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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR ALMEIDA RODRIGUES LTDA

FAR – FACULDADE ALMEIDA RODRIGUES


DIREITO

RESPONSABILIDADE CIVIL NA
ALIENAÇÃO PARENTAL: UMA
ANÁLISE DOS DANOS
OCASIONADOS
Gabriele Mendes Telles Meneses
Regy Vieira de Souza
DIREITO DE FAMÍLIA

O Direito de Família aborda a construção familiar e reconhece o afeto


como a maior das preocupações.
ALIENAÇÃO PARENTAL

A alienação parental se corresponde à atos negativos e constantes, que


objetiva despertar no filho um sentimento ruim por um dos pais, ou mesmo por
familiares. E é uma prática que além de provocar danos ao desenvolvimento
psíquico do menor, retira do genitor alienado o direito de participar do
desenvolvimento da criança.
CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DA FAMÍLIA

“A família é tanto uma estrutura pública como uma relação privada, pois
identifica o indivíduo como integrante do vínculo familiar e também como
particípe do contexto social. O direito das famílias, por dizer respeito a todos
os cidadãos, revela-se como o recorrente da vida privada que mais se presta às
expectativas e mais está sujeito a críticas de toda sorte.”
- Maria Berenice Dias
FAMÍLIA PATRIARCAL
Art. 233. O marido é o chefe da sociedade conjugal. Compete-lhe:
I. A representação legal da família;
II. A administração dos bens comuns e dos particulares da mulher, que ao marido competir
administrar em virtude do regime matrimonial adaptado, ou do pacto antenupcial (art. 178, §9º, I, c,
art. 274, art. 289, I, e art. 311);
III. O direito de fixar e mudar o domicílio da família;
IV. O direito de autorizar a profissão da mulher e a sua residência fora do tecto conjugal (art. 231,
II, art. 242, VII, arts. 243, 244, 245, II, e 247, III);
V. Prover à manutenção da família, guardada a disposição do art. 277.
- Código Civil Brasileiro de 1916
FAMÍLIA NA ATUALIDADE
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do
Estado.
§5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são
exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.
- Constituição Federal de 1988
RESPONSABILIDADE E FRATERNIDADE
INERENTE A INSTITUIÇÃO FAMILIAR
Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges:
I. Fidelidade recíproca;
II. Vida em comum, no domicílio conjugal;
III. Mútua assistência;
IV. Sustento, guarda e educação dos filhos;
V. Respeito e consideração mútuos.

- Código Civil Brasileiro de 2002


PODER FAMILIAR
Art. 1.634.  Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar,
que consiste em, quanto aos filhos: 
I - dirigir-lhes a criação e a educação; 
II - exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art. 1.584; 
III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem; 
IV - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para viajarem ao exterior; 
V - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para mudarem sua residência permanente para outro Município; 
VI - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo
não puder exercer o poder familiar; 
VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após
essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento; 
VIII - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha; 
IX - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição. 
- Código Civil Brasileiro de 2002
TRANSTORNO DE ALIENAÇÃO PARENTAL

A alienação parental se difere das demais formas de alienação por suas


ações serem executadas por um genitor alienador que possui uma
disfuncionalidade parental séria e não atenta para os riscos não só presentes,
mas futuros que estão causando na saúde psíquica dos filhos.
- Richard A. Gardner
DIFERENÇA ENTRE ALIENAÇÃO PARENTAL E
SÍNDROME DE ALIENAÇÃO PARENTAL

A primeira é a campanha denegritória realizada pelo alienador e a segunda


consiste nos problemas gerados por essa “campanha”.
JUDICIALIZAÇÃO DA PRÁTICA DE
ALIENAÇÃO

A Lei n 12.318 de 26 de agosto de 2010 visa coibir denominada alienação


parental, expressão utilizada por Richard Gardner no ano de guarda de filhos
nos tribunais norte americanos em que se constatava que a mãe ou o pai de
uma criança a induzia romper os laços afetivos com o outro cônjuge. O
vocábulo inglês ‘alienation’ significa ‘criar antipatia’ e parental quer dizer
‘paterna’.
ROL DAS SANÇÕES
Art. 6o  Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou
adolescente com genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da
decorrente responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar
seus efeitos, segundo a gravidade do caso: 
I - declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; 
II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; 
III - estipular multa ao alienador; 
IV - determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; 
V - determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; 
VI - determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; 
VII - declarar a suspensão da autoridade parental. 
LEI Nº 13.431DE 04 DE ABRIL DE 2017

Um dos mais recentes mecanismos destinados a coibir a violência contra as


crianças e os adolescentes!
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante o exercício da alienação parental, tanto a criança como o genitor


alienado devem ter observado os seus direitos!
“Alienar uma criança é matar, desestruturar. Covardia não
esquecida. Ignorância pura e sabida, que geram traumas, que podem
durar por toda uma vida. Até a criança crescer, tornar-se adulta e
entender que o errado do “seu ser” era mero reflexo do ser que não
foi...”
- Cláudia Berlezi
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradecemos a Deus, pela sabedoria, pela força e pela resiliência ao
desenvolver o presente artigo, como mais uma batalha em nossas vidas.
Agradecemos nosso orientador professor Camilo Barbosa Vieira, por sua assistência e dedicação
nas etapas desse processo.
Agradecemos também aos membros da banca examinadora, professora Ana Gabriela Guerra
Ferreira Campos e ao professor Higor Alexsander Mendonça Ferreira, pela honra de nos
examinar nessa etapa.
Agradecemos ao NICOM, em nome da professora Renata Ferreira Chavaglia, por toda a
paciência e leveza à nos sanar todas as dúvidas inerentes ao desenvolvimento deste artigo.
Agradecemos também a todos os professores que sempre contribuíram com nossa formação
acadêmica durante esses anos!
Gratidão eterna por nossos familiares que sempre nos apoiaram nessa etapa tão importante de
nossas vidas!

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