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UNIVERSIDADE LÚRIO
FACULDADE DE ENGENHARIA
LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL

INTRODUÇÃO A CADEIRA
PATOLOGIA, CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO

Eng ̊. Dionísio Bulo


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1.POLÍTICA DE REABILITAÇÃO
URBANA DO EDIFICADO
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HISTÓRICO DAS POLÍTICAS DE HABITAÇÃO


Durante a época colonial, a situação habitacional nas áreas urbanas era
gerenciada de maneira a evidenciar a segregação entre portugueses e
africanos. Com a grande maioria dos africanos a viver no meio rural, os
portugueses dominavam os centros urbanos, e africanos só eram
autorizados a residir nestes locais no caso em que eram necessários para
trabalho e, após passado sua fase “produtiva”, esperava-se que
retornassem às áreas rurais.
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POLÍTICA NACIONAL DE HABITAÇÃO ATUAL


A política nacional de habitação surgiram com a adopção da Constituição de
2004, juntamente com o PQG 1999-2004, ambos documentos tendo a
habitação como foco para o desenvolvimento do país. Depois de anos de
discussões e experiências de intercâmbio com outros países, em 2011, a
Política e Estratégia de Habitação foi finalmente apresentada pelo Ministério
das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos (MOPHRH). A ONU-
Habitat apoiou o governo em seu desenvolvimento.
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POLÍTICA NACIONAL DE HABITAÇÃO ATUAL (cont.)


Visão
• Proporcionar a cada família, habitação adequada,
• contribuindo desta forma, para o desenvolvimento sustentável e redução da pobreza.

Missão
• Facilitar o acesso à habitação adequada, conferindo dignidade a cada família através
da coordenação dos diferentes segmentos da sociedade.

Objectivo Geral
• Facilitar a provisão de habitação adequada e um ambiente de vida são, acessível a
todos os grupos sociais, assim promovendo assentamentos humanos sustentáveis.
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(cont.)
A política de habitação baseia-se nos seguintes princípios fundamentais:
Habitação adequada - como um direito para todos e uma necessidade para o desenvolvimento
social.
Participação dos diferentes sectores da sociedade (estatal, privado, civil) para a provisão
sustentável de terras e casas para todos, assegurando um processo de tomada de decisão
transparente e participativo.
Articulação da Política de Habitação com outras políticas, em particular com as relacionadas ao
desenvolvimento de empregos, planeamento de uso do solo, meio ambiente e da população.
Identificação e mobilização de recursos financeiros para potencializar a capacidade de
investimento e para operacionalizar a sustentabilidade da política de habitação.
Criação prévia de infra-estrutura básica em novos assentamentos urbanos e periurbanos.
Incentivo à produção e disseminação de materiais de construção locais com tecnologias
melhoradas
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(cont.)
Os objectivos específicos da política incluem: (i) facilitar progressivamente o
acesso a uma habitação adequada para todos; (ii) promover a urbanização,
a melhoria e a inclusão de assentamentos informais; (iii) transformar a
demanda de habitação em uma prioridade política nacional, mobilizando
diferentes níveis e recursos governamentais para alavancar o investimento;
(iv) melhorar a produtividade e a qualidade da construção de habitações;
(v) promover oportunidades de emprego através da dinamização de
pequenas e médias empresas locais de construção.
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PLANEAMENTO URBANO E
HABITAÇÃO
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POLÍTICAS E LEIS APLICÁVEIS


O planeamento do uso da terra em Moçambique é regido pela Lei nº 19/2007
(Lei de Ordenamento do Território). Esta lei estabelece procedimentos
de planeamento e responsabilidades para todos os níveis - nacional, provincial,
distrital e autárquico.
Na escala urbana, o planeamento é adicionalmente regulado pelo Decreto nº
60/2006 (Regulamento do Solo Urbano). No nível do município, aplicam-se os
seguintes instrumentos:
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Plano de Estrutura Urbana (PEU): estabelece a organização espacial de todo


o território do município, juntamente com os parâmetros e as normas para sua
utilização, tomando em consideração a ocupação actual, as infra-estruturas e
equipamentos sociais existentes, e sua integração na estrutura espacial
regional.
Plano Geral de Urbanização (PGU): estabelece a estrutura da terra urbana na
sua totalidade, levando em consideração o equilíbrio entre diversos usos e
funções urbanas; define redes de transporte, comunicações, energia e
saneamento e equipamentos sociais, com atenção especial à ocupação
espontânea como base socio espacial para a elaboração do plano.
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Plano Parcial de Urbanização (PPU): mesmo que PGU, mas aplicado a uma
parcela do território do município.
Plano de Pormenor (PP): define detalhadamente a
tipologia de ocupação de qualquer área específica do centro urbano,
estabelecendo o desenho do espaço urbano, uso do solo e condições gerais de
edificação, traçado de vias de circulação, características de redes e serviços de
infra-estrutura, quer para áreas novas ou para áreas existentes, caracterizando
fachadas de edifícios e arranjos de espaços livres.
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Trabalho
1.Faça o levantamento de toda legistação/decretos /tratados inerentes a
Política de reabilitação urbana em Moçambicano, fale de forma breve de
cada um destes regulamentos.
Apresentar em powerpoint

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