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Introdução
• Antes de entender o conceito de antropologia
física, é necessário conhecer a antropologia
geral, saber o que ela significa e o que ela
estuda. A palavra antropologia é uma junção
de outras duas palavras de origem grega, a
anthropos, que significa homem e a logos, que
por sua vez significa estudo.
• A antropologia é uma ciência que estuda o
homem e a sociedade em todas suas
vertentes. Para realizar suas funções com
excelência, ela é dividida em algumas áreas de
atuação e a antropologia física é uma delas.
Agora que já sabe basicamente o conceito de
antropologia geral, irão conhecer a
antropologia física.
• Conhecida também como antropologia
biológica, ou bioantropologia, a antropologia
física tem como objetivo estudar a evolução
do homem, em uma perspectiva física,
biológica e natural. Ela procura analisar e
entender todo o processo de evolução do
homem, desde sua origem até os
desenvolvimentos de seus traços, por
exemplo.
Definição: é uma ciência que:
• Estuda os aspectos comportamentais e
biológicos dos seres humanos, seus parentes
primatas não humanos e seus ancestrais
hominídeos extintos[1].
• Estuda o homem em sua dimensão biológica,
concentrando-se, entre outros, na sua origem,
evolução e variações físicas[2].
• Antropologia biológica (também chamada de
antropologia física) é o estudo da biologia
humana dentro da evolução, com ênfase na
interação entre a biologia e a cultura.
• As origens da antropologia biológica ocorrem no século XIX,
quando começou a existir um maior interesse por parte dos
cientistas em relação à origem do homem. Dúvidas quanto a
origem divina dos humanos, aliadas à descoberta de fósseis
como os dos Neandertais foram fatos importantes que
levantaram questões quanto à origem e antiguidade da
espécie humana. O interesse em tais questões aumentou
ainda mais com a publicação do livro “A Origem das Espécies”,
de Charles Darwin, em 1859. Ainda no século XIX, a variação
física observada em diferentes povos instigou os cientistas a
descrever e buscar explicações sobre a diversidade biológica
humana.
• Atualmente, a antropologia biológica é
composta de diversas subdisciplinas, como a
paleoantropologia, a antropometria, a
primatologia, a genética e a osteologia.
Dependendo da subdisciplina, os estudos
podem ser realizados em restos esqueletais
humanos antigos, em povos viventes atuais,
ou em ambos.
• A paleoantropologia é o estudo da evolução
humana através de fósseis de hominídeos. De
modo que, é possível identificar as espécies de
hominídeos que existiram, estabelecer uma
sequência cronológica destas espécies e testar
hipóteses sobre suas adaptações e
comportamentos.
•A antropometria, que teria surgido do interesse dos cientistas do
século XIX na variação física das diferentes populações humanas,
utiliza medidas de partes do corpo humano. A osteometria é um
caso particular, na qual se medem partes do esqueleto e a
craniometria é outro caso, na qual as medidas que restringem
apenas ao crânio. Através da antropometria, é possível verificar
adaptações de certas populações ao clima (através de proporções
distintas entre partes do corpo), por exemplo. Já a craniometria
pode ajudar a elucidar as relações dos diferentes povos entre si,
através de semelhanças cranianas.
• O estudo de primatas não-humanos, ou seja, a
primatologia, é um campo importante na
antropologia biológica especialmente devido aos
estudos comportamentais (socialidade,
comunicação, cuidado parental, comportamento
reprodutivo, etc.), que podem dar pistas preciosas
sobre o comportamento dos humanos modernos e
dos hominídeos fósseis. Ainda, o estudo do registro
fóssil dos primatas possui implicações importantes
para a evolução dos hominídeos e, portanto, para a
nossa evolução.
• O estudo do esqueleto, chamado de osteologia, é
realizado tanto em esqueletos humanos
relativamente recentes, quanto em fósseis. Por
exemplo, através da osteologia, é possível estimar a
estatura e os padrões de crescimento de
populações passadas. A paleopatologia é uma
subdisciplina da osteologia que investiga a
incidência de traumas, doenças infecciosas e
deficiências nutricionais que deixam alguma
evidência nos ossos de seus portadores.
• Finalmente, o estudo da genética é importante
dentro da antropologia biológica, não apenas
porque nos permite explicar como funciona o
processo evolutivo, mas também porque é possível
investigar as distâncias evolutivas entre as espécies
de primatas atuais (incluindo humanos), por
exemplo. Os estudos de genética populacional
também têm sido usados para esclarecer a origem
dos humanos modernos, assim como as relações
das populações humanas entre si.