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Dislexia e

Disgrafia
Dislexia
 O que é?
É um distúrbio genético que dificulta o
aprendizado e a realização da leitura e da
escrita. O cérebro, por razões ainda não muito
bem esclarecidas tem dificuldade para encadear
as letras e formar as palavras e não se
relacionam direto ao sons e as sílabas
formadas.
 Como ocorre?
As causas estão relacionadas aos fatores
genéticos o desenvolvimento tardio do sistema
nervoso central problemas estruturais do
cérebro e a comunicação é eficaz entre os
neurônios mas isso não afeta a inteligência da
criança.
 Sintomas e Sinais?
Como sintoma, a pessoa começa a trocar a
ordem de certas letras ao ler e escrever.
Trocar letras, principalmente quando elas
possuem sons parecidos, como “f” e “v”, “b” e
“p”, “d” e “t”;
– Pular ou inverter sílabas na hora de ler ou
escrever;
– Fala prejudicada;
– Não conseguir associar letras e sons;
– Confundir palavras que soam parecido, como
macarrão e camarão;
– Erros constantes de ortografia;
– Lentidão na leitura;
– Problemas de localização de esquerda e
direita;
– Dificuldades para estudar.
 Como é feito o diagnóstico?

Ele é feito por neurologistas, fonoaudiólogos e


psicólogos geralmente entre os 8 e os 9 anos de
idade. No consultório, o especialista diferencia
a dislexia de outros transtornos, como o 
déficit de atenção e hiperatividade (TDAH),
além de descartar problemas emocionais ou
neurológicos que interfiram na leitura e na
escrita.
Para bater o martelo, testes de audição e visão
e provas de fluência verbal e desempenho
cognitivo permitem avaliar a extensão das
dificuldades.
 Como é realizado o tratamento?
Embora a dislexia não tenha cura, é
possível levar uma vida normal se houver
suporte especializado desde cedo. O
tratamento com fonoaudiólogo e psicólogo
permite criar estratégias para superar as
dificuldades com as palavras e outras
eventuais barreiras no dia a dia. A terapia
também é importante para dirimir possíveis
crises de autoestima.
Como a criatividade é um traço marcante entre
os disléxicos, aconselha-se os pais a estimular a
criança a desenhar, pintar, tocar instrumentos
musicais e praticar esportes. Com o avanço da
tecnologia, o desenvolvimento dos disléxicos
ganhou bons aliados. Alguns softwares e até
videogames específicos treinam as habilidades na
leitura e escrita e audiobooks estimulam a
associação do som das palavras às letras
correspondentes.
Disgrafia
 O que é?

A disgrafia é um transtorno de
aprendizado que causa problemas na hora da
escrita. De acordo com o DSM-5 a disgrafia é
caracterizada como “distúrbio de aprendizagem
específico com deficiência na expressão
escrita”.

A Disgrafia está diretamente ligada a


irregularidade na grafia do indivíduo, pois, é
uma perturbação de origem neurobiológica,
caracterizada pela dificuldade de gerir os
músculos da mão e braço. Portanto é
identificada pela escrita ilegível das palavras.
 Localização do distúrbio?

Disgrafia é um transtorno de origem


no hemisfério direito na região
Occipitoparietal, entretanto podemos
encontrar causas em uma dissociação na  Etimologia:
atividade cortical pré-frontal dos lobos
frontais, já que está associado ao ato de Etimologia da palavra disgrafia deriva dos
escrever. conceitos “DIS” (desvio) + “GRAFIA”
(escrita), ou seja, é “uma perturbação de tipo
funcional que afeta a qualidade da escrita do
sujeito, no que se refere ao seu traçado ou à
grafia.” (Torres & Fernández, 2001, p. 127);
 Características e identificação:
O indivíduo com disgrafia apresenta uma escrita
desviante em relação à norma/padrão, isto é, uma
caligrafia deficiente, com letras pouco diferenciadas, mal
elaboradas e mal proporcionadas, ou seja, a chamada
“letra feia”. A disgrafia é uma dificuldade no
desenvolvimento da escrita, e já pode ser percebida a
partir do 3° ano do Ensino Fundamental, visto que até
este período é aceitável que ocorram erros na escrita.
 Causas :
A principal causa da disgrafia é a falta de
coordenação motora. As funções do cérebro que é
responsável na tradução de ideias em palavras por
escrito, pois, não executa a tarefa de forma correta. Além,
da falta de motricidade, a disgrafia é caracterizada pela
falta de lateralidade, organização espacial e temporal e
incapacidade de estabelecer uma relação entre noções
visuais e motores de forma simultânea.
 As causas da disgrafia são multifatoriais que
podem levar a uma escrita alterada. Mas as três
principais causas são a maturativas, carateriais
e pedagógicas.
Maturativas está relacionada com
perturbações de lateralidade e de eficiência
psicomotora (motricidade, equilíbrio). O
indivíduo apresenta uma escrita irregular
ao nível da pressão, velocidade e traçado,
bem como perturbações de organização
perceptiva-motora, estruturação/orientação
espacial e interiorização do esquema
corporal
Carateriais estão associadas a
fatores de personalidade, que podem,
consequentemente, determinar o aspeto do
grafismo (estável/instável, lento/rápido), e
também a fatores psicoafetivos, pois o
sujeito reflete na escrita o seu estado e
tensão emocionais.
 Pedagógicas podem estar relacionadas, por exemplo,
com uma instrução/ensino rígido e inflexível, com
uma mudança inadequada de letra de imprensa para
letra manuscrita e/ou uma ênfase excessiva na
qualidade ou rapidez da escrita.
 A disgrafia é um transtorno da escrita por uma
incapacidade motora, dificultando o manejo do
lápis/caneta, o que leva a caligrafia sair feia.

 Características do individuo com disgrafia:


A lentidão da escrita; falta de separação entre letras, 
desorganização das Letras (letras retocadas, atrofiados, 
omissão de letras, palavras e números), formas distorcidas,
movimentos contrários à escrita (um S no lugar do 5),
Tamanho de letra muito pequena ou grande,  escrita alongada
ou Comprida, liga as letras de forma inadequada,  letra
ilegível,  desorganização por não ter orientação espacial, erros
de margem.
 Os tipos de Disgrafia?

 Disgrafia perceptiva: não consegue


fazer relação entre o sistema simbólico
e as grafias que representam os sons,
palavras e frases.

 Disgrafia motora (discaligrafia): a


criança consegue ler e falar, mas
encontra dificuldades na coordenação
motora fina para escrever. O mesmo
não consegue fazer o movimento da
grafia.
 Como identificar e como afeta?
Segundo Rubens Wajnsztejn, “A
disgrafia pura ocorre ainda durante a
gestação e já nasce com a criança. Ela não é
 Para saber, usa-se um teste: pede-se para o
adquirida”, Explica o neurologista
especializado em infância e adolescência. aluno escrever algumas frases em uma
Mas percebe-se que por volta dos 8/9 anos, folha em branco sem linha, se a escrita for
geralmente é mais comum com meninos. lenta, com letras irregulares, retocadas e
Segundo Marco Antônio Arruda, neurologista fora de margens ( “ descer e subir um
do Instituto Glia de Cognição e morro”). Como resultado deste teste, o
Desenvolvimento, podendo ocorrer em individuo poderá ter disgrafia .
adultos, a disgrafia vai ocorrer somente
quando ocorre uma lesão, por exemplo: um
derrame, que pode comprometer a
coordenação motora de mãos e braços.
 A disgrafia não compromete o desenvolvimento
intelectual,  nem o indicador de QI baixo ( já que a
maior parte das pessoas que tem disgrafia é muito
inteligente, alguns casos até acima da média), o
problema seria a dificuldades com habilidades
motoras e a demora para realizar as atividades, já
que a vergonha pela “letra feia” fica desmotivando
e o individuo até desiste de estudar , por receber
julgamentos, que são erroneamente confundindo
com preguiça.
 E o tratamento?
O tratamento da disgrafia é multidisciplinar, incluindo
neurologistas, psicopedagogos, fonoaudiólogos e terapeutas.
Medicamentos só são indicados se tiver outros transtornos , como
déficit de atenção (DDA) ou hiperatividade. Os exercícios motores, são
uma forma de tratamento do transtorno, mas também uns dos pontos
principais é o apoio dos responsáveis, sempre reforçando o aluno de
forma positiva, treinar habilidades envolvendo a escrita, pintura,
desenho; modelagem, se for corrigir tente fazer forma positiva
expressando de forma oral e promover situações prazerosos com a
escrita.

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