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CENTRO UNIVERSITÁRIO IMEPAC

ERLIQUIOSE CANINA

TALES FERNANDES MENDES


ORIENTADOR: SILVIO ANDRE PEREIRA
MUNDIM
ERLIQUIOSE CANINA

INTRODUÇÃO

• A erliquiose, é uma hemoparasitose pertencente ao


grupo de bactérias gênero Ehrlichia sendo a principal a
Ehrlichia canis.
Imagem 1-Vista microscópica da Ehrlichia
Fonte: https://www.vetsmart.com.br
(Acessado em 2021)
• Imagem 2- Exemplo de transmissão do carrapato

Fonte: https://seres.vet/blog/ (Acessado em 2021)


• Os sintomas podem variar, desde febre, falta de apetite,
prostração, manchas avermelhadas na pele (petéquias e
equimoses), sinais oftálmicos (uveíte), sinais
neurológicos (convulsões, incoordenação) e poliartrite.

Imagem 3-Sinais e sintomas clínicos de um cão acometido pela erliquiose.

Fonte:https://www.petz.com.br/blog/cachorros/erliquiose-canina-conheca-a-temida-
doenca-do-carrapato/ (Acessado em 2021)
REVISÃO DE LITERATURA
• A transmissão da Erliquiose acontece através de um
vetor, o carrapato Rhipicephalus sanguineus, conhecido
também como o carrapato marrom do cão. Tal parasita
se encontra , nas regiões tropicais e temperadas.

Imagem 4: Transmissão do
Carrapato.

Fonte: intagram.com/vetjuferreira
(Acessado em 2021)
• Quando o carrapato realiza o repasto sanguíneo em um
cão infectado, contaminar-se-á ao ingerir os leucócitos
infectados pela Ehrlichia canis. A rickettsia se
multiplicará nos hemócitos e nas células da glândula
salivar do vetor. O carrapato, então infectado, ao realizar
a hematofagia em um cão sadio, insere junto com sua
saliva a forma infectante da Ehrlichia canis
Imagem 5- Forma infectante da bactéria.

Fonte: http://blogs.diariodonordeste.com.br/ (Acessado em 2021)


• Os cães infectados com E. canis podem desenvolver
sinais fracos a intensos ou mesmo não apresentar
nenhum sinal , dependendo da fase da doença em que
se encontram. A gravidade da doença depende da cepa
infectante, da idade do animal, da suscetibilidade e da
alimentação.

Imagem 6- Miocardite por


Erliquiose em cão.

Fonte:
http://nelsonferreiralucio.blogspot.
com
/ (Acessado em 2021)
• Através de estudos baseados nos sinais clínicos e
patológicos, foi possível distinguir três fases da
doença, a aguda, a subclínica e a crônica .
• Na rotina clínica, os médicos veterinários levam em
consideração o valor da contagem de plaquetas, pois
um dos principais sinais da erliquiose é a
trombocitopenia.
• Hoje, existem no mercado, diversos “kits” sorológicos
utilizados na detecção da erliquiose canina, como, por
exemplo, o “kit” Immunocomb, baseado na técnica de
“Dotblot-ELISA”, que é capaz de determinar anticorpos
da classe IgG específicos para o agente infectante.

Imagem 7- Método de ImmunoComb.

Fonte: http://www.gentaurpromo.com/ImmunoComb/ (Acessado em 2021)


DESCRIÇÃO DO CASO CLÍNICO
• Durante atendimento na clinica Dr. Vet, foi atendido um
cão filhote, da raça pitbull , apresentando anorexia,
apatia e fraqueza.
• Ao examina-lo, foi constatado que o animal encontrava-
se desidratado, com mucosas pálidas, petéquias em
toda região ventral, ixodidiose e linfonodos
submandibulares, pré-escapulares e poplíteos
aumentados de tamanho. Foi realizado hemograma,
bioquímico e parasitológico para pesquisa de
hematozoário que apresentou alterações nas séries
vermelha e branca, plaquetas gigantes, abaixo dos
valores de referência, além da visualização de Erliquia
canis parasitando hemácias.
• Animal com Frequência cardíaca de 76 bpm , frequência
respiratória de 60 mpm e temperatura corpórea de 39.9 °c,
mucosas hipocoradas e linfonodo mandibular aumentado, o
mesmo deu entrada na internação. Foram prescritos
Dipirona,Glicofarm Pet, Tetraciclina,Vet Max , Cerinia e
Hipovita.
Figura 5: Animal já internado
após medicação.

Fonte: Arquivo Pessoal, autorizado pela tutora


a publicação.
• No dia 10/04 animal apresentou temperatura
corpórea de 38.7° c, alimentação a base de patê de
fígado e ingeriu agua. Presença de urina amarelo
escuro.
• No dia 11/04 animal comeu ração e ingeriu agua,
porem vomitou a ração, e apresentou fezes um pouco
amolecidas de coloração marrom claro.
• Realizado novo Hemograma onde o mesmo
apresentou baixa no Hematócrito, onde foi indicado a
realização de transfusão sanguínea.
• No dia 12 /04 foi realizado a transfusão sanguínea,
onde no momento da transfusão o animal apresentou
reação alérgica devido ao sangue reposto.
• Foi prescrito Azium para controle da reação alérgica. próximo ao
final da transfusão o animal apresentou piora no quadro com
inchaço e alterações nos parâmetros, onde a transfusão foi
suspensa, foi administrado Diurax para diminuição do acumulo
de liquido abdominal e dos membros.
• A 02:00 da madrugada animal apresentou melhora no quadro,
ingerindo agua e ração espontaneamente, com presença de
urina em grande quantidade
• No dia 13/04 o animal estava mais ativo, alimentação e ingestão
de agua espontaneamente fezes e urina normais, e paramentos
vitais normais.
• No dia 14/04 o animal não apresentou piora no quadro e
indicado alta medica.
• Foram realizados exames de hemograma, bioquímico e
parasitológico a fim de detectar possíveis infecções e assim
estabelecer a terapêutica adequada.
Figura 7: Animal doador de sangue para o paciente.
Figura 6: Segundo Hemograma realizado
identificando baixa nas plaquetas.

Fonte: Laudo do Animal, autorizado


pela instituição a publicação.
Fonte: Arquivo pessoal, autorizado pela tutora
a publicação.
4- CONCLUSÃO

• Embora a Erliquiose canina seja uma das doenças que


mais afeta os cães atualmente, muitos tutores não estão
cientes da gravidade desta enfermidade, sendo
importante salientar que medidas preventivas devem ser
devidamente executadas. O sucesso para a recuperação
do paciente em questão deveu-se ao proprietário em
perceber que o seu animal não estava normal e leva-lo
imediatamente ao médico veterinário. O tratamento da
Erliquiose leva a cura, embora possam ocorrer recidivas
devido a continuação ou nova infestação parasitária por
carrapatos R. Sanguineus.
5-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• COSTA, J.O. et al. Ehrlichia canis infections in dog in Belo Horizonte – Brazil Arq. Esc. Vet. UFMG. v.25, n.2, p.199-200,
1973.
• COUTO, C.G. Doenças Rickettsiais In: BIRCHAD, SHERDING, Manual Saunders: Clínica de pequenos animais. São
Paulo: Roca, p.139-142, 1998.
• LUDWING C.S. Doenças produzidas por Rickettsias. In: BEER, J. Doenças infecciosas em animais domésticos. 1.ed.
São Paulo: Roca, 1988, p.410 - 420.
• ANDEREG, P.; PASSOS, L. Erliquiose canina: revisão. Revista Clínica Veterinária. São Paulo, n.19, p.31-38, 1999. 
• MACHADO, R.Z. Erliquiose Canina. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária. v.13, supl.1, 2004.
• JAIN, N.C.; Essentials of veterinary hematology. Cap. 6 The Plates; 1°ed., Philadelphia: Lea & Febinger, p.105 – 132,
1993.
• MACHADO, R.Z. Erliquiose Canina. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária. v.13, supl.1, 2004.
• ORIÁ, A.P. Correlação entre uveítes, achados de patologia clínica, sorológicos (Reação de Imunofluorescência
indireta e Dot-blot ELISA) e de anatomopatologia do bulbo do olho, em animais da espécie canina, natural e
experimentalmente infectados pela Ehrlichia canis. 2001. 89f. Dissertação (Mestrado em Cirurgia Veterinária) –
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2001.
• HUXSOLL, D.L. et al. Tropical canine pancytopenia. Journal American Veterinary Medical Association. v.157, p.1627-1632,
1970.
• ISOLA,José Geraldo Meirelles Palma. CADIOLI, Fabiano Antônio. NAKAGE ,Ana Paula . ERLIQUIOSE CANINA – REVISÃO
DE LITERATURA. REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353 Ano IX – Número
18 – Janeiro de 2012 – Periódicos Semestral.
• NASCIMENTO, Antônio Benedito do. RIBEIRO, Francisca Karina Mota. BEZERRA, Belise Maria Oliveira. Achados
laboratoriais em uma cadela com Erliquiose: Relato de caso. PUBVET v.15, n.04, a783, p.1-6, Abr., 2021
• SILVA, I. P. M. ERLIQUIOSE CANINA – REVISÃO DE LITERATURA. REVISTA CIENTÍFICA DE MEDICINA VETERINÁRIA -
ISSN:1679-7353 Ano XIII-Número 24 – Janeiro de 2015 – Periódico Semestral

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