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Curso

TÉCNICO SUPERIOR DE SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO

MÓDULO

Controlo dos riscos

Formador: João Pedro Marques


Hierarquização das medidas

• Medidas de carácter construtivo

– Eliminar o risco na origem, na fonte;

– Envolver o risco, isolamento do risco;

• Medidas de carácter organizativo

– Afastar o homem da exposição ao risco;

• Medidas de protecção individual

– Envolver o homem

• Medidas de formação e informação


Controlo dos riscos
profissionais

Após a identificação de
perigos e avaliação de
riscos, deve-se verificar
se o risco é aceitável.
Caso contrário devem-se
tomar medidas de forma
a controlar os riscos.
Controlo do risco

• No momento em que se tomam medidas de controlo,


deve-se ter em consideração os princípios gerais da
prevenção.
Princípios Gerais da Prevenção

• Eliminar os perigos
• Avaliar os riscos
• Combater os riscos na origem
• Adaptar o trabalho ao homem
• Atender ao estado de evolução da técnica
• Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo
ou menos perigoso
• Integrar a Prevenção num todo coerente
• Prioridade da protecção colectiva face à individual
• Formação e informação
Eliminar os perigos

• Eliminação dos perigos inerentes a qualquer produto


ou componente do trabalho

• Fase de projecto

• Automatização de determinada tarefa

• Mudança de uma matéria-prima perigosa


Avaliar os riscos

• Avaliar os riscos que não podem ser evitados ou


eliminados
Combater os riscos na origem

• Aplica-se ao controlo de riscos

• Controlar o risco na origem evita a sua propagação e


a interacção com outros riscos

– Exemplo: Aspiração localizada


Adaptar o trabalho ao homem

• Agir sobre a concepção, a organização e os métodos


de trabalho e de produção;
Atender ao estado de evolução
da técnica

• Evolução da tecnologia associada aos processos de


fabrico
• Evolução técnica da prevenção
• Novos riscos
• Oportunidades de melhoria inerentes à inovação
técnica e tecnológica
Substituir o que é perigoso
pelo que é isento de perigo ou
menos perigoso
• Evitar as situações de risco mesmo que controlado

• Substituição de equipamentos, ferramentas ou


matérias-primas por outras menos perigosas
Integrar a Prevenção num todo
coerente

• Intervenções na área de higiene e segurança do


trabalho não se devem limitar a medidas técnicas
desenquadradas

• Actuar ao nível humano, organizacional

• Gerir a segurança e saúde ao nível da empresa,


planeando, agindo e medindo o desempenho
Prioridade da protecção
colectiva face à individual

• Quando as medidas de eliminação de risco não


forem viáveis

• Protecção individual deve ser último recurso ou de


protecção complementar
Formação, informação e
participação

• Complementares às demais medidas de prevenção


ou protecção.
Prevenção na fase de projecto:
principal legislação aplicável

• Decreto – Lei 209/2008, de 29 de Outubro – Aprova o


exercício da actividade industrial;
• Decreto – Lei 254/2007, de 12 de Julho - Prevenção
de acidentes graves que envolvam substâncias
perigosas;
• Decreto – Lei 273/2003, de 29 de Outubro -
Prescrições mínimas de segurança e saúde no
trabalho a aplicar em estaleiros temporários ou
móveis.
Sinalização de segurança no trabalho
Sinalização de segurança –
Legislação aplicável

• Decreto – Lei n.º 141/95 de 14 de Junho;

• Portaria n.º 1456-A/95 de 11 de Dezembro;

• Decreto Regulamentar n.º 22-A/98 de 1 de Outubro,


alterado pelo Decreto Regulamentar n.º 13/2003, de
26 de Junho.
Normalização

• NP 3992 – definição da sinalização de segurança a


utilizar no domínio da protecção e da luta contra
incêndios.
• NP 2980 – definição das cores, formas, significado,
símbolos, pictogramas e código dos sinais
convencionais.
• ISO R/508 – identificação dos fluidos que circulem
em tubagens, ou que se encontrem armazenados em
tanques.
Normalização (continuação)

• NP 182 – identificação dos fluidos. Cores e sinais


para canalizações.

• NF X 08-100 – identification des fluides par couleurs


conventionnelles.
Sinalização de segurança

• Filosofia: só se sinaliza o risco que não foi possível


eliminar ou que não foi possível minimizar.
• Princípio: a sinalização de segurança deve adequar-
se à avaliação do risco, só sendo eficaz através da
formação.
• Espécies: proibição, aviso, obrigação, salvamento
ou emergência e combate a incêndios.
• Características: luminosos, fotoluminescentes,
acústicos, gestuais, verbais, cor de segurança,
placas, etc.
Sinalização de segurança
• A sinalização é fundamental para a segurança no
trabalho

• Utiliza-se para chamar atenção de forma rápida e


simples para situações de risco

• Existem normas e regras definidas para os vários


tipos de sinalização

• Todos os trabalhadores devem conhecer o significado


dos sinais utilizados
Competência de sinalizar

• Compete ao empregador garantir a existência de


sinalização de segurança e saúde no trabalho, de
acordo com a legislação em vigor, sempre que os
riscos não puderem ser evitados ou suficientemente
diminuídos.

• Informar e formar os trabalhadores antes de se


aplicar a sinalização de segurança.
Erros a evitar

• Não basta ao empregador colocar a sinalização. Torna-se


necessário controlar a eficiência da mesma, o seu
estado de conservação e funcionamento e como tal
deverá evitar:

– Afixação de um número excessivo de placas na proximidade uma


das outras;
– Utilizar simultaneamente dois sinais luminosos que possam ser
confundidos;
– Utilizar 2 sinais sonoros ao mesmo tempo;
– Utilizar um sinal sonoro quando o ruído ambiente for muito
forte.
Sinalização - tipos

• Visual
– sinais de trânsito, sinalização de segurança, cores de
identificação de tubagens, semáforos, sinais gestuais, etc.
• Auditiva
– sirenes, campainhas, comunicações verbais, etc.
• Táctil
– corrimões de escadas, arestas rugosas de degraus, utilização de
materiais com diferentes texturas
Sinalização – tipos
(continuação)
• Olfactiva
– produto químico que se junta ao propano e butano para lhes
dar cheiro, funcionando como sinal de aviso de uma fuga
• Gustativa
– produtos com sabor amargo que se juntam aos medicamentos
para os tornar desagradáveis
Significado das formas e das
cores de segurança
VERMELHO - Proibição, perigo, alarme
AMARELO ou LARANJA- Sinal de
aviso
AZUL - Sinal de obrigação
VERDE - Sinal de salvamento ou socorro

CÍRCULO TRIÂNGULO RECTÂNGULO


Material de combate
VERMELHO Proibição -
a incêndios

AMARELO - Perigo -
Segurança em
VERDE - -
emergência

AZUL Obrigação - Informação


Projecto de sinalização

• Levantamento exaustivo dos riscos existentes.

• Análise dos riscos

• Estudo da implantação

• Implementação
– Nota: a eficácia da sinalização de segurança e saúde depende da
utilização correcta dos sinais adequados, em número suficiente
mas nunca excessivo, de forma a que a mensagem por eles
vinculada seja facilmente apreendida.
Sinais de proibição
• Forma circular, um
pictograma negro
sobre fundo branco,
uma margem e uma
faixa em diagonal
vermelhas, devendo a
cor vermelha ocupar,
pelo menos, 35% da
superfície do sinal
Sinais de aviso

Os sinais de aviso devem ter forma triangular, um pictograma negro


sobre fundo amarelo, que deve cobrir, pelo menos, 50% da superfície
do sinal, e uma margem negra.
Sinais de obrigação

• Os sinais de obrigação devem


ter forma circular e um
pictograma branco sobre
fundo azul, que deve cobrir,
pelo menos, 50% da superfície
do sinal.
Sinais de salvamento ou
emergência

Os sinais de salvamento ou de
socorro devem ter forma
rectangular ou quadrada e um
pictograma branco sobre fundo
verde, que deve cobrir, pelo
menos, 50% da superfície do
sinal.
Sinais de material de combate
a incêndio
Os sinais que dão
indicações sobre o
material de combate
a incêndios devem ter
forma rectangular ou
quadrada e um
pictograma branco
sobre fundo
vermelho, que deve
cobrir, pelo menos,
50% da superfície do
sinal.
Equipamentos de combate a
incêndios

• O equipamento de combate a incêndios deve ser de cor


vermelha.

• O sinal de pictograma de extintor deverá estar a uma


altura de 2 a 2,2 m do chão à base do sinal de modo a
ser visível em toda a sua área envolvente.

• O sinal com as instruções de segurança sobre os agentes


extintores, colocar-se-á imediatamente acima da parte
superior do extintor (aproximadamente 1,5 m do chão).
Sinais Gestuais (1)
Sinais Gestuais (2)
Sinalização de obstáculos
Sinalização das vias de
circulação

• Para identificação das vias de circulação devem-se


utilizar faixas contínuas brancas ou amarelas, em
contraste com a cor do pavimento.
Sinalização das vias de
circulação (cont.)

• A largura das faixas pode variar, aconselhando-se no


entanto as larguras compreendidas entre 80 mm e
os 120 mm, em função da visibilidade necessária
entre os vários pontos das vias de circulação.

– A largura média = 100 mm


Sinalização das vias de
circulação - continuação

• Estas vias de circulação devem, quando necessário,


estar sinalizadas e ser dimensionadas tendo em
atenção as distâncias a percorrer, o número de
utentes e o maior ou menor risco de incêndio ou de
explosão.

• É recomendável que para larguras superiores a 1,20


m estas sejam múltiplas de 0,60 m.
Sinalização das vias de
circulação - continuação

• Quando as vias de passagem se destinem ao trânsito


simultâneo de pessoas e veículos, a sua largura deve
ser suficiente para garantir a segurança na
circulação de uns e de outros.

• As vias de circulação destinadas a pessoas devem ter


iluminação adequada (aproximadamente 150 lux) e
piso não escorregadio ou antiderrapante.
Circuitos de circulação

• A largura das vias de


circulação não deve ser
inferior à largura do veículo ou
à da carga, acrescida em 1
metro, quando a circulação
ocorrer em sentido único.
• A largura das vias de
circulação, para o caso de
haver circulação nos 2
sentidos de forma permanente
não deve ser inferior a duas
vezes a largura dos veículos ou
cargas, acrescidas em cerca
de 1,40 m.
Iluminação

• Os sinais devem ser instalados em locais bem


iluminados.

• Em caso de iluminação deficiente devem usar-se


cores fosforescentes, materiais reflectores ou
iluminação artificial na sinalização de segurança.

– Se possível, colocar os sinais o mais próximo possível das


fontes luminosas existentes, de preferência recebendo
directamente a sua luz.
Sinalização de tubagens para
identificação de fluidos (NP
Verde - Água 182)
Vermelho – água e
Cinzento prata – vapor de água equipamentos de
combate de
Azul França – Ar comprimido incêndios

Ocre amarelo – gases combustíveis e incombustíveis

Violeta – ácidos

Castanho – líquidos combustíveis e incombustíveis

Preto – Para inflamáveis e combustíveis de alta


viscosidade (Ex: piche, asfalto, alcatrão, etc)
Modalidade de aplicação

• A cor de fundo deve ser aplicada da seguinte forma:

– A) Em toda a extensão da tubagem ou

– B) Em anéis com comprimentos iguais a quatro vezes o


diâmetro exterior da tubagem incluindo o revestimento
quando existir e nunca inferior a 150 mm e distanciados de
6 metros no máximo.
Indicações codificadas
adicionais

• A cor de fundo pode ser completada com outras


indicações para uma determinação mais completa
sobre a natureza do fluido canalizado:

– Nome completo: por ex. água potável


– Algarismos convencionais
– Outras informações respeitantes à pressão, concentração,
perigo, etc.

Junto dos receptores, dos aparelhos de regulação e de


comando, das uniões dos ramais, etc.
Algumas recomendações

• Efectuar manutenção adequada da sinalização.

• Não esquecer que os sinais devem ser retirados


sempre que a situação que os justificava deixar de
se verificar.
Distâncias de observação
(segundo ISO 3864)
A selecção da dimensão dos sinais deve ser cuidadosamente
feita em função das distâncias de observação. Esta dimensão
é obtida a partir da fórmula seguinte:

S = área do sinal (m²) L = distancia


de observação (m)
2
L
S Dimensão
2000 150x150
Dimensão
200x200 Dimensão
Dimensão
300x300
400x400 Dimensão
600x600

6m 8m 13 m 17 m 26 m

Distância de observação
SINAIS DE EVACUAÇÃO

Quando, onde e qual o sinal que devemos usar


Sinais de evacuação

Por cima de cada porta a ser usada em caso de


emergência.
Sinais de evacuação

...indicando mudanças de sentido ao mesmo nível


Sinais de evacuação

...indicando mudanças de direcção e / ou de nível.


Sinais de evacuação

Sempre que aplicáveis, em todas as portas


existentes ao longo do percurso de evacuação
Sinais de evacuação

Em todas as portas equipadas com sistema de


barra anti-pânico
A correcta colocação da
sinalização
BS 5499, Part 4

O sinal deverá estar sempre por cima da porta,


nunca na porta
A correcta colocação da
sinalização
BS 5499, Part 4

O sinal “Barra Anti-Pânico” deve ser colocado na


porta, por cima da barra
A correcta colocação da
sinalização
BS 5499, Part 4

1- Na parede, a meio do patamar da escada


2- Suspenso na mudança de nível
A correcta colocação da
sinalização
BS 5499, Part 4

Os sinais devem estar no topo das escadas, nos dois lados,


de modo a serem vistos de ambos os sentidos
A correcta colocação da
sinalização
BS 5499, Part 4

Por cima da porta e na parede, no início das escadas


A correcta colocação da
sinalização
BS 5499, Part 4

Por cima da porta e na parede, no início da descida das


escadas
A correcta colocação da
sinalização

BS 5499, Part 4

Nas grandes áreas, os sinais devem ser de dupla face


e suspensos do tecto
Localização dos sinais

Geralmente, deverão ser localizados entre 1,80m


e 2,20m, desde o chão à parte inferior do sinal
Controlo da documentação
Documentação

• A organização deve documentar e manter


actualizada, toda a documentação necessária para
se assegurar que o seu Sistema de Gestão SST seja
adequadamente compreendido e eficazmente
implementado.
Caso prático

• Elaborar uma tabela resumo com a documentação


necessária para a sua empresa.
Ordem e arrumação
Ordem e limpeza

• Dois dos factores mais relevantes para um local de


trabalho seguro.
• Inserem-se dentro das medidas de organização.
• A segurança varia na razão inversa da sujidade e
desarrumação. Ainda hoje existem 3 regras muito
importantes:
– 1.ª Limpeza

– 2.ª Limpeza

– 3.ª Limpeza
UM POUCO DE HISTÓRIA

Origem dos 5S
O Programa 5S surgiu no Japão, na década de 50, quando se
notou que as fábricas japonesas eram muito sujas e
desorganizadas. A administração e os operários das mesmas
conviviam com essa realidade sem perceber. A implantação
do programa contribuiu para a recuperação das
companhias, através da mudança de hábitos e da prática
diária de bons costumes. A partir de então o programa
passou a ser globalizado e as técnicas implantadas em
muitos países.
Onde se aplicam os 5 s?

No local de trabalho:
-Empresa;
-Fábrica;
-Instituição pública (biblioteca, finanças, segurança
social,etc.);
Na nossa casa (no quarto, na despensa, na garagem, etc.);
Na nossa vida (na maneira de pensar e agir);
Programa 5 S

• Seiri (senso de utilização)

• Seiton (senso de organização)

• Seisou (senso de limpeza)

• Seiketsu (senso de saúde)

• Shistsuke (senso de disciplina)


Seiri (senso de utilização)

• Consiste em separar o necessário do desnecessário.


• Em sentido amplo significa: " utilizar os recursos
disponíveis, com bom senso e equilíbrio, evitando
ociosidade e carências"
• Em sentido restrito, significa: "manter, no ambiente
considerado, somente os recursos necessários
• Somente os itens necessários deverão permanecer
nos ambientes de trabalho.
Seiri (continuação)

• Portanto, deve-se classificar objectos - documentos,


roupas, máquinas, móveis, instrumentos. Poder-se-á
utilizar uma escala de 1 a 5:
1 - Absolutamente necessários

2 - Necessários

3 - Pouco necessários

4 - Não necessários

5 - Absolutamente desnecessários.
Vantagens do senso de utilização

• Mais espaço livre

• Combate ao excesso de burocracia

• Diminuição de custos
Como praticar

• Classificação
• Objectos e Dados Necessários

– Usados Constantemente: Colocar mais próximo possível do local


de trabalho.
– Usados Ocasionalmente: Colocar um pouco afastado do local de
trabalho.
– Usados Raramente: Colocar separado num local determinado
– Objectos e Dados Desnecessários sem uso potencial: Vender ou
dispor imediatamente.
– Potencialmente úteis ou valiosos: transferir para onde forem
úteis.
Seiton (senso de organização)

• Sentido amplo adoptado: "dispor os recursos de forma


sistemática e estabelecer um excelente sistema de
comunicação visual para rápido acesso a eles".
• Fazer "SEITON" significa organizar, colocar as coisas
em ordem, arrumar tudo no seu devido lugar.
• Nas organizações utilizam-se algumas frases tipo:
– Mantenha cada coisa no seu lugar;
– Um lugar para cada coisa; cada coisa no seu lugar;
– Deixe tudo à vista;
– Encontre em 30 segundos.
Vantagens

• Economia de tempo;

• Diminuição do cansaço físico por movimentação


desnecessária;

• Melhoria do fluxo de pessoas e materiais;

• Rapidez na movimentação e resgate de pessoas em caso de


emergência;

• Diminuição do stress;
Como praticar

• Defina com racionalidade os lugares em que os objectos


deverão ficar.

• Os esforços e a movimentação deverão ser reduzidos ao


máximo.

• Defina a quantia ideal para cada coisa – não se esqueça


que deverá ser reduzida.

• Tudo o que for usado deve voltar ao seu lugar


imediatamente após a utilização.
Seisou (senso de limpeza)

• Em sentido amplo significa: "praticar a limpeza de


maneira habitual e, sobretudo, não sujar".
• Num sentido mais restrito, a limpeza consiste em:
"eliminar o pó e sujidade do ambiente e dos
equipamentos". Mais importante do que limpar é não
sujar.
• Algumas frases utilizadas:
– Mais importante do que limpar é não sujar;
– Ser limpo é estar limpo;
– Limpeza é educação;
Vantagens

• Sentimento de bem estar nos empregados;

• Sentimento de excelência transmitido aos clientes;

• Prevenção de acidentes;

• Manutenção dos equipamentos etc.


Como praticar

• Orientar os funcionários em relação ao vestuário;


• Distribuir convenientemente recipientes de recolha
de lixo;
• Prestar atenção especial aos sanitários;
• Estabelecer horário para que todos façam as suas
limpezas;
• Criar normas e procedimentos para a manutenção e
limpeza;
• Envolver outras pessoas no processo;
Seiketsu (senso de saúde)

• Manter as condições de trabalho favoráveis para a


saúde física e mental de todos os colaboradores.
• No 5S o senso de saúde refere-se ao estado atingido
com a prática dos três sensos anteriores, acrescido de
práticas habituais em termos de higiene e segurança no
trabalho e saúde pessoal.
• São utilizadas algumas frases:
– Mantenha um ambiente agradável e seguro;
– Esteja atento às condições de segurança, higiene e de saúde;
– Trabalhe de uma forma segura;
– Mantenha-se saudável;
Shistsuke (senso de disciplina)

• Constitui a última etapa do programa 5S.


• O compromisso pessoal com o cumprimento dos
padrões éticos, morais e técnicos, definidos pelo
programa 5S.
• É a busca da manutenção dos 4S anteriores.
• Fazer "SHITSUKE" significa, criar, educar, treinar,
disciplinar. Só se consegue um bom desempenho e
uma boa atitude profissional através de uma prática
constante e de um aperfeiçoamento contínuo.
Objectivos do programa

• melhoria do ambiente de trabalho;


• prevenção de acidentes;
• incentivo à criatividade;
• redução de custos;
• eliminação de desperdício;
• desenvolvimento do trabalho em equipa;
• melhoria das relações humanas;
• melhoria da qualidade de produtos e serviços.
Formação

• Valorização dos recursos humanos

• Qualificação dos meios humanos é um factor de


diferenciação
Formação - processo

LEVANTAMENTO
DE
NECESSIDADES

AVALIAÇÃO PLANEAMENTO
DOS DA FORMAÇÃO
RESULTADOS

REALIZAÇÃO
DAS ACÇÕES

ACÇÃO

EMPRESA
Formação em SST

• Acções de formação enquadradas na actividade da empresa


• A formação só é eficaz se o ambiente organizacional for
favorável às práticas de Prevenção
Plano de formação

• Alargado a toda a organização


• Atender a:
– Actividade da empresa
– Riscos envolvidos
– Causas de acidentes de trabalho
– Causas de doenças profissionais
– Trabalhadores
– Campanhas de âmbito nacional
– Cursos disponíveis
Considerações pedagógicas
• Condições materiais
– Local
– Equipamento

• Horário Aquilo que oiço…


– Laboral v.s pós-laboral esqueço
• Material de apoio Aquilo que vejo…
– Texto

lembro
Imagens
– Humor / choque
– Fichas de trabalho
Aquilo que faço… sei

• Métodos pedagógicos
– Métodos activos vs.
expositivo
– Contexto laboral
Informação
• Suportes:
– Manual de Acolhimento
– Cartazes
– Folhetos e desdobráveis
– Jornal de empresa
– Placar de informação
– Sinalização

• Cuidados:
– Adequação
– Localização
– Actualização
– Grafismo
Informação específica

• Os trabalhadores devem ser informados sobre:


– Riscos a que estão expostos
– Consequências possíveis
– Medidas de prevenção/protecção a tomar

• Manuais de Instruções dos equipamentos produtivos


• Fichas de Dados de Segurança de Materiais
• Manuais de Instruções dos EPI
Participação dos trabalhadores

• A participação dos trabalhadores nas actividades de


SHST é um factor determinante para o êxito destas.
• O trabalhador deve ter consciência de que é um
recurso importante da empresa e como tal deve ser
preservado.
• Participar não é uma obrigação, mas sim um direito.
Participação dos trabalhadores

• Os responsáveis da empresa devem envidar os seus


esforços para conseguir a participação dos
trabalhadores
• A opinião dos trabalhadores é importante porque
cada trabalhador é um profundo conhecedor do seu
posto de trabalho e como tal fornece informações
importantes acerca dos riscos existentes e das
melhorias a introduzir
Formas de participação

• Formais:
– Comissão de Higiene e Segurança;
– Representantes dos trabalhadores;
• Informais:
– acções de formação promovidas pela empresa;
– emitindo de opiniões, sempre que tal seja oportuno;
– respeitando as normas, princípios e recomendações sobre a
Higiene e Segurança estabelecidas na empresa;
– respeitando a sinalização de segurança existente na empresa;
– utilizando correctamente os equipamentos de protecção
individual;
– colaborando em todas as iniciativas no âmbito da Segurança,
Higiene e Saúde no Trabalho.
Instrução de segurança
Objectivo e âmbito

• Inicialmente deve-se estabelecer qual é o objectivo


e o âmbito da instrução de trabalho.
Definições

• Definições de conceitos importantes para


interpretar a instrução de trabalho.
Instrução

• Medidas de segurança a observar nas operações com


….
• Ficha de
segurança de
máquina
Resumo de uma FDS
Resumo de uma FDS
Ficha Interna de Segurança
IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO

ACETILENO (Dissolvido)
LOCALIZAÇÃO / UTILIZAÇÃO

SECÇÃO SOLDADURA

CUIDADOS ESPECIAIS

Frases de Risco Frases de Segurança

Extremamente inflamável Manter o recipiente em lugar bem ventilado, longe de fontes de


ignição, incluindo cargas electrostáticas
Risco de explosão

MEDIDAS DE PROTECÇÃO NA ARMAZENAGEM E MANUSEAMENTO

Não fumar durante o manuseamento do produto;


Manter as garrafas na posição vertical;
Manter ao abrigo de toda a fonte de inflamação (incluindo cargas electrostáticas);
Colocar o recipiente em local bem ventilado, a temperaturas inferiores a 50º C;
Não permitir o retorno do produto para o recipiente.

PROTECÇÃO INDIVIDUAL

Protecção das mãos: Luvas de protecção com resistência adequada

Protecção dos olhos : Óculos de protecção com filtros apropriados aquando da soldadura e corte

Protecção da pele: Protecção apropriada para o corpo

PRIMEIROS SOCORROS

Retirar a vítima da área contaminada utilizando o equipamento de


Inalação respiração autónoma. Manter a vítima quente e em repouso. Chamar o
médico. Aplicar a respiração artificial se a vítima parar de respirar.

Ingestão A ingestão não é considerada como uma via potencial de exposição.

MEDIDAS EM CASO DE FUGAS ACIDENTAIS


Precaucões pessoais Evacuar a área
Assegurar adequada ventilação de ar
Utilizar equipamento de respiração autónoma quando entrar na área a não ser que se comprove que
a atmosfera é respirável
Eliminar as possíveis fontes de ignição
Precauções ambientais Tentar eliminar a fuga ou derrame
Métodos de limpeza Ventilar a área
EM CASO DE INCÊNDIO
Meios de extinção Podem ser usados todos os agentes de extinção conhecidos

CONTACTOS DE EMERGÊNCIA
Número Nacional de Emergência: 112 Fornecedor - S.P.A.L. "Arlíquido", LDA
Telefone de emergência: 218318067
Equipamentos de protecção individual
Legislação aplicável

• Decreto - Lei n.° 128/93 de 22 de Abril.


• Portaria n.° 1131/93 de 04 de Novembro.
• Decreto lei 348/93 de 1 de Outubro.
• Portaria 988/93 de 6 de Outubro.
• Decreto - Lei n.° 139/95 de 14 de Junho.
• Portaria n.° 109/96 de 10 de Abril.
Equipamento de protecção individual
O que é um equipamento de protecção
individual?
• Qualquer equipamento destinado a ser usado ou
manejado pelo trabalhador para a sua protecção
contra um ou mais riscos susceptíveis de ameaçar a
sua segurança ou saúde no trabalho.
• Um equipamento de protecção individual (EPI) deve
ser concebido e executado em conformidade com as
disposições regulamentares em vigor.

• Devem ser homologados e certificados.

• A entidade patronal deve fornecer gratuitamente os


EPI aos trabalhadores.
Marcação CE
Características

• Adequados relativamente aos riscos a prevenir;

• Que não sejam eles próprios geradores de novos riscos;

• Que tenham em conta parâmetros pessoais associados


ao utilizador e à natureza do seu trabalho;

• Atender às exigências ergonómicas e de saúde do


trabalhador;
EPI

• O equipamento de protecção individual é de uso


pessoal.

• Em casos devidamente justificados, o equipamento


de protecção individual pode ser utilizado por mais
que um trabalhador, devendo, neste caso, ser
tomadas medidas apropriadas para salvaguarda das
condições de higiene e de saúde dos diferentes
utilizadores.
Informação

• A entidade patronal deve fornecer e manter


disponível nos locais de trabalho informação
adequada sobre cada equipamento de protecção
individual, de forma que possa ser compreendida
pelos trabalhadores que os utilizam.
Formação

• A entidade patronal deve organizar sessões de


formação e de treino dos trabalhadores em causa, a
fim de garantir uma utilização dos EPI em
conformidade com os folhetos de instruções.
Selecção dos EPI

• A selecção dos dispositivos (ou equipamentos) de


protecção individual (EPI) deverá ter em conta:

– Os riscos a que está exposto o trabalhador;

– As condições em que trabalha;

– A parte do corpo a proteger;

– As características do próprio trabalhador;


Escolha do EPI

• O registo de elementos como:

– durabilidade

– efeito de protecção

– comodidade

– possibilidade de limpeza, entre outros


Decisão final

• A decisão final sobre a utilização do EPI deve ser


tomada com base numa análise cuidada do posto de
trabalho, análise essa em que devem participar
chefias e trabalhadores.

• A co-decisão conduz a uma maior motivação para o


seu uso.
Categorias de EPI

• CATEGORIA 1 - Apenas para riscos mínimos, onde os


efeitos de risco são mínimos. É permitido ao
fabricante testar e certificar o EPI (por exemplo
óculos de sol, dedais e luvas de jardineiro).
• CATEGORIA 2 – todos os equipamentos que não
podem ser classificados na categoria 1 ou 3 (por
exemplo maior parte do calçado de protecção,
capacetes de protecção e protectores auriculares).
Deverão ser submetidos a testes independentes e
certificados por um Organismo Oficialmente
Creditado.
Categorias de EPI

• CATEGORIA 3 - Para perigos irreversíveis ou que


ponham em risco a vida (por exemplo: sistemas de
protecção contra quedas em altura, equipamentos
de protecção respiratória que isolem
completamente da atmosfera). Deverão ser
submetidos a testes independentes e certificados
por um Organismo Oficialmente Creditado.
FORMAÇÃO DO UTILIZADOR

• Os EPI's são simples?

• É fácil a utilização correcta de um dado EPI?

– Para muitos EPI's é necessária uma acção de demonstração,


quando são utilizados pela primeira vez.
Obrigações do trabalhador

• Utilizar correctamente o equipamento de protecção


individual de acordo com as instruções que lhe
forem fornecidas;

• Conservar e manter em bom estado o equipamento


que lhe for distribuído;

• Participar de imediato todas as avarias ou


deficiências do equipamento de que tenha
conhecimento.
Manual de informações do
fabricante

• O manual de informações é elaborado e fornecido


obrigatoriamente pelo fabricante com os EPI colocados
no mercado e deve conter os seguintes elementos:

– Nome e endereço do fabricante;

– Instruções de armazenamento, utilização, limpeza,


manutenção, revisão e desinfecção;

– Resultados obtidos em ensaios de conformidade efectuados


para determinar os níveis ou classes de protecção dos EPI;
Manual de informações do
fabricante

– Informações úteis relativas aos acessórios utilizáveis com os EPI,


bem como às características de peças sobresselentes
apropriadas;

– Informações relativas às classes de protecção adequadas a


diferentes níveis de risco e aos limites de utilização
correspondente;

– Data ou ao prazo de validade dos EPI ou de alguns dos seus


componentes;

– Informações úteis relativas ao género de embalagem apropriado


ao transporte dos EPI;
Manual de informações do
fabricante
Protecção da Cabeça

• A cabeça deve ser adequadamente protegida


perante o risco de queda de objectos pesados,
pancadas violentas ou projecção de partículas.
• A protecção da cabeça obtém-se mediante uso de
capacete de protecção, o qual deve apresentar
elevada resistência ao impacto e à penetração.

Uso
obrigatório de
capacete de
protecção
Capacetes de protecção

• A Norma Portuguesa que especifica os capacetes de


protecção é a NP-1526.

• Os capacetes são constituídos por duas partes:

– Casco – parte exterior resistente

– Arnês – conjunto dos elementos interiores que devem


absorver a energia transmitida por um choque e ao mesmo
tempo manter o capacete numa posição correcta na
cabeça.
Capacetes de protecção (NP
EN397/1995)

• Quanto ao material de fabrico, os capacetes podem ser


de:
– Couro
– Metal
– Plástico
• Os capacetes de plástico são os mais utilizados. Devem
ser leves (peso inferior a 400 gramas) e resistentes aos
choques. Não se devem utilizar em ambientes de
temperaturas muito altas nem muito baixas.
• Prazo de validade (depende) – 2 a 4 anos a partir da
data de fabrico.
Capacetes de protecção (NP
EN397/1995)

• Geralmente são de categoria II, exceptuando os


capacetes para protecção contra temperaturas
extremas e contra riscos eléctricos sendo, nestes
casos, de categoria III.
Protecção dos Olhos e do Rosto

• Os olhos constituem uma das partes mais sensíveis do


corpo onde os acidentes podem atingir a maior
gravidade.
• As lesões nos olhos, ocasionadas por acidentes de
trabalho, podem ser devidas a diferentes causas:
– Acções mecânicas, através de poeiras, partículas ou aparas;
– Acções térmicas, devidas a temperaturas extremas.
– Acções químicas, através de produtos corrosivos (sobretudo
ácidos e bases) no estado sólido, líquido ou gasoso;
– Acções ópticas, através de luz visível (natural ou artificial),
invisível (radiação ultravioleta ou infravermelha) ou ainda raios
laser.
Protecção dos olhos e rosto – alguns exemplos

• Óculos panorâmicos - Indicado para protecção de


salpicos de líquidos, poeiras, metais fundidos.

• Óculos para protecção em trabalhos com laser de


CO2

• Viseira de mão para trabalhos de soldadura


Protecção dos olhos e rosto – alguns exemplos

• Viseira com auriculares

• Viseira de protecção a impactos

• Viseira de cabeça para soldadura


Protecção das Vias
Respiratórias

• A atmosfera dos locais de trabalho encontra-se,


muitas vezes, contaminada em virtude da existência
de agentes químicos agressivos, tais como gases,
vapores, neblinas, fibras, poeiras.

• A protecção das vias respiratórias é feita através dos


chamados dispositivos de protecção respiratória -
aparelhos filtrantes (máscaras).
EPI - Protecção Respiratória

• Os equipamentos de protecção respiratória dividem-


se em dois grupos distintos:

– Respiradores que filtram o ar;

– Respiradores com fornecimento de ar.


Respiradores que filtram o ar

• É o mais comum nos locais de trabalho, dada a sua


facilidade de utilização por parte dos trabalhadores.
Estão incluídos neste grupo as “semi-máscaras” e as
“máscaras integrais” de utilização individual.
• A sua aplicação é indicada para situações em que o
teor de contaminantes no ar atmosférico não é muito
elevado mas que constitui um perigo para a saúde se
for respirado durante muito tempo sem passar através
de filtro adequado.
• Estas máscaras não devem ser usadas em locais com
teor de oxigénio inferior 17%.
Sintomas de deficiência de O2

Efeitos fisiológicos causados pela diminuição do O2

Percentagem de
Sintomas
oxigénio

20,50% Nenhuns - coorde nacão normal

Dificuldade de coorde nação


17%
muscular.

12% Dore s de cabe ça e fadiga

9% Inconsciê ncia

6% Morte e m poucos minutos


Respiradores com fornecimento de ar

• Incluem-se neste tipo os “ aparelhos de respiração


autónoma com garrafas” e os “aparelhos de ligação
à rede de ar comprimido”.

• São indicados para utilização em atmosferas muito


contaminadas ou em locais de arejamento difícil ou,
ainda, durante trabalhos de risco potencial elevado.
Respiradores com fornecimento de ar

• Os aparelhos de ligação à rede de ar comprimido são


indicados para utilização durante períodos de
exposição prolongada.

• Os aparelhos com garrafa são indicados para


utilização em períodos curtos (no máximo meia
hora), especialmente em situações de emergência.
Selecção de filtros para as máscaras de
protecção

• Para a selecção dos filtros de protecção devemos ter


em atenção qual é o mais indicado de forma a
conseguir uma protecção adequada.
Manutenção dos filtros

• Estes filtros só devem ser “abertos” para colocação na


máscara;

• Enquanto fechados, têm uma duração de vários anos (ver


data de validade);

• Após abertura, essa duração é reduzida para 6 meses,


mesmo sem utilização;

• Quando se coloca o filtro na máscara deve-se escrever a


data.
Tipos de filtros

• Os filtros podem classificar-se em:


– Filtros de partículas;
– Filtros de gases e vapores.

• Existem também os filtros com protecção múltipla,


conhecidos como “filtros combinados”, integram
dispositivos de protecção simultânea contra agentes
de diferentes tipos (gases, vapores e partículas).
Filtros de partículas

• Os aparelhos anti-poeiras podem ser classificados


em função da sua eficácia crescente de filtragem:
– Classe 1 – poeiras grossas (por ex. trabalhos em madeira) e
são designados por P1 (máscaras de protecção completas)
ou FFP1 (semi-máscaras);
– Classe 2 – para aerossóis sólidos e/ou líquidos perigosos ou
irritantes (por ex: sílica) e são designados por P1 (máscaras
de protecção completas) ou FFP1 (semi-máscaras);
– Classe 3 - para aerossóis sólidos e/ou líquidos tóxicos (por
ex: amianto) e são designados por P1 (máscaras de
protecção completas) ou FFP1 (semi-máscaras);
Filtros de partículas

• Quanto às partículas:

Tabela 1 – Filtros das partículas


Classe Uso
P1 Protecção contra às particulas de materiais inertes.
P2 Partículas de materiais levemente tóxicas.
P3 Partículas de materiais tóxicos.
Partículas de materiais cancerigenos.
Partículas de materiais radioativos.
Bactérias, vírus, enzimas.
Escolha dos filtros

• Quanto aos gases e vapores:


Tabela 2 – Filtros de gases e vapores
Tipo de filtro Cor característica Sector de uso principal
A
CASTANHO Gases e vapores orgânicos
EN 141
B
CINZENTO Gases e vapores inorgânicos
EN 141
E
AMARELO Gases ácidos, como por ex: dióxido de enxofre
EN 141
K
VERDE Amônia, Vapores de mercúrio
EN 141
HG
VERMELHO Vapores de mercúrio
EN 141
Alguns exemplos

• Protecção contra poeiras finas ou aerossóis sólidos


ou em base aquosa cujas concentrações não
excedam 12 vezes o Valor Médio de Exposição do
contaminante.
• Recomendada para protecção contra poeiras de
metais não ferrosos, carvão, poeiras de madeiras,
silicatos e carbonatos.
• Máscara P2
Alguns exemplos
Meios de protecção auditiva

– Estar conformes com as normas existentes e certificados

– Ser adaptados ao utilizador

– Ser adaptados às características e condições de trabalho

– Proporcionar a atenuação adequada da exposição ao ruído


Selecção de protectores
auriculares

Para seleccionar os protectores auriculares deve


proceder-se à determinação ou ao levantamento do
“espectro do ruído” no posto de trabalho considerado.

Frequências Hz [dB]
Ponto Ponto de medição
63 125 250 500 1k 2k 4k 8k
1 Tulhas barro vermelho - moinho de caco 42,4 60,4 68,4 76,0 82,1 80,9 80,4 78,2
3 Preparação de pasta branca - moinhos 72,8 71,4 79,2 85,0 87,2 85,7 84,7 78,1
7 Preparação de pasta vermelha 54,6 69,0 75,6 79,6 80,6 81,7 83,2 78,9
12 Roller de moldes de aço - debaixo do secador 52,6 65,0 68,5 69,5 72,1 76,5 83,7 81,0
26 Ventilador do forno / Armazém 51,4 65,3 71,3 78,8 80,0 79,4 76,1 70,1
30 Compressores 68,5 70,4 92,7 96,4 97,4 96,5 96,0 90,6
Protecção auditiva

• Segundo a NP EN 458: 2006 - Recomendações


relativas à selecção, à utilização, aos cuidados na
utilização e à manutenção dos protectores
auditivos.
LAeq, Tk
‹ 65 dB 65-69 dB 70-74 dB 75-79dB > 80 dB

Excessivo Aceitável Satisfatório Aceitável Insuficiente


Protecção dos Ouvidos

• Há fundamentalmente, dois tipos de protectores de


ouvidos: os auriculares (ou tampões) e os
auscultadores (ou protectores de tipo abafador).

• Os auriculares são introduzidos no canal auditivo


externo e visam diminuir a intensidade das variações
de pressão que alcançam o tímpano.
Protecção do corpo

• Genericamente o vestuário de protecção tem por


finalidade proteger contra os seguintes riscos:

– Riscos térmicos (calor, fogo, projecções incandescentes,


frio, intempéries)
– Riscos mecânicos (cortes, perfurações, radiações, raio x,
soldaduras
– Riscos químicos (produtos corrosivos, tóxicos ou irritantes,
poeiras, gases e vapores)
Vestuário de protecção

• O vestuário de protecção pode ser constituído pelas


seguintes peças:

– Calças
– Casaco
– Calças e casaco
– Fato de peça única (fato macaco)
– capote
Protecção do Tronco

• O tronco é protegido através do vestuário, que pode


ser confeccionado em diferentes tecidos.
• O vestuário de trabalho deve ser cingido ao corpo
para se evitar a sua prisão pelos órgãos em
movimento. A gravata ou cachecol constituem,
geralmente, um risco.
Avental de
protecção
térmica e
mecânica
(soldadura)
Protecção dos Pés e dos Membros Inferiores

• A protecção dos pés deve ser considerada quando há


possibilidade de lesões a partir de efeitos
mecânicos, térmicos, químicos ou eléctricos.
Quando há possibilidade de queda de materiais,
deverão ser usados sapatos ou botas revestidos
interiormente com biqueiras de aço, eventualmente
com reforço no artelho e no peito do pé.
Calçado de protecção

• A Norma Portuguesa NP 2190 diz-nos que o calçado


de segurança pode ser de três tipos:

– Sapato – quando apenas resguarda o pé abaixo do artelho

– Bota – quando resguarda o pé e a perna ao nível do artelho

– Botim – quando resguarda o pé e a perna acima do artelho


Diferentes tipos de calçado

• Os diferentes tipos de calçado podem ser do:

– Tipo I – quando constituídos por materiais que não sejam


de borracha natural (vulcanizado) ou de polímeros
(moldadas);

– Tipo II – para os restantes materiais.


Calçado – especificações
técnicas

Categorias Exigências
Trabalho Protecção Segurança Básicas Adicionais
- PB SB I ou II (*) -
O1 P1 S1 I Resistência eléctrica anti-estática e absorção de energia do
tacão (**)

O2 P2 S2 I Como O1, P1 ou S1, mais penetração de água


O3 P3 S3 I Como O2, P2 ou S2, mais resistência à perfuração total da
sola e anti-derrapante

O4 P4 S4 II Resistência eléctrica anti-estática e absorção de energia do


tacão (**)

O5 P5 S5 II Como O4, P4 ou S4, mais resistência à perfuração total da


sola e anti-derrapante
Protecção dos Pés e dos Membros Inferiores

• Em certos casos verifica-se o risco de perfuração da


planta dos pés (ex: trabalhos de construção civil)
devendo, então, ser incorporada uma palmilha de
aço inoxidável no respectivo calçado.

• Exemplo de calçado com biqueira e palmilha de aço:


Solas

• As solas devem ser de material antiderrapante e


apresentar um rasto que possibilite boa aderência
aos pisos.

• Para trabalhos em superfícies molhadas, o rasto da


sola deve ter um perfil que facilite a evacuação dos
líquidos, à semelhança do que acontece com os
pneus dos automóveis.
Protecção das Mãos e dos Membros Superiores

• Os ferimentos nas mãos constituem o tipo de lesão


mais frequente que ocorre na indústria. Daí a
necessidade da sua protecção.

• O braço e o antebraço estão, geralmente menos


expostos do que as mãos, não sendo contudo de
subestimar a sua protecção. Protecção
obrigatória
das mãos

• Nota: sempre que as luvas causem qualquer irritação ou alergia na pele,


deve-se aplicar um creme de protecção antes de calçar as luvas.
Protecção das Mãos e dos Membros Superiores

• A Norma Portuguesa NP 2310 (1989) estabelece as características das


luvas a utilizar para a protecção dos riscos mais comuns em qualquer
actividade profissional.
CLASSE MODALIDADE DE PROTECÇÃO
A Riscos de origem química: ácidos e bases
B Riscos de origem química: água e detergentes
C Riscos de origem química: solventes orgânicos
D Riscos de origem mecânica: cortes de qualquer origem e perfurações
E Riscos de origem térmica: calor de contacto, chamas, frio de contacto

R Riscos de origem eléctrica: luvas com capacidade isolante


G Radiações ionizantes: em alguns casos são reforçadas com folhas de chumbo
H Riscos de origem biológica
Luvas de protecção mecânica –
NP EN - 388

• A – Nível de resistência ao abrasão 0-4: ciclos


necessários para desgastar completamente a luva.
• B – Nível de resistência ao Corte 0-5: número de
ciclos necessários para cortar completamente a
luva, com velocidade constante.
• C – Nível de resistência de Rasgo 0-4: força
necessária para rasgar a luva.
• D – Nível de resistência à Perfuração 0-4: força
necessária para perfurar a luva utilizando um
punção normalizado.
Luvas de protecção térmica

Luvas contra riscos térmicos


Definem-se quatro níveis de prestação para cada um dos parâmetros que se indicam:
1 3 2 1 1 0
Comportamento à chama (inflamabilidade);

Resistência ao calor de contacto;

Resistência ao calor de convexão;


Resistência ao calor radiante;
Resistência a pequenas projecções de metal fundido;
Resistência a grandes projecções de metal fundido.
Luvas de protecção – alguns exemplos

• Luvas térmicas até 200ºC - indicada para


manuseamento de peças fundidas, produtos
esterilizados, retirar tabuleiros de comida de fornos.

• Luvas térmicas até 550ºC - ideais para o


manuseamento de barras de aço, chapas metálicas,
produção de garrafas, metalurgia e todas as
indústrias onde exista risco mecânico e térmico
associados.
Luvas de protecção – alguns exemplos

• Luvas de protecção mecânica: ideal para montagem


de componentes, manutenção, operações de
estampagem, manuseamento de metais leves.

• Indicadas para indústria automóvel / fabrico de


componentes
Luvas de protecção – alguns exemplos

• Luvas de protecção química - Boa resistência


química a uma variedade de ácidos, acetonas e
gorduras naturais.

• Luvas descartáveis em látex – indicadas por exemplo


para manuseamento de alimentos
Protecção contra quedas

• Em todos os trabalhos que apresentam risco de


queda livre deve utilizar-se o cinto de segurança ou
arnês, que poderá ser reforçado com suspensórios
fortes e, em certos casos associado a dispositivos
mecânicos amortecedores de quedas.
Protecção contra quedas

• O amortecedor de choque é um elemento


fundamental de um sistema anti-queda para reduzir
a força aplicada sobre um corpo na paragem do
mesmo.
Protecção contra quedas

• O cinto deve ser ligado a um cabo de boa


resistência, que pela outra extremidade se fixará
num ponto conveniente. O comprimento do cabo
deve ser regulado segundo as circunstâncias, não
devendo exceder 1,4 metros de comprimento.
Construção e obras públicas
Utilização de ferramentas
manuais
Espaços confinados
Soldadura
Pintura

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