta Até que alguém me
(Cale-se!) esqueça
Como é difícil Nem seja a vida
Pai, abrir a porta (Cale-se!)
Um fato consumado
(Cálice!) (Cale-se!)
Essa palavra Quero inventar
Presa na garganta O meu próprio pecado
Esse pileque (Cale-se!)
Homérico no mundo Quero morrer
De que adianta Do meu próprio veneno
Ter boa vontade (Pai! Cale-se!)

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1973-1978 –A crise: o fim do “milagre”

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1973-1978 –A crise: o fim do milagre

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Crise externa A crise do petróleo

Esgotamento da capacidade de consumo da classe


média

Crise interna Sobe o numero


Queima de Aumento de carnets
estoque dos preços

Indústria Fim da ilusão


ociosidade Nova força de
trabalho
Diminui a
capacidade Caos social
desemprego
produtiva
subemprego
marginalidade

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polícia violência
Deixa de
Classe Média consumir
1974: voto na oposição
Questiona o
modelo
Crise política
Governo Duas táticas
Crise
econômica

É preciso pagar
Crise econômica os juros e as
amortizações da
dívida externa

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Crise econômica
Incentivar o latifúndio : “exportar é o que
importa”
incentivos fiscais: isenção de impostos

Mão de obra barata: “bóias-frias”


agricultura
Destruição da pequena propriedade que
produzia alimentos para o mercado interno:
êxodo rural
Aumento do preço dos alimentos

Importação de alimentos: aumento da dívida

Começa a faltar
Isenção de impostos dinheiro para o
indústria
para exportação Estado

Políticas sociais são


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afetadas
Crise econômica

Fabricar dinheiro: inflação


Cigarro.
Energia elétrica
Aumento de imposto da classe media:
Imposto de renda
solução

Letras do Tesouro e ORTN para os ricos


comprarem. O rico só compra com juros
altos: aumenta a dívida interna

Temos que pagar a dívida externa e a dívida interna

Emprestar mais para pagar juros da dívida


solução externa
Jogar mais letras do Tesouro no mercado

Círculo financeiro da arnaldolemos@uol.com.br


especulação
Crise política

Movimentos de reivindicação
1970 Comunidades Eclesiais de
Base
Movimento “custo de vida”
Renascimento do movimento
Organização da estudantil
sociedade civil
Sindicatos: ABC – novas
lideranças
Movimento dos camponeses

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ABI
Foros políticos OAB
de debates SBPC
IGREJA

76 - Lei Somente o curriculo


do candidato
Falcão
Táticas do governo

Fechamento
temporario do
77 – Pacote de Congresso
Abril
Senadores
Biônicos
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Crise política

A repressão se empenha para desarticular a guerrilha


urbana, prendendo, matando e torturando.
1971
Lamarca é asassinado no interior da Bahia

1972 Renascimento do movimento estudantil

Golpe Militar no Chile: Pinochet


1973
Anti-candidatura do Ulisses

Derrota da Guerrilha do Araguaia


1974 Eleição de senadores de oposição
MDB ganha 72% dos votos

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Morte de Vladimir Herzog
1975
O culto ecumenico foi a primeira
manifestação publica contra a ditadura

1976 Terrorismo de direita

Primeira Grave no ABC - Lula

Intensificam-se os movimentos da
1977 sociedade civil contra a ditadura – Carta
aos Brasileiros – Gofredo da Silva Teles

Repudio á Ditadura e restabelecimento


imediato do Estado de Direito
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1979-1985: Abertura e transição

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Fim da década de 70. A pressão para uma abertura
democrática no Brasil vem de todas as formas, mas é
duramente reprimida.

Comitê Brasileiro pela


Anistia

Teotonio Vilela, o
menestrel de Alagoas

Havia os exilados, os presos, os


torturados e o resto, que não
tinha armas com que lutar contra
o governo, embora também não
pudesse continuar como estava.
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1979
Crise Politica

Janeiro– Extinção do AI-5

Art. 1º É concedida anistia a todos quantos, no


período compreendido entre 2 de
setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979,
cometeram crimes políticos ou conexos com estes.
Agosto – Lei da Anistia
§ 1º - Consideram-se conexos, para efeito deste
artigo, os crimes de qualquer natureza relacionados
com crimes políticos ou praticados por motivação
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política.
A Lei da Anistia foi sancionada no
mesmo ano de criação da música
“O Bêbado e a Equilibrista”, de João
Bosco e Aldir Blanc – (a utopia e a
esperança) que traz, em cada verso,
um pequeno pedaço de cada batalha.

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Caía a tarde feito um viaduto
A nossa Pátria
E um bêbado trajando luto
Mãe gentil
Me lembrou Carlitos...
Choram Marias
A lua
E Clarisses
Tal qual a dona do bordel
No solo do Brasil...Mas sei,
Pedia a cada estrela fria
que uma dor
Um brilho de aluguel
Assim pungente
E nuvens!
Não há de ser inutilmente
Lá no mata-borrão do céu
A esperança...
Chupavam manchas torturadas
Dança na corda bamba
Que sufoco!
De sombrinha
Louco!
E em cada passo
O bêbado com chapéu-coco
Dessa linha
Fazia irreverências mil
Pode se machucar...
Prá noite do Brasil.
Azar!
Meu Brasil!...
A esperança equilibrista
Que sonha com a volta
Sabe que o show
Do irmão do Henfil.
De todo artista
Com tanta gente que partiu
Tem que continuar...
Num rabo de foguete
Chora!
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Tô Voltando Pega uma praia, aproveita, tá calor
Composição: Paulo César Pinheiro e Vai pegando uma cor
Maurício Tapajós Que eu tô voltando
Faz um cabelo bonito pra eu notar
Pode ir armando o coreto Que eu só quero mesmo é despentear
E preparando aquele feijão preto Quero te agarrar
Eu tô voltando Pode se preparar porque eu tô voltando
Põe meia dúzia de Brahma pra gelar Põe pra tocar na vitrola aquele som
Muda a roupa de cama Estréia uma camisola
Eu tô voltando Eu tô voltando
Leva o chinelo pra sala de jantar Dá folga pra empregada
Que é lá mesmo que a mala eu vou largar Manda a criançada pra casa da avó
Quero te abraçar, pode se perfumar Que eu to voltando
Porque eu tô voltando Diz que eu só volto amanhã se alguém
Dá uma geral, faz um bom defumador chamar
Enche a casa de flor Telefone não deixa nem tocar
Que eu tô voltando Quero lá, lá, lá, ia, porque eu to
voltando! arnaldolemos@uol.com.br
Reforma Politica

Novembro - Fim do bipartidarismo

1979

Arena – PDS
MDB – PMDB
PTB
PDT
PP

Sindicalistas
1980 Fundação do PT
Intelectuais de esquerda

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Novo aumento do petróleo
Crise econômica
Aumento do juros
internacionais
Segunda crise
internacional Baixam os preços de matéria prima e
produtos agrícolas

Aumentam os preços da tecnologia e


produtos industrializados

Daí – mais empréstimos – aumenta a dívida –


aumenta o latifúndio para exportar

O Banco do Brasil em Nova York declarou-se sem


fundo
Setembro de
1982
FMI – cartas de intenções
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Crise Política
1981

Atentados da direita

Atentado do Rio Centro

Pacote eleitoral

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Crise Política

1982

Vitoria da oposição:

Montoro

Brizola

Tancred
o

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Trabalhadores

Morte de Santos Dias


1979

repressão às greves do
ABC

1981 CONCLAT

Greves de inúmeras categorias de


1982 trabalhadores

Rompimento com FMI


1983 Fundação da Autonomia Sindical
CUT Liberdade de organização politica
Reforma Agrária
Direito de Greve
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Eleições Diretas
Crise Política

1984

https://youtu.be/1DE4ttIIgh0 arnaldolemos@uol.com.br
1985 Eleição de Tancredo Neves

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O fim da ditadura militar
O final do governo militar de 1964

Em 8 de maio de 1985, o Congresso Nacional aprovou emenda


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constitucional que acabava com os últimos vestígios da ditadura.
Vai Passar Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais
Chico Buarque Que aqui sangraram pelos nossos pés
Composição: Chico Buarque e Francis Que aqui sambaram nossos ancestrais
Num tempo página infeliz da nossa história,
Vai passar nessa avenida um samba popular passagem desbotada na memória
Cada paralelepípedo da velha cidade essa Das nossas novas gerações
noite vai se arrepiar Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
Ao lembrar que aqui passaram sambas sem perceber que era subtraída
imortais Em tenebrosas transações
Que aqui sangraram pelos nossos pés Seus filhos erravam cegos pelo continente,
Que aqui sambaram nossos ancestrais levavam pedras feito penitentes
Num tempo página infeliz da nossa história, Erguendo estranhas catedrais
passagem desbotada na memória E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugaz
Das nossas novas gerações Uma ofegante epidemia que se chamava carnaval,
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída o carnaval, o carnaval
sem perceber que era subtraída Vai passar, palmas pra ala dos barões famintos
Em tenebrosas transações O bloco dos napoleões retintos
Seus filhos erravam cegos pelo continente, e os pigmeus do boulevard
levavam pedras feito penitentes Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a
Erguendo estranhas catedrais cantar
E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria A evolução da liberdade até o dia clarear
fugaz Ai que vida boa, ô lerê,
Uma ofegante epidemia que se chamava ai que vida boa, ô lará
carnaval, O estandarte do sanatório geral vai passar
Vai passar nessa avenida um samba popular Ai que vida boa, ô lerê,
Cada paralelepípedo da velha cidade essa ai que vida boa, ô lará
noite vai se arrepiar O estandarte do sanatório geral... vai passar

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Para ilustrar os acontecimentos da Ditadura Militar,
veja os  vídeos da TV Câmara, CONTOS DA
RESISTÊNCIA.

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Episódio 1: Estudantes e Igreja

O primeiro episódio de Contos da Resistência retrata a atuação de estudantes e da Igreja contra a ditadura militar.
Relatos emocionantes de presos políticos e vítimas do regime marcam o documentário.

Episódio 2: Congresso

O segundo episódio da série Contos da Resistência enfoca as relações políticas entre Congresso Nacional e governos
militares. O objetivo da série de documentários é esclarecer fatos políticos dos 20 anos de ditadura militar, iniciada em
março de 1964, explicar como se davam as ações de poder e dominação do governo central, e como o Congresso foi,
ao mesmo tempo, núcleo de resistência e caixa de ressonância dos desejos dos militares daquela época.

Episódio 3: Artes e Imprensa

Dando continuidade à série Contos da Resistência, o terceiro episódio trata da resistência nas artes e na imprensa no
período da ditadura militar que vai de 1968 a 1979. Este período foi marcado principalmente pelo anúncio do Ato
Institucional nº 5, o AI-5. Com ele se decretou a censura prévia em jornais, revistas, emissoras de TV e também nos
espetáculos culturais de música, teatro, entre outros.

Episódio 4: Movimento Sindical

O quarto episódio da série conta como operários e líderes sindicais da região do ABC Paulista resistiam à falta de
liberdade e se organizavam por melhores salários e condições de vida. O programa mostra a trajetória dos
metalúrgicos: da alienação política à campanha pelas eleições diretas em 1984 e como a batalha por melhores salários
resultou na luta pela redemocratização do Brasil. Histórias dramáticas e curiosas de operários anônimos e líderes
reconhecidos.

Acesse http://www.camara.gov.br/internet/tvcamara/?
lnk=CONTOS-DA-
RESISTENCIA&selecao=MATDATA&programa=90
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Filmes sobre a Ditadura
Militar no Brasil

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Braços Cruzados,Maquinas Paradas, 1978, Roberto
Gervitz e Sergio Toledo

Três chapas disputam a direção do Sindicato dos Metalúrgicos


de São Paulo, o maior da América Latina, com 300.000
associados, e presidido por um "pelego", desde o golpe militar
de 1964. Em meio às eleições, eclodem as primeiras greves
operárias que iriam mudar o país.  
Braços Cruzados, Máquinas Paradas revela, em narrativa
envolvente, como funciona a estrutura sindical brasileira, de
inspiração fascista. É também o primeiro documentário de
longa-metragem sobre as chamadas "greves espontâneas",
ocorridas em São Paulo, 10 anos após a decretação do AI-5.
Tais greves, que culminaram em um amplo movimento social
que traria de volta a democracia ao país, estão na base dos
acontecimentos que levaram à eleição do primeiro presidente
operário da América Latina

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ABC da Greve,1979, Leon Hisrsman

O filme cobre os acontecimentos na região do ABC paulista,


acompanhando a trajetória do movimento de 150 mil
metalúrgicos em luta por melhores salários e condições de
vida. Sem obter êxito em suas reivindicações, decidem-se pela
greve, afrontando o governo militar. Este responde com uma
intervenção no sindicato da categoria. Mobilizando numeroso
contingente policial, o governo inicia uma grande operação de
repressão. Sem espaço para realizar suas assembléias, os
trabalhadores são acolhidos pela igreja. Passados 45 dias,
patrões e empregados chegam a um acordo. Mas o
movimento sindical nunca mais foi o mesmo

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Linha de Montagem,1981, Renato Tapajós

Investigação sobre a gênese do movimento sindical de São


Bernardo do Campo entre os anos de 1978 e 1981, quando se
produziram as maiores greves de metalúrgicos na região,
desafiando a repressão do final da ditadura militar.
Radiografa-se a cidade no calor da grande efervescência das
assembléias no estádio da Vila Euclides, onde os operários
decidiam os novos rumos do movimento. As greves de 1979 e
1980 levaram à intervenção federal no Sindicato dos
Metalúrgicos, à prisão de líderes, como Luís Inácio da Silva,
processados com base na Lei de Segurança Nacional

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Eles não usam black-tie, 1981, Leon Hirszman.

Um operário engravida a namorada e resolve se casar.


Paralelamente, inicia-se um movimento grevista na empresa
onde trabalha, liderado por seu próprio pai. O personagem
resolve furar a greve para garantir o emprego, mas sua decisão
provoca enorme conflito com seu pai.

Pra Frente Brasil,1982, Roberto Farias

Em 1970 o Brasil inteiro torce e vibra com a seleção de futebol


no México, enquanto prisioneiros políticos são torturados nos
porões da ditadura militar e inocentes são vítimas desta
violência. Todos estes acontecimentos são vistos pela ótica de
uma família quando um dos seus integrantes, um pacato
trabalhador da classe média, é confundido com um ativista
político e "desaparece".

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Nunca Fomos tão felizes, 1984, Murilo Sales

Nunca Fomos Tão Felizes conta a história da


relação de um filho com seu pai, um homem desconhecido
e misterioso. O filme começa com o pai voltando ao colégio
onde deixou o filho interno durante oito anos, sem lhe
escrever uma carta, sem lhe dar um telefonema. Ele pouco
sabe sobre a vida do pai, um militamte politico perseguido
pela policia do regime .Ambos vão para o Rio de Janeiro,
numa viagem atribulada, onde o pai diz: quanto menos
você souber sobre mim, melhor para você. Ele instala o
filho em um apartamento na Av. Atlântica de frente para o
mar, lhe entrega uma soma de dinheiro, e diz para o filho
se virar com isso. No dia seguinte desaparece novamente.
Nunca Fomos Tão Felizes é a história da descoberta do pai,
de quem é esse pai. Um filme em ritmo de thriller que
mobiliza o espectador. Um filme emocionante. Um marco
do moderno cinema brasileiro

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Jango,1984, Silvio Tendler

Coletânea de filmes, fotos, documentários e entrevistas


sobre a carreira política de João Goulart. Do tempo em
que era Ministro do Trabalho de Vargas à sua morte no
exílio.
 

Cabra marcado para morrer,1984, Nelson


Coutinho

O diretor rodava um filme sobre o Nordeste brasileiro,


quando estourou o golpe de 1964. Retomou o projeto em
1981, retornando aos mesmos lugares e entrevistando as
mesmas pessoas, para verificar o que tinha ocorrido com
elas

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Em nome da segurança Nacional, 1984, Renato
Tapajós

A gravação das declarações do Tribunal Tiradentes, tribunal


simulado que julgou e condenou a Lei de Segurança Nacional,
uma medida legal de repressão emitido durante a ditadura
militar no Brasil, na década de 1960, que praticamente aboliu
direitos civis e da democracia, em nome da segurança nacional .

Terra para Rose,1987, Tetê de Morais

A partir da história de Rose, uma gaúcha sem-terra, este


documentário fala das 1.500 famílias que ocuparam a improdutiva
Fazenda Annoni (RS). Era o momento de transição após regime
militar e o início do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra (MST) no Brasil. Rose deu à luz ao primeiro bebê nascido no
acampamento.
 

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Que bom te ver viva, 1989, Lucia Murat

Sobre a tortura no país. Registro das experiências de oito ex-


prisioneiras políticas sobre a tortura que sofreram durante a
ditadura militar.
 

A morte a donzela,1994, EUA, Roman Polanski

Em um país sul-americano após a queda da ditadura Paulina


Escobar (Sigourney Weaver), a mulher de Gerardo Escobar (Stuart
Wilson), um famoso advogado, fica sabendo no rádio que Gerardo
deverá chefiar as investigações das mortes ocorridas no regime
militar. Quando Gerardo chega ela o vê acompanhado de um
estranho que o socorreu na estrada, mas quando o desconhecido
retorna à casa ela o identifica pela voz como sendo Roberto Miranda
(Ben Kingsley), o homem que a torturou e a estuprou quando ela
fazia militância política. Paulina decide então "julgá-lo" ali mesmo,
apesar dos protestos do marido, que considera sua atitude
precipitada além do fato do acusado alegar inocência.

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Amazonia em chamas,1994, John
Frankenheimer

The Burning Season (Amazônia em Chamas e um filme produzido em


1994, originalmente para televisão pela rede  HBO, sobre a vida do
seringueiro Chico Mendes. O papel principal é interpretado pelo
ator Raul Julia em sua penúltima atuação O filme foi rodado
no Mexico. Não houve nenhuma relação da produção com o Brasil,
exceto pela presença de Sonia Braga (interpretando a última
companheira de Chico). Os demais atores eram todos hispânicos, e o
filme é falado em inglês e espanhol.

Lamarca, 1994, Sergio Rezende


Sobre o militar e guerrilheiro Carlos Lamarca (1937-71) que, em
1969, entrou para a Vanguarda Popular Revolucionária, abandonou
um quartel em São Paulo e instalou um foco guerrilheiro no Vale do
Ribeira (SP). Em 1970 comandou o seqüestro do embaixador suíço no
Rio de janeiro; foi morto em 17/09/1971 pelo exército no sertão da
Bahia
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15 Filhos, 1995, Maria de Oliveira, Marta Nehring

O documentário "15 filhos", de Maria Oliveira e Marta Nehring,


retrata a época da ditadura militar no Brasil por meio da memória de
infância dos filhos de militantes presos, mortos ou desaparecidos.
Esses depoimentos, dentre os quais se incluem os das diretoras do
vídeo, mostram um ângulo pouco conhecido da violência política no
Brasil.

O que é isso companheiro,1997, Bruno Barreto

Em 1964, um golpe militar derruba o governo democrático brasileiro


e, após alguns anos de manifestações políticas, é promulgado em
dezembro de 1968 o Ato Constitucional nº 5, que nada mais era que
o golpe dentro do golpe, pois acabava com a liberdade de imprensa
e os direitos civis. Neste período vários estudantes abraçam a luta
armada, entrando na clandestinidade, e em 1969 militantes do MR-8
elaboram um plano para seqüestrar o embaixador dos Estados
Unidos (Alan Arkin) para trocá-lo por prisioneiros políticos, que eram
torturados nos porões da ditadura.

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Ação entre amigos,1998, Beto Brant

Em 1971, Miguel (Rodrigo Brassalto), Paulo (Heberson Hoerbe), Elói (Sérgio Cavalcante)
e Osvaldo (Douglas Simon) participaram da luta armada contra a ditadura militar e
acabaram sendo presos quando tentavam assaltar um banco. Eles foram barbaramente
torturados, sendo que Lúcia (Melina Athís), a namorada de Miguel que estava grávida,
morreu quando seus algozes colocaram nela uma "coroa de cristo" até estourar seu
cérebro. Vinte e cinco anos depois, os quatro amigos ainda se vêem e quando vão para
uma pescaria Miguel (Zecarlos Machado) mostra aos amigos uma foto de um encontro
político em São Paulo, afirmando que uma das pessoas fotografadas foi Correia
(Leonardo Villar), o homem que os torturou por meses. Inicialmente Paulo (Carlos
Meceni), Elói (Cacá Amaral) e Osvaldo (Genésio de Barros) contestam a afirmação do
amigo, pois oficialmente Correia morreu, mas a verdade é que ninguém viu o corpo e
três anos depois a viúva de Correia faleceu de câncer e, algum tempo depois, os restos
mortais dela foram transferidos para outro cemitério. Como não consta o nome de quem
fez o pedido, Miguel acredita que tenha sido Correia. Na cidade eles confirmam que o
corpo está lá, assim procuram um local de apostas, pois o torturador deles era um
viciado em qualquer tipo de jogo, e o acabam encontrando em uma rinha de galos. Os
quatro armam uma emboscada e seqüestram Correia, que inicialmente nega tudo, mas
após receber de Miguel um tiro na perna admite ser o torturador, mas revela algo
inimaginável: ele só os prendeu pelo simples fato de que entre eles existia um delator.

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Dois córregos, 1999, Carlos Reinchenbach

No início do filme, uma mulher lembra de sua adolescência quando


vai ver sua propriedade em Dois Corregos. Reichenbach une três
mulheres diferentes que convivem com um homem que está
escondido por perseguição no período da ditadura

Sonho de Rose, 2000, Tetê de Morais

Dez anos após o filme Terra para Rose, ocorreu este reencontro
com personagens da ocupação da Fazenda Annoni. O documentário
acompanha a trajetória dos agricultores sem-terra, narra os
resultados dos assentamentos, seus conflitos e vai atrás dos filhos
de Rose. Importante para quem é contrário à reforma agrária.

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Golpe de 64 – 2000, A procissão está nas ruas,
Mauro Lima

Março de 1964. Os olhos do mundo estão voltados para o


Brasil. Num planeta dividido entre dois blocos antagônicos é
cada vez mais difícil manter-se independente. Esquerda ou
direita? Que rumo tomar? Uma coisa é certa: a solução,
infelizmente, não será democrática. Neste cenário fervilhante, o
processo político se radicaliza a cada dia. O fatídico mês avança
e a temperatura se eleva. Os comícios reúnem centenas de
milhares de pessoas, os discursos são mais inflamados do que
nunca. Nos gabinetes, conspira-se. haverá golpe? Haverá
contra-golpe? Os americanos estão de prontidão? Não há mais
tempo para planejar. É preciso agir. E rápido. Os tanques já
estão nas ruas. Prepare-se para reviver um dia de cão e de
chumbo: 31 de março de 64.

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Marighella, retrato de um guerrilheiro,2001, Silvio
Tendler

O documentário conta a história, as polêmicas, as vitórias e


derrotas de Carlos Marighella, um dos líderes da luta armada
contra a ditadura militar no Brasil. Autor do “Manual do
Guerrilheiro Urbano" foi fundador da Açao Çlibertadora Nacional,
primeiro movimento armado pós-64. Foi homenageado com o filme
no ano em que completaria 90 anos.

Tempo de resistência,2003, André Ristum

Baseado no livro “Tempo de Resistência” de Leopoldo Paulino, o


documentário homônimo é o mais completo sobre a luta do povo
brasileiro contra a ditadura militar. A partir do depoimento de
pessoas diretamente envolvidas na resistência à ditadura, e
impactantes imagens de arquivos, Tempo de Resistência revela a
História deste longo e nebuloso período, que se estendeu por 21
anos, resgatando a memória do nosso país. Embalado pelas
músicas de Chico Buarque, Francis Hime e Geraldo Vandré entre
outras
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Barra 68- sem perder a ternura, 2001, Vladimir de Carvalho

A luta de Darcy Ribeiro no início dos anos 60 para criar e implantar a Universidade
Brasília. E as repetidas agressões sofridas pela UNB, desde o golpe militar de 64 até os
acontecimentos de 1968. Desde os seus primórdios, Brasília foi fortemente marcada
pelos acontecimentos políticos, como a renúncia de Jânio Quadros e o golpe militar de
64. Envolvida, a comunidade conheceu a intranqüilidade e ficou estigmatizada pela
repressão. Um dos seus bens mais preciosos, a Universidade, criada por Darcy Ribeiro,
foi agredida em 64, 68 e 77. Na primeira vez a UnB foi ocupada por tropas militares e
quase perdeu todo o seu corpo docente que voluntariamente se demitiu em protesto
célebre. A crise se arrastou por quatro longos anos e em l968, com o movimento
deflagrado em reação ao assassinato de Edson Luís, no Rio de Janeiro, as ruas de
Brasília assistiram aos embates entre estudantes e a polícia. As famílias sobressaltadas
procuravam alento nos ofícios religiosos, enquanto cerca de 5OO jovens eram detidos
numa praça de esportes no campus da UnB. Tudo culmina, depois de lances dramáticos
com a prisão de parlamentares, o fechamento do Congresso Nacional e a promulgação
do AI-5. Essa trajetória é resgatada através da urdidura de depoimentos, casos e
histórias mesclados às raras imagens e sons que ficaram e perfazem, de uma época,
uma memória imperfeita, mas sempre verdadeira.

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Vale a pena sonhar,2003, Rudi Böhm, Stela Grisotti

Vale a pena sonhar os sonhos e utopias de uma geração de homens e


mulheres que dedicaram suas vidass à luta pela justiça, liberdade e
democracia, tendo como fio condutor a historia de Apolonio de Carvalho.
Sua luta, sem fronteiras, junto aos republicanos na Guerra
Civil Espanhola, na Resistencia Francesa contra o nazismo e no combate
à ditadura militar no Brasil nos anos 60, assim como fatos da vida
cotidiana e da familia do militante de esquerda e que assina a ficha
numero 11 de filiação do PT.

Paula, a historia de uma subversiva,2003, Francisco


Ramalho

O retorno de uma exilada política ao Brasil faz com que antigo líder
estudantil recorde seu passado de lutas contra o regime militar. Por
ironia do destino, quando sua filha é sequestrada, é obrigado a pedir
ajuda a um delegado de polícia que torturou sua namorada.

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Pra frente, Brasil (1983, Brasil, direção: Roberto Farias) –
Sobre a ditadura militar brasileira nos anos 1970. Um cidadão
comum é tomado por guerrilheiro, é preso e torturado.
Ambientado durante a Copa do Mundo de 70, denuncia a
repressão para-militar do período

Lamarca (1994, Brasil, direção: Sérgio Resende) – Sobre o


militar e guerrilheiro Carlos Lamarca (1937-71) que, em
1969, entrou para a Vanguarda Popular Revolucionária,
abandonou um quartel em São Paulo e instalou um foco
guerrilheiro no Vale do Ribeira (SP). Em 1970 comandou o
seqüestro do embaixador suíço no Rio de janeiro; foi
morto em 17/09/1971 pelo exército no sertão da Bahia.

Cabra marcado para morrer (1984, Brasil, direção:


Eduardo Coutinho) – O diretor rodava um filme sobre o
Nordeste brasileiro, quando estourou o golpe de 1964.
Retomou o projeto em 1981, retornando aos mesmos lugares
e entrevistando as mesmas pessoas, para verificar o que
tinha ocorrido com elas
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Que bom te ver viva (1989, Brasil, direção: Lúcia Murat) – Sobre
a tortura no país. Registro das experiências de oito ex-
prisioneiras políticas sobre a tortura que sofreram durante a
ditadura militar.

Zuzu Angel (2006, Brasil, direção: Sérgio Rezende) – sobre Zuleika


Angel Jones (conhecida como Zuzu Angel), estilista conhecida
internacionalmente, que a partir de 1971 passou a procurar seu
filho Stuart Angel Jones, um militante do movimento MR-8 que foi
preso, torturado e assassinado nas dependências dos órgãos de
repressão do Brasil, que negavam o fato e não apresentaram seu
corpo.

Araguaya A conspiração do silêncio– A conspiração do


silêncio (2004, Brasil, direção: Ronaldo Duque) – Uma tentativa de
retratar a Guerrilha do Araguaia, ocorrida no início da década de
1970 por militantes do PCdoB. Importante para tomar contato com
aspectos do período da ditadura militar brasileira. Os documentos
oficiais referentes a este episódio ainda não foram divulgados e
nem os restos mortais de 59 guerrilheiros não foram localizados.
105 min.
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Batismo de Sangue (2005, Brasil, direção: Helvécio Ratton) – Com
base na obra de Frei Betto, este filme – que se passa durante os
anos de chumbo – trata mais do dominicano Frei Tito (e de outros
quatro frades) do que do próprio período militar. Mas é importante
para que se tenha consciência da tortura (choques, pau-de-arara,
prisão incomunicável e outras) implantada no país. 110

“Golpe de 64” - de Fernando Morais Março de 1964. Os olhos do mundo


estão voltados para o Brasil. Num planeta dividido entre dois blocos
antagônicos é cada vez mais difícil manter-se independente. Esquerda ou
direita? Que rumo tomar? Uma coisa é certa: a solução, infelizmente, não será
democrática. Neste cenário fervilhante, o processo político se radicaliza a cada
dia. O fatídico mês avança e a temperatura se eleva. Os comícios reúnem
centenas de milhares de pessoas, os discursos são mais inflamados do que
nunca. Nos gabinetes, conspira-se. haverá golpe? Haverá contra-golpe? Os
americanos estão de prontidão? Não há mais tempo para planejar. É preciso
agir. E rápido. Os tanques já estão nas ruas. Prepare-se para reviver um dia de
cão e de chumbo: 31 de março de 64.

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Ato de Fé – Angelo Rampazzo, 2004 - O filme narra fatos já bem
conhecidos da luta armada contra a ditadura na voz de alguns de
seus personagens. Os depoimentos dominam o documentário,
sobretudo sobre as torturas sofiridas pelos freis dominicanos e sua
relação com Carlos Marighela.

Marighella - Retrato Falado do Guerrilheiro" de Silvio Tendler


Conta a história, as polêmicas, as vitórias e derrotas de Carlos Marighella, um
dos líderes da luta armada contra a ditadura militar no Brasil. Autor do "Manual
do Guerrilheiro Urbano" foi fundador da Ação Libertadora Nacional, primeiro
movimento armado pós-64. Foi homenageado com o filme no ano em que
completaria 90 anos.

"O que é isso companheiro?" de Bruno Barreto


Em 1964, um golpe militar derruba o governo democrático brasileiro e, após alguns
anos de manifestações políticas, é promulgado em dezembro de 1968 o Ato
Constitucional nº 5, que nada mais era que o golpe dentro do golpe, pois acabava com
a liberdade de imprensa e os direitos civis. Neste período vários estudantes abraçam a
luta armada, entrando na clandestinidade, e em 1969 militantes do MR-8 elaboram um
plano para seqüestrar o embaixador dos Estados Unidos (Alan Arkin) para trocá-lo por
prisioneiros políticos, que eram torturados nos porões da ditadura.

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Vlado - 30 Anos Depois”de João Batista de Andrade
No dia 25 de outubro de 1975 o jornalista Vladimir Herzog acorda de manhã e se
despede da mulher Clarice: ele deve se apresentar ao DOI-CODI, órgão da repressão
política do regime militar, para um depoimento. Vlado nem imaginava que nunca mais
voltaria para casa. Naquele fatídico dia ele seria morto. Segundo fonte oficial, teria se
suicidado na prisão. Neste documentário o diretor João Batista de Andrade ouve
depoimentos de amigos, familiares, colegas que viveram com Vlado a história, a
amplitude das perseguições dos anos de chumbo, a trajetória do jornalista, desde sua
infância até sua posse como Diretor de Jornalismo da TV Cultura de São Paulo e a
perseguição a ele iniciada naquele momento. Com depoimentos de Clarice Herzog,
José Mindlin, Ruy Ohtake, Dom Paulo Evaristo Arns, Henry Sobel, Fernando Morais,
Paulo Markun, João Bosco, Aldir Blanc, Alberto Dines, Diléia Frate, Mino Carta, Rose
Nogueira.

O ano em que meus pais saíram de férias" de Cao Hamburguer


1970. O Brasil e o mundo parecem estar de cabeça para baixo, mas a maior
preocupação na vida de Mauro, um garoto de 12 anos, tem pouco a ver com a ditadura
militar que impera no país: seu maior sonho é ver o Brasil tricampeão mundial de
futebol. De repente, ele é separado dos pais e obrigado a se adaptar a uma "estranha" e
divertida comunidade - o Bom Retiro, bairro de São Paulo, que abriga judeus e italianos
entre outras culturas. Uma história emocionante de superação e solidariedade.

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“Barra 68 – Sem perder a ternura” de Vladimir Carvalho
A luta de Darcy Ribeiro no início dos anos 60 para criar e implantar a Universidade
Brasília. E as repetidas agressões sofridas pela UNB, desde o golpe militar de 64
até os acontecimentos de 1968. Desde os seus primórdios, Brasília foi fortemente
marcada pelos acontecimentos políticos, como a renúncia de Jânio Quadros e o
golpe militar de 64. Envolvida, a comunidade conheceu a intranqüilidade e ficou
estigmatizada pela repressão. Um dos seus bens mais preciosos, a Universidade,
criada por Darcy Ribeiro, foi agredida em 64, 68 e 77. Na primeira vez a UnB foi
ocupada por tropas militares e quase perdeu todo o seu corpo docente que
voluntariamente se demitiu em protesto célebre. A crise se arrastou por quatro
longos anos e em l968, com o movimento deflagrado em reação ao assassinato de
Edson Luís, no Rio de Janeiro, as ruas de Brasília assistiram aos embates entre
estudantes e a polícia. As famílias sobressaltadas procuravam alento nos ofícios
religiosos, enquanto cerca de 5OO jovens eram detidos numa praça de esportes
no campus da UnB. Tudo culmina, depois de lances dramáticos com a prisão de
parlamentares, o fechamento do Congresso Nacional e a promulgação do AI-5.
Essa trajetória é resgatada através da urdidura de depoimentos, casos e histórias
mesclados às raras imagens e sons que ficaram e perfazem, de uma época, uma
memória imperfeita, mas sempre verdadeira.

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Jânio a 24 quadros (1981, Brasil, direção: Luiz Alberto Ferreira) – A
vida política do ex-presidente, mas com pouca profundidade na
análise histórica.

Jango (1984, Brasil, direção: Sílvio Tendler) – Coletânea de filmes,


fotos, documentários e entrevistas sobre a carreira política de João
Goulart. Do tempo em que era Ministro do Trabalho de Vargas à sua
morte no exílio.

O homem que virou suco (1980, Brasil, direção: João Batista de


Andrade) – Trata sobre migração e marginalidade urbana no Brasil no período.
Um cantor de cordel é confundido pela polícia com um operário que
esfaqueou o patrão

Hércules 56" de Silvio Da-Rin


Em 1969, em plena ditadura no Brasil, duas organizações revolucionárias
raptaram o embaixador americano Charles Elbrick e exigiram a libertação de
quinze presos políticos, levados ao México no avião Hércules, prefixo 56. Neste
documentário, os nove remanescentes do grupo e cinco membros da
organização responsáveis pelo seqüestro discutem as causas e conseqüências
da luta armada contra o regime militar.

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Linha de Montagem (Rento Tapajós, 1982)
Investigação sobre a gênese do movimento sindical de São Bernardo do Campo entre os
anos de 1978 e 1981, quando se produziram as maiores greves de metalúrgicos na região,
desafiando a repressão do final da ditadura militar. Radiografa-se a cidade no calor da
grande efervescência das assembléias no estádio da Vila Euclides, onde os operários
decidiam os novos rumos do movimento. As greves de 1979 e 1980 levaram à intervenção
federal no Sindicato dos Metalúrgicos, à prisão de líderes, como Luís Inácio da Silva,
processados com base na Lei de Segurança Nacional.

Os peões (Eduardo Coutinho, 2004)


Documentário sobre a história pessoal de trabalhadores da indústria metalúrgica do ABC
paulista que tomaram parte no movimento grevista de 1979 e 1980, mas permaneceram em
relativo anonimato. Eles falam de suas origens, de sua participação no movimento e dos
caminhos que suas vidas trilharam desde então. Exibem souvenirs das greves, recordam os
sofrimentos e recompensas do trabalho nas fábricas, comentam o efeito da militância política no
âmbito familiar, dão sua visão pessoal de Lula e dos rumos do país. O filme foi rodado no
período final da campanha presidencial de 2002.

Eles não usam Black-tie (Leon Hirszman,1981)


Um operário engravida a namorada e resolve se casar. Paralelamente, inicia-se um
movimento grevista na empresa onde trabalha, liderado por seu próprio pai. O
personagem resolve furar a greve para garantir o emprego, mas sua decisão provoca
enorme conflito com seu pai.

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Abc da Greve (Leon Hirszman, 1979)
O filme cobre os acontecimentos na região do ABC paulista, acompanhando a trajetória do
movimento de 150 mil metalúrgicos em luta por melhores salários e condições de vida.
Sem obter êxito em suas reivindicações, decidem-se pela greve, afrontando o governo
militar. Este responde com uma intervenção no sindicato da categoria. Mobilizando
numeroso contingente policial, o governo inicia uma grande operação de repressão. Sem
espaço para realizar suas assembléias, os trabalhadores são acolhidos pela igreja.
Passados 45 dias, patrões e empregados chegam a um acordo. Mas o movimento sindical
nunca mais foi o mesmo

Braços Cruzados, Máquinas Paradas, de Roberto Gervitz, Sérgio Toledo,


São Paulo, 1978. Três chapas disputam a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São
Paulo, o maior da América Latina, com 300.000 associados, e presidido por um "pelego",
desde o golpe militar de 1964. Em meio às eleições, eclodem as primeiras greves
operárias que iriam mudar o país.  
Braços Cruzados, Máquinas Paradas revela, em narrativa envolvente, como funciona a
estrutura sindical brasileira, de inspiração fascista. É também o primeiro documentário
de longa-metragem sobre as chamadas "greves espontâneas", ocorridas em São Paulo,
10 anos após a decretação do AI-5. Tais greves, que culminaram em um amplo
movimento social que traria de volta a democracia ao país, estão na base dos
acontecimentos que levaram à eleição do primeiro presidente operário da América
Latina.

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Pixote – A lei do mais fraco (1980, Brasil, direção: Hector Babenco) – Sobre
menores abandonados no Brasil no período após 64. Menores fogem de um
reformatório e passam a viver com uma prostituta. Um retrato dos menores
abandonados das grandes cidades brasileiras

Lúcio Flávio, o passageiro da agonia (1977, Brasil, direção: Hector


Babenco) – Sobre um marginal consciente que, pouco antes de morrer, revelou
certos aspectos da corrupção policial. Trata da história de um bandido que
exerceu certo fascínio sobre faixas da população carioca nos anos 70.

Amazônia em Chamas (The Burning Season; 1994, EUA, direção:


John Frankenheimer) – Uma visão de Hollywood sobre fatos que marcaram
a vida de Chico Mendes (1944-88), o famoso sindicalista e ambientalista de
Xapuri (AC

Quase dois irmãos, de Lúcia Murat


Miguel é um senador que decide reencontrar Jorge, um antigo amigo de infância
e atualmente poderoso traficante de drogas do Rio de Janeiro, para negociar um
projeto social nas favelas. De origens diferentes, eles se tornaram amigos na
década de 1950. Nos anos 70, reencontraram-se na prisão de Ilha Grande, onde
os brancos eram prisioneiros políticos e os negros, criminosos comuns.

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Terra para Rose (1987, Brasil, direção: Tetê Morares) – A partir da história de
Rose, uma gaúcha sem-terra, este documentário fala das 1.500 famílias que
ocuparam a improdutiva Fazenda Annoni (RS). Era o momento de transição após
regime militar e o início do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
no Brasil. Rose deu à luz ao primeiro bebê nascido no acampamento.

O Sonho de Rose (2.000, Brasil, direção: Tetê Morares) – Dez anos após o
filme Terra para Rose, ocorreu este reencontro com personagens da ocupação da
Fazenda Annoni. O documentário acompanha a trajetória dos agricultores sem-
terra, narra os resultados dos assentamentos, seus conflitos e vai atrás dos filhos
de Rose. Importante para quem é contrário à reforma agrária.

Os anos JK – Silvio Tendler - 1954: suicídio de Getúlio Vargas. 1955: crise


política ameaça a posse do presidente eleito, Juscelino Kubitschek. 1956: JK
assume a presidência. Promete democracia e desenvolvimento. Supera crises e
crises. Começa a construção de Brasília. Brasil muda de tom. 1960: JK inaugura
Brasília. 1961: JK dá posse a seu sucesso Jânio Quadros. Sete meses depois
Jânio renuncia. Crise. 1964: Golpe Militar instaura ditadura. JK é cassado. Dez
anos de história. Muitas crises. O governo JK é um exercício de democracia. O
Brasil ferve. Os anos JK. Ver para não esquecer. Margarida de Prata, CNBB
Festival de Gramado - Melhor Montagem, Prêmio Especial do Júri, Associação
Paulista de Críticos de Arte - Melhor Montagem
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“Companheiras” - 2010- direção Breno Queirós – vídeo produzido
por um grupo de concluintes do curso de Jornalismo da Puc-Campinas.
Depoimentos de companheiras de presos políticos que foram assassinados
pela ditadura militar.

Mataram meu irmão (Brasil / Dir. Cristiano Burlan). O filme


reconstitui a morte de Rafael Burlan, assassinado com sete
tiros em 2001. A busca por contar a história do assassinato do
irmão do diretor do documentário conduz ao coração de um
círculo de violência em torno dos bairros da periferia de São
Paulo, como o Capão Redondo. A trajetória de Rafael é
contada a partir da memória de parentes e pessoas que
conviveram com ele.

 Em busca de Iara (Brasil / Dir. Flavio Frederico). O filme resgata


a vida da guerrilheira Iara Iavelberg a partir da investigação
pessoal da sobrinha da guerrilheira, Mariana. É a história de uma
mulher culta e bela que optou engajar-se na luta armada contra a
ditadura. Foi companheira do ex-capitão Carlos Lamarca e um dos
alvos mais procurados pela repressão. O filme desmonta a versão
oficial do regime que atribuiu sua morte, em 1971, a um suicídio.
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Duas Histórias (Brasil / Dir. Angela Zoe). Documentário sobre a
trajetória de dois militantes na luta contra a ditadura militar. A
primeira história narra a fuga do Brasil para o Chile da
militante Irles Carvalho, que vivia na clandestinidade com seu
filho, Daniel. A segunda história é de Marco Antônio Meyer,
militante estudantil, preso, torturado e depois trocado pelo
embaixador alemão. O documentário contou com o apoio do
projeto Marcas da Memória, da Comissão da Anistia.

Setenta (Brasil / Dir. Emilia Silveira) Na década de 70 no


Brasil, em pleno regime militar, um grupo de 70 presos
políticos de diferentes organizações é enviado ao Chile em
troca da libertação do embaixador suíço. O documentário
Setenta reencontra esses personagens 40 anos depois do
banimento. Quem são eles? Como eles veem o passado?
Que sonhos têm para o futuro? Como sobreviveram e como
vivem?

arnaldolemos@uol.com.br
Repare Bem
O filme, eleito o melhor longa estrangeiro do Festival de Cinema de
Gramado, foi gravado no Brasil, Itália e Holanda, entre janeiro e outubro
de 2011, resgatando a trajetória da família de Denise Crispim, sua filha
Eduarda Ditta Crispim Leite e seu ex-companheiro Eduardo Leite, o
"Bacuri", torturado por 109 dias e assassinado pelos militares. Os relatos
e personagens da trama desvelam os aspectos mais cruéis desse
período da história brasileira, em um documentário que contribui para os
crescentes debates sobre o resgate da memória no Brasil e a reparação
das famílias brutalizadas pelo Estado.

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Em busca de Iara (Brasil / Dir. Flavio Frederico). O filme resgata a vida
da guerrilheira Iara Iavelberg a partir da investigação pessoal da
sobrinha da guerrilheira, Mariana. É a história de uma mulher culta e
bela que optou engajar-se na luta armada contra a ditadura. Foi
companheira do ex-capitão Carlos Lamarca e um dos alvos mais
procurados pela repressão. O filme desmonta a versão oficial do regime
que atribuiu sua morte, em 1971, a um suicídio.
Terça (1/10) – 16h – Ponto Cine
 
 Duas Histórias (Brasil / Dir. Angela Zoe). Documentário sobre a
trajetória de dois militantes na luta contra a ditadura militar. A
primeira história narra a fuga do Brasil para o Chile da militante Irles
Carvalho, que vivia na clandestinidade com seu filho, Daniel. A segunda
história é de Marco Antônio Meyer, militante estudantil, preso,
torturado e depois trocado pelo embaixador alemão. O documentário
contou com o apoio do projeto Marcas da Memória, da Comissão da
Anistia.
Segunda (30/9) – 21h – Armazém da Utopia
 
Setenta (Brasil / Dir. Emilia Silveira) Na década de 70 no Brasil, em
pleno regime militar, um grupo de 70 presos políticos de diferentes
organizações é enviado ao Chile em troca da libertação do embaixador
suíço. O documentário Setenta reencontra esses personagens 40 anos
depois do banimento. Quem são eles? Como eles veem o passado? Que
sonhos têm para o futuro? Como sobreviveram e como vivem?
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