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COMUNICAÇÃO
LITÚRGICA
LITURGIA
LITURGIA É
É
COMUNICAÇÃO
COMUNICAÇÃO
A COMUNICAÇÃO OCUPA O
CENTRO DAS PREOCUPAÇÕES DA
SOCIEDADE MODERNA E PÓS-
MODERNA.
As mudanças que caracterizam a
sociedade de hoje estão
relacionadas com o fenômeno da
comunicação.
O QUE SE ENTENDE POR
COMUNICAÇÃO LITÚRGICA?
A comunicação litúrgica é
comunicação do mistério e com o
mistério, é comunicação divina.
Analisar a liturgia na
perspectiva da comunicação
não é fácil. Ela integra a
dimensão mistérica e invisível
da comunicação da mensagem
salvadora e a experiência
humana e religiosa no âmbito
sociocultural da assembleia
litúrgica.
Muita gente se pergunta: será que
a comunicação em nossas
celebrações funciona?
Nestes últimos 50 anos, aconteceram
grandes mudanças na liturgia:
Do latim à língua vernácula;
Do assistir para o participar ativamente;
Da complexificação à simplificação dos ritos;
Do mutismo ao verbalismo, às explicações …
em detrimento ao canto, ao simbólico, do
gestual.
Há quem observe a “falta de
comunicação no interior das
assembleias litúrgicas, entre os
ministros e o povo, e entre os
membros da comunidade,
fechados em si mesmos”.
A falha pode ser de base
antropológica da liturgia (relações),
da expressão comunitária e a
qualidade significativa e
comunicativa das ações litúrgicas.
As lacunas na comunicação podem afetar
a comunhão com o mistério – a
dimensão transcendente da ação
litúrgica;
A liturgia como ação sagrada, apoia-
se nas mediações humanas dos
sinais, da palavra e dos elementos
naturais ou criados pelo homem
para realizar os fins da liturgia: a
santificação humana e a glorificação
de Deus.
Para uma efetiva comunhão com o
mistério de Deus, se faz necessário:
– Levar em consideração as disposições pessoais
dos indivíduos – da assembleia e ministros;
– Ter presente tudo o que possa favorecer a
participação consciente, ativa e frutuosa.
Ação ritual –
Gesto …
Mística.
Tem um Agir com espírito
conteúdo. Supõe uma
Passa uma atitude afetiva
Mensagem. coração
Na ação celebrativa, de modo
geral, os problemas da
comunicação estão relacionados à
falta de clareza do sinal, na
existência de ruídos … que
impedem a comunicação e a
acolhida da mensagem.
Nas celebrações, quem exerce um
ministério ou serviço, comunica e
revela o mistério, desde que o faça
com inteireza do ser.
– A atenção e o interesse …;
– A participação ativa nos gestos, orações,
escuta das leituras;
– Os movimentos que demonstram cansaço,
nervosismo, distração, pessoas saindo …
– Etc…
Exigências indispensáveis à boa
comunicação Litúrgica:
Para que funcione a comunicação
litúrgica se requer realizar bem todas
as ações comunicativas dentro da
celebração: proclamar, cantar, falar,
fazer gestos, executar os ritos,
organizar e ornamentar o espaço etc.
Embora confiemos na primazia da ação de
Deus (ex opere operato), não podemos ignorar as
exigências antropológicas e sociais:
= da proclamação da palavra;
= da execução dos cantos,
= da estética dos gestos,
= da transparência dos sinais,
= da dignidade da ação ritual,
= da verdade dos elementos,
= da nobreza dos ritos,
= da beleza do espaço celebrativo
… se quisermos que tudo isto esteja a serviço da
comunicação de Deus com seu povo reunido em
assembleia.
Além dos inúmeros
ruídos de comunicação
verbal e visual, nas
celebração litúrgica é
comum o uso do
microfone (da amplificação).
Nem sempre há uma boa
instalação e a acústica e
os agentes não são
iniciados no seu uso
adequado; não sabem
falar em público.
Os elementos que compõem uma
celebração são portadores de uma
experiência religiosa, de fé. Para se ter
acesso a essa experiênca não há outro
caminho senão a comunicação humana
dentro da celebração, por meio de
todos os sinais e outros elementos que
entram em jogo.
A comunicação na liturgia se
produz de vários modos, o que
explicita a necessidade de se
distinguir as seguintes funções:
– Informativa ou didática;
– Conativa ou convidativa;
– Estética;
– performativa .
A função didática visa transmitir
mensagens e valores para orientar as
atitudes e os comportamentos –
(evangelização e educação da fé) –
comunicação verbal (palavra) e não-
verbal (gesto, espaço) – Por ex. a
proclamação do Evangelho.
e a sensibilidade.
A comunicação olfativa de
inspiração bíblica – o uso do incenso
e do óleo perfumado (miron);
O incenso é um elemento comunicativo
multissensorial – símbolo das orações dos
santos (Ap 5,8; 8,3-4; Sl 141,2).
O óleo perfumado (o bálsamo) do
Crisma e na dedicação do altar ou de
uma Igreja. A pessoa ungida é
confirmada como bom odor de Jesus
Cristo (2Cor 2,15).
A liturgia é um fenômeno de comunicação
muito mais rico do que parece à primeira
vista. Na liturgia, o mais importante é escutar
o sagrado que, muitas vezes, é banalizado.
“A primeira condição para celebrar é a
consciência da sacralidade. Não celebramos
uma ideia ou um tema, mas a vida, paixão,
morte e ressurreição de Jesus”.
“É preciso cuidar da linguagem
comunicativa da ação litúrgica”
“Na ação ritual litúrgica há uma contínua
comunicação, tanto vertical, quanto
horizontal. Deus, por primeiro, comunica
a si mesmo e comunica o seu próprio
projeto de amor para a salvação da
humanidade. Esta comunicação de Deus
com o seu povo reunido é viva, atual e
real. E o povo, por sua vez, também
dialoga e se relaciona com o seu Senhor,
aprendendo dele a se comunicar e se
relacionar uns com os outros”
A liturgia não pode descuidar-se
de nenhum dos códigos
(sonoros, visuais e
multissensoriais) dos quais se
serve para realizar sua
mediação comunicativa da
Palavra de Deus e da resposta
transformada em louvor, ação
de graças e adoração da
assembleia.
A liturgia da Igreja, «com as suas
palavras, os seus gestos, silêncios e
cânticos, leva-nos a viver, com singular
eficácia, os diversos momentos da
história da salvação, de tal modo que
nos tornamos participantes deles e nos
transformemos cada vez mais em
discípulos autênticos do Senhor,
percorrendo de novo, com a nossa
vida, os passos d'Aquele que morreu e
ressuscitou para nossa salvação. A
celebração litúrgica, quando é
realmente participada, induz esta
transformação, que é a história da
santidade».