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LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS

PARTE VIII – NR 3 - EMBARGO E


INTERDIÇÃO E NR 28 -
FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES
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NR 3 E NR 28
A Norma Regulamentadora 3, cujo título é Embargo ou
Interdição, estabelece as situações em que as empresas se
sujeitam a sofrer paralisação de seus serviços, máquinas ou
equipamentos, bem como os procedimentos a serem
observados pela fiscalização trabalhista, na adoção de tais
medidas punitivas, no tocante à segurança e à medicina do
trabalho.
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NR 3 E NR 28
Esta norma trata, em seu item 3.1 - embargo e interdição
são medidas de urgência, adotadas a partir da constatação
de situação de trabalho que caracterize risco grave e
iminente ao trabalhador, em complemento.
Já no item 3.1.1 - considera-se grave e iminente risco toda
condição ou situação de trabalho que possa causar acidente
ou doença relacionada ao trabalho com lesão grave à
integridade física do trabalhador (Portaria SSMT n.º 06,
1983).
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NR 3 E NR 28

Representação de uma
obra embargada,
segundo a NR 3 (SST
EM FOCO, 2016).
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Embargo e interdição são palavras sinônimas, já que
apresentam as mesmas consequências jurídicas, ou seja,
paralização das atividades.

Embargo, porém, aplica-se apenas à paralização de obras


de construção civil, ao passo que interdição se refere à
paralização de máquinas, equipamentos, setor de serviços
ou estabelecimentos onde são desenvolvidas atividades
diversas de construção civil.
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NR 3 E NR 28
Segundo a NR 3 (BRASIL, 2011b), o Auditor Fiscal do
Trabalho pode interditar estabelecimento, setor de serviço,
máquina ou equipamento, ou embargar obra conforme o
caso, em situações que demonstrem grave e iminente risco
para o trabalhador. No entanto, o conceito de grave e
iminente risco é subjetivo, sendo mais uma construção
social do que algo passível de caracterização com
objetividade.
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De acordo com o MTE (BRASIL, 2010), as repercussões de
atos de embargo ou interdição não se limitam
necessariamente à correção de situações pontuais de grave
e iminente risco, no entanto, têm contribuído
significativamente para o conhecimento técnico sobre
medidas de proteção à segurança e saúde dos
trabalhadores.
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Os Embargos e Interdições são consequência da existência
de vários itens de Grave e Iminente Risco na obra. A
paralisação da construção pode ser total ou parcial. A partir
da notificação até a liberação, só será permitida, nos setores
paralisados, a execução de serviços necessários para a
liberação dos setores descritos na notificação (MAIA, 2009).
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Embargos e interdições são paralisações das atividades,
porém, embargos se aplicam apenas às paralisações de
obras de construção civil, ao passo que interdições se
referem à paralisação de máquinas, equipamentos, setor de
serviços ou estabelecimentos onde são desenvolvidas
atividades diversas de construção civil (BRASIL, 2011b).
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Segundo estudos realizados por MAIA (2009), as empresas
tenham o conhecimento da abrangência e dos custos, tanto
dos acidentes, com incidentes, Embargos e Interdições,
sejam eles diretos e/ou indiretos, a fim de realizarem os reais
investimentos em segurança e saúde do trabalhador, visto
que a falta de segurança interfere de forma direta na
produção.
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Especificamente sobre Embargos e Interdições, pode-se
concluir que esses eventos têm ligações diretas com os
acidentes ocorridos no mesmo período e que existiam alguns
itens em Embargos e Interdições, iniciais nos laudos, que por
conceito não eram itens destes eventos. Além disso, numa
análise mais aprofundada, conclui-se que, dentro desses
eventos.
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Obra embargada,
segundo a NR 3 (SST
EM FOCO, 2016).
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Em 1978 o ministério do trabalho aprova as Normas
Regulamentadoras (NRs) através da portaria 3.214 de oito
de junho, dentre estas a NR 28, com o título Fiscalização e
penalidades buscando preservar o ambiente laboral saudável
e sem riscos para a vida dos colaboradores (Portaria nº
07,1983).
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Fiscalização, segundo
a NR 28.
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Conforme discriminado na NR 28, em seu item 18.1, em
objetivo e campo de aplicação, apresentando no item 18.1.1
em que esta NR estabelece diretrizes de ordem
administrativa, de planejamento e de organização, que
objetivam a implementação de medidas de controle e
sistemas preventivos de segurança nos processos, nas
condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da
Construção.
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Torna-se importante ressaltar para a empresa que é de sua
responsabilidade manter seus ambientes de trabalho dentro
dos padrões estabelecidos nas NRs, pois a partir de
denúncias dos colaboradores e/ou entidades sindicais ou na
ocorrência de acidentes graves ou fatais os Agentes de
Inspeção do Trabalho podem visitar as instalações e/ou
canteiros de obra da empresa, visando fiscalizar o seu
cumprimento (FREITAS, 2013).
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Observa-se que as multas aplicadas pelos agentes de
inspeção do trabalho têm o valor na maioria das vezes maior
que o custo necessário para a resolução do não
cumprimento da norma. A aplicação da multa não desobriga
o empregador a se adequar a legislação de segurança e
medicina do trabalho (FREITAS, 2013).
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A inspeção prévia e da declaração da instalação tem por
objetivo assegurar que o novo estabelecimento inicie suas
atividades livre de riscos de acidentes e\ou doenças do
trabalho, com isto o proprietário não correrá o risco de sofrer
um embargo ou interdição (DIAS, 2015).
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Conforme item 28.1.4 da NR 28, o agente da inspeção do
trabalho, com base em critérios técnicos, poderá notificar os
empregadores concedendo prazos para a correção das
irregularidades encontradas. Com relação aos prazos, isto
pode ser observado no item 28.1.4.1 desta norma, o prazo
para cumprimento dos itens notificados deverá ser limitado a,
no máximo, 60 (sessenta) dias.
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No item 28.1.4.2 há a descrição que a autoridade regional
competente, diante de solicitação escrita do notificado,
acompanhada de exposição de motivos relevantes,
apresentada no prazo de 10 dias do recebimento da
notificação, poderá prorrogar por 120 (cento e vinte) dias,
contados da data do Termo de Notificação, o prazo para seu
cumprimento.
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Em complemento, no item 28.1.4.3, a concessão de prazos
superiores a 120 (cento e vinte) dias fica condicionada à
prévia negociação entre o notificado e o sindicato
representante da categoria dos empregados, com a
presença da autoridade regional competente (Portaria nº
07,1983).
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FIM

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