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CURSO DE FORMAÇÃO

PARA CatequIsTA

E SE
QU
T E
CA

Paróquia Nossa Senhora da Conceição Quiririm – Taubaté – SP Março de 2014


“Para isso o pároco conta com a ajuda dos novos missionários leigos, que
faz comunhão eclesial, que é, portanto, um dom do Espírito Santo, que os
fiéis leigos são chamados a acolher com gratidão e ao mesmo tempo viver
com profundo sentido de responsabilidade, isso faz através da sua
participação na vida e na missão da Igreja”. (Christfidelis Laici – Exortação
Apostólica. João Paulo II, nº 20 pg 52).
“O fiel leigo não pode nunca fechar-se em si mesmo, isolando-se
espiritualmente da comunidade, mas deve viver num sentido de
fraternidade”. (Christfidelis Laici pg 52).
O Espírito do Senhor dá-lhe muitos carismas dons e convida-o a diferentes
ministérios e funções, as funções e os serviços do fiel leigo existe na
comunhão e para a comunhão. São riquezas complementares em favor de
todos sob a orientação dos pastores. ((Christfidelis Laici pg 52).
5. MMINISTÉRIOS OFÍCIOS E FUNÇÕES DOS LEIGOS

Existem vários ministérios e carismas dentro da Igreja. “Os pastores


podem confiar aos fiéis leigos certos ofícios que não exigem o caráter
de ordem. Os padres conhecem a importância dos fiéis leigos, homens
e mulheres, pelos seus carismas e sua ação em favor da
evangelização”. (Christfidelis Laici pg 56,57)
“É, portanto, natural que as tarefas que não são exclusivas dos ministros
ordenados sejam desempenhadas pelos leigos”. (Christfidelis Laici pg 58)
Ao reconhecer e ao conferir aos fiéis leigos os vários ministérios,
deve instruí-los com formação adequada.
O Concilio Vaticano II, escreve, referindo-se ao apostolado dos leigos,
“para exercer este apostolado, o Espírito Santo concede também aos fiéis,
dons particulares (cf 1Cor 12,7-11), distribuindo pra cada um conforme
sua, a fim de que cada um ponha ao serviço dos outros a graça que
recebeu” (Christfidelis Laici pg 62).
Muitas paróquias não conseguem funcionar plenamente por falta de
padres, para estas devem promover a participação dos leigos nas
responsabilidades pastorais.
A ação dos leigos é tão necessária que, sem ela, o próprio
apostolado dos pastores não pode conseguir, na maior parte das
vezes, todo seu efeito.
Hoje os leigos podem e devem ajudar muito no crescimento de uma
autêntica comunhão eclesial na suas paróquias e comunidades, para
despertar o impulso missionário em ordem aos não-crentes e, mesmo,
os crentes que tenham abandonado ou afastado a prática da vida
cristã.
É absolutamente necessária que cada fiel leigo tenha sempre viva
consciência de ser “membro da Igreja” se receber um cargo deverá
desempenhar para o bem de todos.
No entanto há vários ministérios, e maneiras dos leigos trabalharem
na Igreja, na sua comunidade, entre estes trabalhos está a missão
muito importante dos catequistas.

Construção da igreja
6. CATEQUISTA “ DOM E MISSÃO”
No último Domingo de agosto, mês vocacional, a Igreja comemora o Dia dos
Catequistas.
Catequistas são essas pessoas idealistas e altruístas (Altruísmo Ação de amar ao
próximo sem esperar nada em troca; dedicação demonstrada de maneira desinteressada, Tendência
natural do indivíduo que se preocupa com o outro ) dentro de nossas comunidades, que se
dedicam à formação humana e cristã de nossas crianças, adolescentes, jovens e
adultos.
Os catequistas, assim como os primeiros mestres, deixam nas pessoas
marcas profundas que, consciente ou inconscientemente, sempre afloram ao
longo dos caminhos da vida.
A catequese é certamente a mais valiosa e importante pastoral.
dizer que pela Catequese se conhece a vitalidade de uma comunidade.
Todavia, a Catequese na comunidade não dispensa, mas pressupõe a
família onde os pais devem ser os primeiros catequistas.
Ousamos João Paulo II, em sua primeira viagem apostólica ao Brasil em
1980, dirigindo-se às famílias em Porto Alegre, assim se expressou: “Em
virtude do próprio Batismo e do Matrimônio, o pai e a mãe são os
primeiros catequistas de seus filhos”.
. Essas palavras do saudoso Papa são como um eco dos
ensinamentos do Concílio Ecumênico Vaticano II, sobretudo em dois de
seus documentos.

“Para os filhos, o pai e a mãe são os primeiros anunciadores e


educadores na fé. E os formam para a vida cristã e apostólica, pela
palavra e pelo exemplo”. (cf. Decreto “Campos de Apostolado”, nº.
11)
 “Porque deram a vida aos filhos, o pai e a mãe contraem o dever
gravíssimo de educá-los.
 Por isso, hão de considerar-se como seus primeiros e principais
educadores.
 Essa tarefa se revela de tanta importância que, onde quer que falhe,
dificilmente poderá ser suprida.
 Na família, os filhos fazem a primeira experiência de uma sociedade
humana e sadia, como também da Igreja.
 Pela família, são os filhos gradualmente introduzidos na sociedade
humana e no Povo de Deus”.(cf. Declaração “A Educação Cristã”, nº.
3)
 Estamos plenamente convictos de que a chave ou o “segredo” para a
educação humana e cristã dos filhos reside no exemplo e testemunho de
vida do pai e da mãe.

 E nunca será demasiado frisar que os filhos são educados não


tanto com as palavras, mas sim com os exemplos de vida de seus
pais.
 Calha bem aqui o sábio provérbio latino: “Verba docent, exempla
trahunt” (As palavras ensinam, os exemplos arrastam).
Ainda que tenhamos insistido na educação durante a primeira infância, a
missão educadora dos pais deve perpassar todas as fases da vida de
seus filhos.
Assim, a vida do pai e da mãe, pela sua exemplaridade, torna-se
uma rica lição de formação permanente.
Numa perspectiva cristã, não tememos em afirmar que os pais são,
não apenas os primeiros catequistas, mas sim os mais importantes,
os indispensáveis catequistas para seus filhos.
Pais e catequistas das comunidades, se juntos vocês lançarem as
sementes da formação humana e cristã no coração dos catequizandos,
estejam certos de que terão a surpresa e a alegria de colheitas
abundantes de bons frutos.
6.1 A catequese faz história na humanidade
No novo testamento, o termo “catequese” significa dar uma instrução a
respeito da fé. Em sua origem o termo se liga a um verbo que significa
”fazer ecoar”.
A Catequese, de fato, tem por objetivo último fazer escutar e
repercutir a palavra de Deus. (Catequese Renovada pág 18 nº 31)
6.2 A história da catequese
Catequese como iniciação à fé e vida na comunidade.

Primeira fase: estende aproximadamente, do século I ao século V. No


tempo dos Apóstolos, a vivência fraterna da comunidade, celebrada
principalmente na Eucaristia maneira de representar e traduzir a
mensagem do Cristo Ressuscitado (ICor 11, 17-29).
Havia uma admissão dos catecúmenos após três anos que buscavam:

Compreender
melhor a fé

Deixar de lado os
costumes pagãos
Catequese como
processo de imersão
na cristandade

Realizar um tempo
de conversão e
santificação
Segunda fase: Nesse período que vai mais ou menos do século V ao
século XVI, a catequese já não consistia tanto numa iniciação à
comunidade como se vê na primeira fase.
A sociedade se considerava animada pela religião cristã, que
estabeleceu uma aliança entre o poder civil e o poder eclesiástico,
tal fato denominou-se de cristandade.
Terceira fase: Catequese como instrução a partir do século XVI, a
catequese passa a valorizar mais aprendizagem individual, na qual já não
era tão marcante a ligação com a comunidade.
Alguns fatores contribuíram para essa instrução tais como:

A descoberta da Imprensa
A difusão das escolas
A preocupação com uma maior clareza das formulações cristã.

Catequese como educação permanente para a comunhão e a


participação na comunidade de fé
Quarta fase: no século XX, a catequese faz redescobrir a importância
fundamental da iniciação cristã e o lugar primordial que nela cabe a
comunidade.
6.3 Catequese, um mistério de Deus
De onde vem o chamado para ser Catequista?
Vem de Deus o chamado para o ministério de ser catequista:
Os que seguem Jesus e são batizados formam a Igreja.
Igreja – Convocação
(grego) – assembléia
É assim o povo de Deus que se reuni e esse povo tem uma missão

“Ide, pois, ensinai a


todas as nações;
batizai-as em nome
do pai, do filho e do
espírito santo”. (Mt
28,19)
Assim desde o inicio da Igreja existem os ministérios:

Ordenados – Bispos, Padres (presbíteros) e os Diáconos


Bispo: Chefe da Igreja particular ou
Diocese. É uma pessoa chave na
Igreja, recebe o sacerdócio em
plenitude e a ele são dados todos os
ministérios.

Padre: Colaborador direto do Bispo na


evangelização e na distribuição dos
ministérios. Pode ser: Diocesanos e
Religiosos, devem: Pregar o evangelho;
presidir a eucaristia; exercer o ministério
dos sacramentos a eles confiados;
animar, coordenar e orientar a
comunidade.
Diácono: do grego (diakonia) – serviço

Podem ser: Permanente – como ministério permanente ou Provisório em


preparação para ser Padre.
Não ordenados – (Leigos)
Toda a comunidade Igreja, todos aqueles que, recebendo o Batismo,
resolvem assumir o seu papel na comunidade.
Entre esses, estão os Catequistas

Catequistas
FIM

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