Você está na página 1de 13

PREPARO CAVITÁRIO PARA

RESTAURAÇÃO DE AMÁLGAMA DE
PRATA: CLASSE I

Discentes: Danyelle Pereira, Lucas Bassani, Mariana Araldi, Mahara Pereira, Marya
Eduarda, Rafaela Muniz.
Docente: Tatiana Sanches Pato.

Odontologia 2020/1
Tangará da Serra – Mato Grosso
CAVIDADE CLASSE I SIMPLES

Quando a lesão de cárie está distante da câmara pulpar, não apresentando risco de se tornar uma cavidade
muito profunda e próxima do tecido pulpar, o preparo cavitário pode ser realizado com isolamento relativo do
campo.
PRINCÍPIOS GERAIS DO PREPARO CAVITÁRIO

Quando o dente sofre um processo destrutivo por


lesão de cárie, fratura ou quando desejamos modificar as
suas características estéticas ele deve ser preparado para
receber um material restaurador.

É importante ressaltar que a concepção do preparo de


cavidade e os detalhes da sua forma dependem do material
a ser usado para a restauração, onde no caso específico do
amálgama, devido as suas características físicas
(plasticidade) e as suas propriedades mecânicas (sua
fragilidade mecânica em pequena espessura) determinam a
forma cavitária ideal.
ORDEM DE PROCEDIMENTOS NO PREPARO
CAVITÁRIO
Os princípios gerais do preparo cavitário proposto por Black, demonstram uma sequência lógica de
procedimentos para a realização destas cavidades. Estes são os tempos operatórios a saber:

 Abertura e Forma de Contorno.

 Remoção da Dentina Cariada.

 Forma de Resistência e Retenção.

 Forma de Conveniência.

 Acabamento das Paredes de Esmalte.

 Limpeza da Cavidade.
TÉCNICAS DE PREPARO
 Abertura e forma de contorno

Se a lesão de cárie se encontra visível durante o exame clínico, ou quando já existe um acesso à lesão, a
abertura é realizada pela ponta diamantada esférica 1011 perpendicular ao plano oclusal.
Delimita-se a forma de contorno externo com lápis, envolvendo as áreas suscetíveis à cárie, preservando
as estruturas de reforço do dente, como vertentes de cúspides e cristas marginais. (Fig. 6.4A).
TÉCNICAS DE PREPARO

 Remoção da dentina cariada

Nos casos de lesão de cárie pequena é bem possível


que ao preparar a parede pulpar, a lesão possa ser
completamente removida. Caso isso não aconteça, e
exista presença de dentina cariada, infectada e
desorganizada, vamos utilizar cureta de tamanho
compatível com a lesão, seguindo com broca esférica, de
tamanho compatível com a lesão, em baixa-rotação. Se,
ao final deste passo operatório houver, também, esmalte
socavado, utilize um material para substituir a dentina
perdida, como o cimento de ionômero de vidro.
TÉCNICAS DE PREPARO
 Forma de resistência e retenção

A forma de resistência é dada a cavidade de modo que, tanto o dente como o material restaurador,
resistam aos esforços mastigatórios e às alterações volumétricas frente às variações térmicas.
A forma retenção é dada a cavidade com a finalidade de evitar o deslocamento das restaurações, sob
ação dos esforços mastigatórios, pelas alterações dimensionais térmicas, e de alimentos pegajosos.

 Forma de conveniência
É a característica que se deve dar ao preparo cavitário a fim de facilitar o acesso, a conformação e a
instrumentação da cavidade. Estes procedimentos se relacionam com as características específicas do
material restaurador selecionado, por exemplo: afastamento mecânico dos dentes, isolamento absoluto,
afastamento gengival.
TÉCNICAS DE PREPARO
 Acabamento das paredes de esmalte

Com o auxílio do machado para esmalte, remove-se os prismas de esmalte sem suporte, as paredes
devem ser alisadas e permanecer com angulação entre 105° a 115°, para que a margem da restauração
tenha uma espessura adequada de amálgama para resistir às cargas oclusais sem fraturar.

 Limpeza da Cavidade
Para finalizar o preparo cavitário você deve realizar a lavagem da cavidade com spray de ar e água
com a seringa tríplice e, sem seguida, realizar a limpeza da cavidade com detergente aniônico com bolinha
de algodão estéril, lavar e secar. Pode utilizar a solução de clorexidina ou com uma solução neutra de flúor
a 2% deixando na cavidade por 2 minutos e em seguida apenas seque a cavidade.
TÉCNICAS DE PREPARO

 Limpeza da Cavidade
Cavidade Classe I Composta (OL – ocluso lingual)
As técnicas de preparo da cavidade serão os mesmos já
descritos no preparo Classe I simples.
É necessário utilizar a ponta diamantada 1090A para
remoção da cárie no sulco lingual, ou vestibular, com um
movimento de fora para dentro, com seu longo eixo paralelo à
face lingual/vestibular, até que a ponta fique quase que
mergulhada dentro do sulco.
Caso a lesão de cárie na parede pulpar não tiver sido removida,
pode-se executar a retirada em ponto iniciando com curetas
compatíveis com o tamanho da lesão, seguindo com brocas de
aço carbide de tamanho compatível com a lesão, em baixa
rotação.
TÉCNICAS DE PREPARO
Assim, as cargas em decorrência da mastigação serão melhores distribuídas (forma de resistência). As
paredes circundantes mesial e distal, na caixa palatina/ lingual devem estar ligeiramente convergentes para a
oclusal (forma de retenção). Todas as paredes devem ser planas, lisas e regulares e os ângulos internos
arredondados, melhorando a condensação do amálgama e a distribuição das tensões, evitando a rotação da
restauração, características essas que determinam a forma de resistência da restauração. Em seguida você
realizará o acabamento das paredes em esmalte. E, para finalizar o preparo cavitário, você deve realizar a
lavagem da cavidade (limpeza da cavidade).
Referências Bibliográficas

Livro Didático de Odontologia Pré-Clínica em Oclusão e Dentística.

MONDELLI, josé. et al. Fundamentos de dentistica operatória. São Paulo, Santos: Santos editora, 2014.

MANDARINO, Fernando. et al. Princípios gerais de preparo cavitário. São Paulo. 2003.

Você também pode gostar