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AULA 6

UTILIZAÇÃO DE TÉCNICAS COGNITIVO-


COMPORTAMENTAIS EM TCC

Prof. Daniel Vitor Gomes de Sousa


Mestre em Psicologia – UFES
Doutorando em Psicologia Social – UERJ
ROTEIRO DE APRESENTAÇÃO

1 – Relaxamento

2 - Dessensilização Sistemática

3 – Exposição

4 - Exposição Interoceptiva

5 - Solução de Problema
ROTEIRO DE APRESENTAÇÃO

6 - Reestruturação Cognitiva

7 – Psicoeducação

8 – Descatastrofização

9 – Role-plays

10 - Treinamento de Habilidades Sociais


1 - RELAXAMENTO

• Principal Técnica de relaxamento utilizada: Relaxamento


Progressivo de Jacobson.

• Ajuda a controlar os sintomas fisiológicos antes ou


durante os eventos temidos.

• Objetivo: levar o paciente a um estado profundo de


relaxamento muscular.
1 - RELAXAMENTO

• Estado de relaxamento poderia reduzir a grande ativação


da parte central do sistema nervoso (PCSN) e da divisão
autônoma do sistema nervoso (DASN), com isso
restaurando ou promovendo bem-estar psicológico e
físico,diante de uma relação do estado emocional com o
corporal.

• O relaxamento dos músculos deveria reduzir as


estimulações emocionais, reduzindo assim a PA e a FC.
1 - RELAXAMENTO

• A técnica consiste em aprender a tensionar e, logo em


seguida, a relaxar os diferentes grupos musculares do
corpo, de forma que se consiga diferenciar quando o
músculo está tenso e quando está relaxado.

• Inicia-se com os membros inferiores, seguido pelos


superiores e finalizando com o tronco e a cabeça.
1 - RELAXAMENTO
1 - RELAXAMENTO

• Estudos mostram que a técnica tem grande eficácia na


exposição do paciente a situação temida, mas não é
eficiente aplicada isoladamente.
2 – DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA

• Tipo de exposição diante de uma hierarquia de estímulos


aversivos (públicos ou privados), sendo uma exposição
protegida, feita por imaginação, em pequenos passos e
mantendo o cliente relaxado.

• Desenvolvida a partir dos trabalhos experimentais de


Wolpe (1958), no final da décadade 40.

• Consiste na inibição recíproca da ansiedade pelo


estabelecimento de uma resposta incompatível, que é o
relaxamento.
2 – DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA

• A remoção ou o enfraquecimento da ansiedade pela


inibição recíproca é o resultado do processo denominado
supressão condicionada.

• Para aplicar a dessensibilização sistemática é necessário


que o cliente desenvolva habilidades para alcançar um
bom grau de relaxamento e seja capaz de imaginar os
estímulos ou situações temidas (Turner, 1999).
2 – DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA

Critérios para aplicação da Dessensibilização Sistemática:

(a) treino em técnicas de relaxamento;


(b) treino no uso da SUDS (Subjective Units of Disturbance
Scale), uma escala de 0 a 10 que indica a intensidade
subjetiva do sofrimento;
(c) construção da hierarquia de medos (do estímulo mais
temido, por eliciar mais ansiedade, para o estímulo menos
temido, por eliciar menos ansiedade).
3 – EXPOSIÇÃO

• A técnica de exposição consiste na exposição direta do


cliente aos estímulos ou às situações públicas
temidas/evitadas por serem desencadeadores de
ansiedade.

• A exposição é realizada repetidamente, de forma gradual


ou abrupta, in vivo ou por meio da imaginação, conforme
o mais indicado para cada caso
4 – EXPOSIÇÃO INTEROCEPTIVA

• A interocepção pode ser definida como o senso de condição


fisiológica de todo o corpo.

• A informação interoceptiva inclui sensações como:


temperatura, dor, dentre outras, e tem sido apontada como
parte importante para a auto-consciência porque proporciona
uma associação entre processos cognitivos, afetivos e o
estado do corpo.
4 – EXPOSIÇÃO INTEROCEPTIVA

• A informação sobre o estado interoceptivo processado na


ínsula anterior é retransmitida para o córtex cingulado
anterior, que faz parte do sistema executivo central
responsável pela alocação dos recursos atencionais
disponíveis (Paulus & Stein, 2006).

• Para identificar estados interoceptivos é necessário associar


técnica de anotação de sensações. (automonitoração).
5 – SOLUÇÃO DE PROBLEMAS

• Desenvolvimento de estratégias de solução de problemas


específicos (Transtornos alimentares, fobias)

• O primeiro passo consiste em identificar e especificar o


problema. Após, deve-se gerar múltiplas soluções para
ele, avaliá-las e, então, escolher uma para pôr em prática
(Beck, 1997).
5 – SOLUÇÃO DE PROBLEMAS

• Em seguida, o paciente deve escolher uma opção para


colocar em prática.

• Essa estratégia permite que o paciente assuma uma


postura mais ativa na solução de suas dificuldades em vez
de se manter em uma posição de queixa.
5 – SOLUÇÃO DE PROBLEMAS

• Pode haver situações em que os pacientes tenham


dificuldade de gerar soluções para os problemas que estão
enfrentando.

• Nesses casos, pode ser útil observar a forma como os


demais lidam com as coisas, ou seja, pensar como as
pessoas que passaram por dificuldades similares lidaram
com essas situações de forma produtiva (Leahy, 2006).
6 – REESTRUTURAÇÃO COGNITIVA

• Tem como objetivo ensinar o paciente a observar e


controlar pensamentos disfuncionais, examinar evidências
favoráveis e contrárias aos pensamentos disfuncionais,
correção das interpretações erradas da realidade.
7 – PSICOEDUCAÇÃO

• Conforme Wainer, Pergher & Piccoloto (2003), a


psicoeducação tem o objetivo de fornecer aos pacientes
informações sobre o(s) transtorno(s) diagnosticado(s), tanto
com relação ao seu curso quanto ao seu funcionamento.

• É recomendável que se faça uma correlação entre o


desenvolvimento dos sintomas e a história de vida do
paciente.
7 – PSICOEDUCAÇÃO

• É necessário que o paciente entenda que assim como os


sintomas foram construídos eles podem ser reconstruídos, e
este é o objetivo da psicoterapia cognitivo-comportamental.

• Além disso, outro componente importante da psicoeducação


é familiarizar o paciente com o modelo cognitivo-
comportamental e seus princípios.
8 – DESCATASTROFIZAÇÃO

• Tipo de reestruturação cognitiva na qual crenças de


castatrofização são desconstruídas.

• Estas crenças estão relacionadas ao fato do paciente


sempre acreditar que o pior irá acontecer com ele sem
levar em consideração a possibilidade de outros
desfechos.
9 – ROLE-PLAYS

• Técnica na qual o terapeuta age como um modelo, para que


os pacientes possam aprender a ter um desempenho social.

• Os papeis podem ser invertidos entre terapeuta e paciente


para simular determinadas situações sociais.
10 – TREINAMENTO DE HABILIDADES SOCIAIS

• O treinamento em habilidades sociais (THS) não pode ser


considerado uma técnica e sim um campo de estudo
abrangente, porém está colocado aqui de forma resumida por
usar diversas técnicas cognitivas.

• Modelagem, assertividade, ensaio comportamental,


reforçamento social e tarefas de casa.
10 – TREINAMENTO DE HABILIDADES SOCIAIS

• Para Caballo (1996), o procedimento de THS completo


implica em quatro elementos de forma estruturada:

(a) treinamento em habilidades;


(b) redução da ansiedade em situações sociais problemáticas;
(c) reestruturação cognitiva, por meio do qual são
modificados os eventos privados do tipo pensar
relacionados com valores, crenças e/ou atitudes
(d) treinamento em solução de problemas.

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