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Sala de Recuperação Pós –

anestésica (SRPA)

Profª Ms. Poliana Lúcio


Definição de SRPA

A SRPA é o local destinado ao atendimento intensivo de


enfermagem ao paciente, no período que vai desde sua
saída da SO até a recuperação da consciência,
eliminação de anestésicos e estabilização dos sinais
vitais, prevenção das intercorrências do período pós-
anestésico e/ou pronto atendimento
Objetivos da SRPA

• Redução dos possíveis acidentes pós-


operatórios e pós-anestésicos; Prevenção e
detecção precoce das possíveis complicações
pós-anestésicas e pós-cirúrgicas.
• Assistência de enfermagem especializada a
pacientes submetidos a diferentes tipos de
anestesias e cirurgias.
EQUIPE

•Anestesiologista;

•Enfermeiro;

•Téc. Enfermagem;
Localização

• SRPA pertence a planta


física do CC;

• SRPA anexa e próxima à SO


e à UTI.;
RDC n˚50 do MS, de 21
de fevereiro de 2002
Instalações, Equipamentos e Materiais
• Camas com grades • Prateleira para depósito de
roupas, frascos e coletores;
laterais, rodas e
• Equipamentos para MCC e
manivelas; dos SSVV;
• Tomadas elétricas; • Carro de emergência;
• Instalação hidráulica; • Respiradores;
• Cobertor térmico;
• Sala de expurgo e
• BIC, desfibrilador;
guarda de materiais; • ECG;
• Fonte de O2, ar • Negatoscópio;
comprimido e vácuo; • Bandejas de procedimentos;
• Aspirador móvel; • Artigos de consumo geral;
Cuidados de Enfermagem na Sala de Recuperação Pós-anestésica
Objetivos da Assistência de Enfermagem na
SRPA
• Proporcionar cuidados até que o paciente tenha se recuperado
dos efeitos da anestesia.

orientado sinais vitais estáveis

Retorno parcial das


funções motoras e prevenir e detectar
sensoriais precocemente as
complicações
Período Pós-Operatório

O período pós-operatório compreende o momento em que o


paciente sai da sala de operação até o retorno às suas atividades
normais.

• POI: até 24h


• PO mediato: 24h até 7 dias
• POT: após 7 dias
Admissão na SRPA
• Nome; • Reposição de líquidos e
débito urinário e gástrico;

• Idade;
• Complicações no trans-
operatório;
• Anestesia;
• Dispositivos de apoio (tubos,
drenos, cateteres);
• Cirurgia proposta e
realizada;
• Medicamentos administrados
na SO.
Admissão na SRPA
O enfermeiro da SRPA avalia rapidamente o paciente
quanto a:

1. Respiração, coloração e temperatura;


2. Necessidade de instalação de O2, drenagens, aspiração
de secreções e outras;
3. Observa as infusões;
4. Posição e mobilidade;
5. Nível de consciência;
6. Ferida operatória;
7. Dor, força muscular.
Avaliação do paciente na SRPA
• A avaliação contínua do paciente é realizada pela aplicação do índice
de procedimentos rotineiros como:

a) Verificação de sinais vitais de 15 em 15 minutos na primeira hora e


de 30 em 30 na segunda hora, e a partir daí, de hora em hora.

b) Observação e registro dos dados coletados.


Recuperação Pós- Anestésica
AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE RECUPERAÇÃO DO PACIENTE

Aldrete e Kroulik desenvolveram método simples e clínico com base no registro de Apgar
para avaliação de cinco parâmetros:
• Atividade motora
• Respiração
• Circulação
• Consciência
• Saturação de Oxigênio
Exigência para a alta da SRPA: 8 pontos
Índice máximo: 10 pontos
Aplicada em anestesias gerais ou regionais
Índice de ALDRETE; KROULIK
(Índice de RPA)
Consciência 2 – Desperto totalmente
1 – Desperto ao chamar
0 – Não responde
Atividade 2 – Movimento voluntário de todas as extremidades
1 – Movimento voluntário de duas extremidades
0 – Incapaz de se mover
Respiração 2 – Respira profundamente e tosse
1 – Dispnéia, hipoventilação
0 - Apnéia
Circulação 2 – PA normal até ou 20% < que níveis pré-anestésicos
1 – PA < 25 a 50% do nível pré-anestésico
0 – PA = ou < 55% nível pré-anestésico
Saturação 2 – SatO2 > 92%, respirando ar ambiente
1 – Necessita O2 suplementar para manter SatO2 > 90%
0 – SatO2 < 90% mesmo com O2 suplementar
Complicações Pós-Operatórias e as
Ações de Enfermagem

Respiratórias Cardiovasculares

Neurológicas

Urológica
Sensoriais

Metabólicas
Complicações Respiratórias
Hipoventilação Hipoxemia
Causas Rotinas e Cuidados

Doenças Respiratórias Monitorar SSVV

Efeito depressivo dos anestésicos Administrar oxigênio

Obstrução das vias aéreas Aspirar secreções orotraqueais

Dor (interferindo na mecânica da Instalar oxímetro de pulso, elevar decúbito


respiração)
Complicações Cardíacas
Arritmias (Taquicardia sinusal)
Causas Rotinas e Cuidados
Dor , ansiedade Administrar analgésico e anti-térmico, O2
Estresse Reavaliar e administrar ansiolíticos,
conforme prescrição
hipovolêmica Repor perdas líquidas
Alterações do Sistema
Termorregulador

Hipotermia
Causas Rotinas e Cuidados
Efeito anestésico Infundir soluções pré-aquecidas (morno =
36,5˚C)
Temperatura de sala Aquecer o paciente
Controlar os Sinais Vitais, principalmente a
Cavidades abertas temperatura
Administrar O2
Alterações do Sistema Neurológico
Desorientação Agitação
Causas Cuidados e rotinas

Bixigoma Sondagem de alívio

Drogas anestésicas (fenotiazínicos) Observar nível de consciência

Monitorar SSVV
Alterações do Sistema Neurológico

NÁUSEAS E VÔMITOS
Ansiedade Lateralizar a cabeça
Tranquilizar o paciente que retoma a
consciência

Anestésico Halogenados Administrar oxigênio


Alterações do Sistema Urinário
Retenção Urinária
causa Cuidados e rotinas

1. Relaxamento do músculo detrusor da 1. Monitorar o débito urinário


bexiga (efeito da anestesia)
2. Excluir obstrução mecânica da SVD.
2. Diminuição da perfusão renal Trocar a sonda se a obstrução não pode
ser esclarecida

Lembrar que o volume urinário esperado para um indivíduo adulto é de


30ml/h
Alta da SRPA
• Função pulmonar não comprometida;
• Valores da oxímetria de pulso com adequada
• SSVV estáveis;
• FO sem sangramento ativo;
• Débito urinário superior a 30 ml/h;
• Apresenta moderada atividade e força muscular em MMSS e
MMII;
• Sensibilidade cutânea em MMII submetidos ao bloqueio motor;
• Manter temperatura corpórea;
• Náuseas e vômitos sobre controle;
• Dor mínima.
Diagnósticos de Enfermagem - SRPA

• Padrão respiratório ineficaz...


• Redução do débito cardíaco...
• Alto risco de temperatura corporal...
• Risco para infecção .....
• Risco para lesão perioperatória de posicionamento.....
• Risco para integridade da pele prejudicada...
Pós-Operatório
Realizado um novo histórico, Cuidados de enfermagem:

• Avaliação do estado fisiológico


• Monitorização das complicações
• Tratamento da dor
• Integridade do sítio cirúrgico
• Condição neurológica
• Miccão espontânea
Pós operatório
VENTILAÇÃO

• Hipoventilação, pneumonia e atelectasia


• Exercícios pulmonares e tosse
• Contraindicação da tosse

ESTABILIDADE HEMODINÂMICA

• Pulso, FR, FC, coloração da pele


• Reposição de líquidos endovenosos
• Balanço hídrico
• Débito urinário
• Monitorização dos níveis de eletrólitos, hematócrito
• Risco para TVP
Pós operatório
FERIDA OPERATÓRIA

• Sinais de sangramento
• Sinais flogísticos
• Realização de curativo diário
• Registro

DOR
SONOLÊNCIA
Paciente G.V.S, encontra-se na sala de recuperação pós anestésica no Pós operatório imediato de histerectomia.
No momento apresenta-se sonolenta, despertando apenas ao chamar, com movimento voluntário apenas dos
membros superiores, com moderada dispneia, necessitando de cateter nasal para aumentar sua saturação de
oxigênio que encontra-se em 85%. Apresenta-se afebril e com pressão arterial de 120x80mmHg, dentro dos
limites da normalidade e de acordo com índices pré-anestésicos. Ferida operatória em região supra-púbica sem
presença de sangramento e com curativo limpo externamente, presença de sonda vesical de demora com débito
de 15ml/h. Queixando-se ainda de náuseas e apresentou um episódio de êmese.

• Segundo critérios da escala de Aldrete e Kroulik, quais parâmetros que definem a alta da paciente da SRPA e a
paciente do referido caso, segundo escala, pode receber alta para enfermaria?
• Qual a pontuação obtida? Existem, neste caso, outros parâmetros que podem ou não definir a alta da paciente?
Quais são ?

• Quais serão os cuidados que este paciente deverá ter no pós operatório?

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