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COMUNICAÇÃO

COMUNICAÇÃO
LITÚRGICA
LITURGIA
LITURGIA É
É
COMUNICAÇÃO
COMUNICAÇÃO
 A COMUNICAÇÃO OCUPA O
CENTRO DAS PREOCUPAÇÕES DA
SOCIEDADE MODERNA E PÓS-
MODERNA.
 As mudanças que caracterizam a
sociedade de hoje estão
relacionadas com o fenômeno da
comunicação.
 O QUE SE ENTENDE POR
COMUNICAÇÃO LITÚRGICA?

Pelo que se percebe em muitas


práticas celebrativas, comunicação
litúrgica vem sendo identificada mais
ou menos com barulho. Quanto mais
barulho, discursos doutrinários
altiloquentes, movimentação,
agitação, frenesi, melhor e mais
autêntica seria a comunicação
litúrgica.
 O padre sobe com seus
“ajudantes” ao palco [1] e se
“comunica” (!) com o povão que,
em reação, delira em vibrantes
“aleluias”, aplausos e comovidos
prantos, lavando a alma.

[1]Note-se que o espaço chamado presbitério


se transforma em palco de show e os diferentes
ministérios são vistos não como atores da
celebração, mas como “ajudantes do padre”.
 Comunicação litúrgica, então, seria
isso mesmo: Ele fala bem, mesmo
que seja abobrinha moralista e
sentimental massageando egos
ávidos de poder e prazer; faz gestos
espalhafatosos (mas que atraem, pois
divertem!), veste-se com exuberância
tal, ou, ao contrário também, com
pseudo-simplicidade tal, de ‘encher os
olhos’ (tudo isso diverte!)... Ele é “o
cara”!... Comunicador litúrgico!...(palestra de
Frei José Ariovaldo).
 A preocupação pela eficácia da
comunicação atingiu também a
LITURGIA.

 A comunicação litúrgica é
comunicação do mistério e com o
mistério, é comunicação divina.
Analisar a liturgia na
perspectiva da comunicação
não é fácil. Ela integra a
dimensão mistérica e invisível
da comunicação da mensagem
salvadora e a experiência
humana e religiosa no âmbito
sociocultural da assembleia
litúrgica.
 Muita gente se pergunta: será que
a comunicação em nossas
celebrações funciona?
 Nestes últimos 50 anos, aconteceram
grandes mudanças na liturgia:
 Do latim à língua vernácula;
 Do assistir para o participar ativamente;
 Da complexificação à simplificação dos ritos;
 Do mutismo ao verbalismo, às explicações …
em detrimento ao canto, ao simbólico, do
gestual.
 Há quem observe a “falta de
comunicação no interior das
assembleias litúrgicas, entre os
ministros e o povo, e entre os
membros da comunidade,
fechados em si mesmos”.
 A falha pode ser de base
antropológica da liturgia (relações),
da expressão comunitária e a
qualidade significativa e
comunicativa das ações litúrgicas.
 As lacunas na comunicação podem afetar
a comunhão com o mistério – a
dimensão transcendente da ação
litúrgica;
 A liturgia como ação sagrada, apoia-
se nas mediações humanas dos
sinais, da palavra e dos elementos
naturais ou criados pelo homem
para realizar os fins da liturgia: a
santificação humana e a glorificação
de Deus.
 Para uma efetiva comunhão com o
mistério de Deus, se faz necessário:
– Levar em consideração as disposições pessoais
dos indivíduos – da assembleia e ministros;
– Ter presente tudo o que possa favorecer a
participação consciente, ativa e frutuosa.

 A liturgia como lugar privilegiado de


expressão simbólica e comunicativa,
deverá levar em conta o que as ciências
da comunicação e da linguagem podem
oferecer à liturgia.
 A liturgia é ação sagrada feita em
sinais sensíveis e eficazes, quer
dizer, sem a mediação humana dos
sinais e dos outros elementos da
expressão significativa da liturgia,
não se realiza o encontro com o
mistério, isto é, não teremos
sacramento, a presença e a
comunicação salvadora de Deus na
vida humana.
 Por isso é indispensável que
nas celebrações se fomente
uma boa comunicação e
uma eficaz participação a
serviço do diálogo entre
Deus e seu povo e da ação
santificadora do mistério
que se faz comunicação e
presença.
 A comunicação, como fenômeno
humano, não é alheia à liturgia, mas ela
faz parte da estrutura sacramental da
celebração, enquanto intervenção de
Deus na vida das pessoas por meio da
palavra, gestos e sinais.
Portanto,
A liturgia é a
comunicação do mistério
de Deus e a sua
celebração se serve da
ciência e dos meios da
comunicação visando a
plena e ativa participação
de todos nos mistérios
celebrados. A vivência
experimentada é a chave
da participação no
Mistério.
O QUE ENTENDEMOS POR LITURGIA?
O QUE ACONTECE NUMA AÇÃO LITÚRGICA?

Liturgia = > é ação, é relação


= > é festa, é encontro
através de palavras, sinais (símbolos),
gestos sensíveis e eficazes.
Na liturgia não fazemos fundamentalmente um
discurso, mas uma ação.
A liturgia é ‘ergon’, ‘urgia’ (ação), não ‘logía’
(discurso racional),
mesmo que haja uma teologia da liturgia; mas
esta teologia se funda precisamente sobre a
ação litúrgica:
é a mistagogia. Não se trata, portanto, de
‘explicar’ o que se vai fazer ou o que se faz;
trata-se de fazer o que se está dizendo.
 A comunicação litúrgica é comunicação
do mistério e com o mistério, é
comunicação divina.
 Quem se comunica é antes de tudo o
Deus Pai, Filho e Espírito Santo.
 A Liturgia é uma ação da Trindade que
comunica sua vida, sua graça, seu
amor, seu mistério.
A COMUNICAÇÃO LITÚRGICA É
COMUNICAÇÃO COM O DIVINO,
OU COMUNICAÇÃO DIVINA.

UMA COMUNICAÇÃO COM O


PAI, POR JESUS CRISTO (a
palavra encarnada – feita
gente), no Espírito Santo.
A comunicação
litúrgica realiza-se
através de Cristo.
Não é uma
comunicação direta
com Deus. Ela se dá
por Cristo, com
Cristo e em Cristo
(a Palavra feita
história).
A comunicação litúrgica é a
comunicação do próprio Deus aos
homens e às mulheres, reunidos em
comunidade de fé, em meio a
caminhada, feita de vitórias,
tensões e esperanças.
A comunicação
com o Pai, por
Cristo e em
Cristo, no Espírito
Santo, realiza-se
na ação da
Igreja, reunida
na fé para
celebrar o
mistério pascal.
A comunicação litúrgica
contempla, proclama e realiza os
mistérios ou torna presentes os
mistérios para a nossa salvação.

Ou ainda, a comunicação litúrgica,


ao mesmo tempo que revela,
conduz ao mistério celebrado (é
comunicação mistagógica).
 Em resumo:
“A liturgia é um diálogo entre Deus e
seu povo (SC 33), diálogo que começou
quando Deus deu a conhecer o
mistério de sua vontade (Ef 1,19) e
que se prolonga na ação litúrgica como
momento do encontro eficaz e
libertador”.
Há um emissor (Deus) e um
receptor (a pessoa que acolhe e responde).
 Portanto:
“A liturgia é o canal, o momento e o
âmbito da comunicação de Deus à
comunidade de fé e, ao mesmo tempo,
a resposta desta comunidade, através
dos elementos da celebração”.
“Na Liturgia Deus fala, Cristo
anuncia sua Boa Nova, o povo
responde a Deus com cantos e
orações” (SC 33).
 Neste sentido a liturgia comunica muito mais
que uma informação ou uma mensagem de
idéias ou sentimentos.
 Comunica uma vida, a vida de Deus, que tem
sua fonte no Pai. Uma comunicação vital que
se realiza através da palavra e dos gestos da
expressão significativa da ção litúrgica.
 Na liturgia não só se comunica a Boa
Nova da salvação, mas ela também se
realiza eficazmente através dos sinais
sensíveis.
Como realizar a ação
(os gestos, as ações rituais
– a ritualidade) na
celebração para que ela
se torne comunicação
litúrgica?
 A qualidade da ação litúrgica supõe a
conjugação dos seguintes elementos:

Ação ritual –
Gesto …

Mística.
Tem um Agir com espírito
conteúdo. Supõe uma
Passa uma atitude afetiva
Mensagem. coração
 Na ação celebrativa, de modo
geral, os problemas da
comunicação estão relacionados à
falta de clareza do sinal, na
existência de ruídos … que
impedem a comunicação e a
acolhida da mensagem.
Nas celebrações, quem exerce um
ministério ou serviço, comunica e
revela o mistério, desde que o faça
com inteireza do ser.

Uma ação ritual bem vivenciada, bem


experimentada, comunica o Mistério.
Nessa comunicação, quem vê a ação
ritual vê o Cristo.
Enfim, cada um dos elementos da liturgia,
espaço, cantos, música, gestos ... são veios
que ajudam a viver profundamente e a
participar do que acontece, junto com outras
pessoas, não em atitude individualista, mas
de forma consciente e ativa. É nessa
inteireza do ser que se dá a experiência da
comunicação litúrgica.
 Você vai proclamar a
Palavra:
Você está no ambão, seu corpo, seu
rosto, seus olhos, seu contato com o
livro, embora sendo seus não são
mais seus: são o corpo, o rosto, os
olhos, os gestos do próprio Mestre
que se apresenta com carinho e
compaixão diante de uma assembléia
toda ouvidos para ouvir, e toda corpo
para acolher a Palavra. Isso a
assembléia percebe e, percebendo,
interage no mesmo Espírito e já
celebra. Por quê? Porque ela
experimenta em você um brilho novo,
diferente: o brilho de uma mística
que vem do seu Interior, porque
você está conectado(a) com Mistério
do seu corpo e de todos os corpos.
 O que acontece?
Ao proclamar a leitura, sua voz, embora
sendo sua voz não é mais sua voz: é a
voz do próprio Mestre que, suave e
pausadamente, com firmeza, clareza e
convicção, comunica (põe em comum)
com a assembleia sua presença de
salvação e consolo. Isso a assembleia
percebe e, percebendo, comunga com a
Palavra (com o mistério) que, entrando
pelos olhos e pelos ouvidos, penetra seu
coração...
 Na perspectiva do emissor, na
ação litúrgica, aparecem:

– A assembleia na sua diversidade;


– O ministro que preside a assembleia;
– Os diferentes ministérios e serviços
(leitores,cantores, animadores etc);
– O próprio espaço celebrativo (os objetos
sagrados, os livros …);
 A ação litúrgica se realiza e
requer um espaço adequado.
 O Espaço Litúrgico é um espaço
de um Deus que chama, convoca,
fala e celebra a Aliança conosco.
 É o espaço para a pessoa que
responde a esse Deus e à sua
proposta de vida.
 O Professor da USP, Ciro Marcondes Filho
diz que:

“a comunicação não é instrumento,


mas, acima de tudo, é uma relação
entre mim e o outro ou os demais.
Por isso, ela não se reduz à
linguagem, menos ainda à
linguagem estruturada e codificada
numa língua. Ela ultrapassa e é mais
eficiente que esse formato,
realizando-se no silêncio, no contato
dos corpos, nos olhares, nos
ambientes“. 
Aquilo que vemos
durante uma ação
litúrgica como sinal
sensível, ultrapassa
as nossas
impressões e
visões do mundo,
pois significam e
nos transportam
para dentro do
mistério vivido e
celebrado.
COMUNICAÇÃO VISUAL
UM AMBIENTE ACOLHEDOR –
CENTRADO NO ESSENCIAL.
 A celebração litúrgica da Igreja é uma ação
feita por pessoas. É comunicação
interpessoal de todos que se reúnem para
celebrar.
A pessoa, na sua totalidade, é o
primeiro sinal da celebração litúrgica,
mais importante que as palavras e os
sinais da água, do pão e do vinho” (J.
Aldazábal) “O primeiro elemento litúrgico são

as pessoas” (CNBB. Doc 43,n.76).


 A transmissão e a acolhida da
mensagem são condicionadas, na
perspectiva das pessoas reunidas
em assembleia:
– À conversão, à fé, à santidade de vida;
– À iniciação ao universo litúrgico -
sacramental (à catequese no significado dos
sinais, dos gestos, da ritualidade, à preparação
técnica de determinada função …);
– À experiência comunitária, à
participação, ao antes e ao depois da
celebração (divórcio entre fé e vida);
 O rito supõe coerência de vida.
– No teatro o artista encarna uma
personalidade, fazendo a ação parecer real,
e sua vida cotidiana pode ser diferente.
– No rito (na liturgia) cada um desempenha o
que realmente é na vida, fazendo-o com
elegância e arte.
 A maneira de viver de quem celebra
não pode se chocar com a santidade
do rito cristão.
 A liturgia celebrada é necessariamente
ação ritual e, como tal, exige
santidade de vida. Sem esta, o
cerimonial litúrgico se transforma num
espetáculo.
 No ritual litúrgico, diferentemente do
teatro, o ser humano não pode
aparecer fantasiado de anjo ou de
herói, mas na autenticidade de sua
existência: cercado de fragilidade e
sedento de santidade.
 Enfim, o papel do emissor é definido
por sua personalidade, isto é, por
suas qualidades pessoais e sociais
que podem aumentar ou diminuir a
eficácia da comunicação. Dele se
requer:
– Renúncia dos personalismos
(subjetivismos);
– Convicção do valor da mensagem;
– Empatia, sintonia com o outro (ouvinte – a
assembleia);
– Entrar no jogo ritual – à ritualidade;
 Em face à diversidade da assembleia (do
receptor), o emissor deverá ter presente
que a acolhida e vivência do mistério:
– é captada objetivamente (os iniciados);
– é recebida e captada pela mediação dos sinais,
símbolos e gestos, pelo tom da voz, pela dignidade
dos gestos e atitudes… – mais pela intuição do
que pela razão.

 O receptor capta a mensagem quando se


lhe comunica algo à luz de sua
experiência e expectativas, do seu
universo imaginativo.
 Daí o desafio para a comunicação
litúrgica:
– maior preocupação pela situação pessoal
e a capacidade receptora das pessoas que
participam das celebrações;
– adaptação à idade, condições religiosas,
sociais, gênero de vida, grau de cultura,
capacidade dos fiéis (cf SC 19; 34).
– conhecer melhor, interagir com as
pessoas que compõem a assembleia
celebrante.
 Como avaliar a qualidade da
acolhida da mensagem numa
celebração litúrgica. A assembleia
emite sinais:

– A atenção e o interesse …;
– A participação ativa nos gestos, orações,
escuta das leituras;
– Os movimentos que demonstram cansaço,
nervosismo, distração, pessoas saindo …
– Etc…
 Exigências indispensáveis à boa
comunicação Litúrgica:
Para que funcione a comunicação
litúrgica se requer realizar bem todas
as ações comunicativas dentro da
celebração: proclamar, cantar, falar,
fazer gestos, executar os ritos,
organizar e ornamentar o espaço etc.
Embora confiemos na primazia da ação de
Deus (ex opere operato), não podemos ignorar as
exigências antropológicas e sociais:
= da proclamação da palavra;
= da execução dos cantos,
= da estética dos gestos,
= da transparência dos sinais,
= da dignidade da ação ritual,
= da verdade dos elementos,
= da nobreza dos ritos,
= da beleza do espaço celebrativo
… se quisermos que tudo isto esteja a serviço da
comunicação de Deus com seu povo reunido em
assembleia.
Além dos inúmeros
ruídos de comunicação
verbal e visual, nas
celebração litúrgica é
comum o uso do
microfone (da amplificação).
Nem sempre há uma boa
instalação e a acústica e
os agentes não são
iniciados no seu uso
adequado; não sabem
falar em público.
 Os elementos que compõem uma
celebração são portadores de uma
experiência religiosa, de fé. Para se ter
acesso a essa experiênca não há outro
caminho senão a comunicação humana
dentro da celebração, por meio de
todos os sinais e outros elementos que
entram em jogo.
A comunicação na liturgia se
produz de vários modos, o que
explicita a necessidade de se
distinguir as seguintes funções:
– Informativa ou didática;
– Conativa ou convidativa;
– Estética;
– performativa .
 A função didática visa transmitir
mensagens e valores para orientar as
atitudes e os comportamentos –
(evangelização e educação da fé) –
comunicação verbal (palavra) e não-
verbal (gesto, espaço) – Por ex. a
proclamação do Evangelho.

 Uma boa celebração comunica


por si mesma. É comunicação!
 Função conativa – convite às
diferentes atitudes celebrativas: orar,
cantar … tem por finalidade suscitar
atitudes favoráveis, como do louvor,
da ação de graças, da súplica face ao
mistério de Deus, ao acolhimento, a
reconciliação e a comunhão com os
participantes.
 É a comunicação que visa a
participação ativa da assembleia.
Função estética – pela palavra e ação
gestual – comunica-se uma mensagem e
sua dimensão poética ou lírica a serviço
do acontecimento celebrado (é o agir
comunicativo com atitude afetiva). Esta
comunicação se obtem:
– pelo canto e a música;
– pelas cores litúrgicas;
– pela ornamentação artística (flores, luzes …)
– pela qualidade artística, a beleza do espaço
e dos objetos sagrados;
 Função mistagógica (performativa) – é
a comunicação que introduz e gera
comunicação com o mistério;
 Comunicação que, através do rito, da
expressão simbólica, evoca gera a
experiência religiosa.
 É a comunicação que mexe com a intuição,
o imaginário, a sugestão e a compreensão
e resposta plural da assembleia celebrante.
 A comunicação mistagógica requer iniciação –
Ocorre que os símbolos não são significativos por si
mesmos e nunca deixam ver a totalidade de seu
conteúdo.
 Além dos diferentes tipos de comunicação
que entram na celebração litúrgica:

– Sonora (dirigida ao ouvidos) canto, música, sons…


– Visual (dirigida à vista) gestos, espaço, símbolos,
imagens, objetos, vestes
– Verbal (a fala) palavra;

Temos a comunicação mediante


outros sentidos: tátil e olftiva.
 Na liturgia a comunicação por meio do
“toque” (tato), aparece em ações
sacramentais como a assinalação, a unção,
a imposição das mãos, o abraço de paz, o
dar-se as mãos em determinadas orações, o
abençoar tocando a pessoa, etc;
É a comunicação
que envolve o corpo

e a sensibilidade.
A comunicação olfativa de
inspiração bíblica – o uso do incenso
e do óleo perfumado (miron);
 O incenso é um elemento comunicativo
multissensorial – símbolo das orações dos
santos (Ap 5,8; 8,3-4; Sl 141,2).
 O óleo perfumado (o bálsamo) do
Crisma e na dedicação do altar ou de
uma Igreja. A pessoa ungida é
confirmada como bom odor de Jesus
Cristo (2Cor 2,15).
 A liturgia é um fenômeno de comunicação
muito mais rico do que parece à primeira
vista. Na liturgia, o mais importante é escutar
o sagrado que, muitas vezes, é banalizado.
 “A primeira condição para celebrar é a
consciência da sacralidade. Não celebramos
uma ideia ou um tema, mas a vida, paixão,
morte e ressurreição de Jesus”.
“É preciso cuidar da linguagem
comunicativa da ação litúrgica”
 “Na ação ritual litúrgica há uma contínua
comunicação, tanto vertical, quanto
horizontal. Deus, por primeiro, comunica
a si mesmo e comunica o seu próprio
projeto de amor para a salvação da
humanidade. Esta comunicação de Deus
com o seu povo reunido é viva, atual e
real. E o povo, por sua vez, também
dialoga e se relaciona com o seu Senhor,
aprendendo dele a se comunicar e se
relacionar uns com os outros”
 A liturgia não pode descuidar-se
de nenhum dos códigos
(sonoros, visuais e
multissensoriais) dos quais se
serve para realizar sua
mediação comunicativa da
Palavra de Deus e da resposta
transformada em louvor, ação
de graças e adoração da
assembleia.
A liturgia da Igreja, «com as suas
palavras, os seus gestos, silêncios e
cânticos, leva-nos a viver, com singular
eficácia, os diversos momentos da
história da salvação, de tal modo que
nos tornamos participantes deles e nos
transformemos cada vez mais em
discípulos autênticos do Senhor,
percorrendo de novo, com a nossa
vida, os passos d'Aquele que morreu e
ressuscitou para nossa salvação. A
celebração litúrgica, quando é
realmente participada, induz esta
transformação, que é a história da
santidade».

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