CRISTOLOGIA

Os Ofícios de Cristo

Profeta
Introdução
• Os teólogos, ao longo da história da igreja, consideraram o múnus triplex de
Cristo, isto é, Seu triplo ofício – sacerdotal, profético e real.
• Como Profeta, Ele fala as palavras de Deus; Como Sacerdote, Ele nos
representa perante Deus; e como Rei, Ele governa o governo de Deus.
• Neste presente estudo falaremos do ofício profético de Cristo. Lembrando
que profeta é quem fala as palavras de Deus. Veremos também que Seu povo
deve repetir até Sua volta esses ofícios sagrados.
 • Como Profeta, Jesus foi anunciado
por intermédio de Moisés,
considerado o grande profeta da
antiga aliança (Dt 18.15,18).
• Porém, Cristo é maior que Moisés,
ou que qualquer outro personagem
Cristo como do AT.
• Na verdade, Cristo não só fala as
Profeta palavras de Deus assim como um
profeta, senão que Ele mesmo é a
Palavra, o Verbo de Deus (Jo 1.1).
 O Verbo de Deus
• Cristo, como Verbo de Deus, é a Palavra de Deus, não só a Palavra falada,
mas o pensamento, a razão de Deus, Cristo é o discurso, a mente, a vontade,
tudo que expressa Deus em Sua totalidade, isso é Cristo, como Verbo de
Deus.
• Quando Deus criou todas as coisas, Ele as criou por meio de Cristo Jesus.
• O apóstolo João nos diz isso, no prólogo de seu Evangelho (Jo 1.1-3).
• Quando diz que tudo foi feito por meio dEle, significa que Jesus era a
Palavra dita de Deus em execução, por isso “Verbo” (Rm 11.36; Cl 1.16).
Mais que um profeta

• Quando Jesus manifestava um pouco de Seu poder ou palavras a algumas

pessoas, elas descobriam que Ele era o Profeta que havia de vir (Mt 21.11; Lc
7.16; 13.33; 24.19; Jo 4.19; 6.14; 7.40; 9.17).
• O fariseu que pensou mal de Jesus, disse em seu coração: “se este homem
fosse [o] profeta” (cf. original gr.), fazendo menção da promessa de Dt 18.
• Quando perguntaram a João Batista se ele era “o” profeta (a mesma
menção), ele disse que não (Jo 1.21,25), embora Jesus disse mais tarde que ele
era muito mais que um profeta (Lc 7.26).
A visão popular
• Apesar de haver algumas manifestações ou lampejos de reconhecimento de
que Jesus era o Profeta prometido, algumas pessoas ainda O confundiam com
outros profetas (Mt 16.14).
• Mesmo em Sua transfiguração, Jesus foi tido por Pedro como igual a Moisés
e Elias, entretanto, Deus interveio e elevou Seu Filho acima da Lei e dos
Profetas (Mt 17.5).
• As pessoas incrédulas viam Jesus apenas como um carpinteiro, filho de José,
que tinha irmãos e irmãs (Mt 13.55,56).
• Não é diferente de hoje. Os incrédulos veem Jesus desta mesma forma, isto é,
quando conseguem ainda crer em Sua existência...
• Simão Pedro, em sua declaração sobre o Cristo, só pôde dizer aquela verdade
por meio de revelação (Mt 16.16,17).
• O mundo atual, quando crê na existência de Cristo, não consegue chegar à
revelação de que Ele é o Profeta Maior por si só.
• Os muçulmanos consideram Maomé, esse profeta. Aceitam Jesus como um
profeta, mas não como “o” Profeta.
• Para o espiritismo, Jesus foi um grande mestre, um homem realmente
evoluído, um profeta também, mas no mesmo nível de outros espíritos
evoluídos que já passaram pela terra.
• Somente por uma revelação divina, mediante a pregação do evangelho, é que
os pecadores poderão crer em Jesus como o Profeta de Deus.
Responderam eles: Jamais
alguém falou como este
homem (Jo 7.46).
Os guardas do templo
“Eu, porém” e “em verdade” vos digo
• Todas as palavras de Jesus testificam que Ele é mais que um profeta, enviado
da parte de Deus.
• A frase: “Eu, porém, vos digo” e a frase “em verdade vos digo” mostram que
Jesus era mais que um profeta. Ele era o próprio Deus falando (Hb 1.1,2).
• Jesus não tinha nenhum receio em usar essa autoridade. As pessoas que O
ouviam, diziam que Ele falava com autoridade e não como os escribas (Mt
7.29).
• A autoridade era essa. Ele não dizia “assim diz o Senhor”, porque Ele é o
Senhor. Então, Ele dizia: “Eu, porém, vos digo”.
• Todavia, o autor aos Hebreus não
chama Jesus de profeta.
• Aliás, nenhuma vez Jesus é
chamado de profeta nas cartas,
embora em Atos, Pedro O
reconhece assim em sua pregação
(At 3.22,23).
• O autor aos Hebreus chama Jesus
de “Apóstolo” da nossa confissão
(3.1)! Por que essa mudança?
• Por dois motivos:
1. Jesus era o cumprimento do que
diziam os profetas na antiga
aliança, portanto, era mais que
um profeta.
2. Deus encerrou o período
profético até João Batista, mas
mostrou Seu Filho como o
Supremo Profeta, dando lugar
aos apóstolos como autoridade
na nova aliança.
Cristo ainda fala hoje
• Cristo fala por meio de Seus pregadores, que Ele mesmo constituiu para Sua
igreja (Ef 4.11).
• Os apóstolos e profetas, como fundamento (Ef 2.20).
• Os evangelistas, como aqueles que alcançam os de fora.
• Os pastores e mestres para fortalecer, alimentar e instruir os que vieram a
Cristo.
• Cristo fala por meio da Sua Palavra. Qualquer pregador que se aventurar a
inventar, seja anátema!
Resumo
• Jesus foi o Profeta porque
trouxe a Palavra final de Deus
para o homem; depois de
Cristo não há mais revelação.
• Entretanto, Ele é mais que isso.
Ele é o Verbo de Deus, não
apenas um meio que traz a voz
de Deus, senão que é a própria
voz divina.
• Cristo constituiu Sua igreja
para que continuasse sendo
Sua voz profética.
• Embora Jesus seja a voz de
Deus, o mundo só poderá ouvi-
lo mediante revelação especial.
• O deus deste século cega o
entendimento das pessoas (2Co
4.4).
• Somente se Deus disser: “Haja
luz”, é que o coração do ímpio
pode se abrir para a voz do
Filho de Deus (2Co 4.6)!