• O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença endócrina autoimune, cuja fisiopatologia é centrada
na destruição das células beta do pâncreas endócrino, resultado na redução progressiva de
secreção de insulina.
• Brasil: DM1 acomete cerca de 17 MI indivíduos (IDF, 2019).
• Gatilhos ambientais, (ex.infecções virais), são determinantes para desencadear a resposta
imunológica, gerada a partir da infiltração de neutrófilos, macrófagos e linfócitos T, com a produção
de autoanticorpos (como o anticorpo anti-ilhota, anti-insulina, anti-tirosino-fosfatase), responsáveis
pela promoção do processo da destruição das células beta da ilhota de Langherans.
(SBD, 2016)
HIPERGLICEMIA X HIPOGLICEMIA
• Manter um controle adequado da doença não é simples, uma vez que ao longo do dia
ocorrem oscilações significativas da glicemia, sendo necessária a monitorização
glicêmica em intervalos regulares a fim de saber a dose correta de insulina a ser
administrada, caso contrário, podem ser desencadeados quadros de hipoglicemia e
hiperglicemia severos, necessitando inclusive de suporte hospitalar especializado,
podendo causar prejuízo no desenvolvimento neuropsicomotor desses indivíduos.
(Almeida et al, 2018)
TRATAMENTO
• O tratamento do paciente com DM1 é feito por meio da insulinoterapia, da
monitorização domiciliar, do exercício físico e da dieta adequada.
Rápida
BOMBA DE INSULINA
• São aparelhos mecânicos conectados a um cateter subcutâneo, que libera insulina
ultrarrápida continuamente, nos formatos basal e bolus, simulando a fisiologia das células
beta por meio de melhor farmacocinética da insulina infundida;
CHO INSULINA
INGERIDOS REQUERIDA
GLICEMIA
CONTAGEM DE CARBOIDRATOS (CC)
Essa estratégia nutricional apresenta-se
como alternativa mais fisiológica, pois a
aplicação de insulina com base na
quantidade de carboidrato ingerida,
mimetiza o funcionamento do
organismos em condições “normais” –
sem DM.
FATOR DE SENSIBILIDADE (FS)
• O FS aumenta com a atividade física, diminui em dias de doença, com o uso de certos
medicamentos (ex.: Corticoides) ou com o ganho de peso do paciente.
CONVERSÃO DA GLICOSE
• Cerca de 90 a 100% da quantidade de carboidrato da refeição é transformada em glicose
nas primeiras 2 horas após seu consumo causando impacto na glicemia capilar em 15
minutos.
• Apenas 60% das proteínas e 10% das gorduras são convertidos em glicose e para isso
depende de outros fatores como a digestão, absorção e interação com outros nutrientes
que compõem a refeição.
POR ONDE COMEÇAR?
CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
NECESSIDADES NUTRICIONAIS DIÁRIAS
CONSUMO DE CHO POR REFEIÇÃO
ELABORAÇÃO DO PLANO ALIMENTAR SAUDÁVEL
ADEQUAÇÃO DAS PORÇÕES DE CHO POR REFEIÇÃO
BUSCAR INFORMAÇÕES (RÓTULOS, MANUAL)
DETERMINAR AS METAS DE GLICEMIA PRÉ E PÓS REFEIÇÃO
MONITORAR
FORMAS DE CONTAR CHO: EQUIVALENTES
• O método por equivalente consiste em grupos de alimentos onde cada porção de alimento
corresponde a uma substituição de 15 gramas de carboidratos.
• O paciente é orientado a realizar trocas entre alimentos do mesmo grupo ou de grupos diferentes
desde que a quantidade de carboidratos seja semelhante. Uma substituição considera alimentos
que contenham de 8 a 22 gramas de carboidratos.
• Esse método é mais simples, porém, é menos preciso quando comparado com o método de
contagem por gramas de carboidratos.
EXEMPLOS
FORMAS DE CONTAR CHO
GRAMAS
• É possível ter maior variedade dos alimentos que compõem o plano alimentar e controlar a glicemia, mas
é necessário que haja monitoramento da glicemia frequentemente e nos primeiros 30 dias anotar os
valores encontrados pré e pós refeição.
ATENÇÃO!
Ex.: Cenoura crua apresenta absorção da glicose dificultada, mas quando cozida seu IG se eleva. O
amadurecimento dos alimentos aumenta o IG.
ADA: 2009.
PORTANTO...
• O diagnóstico de DM1 acarreta grandes mudanças nas preferências dos hábitos alimentares dos
pacientes.
• Esses fatores aliados a um apetite inconstante podem afetar o controle da glicemia torna-se
necessária a orientação de uma dieta que seja individualizada, respeite os hábitos alimentares do
paciente com base nas preferências pessoais e culturais, e esteja dentro do seu padrão
econômico, incentivando a ingestão de frutas, legumes, grãos integrais, leites e derivados, e com
restrição de alimentos que não sejam saudáveis.
• Vale ressaltar que o profissional nutricionista é fundamental nesse tratamento tendo em vista que
somente ele é capaz de elaborar um plano dietoterápico adequado para o paciente e melhorar
ainda mais seus padrões clínicos e metabólicos.
(SBD, 2016; ADA, 2018)