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Capítulo 16 – Dinâmica dos fluidos

16.1 – Conceitos gerais do escoamento dos fluidos


Hidrodinâmica: fluidos em movimento. Como descrever?

Abordagem de Lagrange: seguir


o movimento de cada
partícula do fluido.

Joseph Louis Lagrange (1736-1813)


Abordagem de Euler: descrever os campos de velocidades e
densidades em cada ponto do espaço e no tempo.

 (x, y, z, t), v (x, y,


z, t)

Leonhard Euler (1707-1783)

Adotaremos a abordagem de Euler


Fluidos ideais: modelo aproximado para os fluidos reais.
Mais simples, porém com resultados ainda úteis.

Características dos fluidos ideais

1. Escoamento estacionário (ou uniforme): velocidade do


fluido
em um dado ponto do espaço não muda com o tempo

 
v (x, y, z, t)  v (x, y, z)

Isto não quer dizer que a


velocidade de uma partícula
Campo de velocidades seja constante!
2. Fluido incompressível: densidade ρ constante
3.Escoamento não-viscoso: sem atrito, sem dissipação, sem
molhar (“água seca”)
4.Escoamento irrotacional: cada “elemento de fluido” tem
momento angular zero – uma partícula viajaria no fluido sem girar
16.2 – Linhas de corrrente e equação da
continuidade
Linhas de corrente: linhas tangentes à velocidade do fluido em
cada ponto

Tubo de corrente:
superfície formada por
todas as linhas de
corrente que passam por
uma curva fechada C

Campo de velocidades
-No escoamento estacionário, as linhas de corrente coincidem com
as trajetórias das partículas
-Linhas de corrente nunca se cruzam: isto levaria a uma indefinição
da velocidade da partícula no ponto de cruzamento
Visualização das linhas de corrente em um túnel de vento
Equação da continuidade

m1
m2
Massa que vai entrar Porção do tubo de corrente Massa que vai sair
no tubo no intervalo
do tubo no intervalo
de tempo t
de tempo t
m1  1V1  m2  2 A2v2t
1 A1v1t
Escoamento estacionário: m1  m2
Av  constante
1 A1v1t  2 A2v2t  1 A1v1  2 A2v2

Se o fluido for incompressível: 1  2  A1v1  A2v2
Equação da continuidade

R  Av  constante (vazão) Unidades SI: m3/s

A equação da continuidade é uma conseqüência


imediata da conservação da massa
(futuramente, veremos na Física outras equações de continuidade
que surgem devido à conservação de outras grandezas: carga,
energia, etc)
Aplicações em engenharia de tráfego

v2

v2
v1

Fluxo em uma bifurcação


com o trânsito engarrafado

v2<v1 !!!
16.3 – Equação de Bernoulli
Daniel Bernoulli
(1700-1782)

Vamos aplicar a conservação da energia ao escoamento do fluido:

Δm

(tempo t) (tempo t+Δt)


Δm

Teorema trabalho-energia cinética: W  K


1 1
m v2 
2
m v12
Variação de energia cinética: K  2 2

1 V v 2  v2
K 
2 
2 1
Δm

Trabalho:

W  Wg  Trabalho devido à pressão


Wp
Trabalho devido ao peso

Trabalho devido ao peso: Wg  mgh   V y2  y1



Δm

Trabalho devido à pressão:

W p  F1x1  F2 x2  p1 A1x1  p2 A2 x2


W p  p1  p2 V
Δm

 Wg 
Teorema trabalho-energia: W p
K
p1  p2 V  Vg y2  y1  V v22  v12
1
2

1 2 1 2 
p1  v1  gy1  p2  v2  gy2 Equação de Bernoulli
2 2
1
ou p  2 v 2  gy 
constante
1 2 1 2
p1  v1  gy1  p2  v2  gy2 Equação de Bernoulli
2 2
Casos especiais:

1. Fluido em repouso (v1  v2  0)

p1  gy1  p2  gy2  p1  p2   g y1  y2



y (equação da hidrostática)

y2 p2

y1 p1
2. Altura constante ( y1  y 2 
0)

2
1 3

Pela equação de continuidade: v2  v1


Como regra geral para campos vetoriais, a magnitude do
campo é maior onde as linhas de campo são mais
densas
1 2 1 2
Onde a pressão é maior? p1 v1  p2 v2
 2 2
p1 
Pressão é maior onde ap2velocidade é menor e vice-versa!

Kits LADIF: Folhas e funil com bola de isopor


Janelas quebradas pelo vento…

dentro fora

janela  vento
F

pdentro  p fora
Furo no tanque d’água

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