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PROF.

MARCELO TELES

HISTOLOGIA VEGETAL
MERISTEMAS
 São tecidos formados por células indiferenciadas ou que se encontram em estágio
embrionário, capazes de promover o crescimento e o desenvolvimento vegetal (formação de
outros tipos de tecidos vegetais).
 Tipos: primário (crescimento longitudinal/vertical); secundário (crescimento em
espessura/horizontal).
Meristema primário
 Tecido meristemático cuja origem é embrionária. Suas células estão presentes desde a
formação do embrião da planta, formando os tecidos primários e toda estrutura primária do
vegetal.
 Encontrado no ápice de caules e raízes de plantas, sendo chamado meristema apical ou gema
apical.
TIPOS DE MERISTEMAS PRIMÁRIOS
 Protoderme (dermatogênio): se diferenciará em epiderme, tecido de revestimento da planta;
 Procâmbio: originará o xilema e o floema primários, tecidos que formam o sistema vascular;
 Meristema Fundamental: se diferenciará formando os tecidos fundamentais: parênquima,
colênquima e esclerênquima, sendo esses últimos, tecidos de sustentação.
Meristema Secundário
 Origina-se a partir dos meristemas primários (Desdiferenciação celular), incorporando novas
células aos tecidos existentes. Com isso ajudam na formação da estrutura secundária da
planta.
 Meristemas laterais ou gemas laterais são encontrados paralelamente ao maior eixo da planta e
crescem nesse sentido, sendo responsável pelo crescimento secundário da planta, que é o
aumento da largura.
TIPOS DE MERISTEMAS SECUNDÁRIOS
 Câmbio Vascular: se diferencia em xilema e floema secundários.
 Felogênio: origina a periderme que irá substituir a epiderme . Ela formará o súber ou cortiça
(na parte mais externa e formada por células mortas)) e o feloderma ou córtex secundário
(formado por células vivas).
TECIDOS DE REVESTIMENTO OU PROTETORES
 Classificação: epiderme e periderme. A epiderme é o tecido de revestimento de folhas,
caule, raiz, semente, flor e fruto das plantas com crescimento primário (crescimento
longitudinal). Já a periderme é um conjunto de tecidos que reveste plantas com
crescimento secundário (crescimento em espessura), substituindo a epiderme.
EPIDERME
 Apresenta células vivas na maturidade, achatadas, vacuoladas e, geralmente, sem
cloroplastos. Os cloroplastos são organelas encontradas nas células-guarda dos estômatos e
em células epidérmicas presentes em órgãos aéreos de plantas aquáticas e terrestres
encontradas em ambientes sombreados.
 Nas células epidérmicas, observa-se frequentemente a presença de cutina, composto de
lipídios que forma a cutícula, a qual evita a perda de água.
ANEXOS DA EPIDERME
 Estômatos: poros presentes na epiderme delimitados por duas células-guarda e um orifício
central chamado de ostíolo. Funções: transpiração e as trocas gasosas. Estão presentes
praticamente em todas as partes do vegetal, sendo mais comuns nas folhas. Geralmente,
não são encontrados nas raízes.
 Tricomas (pelos): garantem proteção mecânica, redução na perda de água, diminuição da
incidência luminosa, e produzem secreções, atuando na proteção contra herbívoros e na
atração de polinizadores e de presas por plantas carnívoras.
 Acúleos: projeções do córtex e epiderme, não possuindo, portanto, tecidos vasculares,
diferentemente dos espinhos. O que chamamos de espinhos nas rosas são, na verdade,
acúleos.
FATORES QUE AFETAM A ABERTURA E FECHAMENTO DOS ESTÔMATOS
 LUZ: a presença permite a abertura e a ausência o fechamento do ostíolo (movimentos fotoativos).
 CO2: Alta concentração - Fechamento do ostíolo; Baixa concentração - Abertura do ostíolo
 TEOR HÍDRICO (H2O): Alto teor - Abertura do ostíolo; Baixo teor - Fechamento do ostíolo
 ÁCIDO ABSCÍSICO (hormônio vegetal): presença determina o fechamento dos estômatos.
 CONCENTRAÇÃO DE ÍONS K+: contribui para o aumento de turgor das células-guardas. Presença de luz ou
baixos níveis de gás carbônico, os íons K+ são bombeados para as células-guardas que começam a
absorver água, tornando-se túrgidas, e os ostíolos imediatamente se abrem.
 TEMPERATURA: Elevadas temperaturas provocam o fechamento dos ostíolos (estômatos).
PERIDERME
 Conjunto de tecidos que substitui a epiderme em plantas com crescimento secundário
(espessura).
 Súber ou felema: Tecido mais externo que possui células mortas e de formato variado, com
paredes celulares suberizadas (ricas em suberina, uma substância graxa) na maturidade. Esse é
um tecido de proteção, e suas células apresentam-se bem compactadas, sem espaços
intercelulares.
 Câmbio da casca ou felogênio: Meristema de origem secundária que é responsável pela
produção da periderme.
 Feloderme: Tecido parenquimático de preenchimento formado mais internamente, formado
por células vivas.
TECIDOS DE SUSTENTAÇÃO
 COLÊNQUIMA: função principal é garantir a sustentação de partes do vegetal que estão em crescimento
primário e estão, portanto, sujeitas a constante movimentação. Esse tecido é encontrado, por exemplo,
em nervuras de folhas e em caule de plantas herbáceas. Apresenta células vivas e capazes de retomar a
atividade meristemática (embrionária).
 ESCLERÊNQUIMA: tecido de sustentação que pode ocorrer em vários órgãos de um vegetal, sendo
encontrado tanto em partes do corpo em crescimento primário quanto em partes em crescimento
secundário. Apresenta células mortas ou esclereides (lignificadas) com parede celular secundária
espessada e compostas por lignina, uma molécula orgânica fortalecedora e indigestível.
TECIDOS CONDUTORES DE SEIVAS
 XILEMA (LENHO): conduz água e sais minerais (seiva bruta ou mineral) das raízes até o ápice
da planta. Constituído por células mortas (impregnadas por lignina) que formam os vasos
lenhosos.
 Tipos de vasos lenhosos: traqueídes (ou vasos fechados): sem lignina em algumas regiões,
denominadas pontuações; e elementos de vasos (vasos abertos), onde a parede celular é
ausente em alguns pontos, permitindo a passagem de água com maior facilidade.
 FLOEMA (LÍBER): conduz seiva elaborada (orgânica) das folhas às outras regiões da planta. É
constituído por células vivas que formam os vasos liberianos.
 Tipos de vasos liberianos: elementos de tubos crivados formados por células vivas,
anucleadas e alongadas. Suas paredes possuem vários poros (crivos), atravessados por
plasmodesmos (pontes citoplasmáticas) que comunica células vizinhas, formando as PLACAS
CRIVADAS.
OBS: Nas angiospermas eudicotiledôneas, o xilema se localiza na região interna do caule,
enquanto, o floema na parte mais externa. O anel de Malpighi é a retirada de parte da casca do
caule onde se encontra o floema, interrompendo a condução da seiva orgânica ou elaborada.

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