Você está na página 1de 76

Matrizes

adaptado: Prof. Neto


agradecimento ao prof. Jorge

Prof. Jorge
Organizando e analisando dados

 O colégio Tales distribui, durante o ano letivo, 100


pontos por matéria. O quadro a seguir mostra os
totais de pontos obtidos por Ana, Carlos e Pedro, em
Matemática nos anos de 2006 e 2007.

Ana Carlos Pedro


2006 80 75 72,5
2007 76 82,5 78

 Quadros como esses ajudam a organizar dados. Fica


mais fácil analisá-los, combiná-los com outros.

Prof. Jorge
Matrizes – Conceitos iniciais

 Foi o matemático inglês, James Joseph, Sylvester,


quem usou pela primeira vez esta forma de
trabalhar com um conjunto de informações,
dispondo-as em linhas e colunas em uma tabela.
 A um quadro desse tipo, damos o nome de Matriz.
Cada número que o constitui é um elemento da
matriz.
 O quadro apresentado é uma matriz 2 x 3, isto é,
possui 2 linhas e 3 colunas.

Prof. Jorge
Representando matrizes
 Para nomear matrizes, usamos letras latinas
maiúsculas. Seus elementos ficam dentro de
parênteses ou colchetes.

 Exemplo

80 75 72,5 80 75 72,5
A= ou A=
76 82,5 78 76 85,2 78

Prof. Jorge
Representando matrizes
 Nossa matriz tem 2 linhas e 3 colunas. Dizemos
que ela é do tipo 2 x 3 (dois por três) ou,
simplesmente, uma matriz 2 x 3.

80 75 72,5 → 1ª linha
A=
76 82,5 78 → 2ª linha

1ª coluna 2ª coluna 3ª coluna

 Nossa matriz é indicada por A2x3.

Prof. Jorge
Representando elementos de uma matriz
 De maneira geral, indicamos um elemento de uma
matriz por uma letra minúscula, acompanhada de
dois índices, que definem sua posição na matriz.

 Um elemento genérico da matriz A é indicado


assim:

i indica a linha do elemento


aij
j indica a coluna do elemento

Prof. Jorge
Representando elementos de uma matriz

 Na matriz A exemplificada, temos

80 75 72,5
A=
76 82,5 78

 a11 = 80  a12 = 75  a13 = 72,5

 a21 = 76  a22 = 82,5  a23 = 78

Prof. Jorge
Definição de Matriz
 Se m e n são dois números naturais positivos,
chama-se matriz do tipo m x n todo quadro
formado por m.n números reais, dispostos de
forma ordenada em m linhas e n colunas.
 Uma matriz genérica Am x n pode ser representada
assim:
a11 a12 a13 ... a1n
a21 a22 a23 ... a2n
A=
... ... ... ... ...
am1 am2 am3 ... amn

 De forma simplificada, temos A = [aij]m x n

Prof. Jorge
Exemplo
 Na matriz A representada a seguir, cada elemento
aij indica a média, em Matemática, da turma i no
bimestre j. Identificar o tipo de matriz e obter a
média da turma 2 no 3.º bimestre e a média da
turma 3 no 4.º bimestre.

6,2 8,3 9 7,4

A= 8 7,3 8,7 6,5

7,2 8,1 6,9 7

 A3 x 4  a23 = 8,7  a34 = 7

Prof. Jorge
Matriz definida por seu
termo genérico

Prof. Jorge
Matriz definida por seu termo genérico

 Uma matriz pode ser definida, indicando-se seu


tipo e uma fórmula para o cálculo de cada
elemento aij, em função de i e j.

 Observação: 1 ≤ i ≤ m e 1 ≤ j ≤ n

Prof. Jorge
Exemplos
 Construir a matriz A = (aij)3x2, em que aij = 3i – j.

a11 a12 2 1

A= a21 a22 A= 5 4
a31 a32 8 7

 aij = 3i – j

a11 = 3.1 – 1 = 2 a12 = 3.1 – 2 = 1


a21 = 3.2 – 1 = 5 a22 = 3.2 – 2 = 4
a31 = 3.3 – 1 = 8 a32 = 3.3 – 2 = 7

Prof. Jorge
Exemplos
 Construir a matriz B = (bij)2x2, tal que

2i + j, se i ≥ j
bij =
ji , se i < j b11 b12
B=
b21 b22

b11 = 2.1 + 1 = 3
b12 = 21 = 2 3 2
B=
b21 = 2.2 + 1 = 5 5 6

b22 = 2.2 + 2 = 6

Prof. Jorge
Tipos de Matrizes
Matriz Nula
 Uma matriz que tem os seus elementos iguais a
zero é chamada matriz nula. Existe uma matriz
nula de cada tipo. A matriz nula pode ser indicada
por Om x n.
0 0 0
O= É uma matriz nula 2 x 3.
0 0 0

0 0
O= É uma matriz nula 2 x 2.
0 0

Prof. Jorge
Matriz Linha e matriz Coluna
 Uma matriz que tem apenas uma linha é chamada
de matriz linha. Uma matriz que tem somente
uma coluna é denominada de matriz coluna.

 Exemplos

–1 2 5 É uma matriz linha 1 x 3.

De modo geral uma matriz linha e do tipo 1 x n.


3
É uma matriz coluna 2 x 1.
6

De modo geral uma matriz coluna e do tipo m x 1.

Prof. Jorge
Matriz Oposta

 Chama-se oposta de uma matriz A a matriz


representada por –A, cujos elementos são os
opostos dos elementos de mesma posição em A.

0 3
A oposta da matriz A = , é a matriz
–2 5

0 –3
–A =
2 –5

Prof. Jorge
Matrizes quadradas

Prof. Jorge
Matriz quadrada
 Chama-se matriz quadrada toda matriz em que o
número de linhas é igual ao de colunas. O número
de linhas (ou colunas) é a ordem da matriz.

0 3
é matriz quadrada de ordem 2.
–2 5

3 0 –3

7 2 –5 é matriz quadrada de ordem 3.


1 4 0

Prof. Jorge
Matriz quadrada

 Numa matriz quadrada A =[aij], de ordem n,


chama-se
 Diagonal principal o conjunto dos elementos aij
em que i = j;
 Diagonal secundária o conjunto dos elementos aij
em que i + j = n + 1;

a11 a12 a13 Diagonal secundária (i + j = 4)

a21 a22 a23

a31 a32 a33


Diagonal principal (i = j)

Prof. Jorge
Algumas matrizes
especiais

Prof. Jorge
Matriz Transposta

 Veja como podemos apresentar os dados


referente à tabela da introdução de matrizes.

2006 2007
Ana Carlos Pedro Ana 80 76
2006 80 75 72,5 Carlos 75 82,5
2007 76 82,5 78 Pedro 72,5 78

80 75 72,5 80 76
A= ⇒ B=
76 82,5 78 75 82,5

72,5 78

Prof. Jorge
Matriz Transposta

 Se A é uma matriz do tipo m x n, chama-se


transposta de A (simbolicamente At), a matriz do
tipo n x m, obtida de A, trocando-se de posição
linhas com colunas, de forma que

A = (aij)m x n ⇒ At = (aji)n x m

2 –1 1 2 3
A= ⇒ At =
3 0 –5 –1 0

1 –5

Prof. Jorge
Matriz Simétrica

 Toda matriz quadrada que é igual a sua


transposta é chamada matriz simétrica.

A é simétrica ⇔ A = At

Exemplo
1 –3 5
1 –3 5
N= –3 2 –1 Nt = –3 2 –1
5 –1 6
5 –1 6

Prof. Jorge
Exemplo
 Obtenha m, n, e p, para que seja simétrica a
matriz.
3 m+n 2

P= –1 1 5

m – 2n p+2 0

m + n = –1 m + n = –1 2m + 2n = –2
⇒ ⇒ +
m – 2n = 2 m – 2n = 2 m – 2n = 2
3m = 0

p+2=5 ⇒ p=3 ⇒ m=0 e n = –1

Prof. Jorge
Matriz Anti-Simétrica
 Toda matriz quadrada que é igual à oposta de sua
transposta é chamada matriz anti-simétrica.

A é anti-simétrica ⇔ A = –At

Exemplo
0 3 –5 0 –3 5
N= –3 0 –1 –Nt = 3 0 1
5 1 0 –5 –1 0

Prof. Jorge
Exemplo
 Complete a matriz para que ela seja anti-
simétrica.
0
.... 2
.... 5
Q= –2 0
.... 3
–5
.... –3
.... 0
....

Prof. Jorge
Igualdade de matrizes

 Dizemos que duas matrizes A e B são iguais só se


elas são do mesmo tipo e cada elemento de uma
delas é igual ao elemento de mesma posição da
outra.
 Se alguma das condições anteriores falhar,
dizemos que A e B são matrizes diferentes.

Prof. Jorge
Exemplos
 Verificar se as matrizes A e B abaixo são iguais.

2 1 2 1

A= 5 4 B= 8 4

8 7 5 7

 As matrizes são do mesmo tipo (3 x 2) e têm os


mesmos elementos. Elas são diferentes pois os
elementos 5 e 8 ocupam posições diferentes.

Prof. Jorge
 Calcular x, y, z e t para que ocorra a igualdade.

2x –1 4 x+z
=
y+1 3 5 t–y

2x = 4 ⇒ 2x = 22 ⇒ x=2
y+1=5 ⇒ y=4
x + z = –1 ⇒ 2 + z = –1 ⇒ z = –3
t–y=3 ⇒ t–4=3 ⇒ t=7

Prof. Jorge
 Encontre os valores de x e y, para que a matriz M
abaixo seja nula.
x2 – 1 x2 – x – 2
M=
x2 – y 2 x+y

x2 – 1 = 0 ⇒ x = ±1
x2 – x – 2 = 0 ⇒ x = –1 ou x = 2
x2 – y 2 = 0
x+y=0 ⇒ x = –y

⇒ x = –1 e y = 1

Prof. Jorge
Operações com
matrizes

Prof. Jorge
Operações com Matrizes

 Em certos casos surge a necessidade de efetuar


operações com matrizes.

 Adição;
 Subtração;
 Multiplicação de uma constante real por uma
matriz;
 Multiplicação.

Prof. Jorge
Definições

 Sendo A e B matrizes de mesmo tipo e k uma


constante real, definem-se as seguintes
operações:

 Adição de matrizes: A + B é a matriz em que


cada elemento é a soma dos elementos de
mesma posição em A e B.

 Subtração de matrizes: A – B = A + (–B), é a


soma de A com a oposta de B.

 Multiplicação de um número por uma matriz: kA


é a matriz obtida multiplicando-se, por k, cada
um dos elementos de A.

Prof. Jorge
Exemplo
 Calcule:
2 –1 4 5 2+4 –1 + 5 6 4
+ = =
1 3 –5 –2 1–5 3–2 –4 1

2 –1 4 5 –1 – 5 –2 –6
– = 2–4
=
1 3 –5 –2 6 5
1+5 3+2

3 -7 10 9 -21 30
N= -1 8 -5 3N = -3 24 -15

0 4 -2 0 12 6

Prof. Jorge
Propriedades da adição
de matrizes

Prof. Jorge
Propriedades da adição de matrizes
 Suponha que A, B e C sejam matrizes de mesmo tipo
e que O seja a matriz nula de mesmo tipo daquelas.
Valem, para a adição, as seguintes propriedades:

 Associativa: (A + B) + C = A + (B + C)
 Comutativa: A + B = B + A
 Existência do elemento neutro, a matriz O, tal
que A + O = O + A = A
 Existência do elemento oposto de A, a matriz –A
tal que A + (–A) = O.
 (A + B)t = At + Bt

Prof. Jorge
Equações matriciais

Prof. Jorge
Exemplo
 Resolver a equação 3X – A = 2B, onde

–5 0 1 –3
A= B=
–1 4 2 1

A matriz X deve ser do mesmo tipo de A e B.

x y
X=
z t

x y –5 0 1 –3
3.X – A = 2B ⇒ 3. – = 2.
z t –1 4 2 1

Prof. Jorge
Exemplo
3x 3y 5 0 2 –6
3.X – A = 2B ⇒ + =
3z 3t 1 –4 4 2

3x + 5 3y 2 –6
⇒ =
3z + 1 3t – 4 4 2

3x + 5 = 2 x = –1
3y = –6 y = –2 –1 –2
⇒ ⇒ X=
3z + 1 = 4 z=1 1 2
3t – 4 = 2 t=2

Prof. Jorge
Exemplo
 Resolver a equação 3X – A = 2B, onde

–5 0 1 –3
A= B=
–1 4 2 1

Equações como essa podem ser resolvidas, também, como


se fossem equações algébricas. Veja.

1
3.X – A = 2B ⇒ 3.X = A + 2B ⇒ X= (A + 2B)
3

–5 0 2 –6 –3 –6
A + 2B = + =
–1 4 4 2 3 6

Prof. Jorge
Exemplo
 Resolver a equação 3X – A = 2B, onde

–5 0 1 –3
A= B=
–1 4 2 1

Equações como essa podem ser resolvidas, também, como


se fossem equações algébricas. Veja.

1
3.X – A = 2B ⇒ 3.X = A + 2B ⇒ X= (A + 2B)
3

1 –3 –6 –1 –2
X= =
3 3 6 1 2

Prof. Jorge
Exemplo
 Uma empresa fabrica dois produtos A e B, que
podem ser acondicionados nas embalagens E1, E2 e
E3, com 12, 24 ou 30 unidades, respectivamente. Os
quadros abaixo mostram os custos de fabricação do
produto e da embalagem, em cada caso.
Custo do produto (R$) Custo da embalagem (R$)

A B A B
E1 60 80 E1 2 3
E2 100 130 E2 3 4
E3 120 160 E3 4 6

Prof. Jorge
 O fabricante quer vender o produto com lucro de
50% sobre o custo do produto, mas não quer obter
lucro no custo da embalagem. Qual será o preço de
venda dos produtos A e B.

60 80 2 3
P= 100 130 E= 3 4
120 160 4 6

 O preço de venda é obtido efetuando-se a


operação: 1,5 . P + E

Prof. Jorge
 V = 1,5 . P + E
60 80 2 3
P= 100 130 E= 3 4
120 160 4 6

1,5.60 1,5.80 90 120


1,5 . P = 1,5.100 1,5.130 = 150 195
1,5.120 1,5.160 180 240

90 120 2 3 92 123
1,5 . P + E = 150 195 + 3 4 = 153 199
180 240 4 6 184 246

Prof. Jorge
 Veja como seriam os preços de venda dos dois
produtos nas três possíveis embalagens.

Preço de venda (R$)

A B

E1 92 123

E2 153 199

E3 184 246

Prof. Jorge
Exemplo
 Dada as matrizes abaixo obter a matriz 3M – 2N + I2.

–2 1 2 0
M= N=
3 2 3 4

3.–2 3.1 –6 3
3.M = =
3.3 3.2 9 6

–2.2 –2.0 –4 0
–2.M = =
–2.3 –2.4 –6 –8

Prof. Jorge
Exemplo
 Dada as matrizes abaixo obter a matriz 3M – 2N + I2.

–2 1 2 0
M= N=
3 2 3 4

3M –2N + I2 = 3.M + (–2.N) + I2 =

–6 3 –4 0 1 0 –9 3
= + + =
9 6 –6 –8 0 1 3 –1

Prof. Jorge
Multiplicação de
matrizes

Prof. Jorge
Multiplicação de Matrizes
 O colégio Tales e o colégio Platão distribuem em
cada bimestre letivo, um total de 10 pontos por
matéria. No entanto, os pesos em cada bimestre
diferem nos dois colégios. Veja o quadro a seguir

Peso por bimestre em cada colégio

1º B 2º B 3º B 4º B
Tales 1 2 3 4
Platão 2 2 3 3

Prof. Jorge
Multiplicação de Matrizes
 Dois alunos das duas escolas, que eram amigos,
resolveram comparar a soma dos pontos obtidos em
Matemática no seu colégio com a que teriam obtido,
caso estudasse no outro colégio.

Nota de cada aluno por bimestre

André Pedro
1º B 6 9
2º B 5 8
3º B 7 6
4º B 8 5

Prof. Jorge
Multiplicação de Matrizes
 Veja o total de pontos que cada um teria feito,
estudando no colégio Tales.
André Pedro
1º B 6 9
1º B 2º B 3º B 4º B
2º B 5 8
Tales 1 2 3 4
3º B 7 6
Platão 2 2 3 3
4º B 8 5

André: 1.6 + 2.5 + 3.7 + 4.8 = 6 + 10 + 21 + 32 = 69

Pedro: 1.9 + 2.8 + 3.6 + 4.5 = 9 + 16 + 18 + 20 = 63

Prof. Jorge
Multiplicação de Matrizes
 Veja o total de pontos que cada um teria feito,
estudando no colégio Platão.
André Pedro
1º B 6 9
1º B 2º B 3º B 4º B
2º B 5 8
Tales 1 2 3 4
3º B 7 6
Platão 2 2 3 3
4º B 8 5

André: 2.6 + 2.5 + 3.7 + 3.8 = 12 + 10 + 21 + 24 = 67

Pedro: 2.9 + 2.8 + 3.6 + 3.5 = 18 + 16 + 18 + 15 = 67

Prof. Jorge
Multiplicação de Matrizes
 O quadro a seguir sintetiza os resultados.

Pontos de cada aluno por colégio

André Pedro
Tales 69 63
Platão 67 67

Prof. Jorge
Multiplicação de Matrizes
 Vemos escrever, agora, as matrizes A, B e C,
associadas aos três quadros anteriores.

1 2 3 4
Matriz dos pesos: A =
2 2 3 3

6 9
Matriz das notas: B = c12 = 1.9 + 2.8 + 3.6 + 4.5
5 8
c12 = 9 + 16 + 18 + 20
7 6 c12 = 63
8 5

69 63
Matriz dos pontos: C = C = A.B
67 67

Prof. Jorge
Multiplicação de Matrizes - Definição
 Sob certas condições, definem-se a multiplicação
de matrizes. Dadas duas matrizes A e B

 Existe o produto AB (ou A.B) se, e somente se, o


número de colunas de A (1ª matriz) é igual ao
número de linhas de B (2ª matriz);

 Existindo a matriz AB, ela tem o número de linhas


de A (1ª matriz) e o número de colunas de B (2ª
matriz).

Prof. Jorge
Multiplicação de Matrizes - Definição
 Observe o esquema.

A é matriz m x n iguais ⇒ existe AB

B é matriz n x p AB é do tipo ⇒ mxp

Prof. Jorge
Exemplos
 Dado as matrizes A e B abaixo, mostrar que é
definido e obter o produto AB.
–1 2
–3 1 0
A= B= 3 5
2 4 –2
–2 6

A é matriz 2 x 3 iguais ⇒ existe AB

B é matriz 3 x 2 AB é do tipo ⇒ 2x2

x11 x12
AB =
x21 x22

Prof. Jorge
Exemplo
 Dado as matrizes A e B abaixo, mostrar que é
definido e obter o produto AB.
–1 2
–3 1 0
A= B= 3 5
2 4 –2
–2 6
Cálculo de x11:
x11 = –3.(–1) + 1.3 + 0.(–2) = 3 + 3 + 0 = 6

Cálculo de x12:
x12 = –3.2 + 1.5 + 0.6 = –6 + 5 + 0 = –1

Prof. Jorge
Exemplo
 Dado as matrizes A e B abaixo, mostrar que é
definido e obter o produto AB.
–1 2
–3 1 0
A= B= 3 5
2 4 –2
–2 6
Cálculo de x21:
x21 = 2.(–1) + 4.3 + (–2).(–2) = –2 + 12 + 4 = 14

Cálculo de x22:
x22 = 2.2 + 4.5 + –2 .6 = 4 + 20 – 12 = 12

Prof. Jorge
Exemplo
 Dado as matrizes A e B abaixo, mostrar que é
definido e obter o produto AB.
–1 2
–3 1 0
A= B= 3 5
2 4 –2
–2 6

Conclusão:

x11 x12 6 –1
AB = =
x21 x22 14 12

Prof. Jorge
Observação
 Observe que no caso das matrizes A2x3 e B3x2 do
exemplo anterior, existe o produto BA que é do tipo
3 x 3.

 Ainda que, em certos casos, tanto AB como BA sejam


definidos, em geral AB ≠ BA.

 Se existirem tanto AB quanto BA e, além disso,


AB = BA, dizemos que A e B comutam.

 Se A é uma matriz quadrada, existe o produto AA,


que também pode ser indicado por A2.

Prof. Jorge
Propriedades da
multiplicação de
matrizes

Prof. Jorge
Propriedades da multiplicação de matrizes
 Suponha que A, B e C sejam matrizes de mesmo tipo
e que O seja a matriz nula de mesmo tipo daquelas.
Valem, para a multiplicação, as seguintes
propriedades:

 Associativa: (AB)C = A(BC)


 Distributiva: A(B + C) = AB +AC e
(B + C)A = BA + CA
 Seja Am x n, A.In = Im.A = A
 (AB)t = Bt.At

Prof. Jorge
Equações que envolvem
produto de matizes

Prof. Jorge
Exemplo
 Dado as matrizes A e B abaixo, resolver a equação
matricial A.X = B.
2 –1 5
A= B=
1 1 4

Vamos analisar primeiro de que tipo é a matriz X.

A é matriz 2 x 2 existe AX ⇒ m=2

X é matriz m x n AX é do tipo ⇒ 2xn

x
AX2 x n = B2 x 1 ⇒ n=1 X=
y

Prof. Jorge
Exemplo
 Dado as matrizes A e B abaixo, resolver a equação
matricial A.X = B.
2 –1 5
A= B=
1 1 4

AX = B

2 –1 x 5 2x – y 5
. = ⇒ =
1 1 y 4 x+y 4

2x – y = 5 x=3 3
⇒ ⇒ X=
x+y=4 y=1 1

Prof. Jorge
Inversa de uma
matriz quadrada

Prof. Jorge
Matriz Identidade
 Chama-se matriz identidade de ordem n a matriz
quadrada indicada In tal que.
 Os elementos da diagonal principal são todos
iguais a 1;
 Todos os outros elementos são iguais a 0;

1 0
I2 = é matriz identidade de ordem 2.
0 1

1 0 0
I3 = 0 1 0 é matriz identidade de ordem 3.
0 0 1

Prof. Jorge
Matriz Diagonal
 Toda matriz quadrada em que todos os elementos
fora da diagonal principal são iguais a zero é
chamada matriz diagonal.

 Chama-se traço de uma matriz quadrada a soma


dos elementos de sua diagonal principal.

½ 0 0
3 0
M= N= 0 0 0
0 –5
0 0 2

Traço de M é –2. Traço de N é 3/2.

Prof. Jorge
Exemplo
 Calcule o traço da matriz quadrada A abaixo,
sabendo que ela é matriz diagonal.

x – 2y x–y+6
A=
x + 2y x+y

x + 2y = 0 x + 2y = 0
⇒ +
x – y + 6 = 0 x (2) 2x – 2y + 12 = 0
3x + 12 = 0
⇒ x = –4 e y=2

O traço da matriz é: x – 2y + x + y = 2x – y = –10

Prof. Jorge
Matriz triangular

 Toda matriz quadrada na qual são nulos todos os


elementos situados num mesmo lado da diagonal
principal.

Exemplos

½ 7 3
3 1
A= B= 0 –2 1
0 –5
0 0 2

Prof. Jorge
Inversa de uma matriz quadrada
 Dadas as matrizes A e B abaixo, vamos obter os
produtos AB e BA.
1 1 3 –1
A= B=
2 3 –2 1

1 1 3 –1 3–2 –1 + 1 1 0
AB = . = =
2 3 –2 1 6–6 –2 + 3 0 1

3 –1 1 1 3–2 3–3 1 0
BA = . = =
–2 1 2 3 –2 + 2 –2 + 3 0 1

 Note que AB = BA = I2, matriz identidade de ordem 2.

Prof. Jorge
Inversa de uma matriz quadrada
 AB = BA = I2, matriz identidade de ordem 2.
Dizemos que:

 A é a inversa de B (A = B–1);

 B é a inversa de A (B = A–1).

Prof. Jorge
Inversa de uma matriz quadrada
 Dizemos que uma matriz quadrada A, de ordem n, é
invertível se, e somente se, existir uma matriz B tal
que AB = BA = In. No caso a matriz B é chamada de
inversa de A e é representada por A–1. Portanto

AA–1 = A–1A = In

Prof. Jorge
Exemplo
 Mostrar que a matriz A abaixo é invertível e obter
sua inversa.
2 –5
A=
1 –3
a b
Caso exista, A–1 ela será de ordem 2. A–1 =
c d

2 –5 a b 1 0
AA–1 = I2 ⇒ . =
1 –3 c d 0 1

2a – 5c 2b – 5d 1 0
⇒ =
a – 3c b – 3d 0 1

Prof. Jorge
Exemplo
 Mostrar que a matriz A abaixo é invertível e obter
sua inversa.
2 –5
A=
1 –3

2a – 5c = 1 2b – 5d = 0
⇒ e
a – 3c = 0 b – 3d = 1

Resolvendo os sistemas encontramos a = 3, b = –5,


c = 1 e d = –2. Logo

a b 3 –5
A–1 = =
c d 1 –2

Prof. Jorge

Você também pode gostar