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Aula Verificação de Sinais

Vitais Enf. Anderson Rodrigues Ribeiro


O que são sinais vitais

 Os sinais vitais são um meio rápido e


eficiente para se monitorar as condições de
um paciente ou identificar a presença de
problemas
 Temperatura (T),
 Pulso ou batimentos cardíacos (P ou bpm),
 Respiração (R ou rpm) e
 Pressão ou Tensão Arterial (PA ou TA).
Quando verificar os sinais vitais?
 Na admissão do paciente
 Dentro da rotina de atendimento
 Pré consulta ou consulta hospitalar ou
ambulatorial.
 Antes e depois de qualquer procedimento
cirúrgico.
 Antes e depois de qualquer procedimento invasivo
de diagnóstico
 Antes e depois da administração de medicamentos
que afetam as funções cardiovasculares,
respiratória e de controle da temperatura.
 Sempre que o paciente manifestar quaisquer
sintomas inespecífico de desconforto físico
materiais
Relógio
Bandeja contendo:
Termômetro

Lenços de papel

Esfisgmomanômetro e estetoscópio

Recipiente c/ algodão c/ alcool a 70%

Saco ou cuba p/ desprezar resíduos

Caneta

Caderneta p/ anotação

Acessórios p/ temp. Retal (luvas e vaselina)


TEMPERATURA

É o nível de calor distribuído


pelo corpo -Equilíbrio
Locais de verificação:
- Oral
- Axilar/inguinal

- Retal
TERMÔMETRO CLÍNICO
Temperatura
Adultos
 via oral variam entre 36,1º a 37,5ºC

 Retal (leitura mais precisa) é 0,5ºC mais alta

 Axilar (menos precisa) é 0,1ºC a 1,1ºC mais baixa

Axilar - 35,5 a 37,0 0C


Bucal - 36,0 a 37,4 0C
Retal - 36,0 a 37,5 0C

 Oscila de acordo com a atividade e repouso


 Leituras mais baixas ocorrem entre 4 e 5h da manhã.
 Leituras mais altas se situam entre 4 e 6 horas da noite.
 Mulheres tem temp. + alta que homens
 Temp. é mais alta em RN e mais baixa em idosos.
Temperatura bucal
 Explique ao paciente
 Abaixe a coluna de mercúrio
 Posicione a ponta do termometro sob a lingua do
paciente em local profundo em qualquer lado do frenulo
lingual
 Instrua o pcte a fechar os labios, mas não encostar os
dentes
 Deixar por 7 minutos
 Registre a temperatura com a letra B (boca)
 Para completa precisão, nunca faça a verificação após o
paciente ter fumado ou tomado bebidas quentes.
Espere de 20 a 30 minutos.- termometro individual
Verificando a temperatura retal:

 Deite a pessoa de lado com a perna de cima dobrada.


Cubra-o p/ proporcionar privacidade
 Passe lubrificante no papel e lubrifique o termometro
1,5cm p/ crianças e 2 cm p/ adultos
 Erga a região glutea superior
 Introduza cuidadosamente o termômetro no reto, em
direção ao umbigo.
 Segure o termômetro p/ evitar danos
 Remova cuidadosamente após 7 minutos, limpe e faça a
leitura anotando a letra R (retal)
Temperatura axilar

 Posicione o paciente confortavelmente


 Seque delicadamente a axila c/ lenço de papel

 Peça ao pcte p/ colocar a mão sobre o torax e


segurar no ombro oposto c/ o cotovelo erguido
 Posicione o termometro na axila

 Solicite ao pcte para baixar o cotovelo

 Deixe no local por 5 minutos


 Oral: contra indicada p/ pctes inconsciente,
desorientados, ou propensos a convulsõs,
em crianças muito novas, bebês, pctes c/
problemas orais ou nasais.
 Retal: contra-indicada em casos de diarreia,
cirurgias, ferimentos retais.
TERMINOLOGIA BÁSICA

 Normotermia: temperatura corporal normal.


 Afebril: 36 a 37ºC

 Estado febril ou Febrícula: 37,5 a 37,8ºC

 Febre ou hipertermia: a partir de 37,8º C a


38,9ºC
 Pirexia: 39 a 40ºC

 Hiperpirexia: a partir de 40º C.

 Hipotermia: temperatura abaixo de 35ºC.

 Hipertemia: 38 a 40ºC
Pulso
PULSO

 A palpação do pulso é um dos


procedimentos clínicos mais antigos da
prática médica, e representa também um
gesto simbólico, pois é um dos
primeiros contato físico entre o médico e
o paciente.

 o pulso é a contração e
expansão alternada de uma
artéria
LOCAIS
As artérias em que com
freqüência são verificados
os pulsos:
 artéria radial (pulso),
 carótidas (pescoço),
 braquial(espaço anti-
cubital),
 femurais (reg.
 Inguinal), pediosas
 (pés),
 temporal (face -
 têmporas),
Poplítea (joelhos) e
tibial posterior
(tornozelos).
Como verificar o pulso?

 Lavar as mãos

 Orientar o paciente quanto ao


procedimento

 Colocar o paciente em
posição confortável, sentado
ou deitado, porém sempre
com o braço apoiado
Como verificar o pulso?
 Realizar o procedimento de acordo com a
técnica descrita abaixo

 Contar durante 1 minuto inteiro

 Lavar as mãos

 Anotar no prontuário
TÉCNICA
 - Pulso radial: a
artéria radial
encontra-se no pulso,
palpá-los emprega-
se os dedos
indicador e médio,
com o polegar fixado
no dorso do punho
do paciente, sendo
que o examinador
usa a mão direita
para examinar o
pulso
esquerdo e vice
versa
.

PULSO CAROTÍDEO
as pulsações da carótida são visíveis e palpáveis

 medialmente aos músculos


esternocleidomastoideos.

Para sua
palpação,
devemos
colocar o
indicador e
dedo médio
sobre a
carótida
PULSO BRAQUIAL

Palpar a artéria braquial


(face interna do
cotovelo), sendo que o
braço do paciente deve
repousar com o
cotovelo esticado e as
palmas da mão para
cima.
PULSO FEMURAL
PULSO POPLITEO
CARACTERÍSTICAS DO PULSO
 FREQÜÊNCIA - A
contagem deve ser
sempre feita por um
período de 1 minuto,
sendo que a freqüência
varia com a idade e
diversas condições
físicas.
CARACTERÍSTICAS DO PULSO
 Está aumentado em situações fisiológicas
como exercício, emoção, gravidez, ou em
situações patológicas como estados febris,
hipertiroidismo, hipovolemia entre muitos
outros.
 A bradisfigmia pode ser normal em atletas.
CARACTERÍSTICAS DO PULSO
 Na primeira infância varia de 120 a 130
bat/min.;
 Na segunda infância de 80 a 100
 No adulto é considerada normal de 60 a 100
batimentos por minuto,
 Sendo que acima do valor normal, temos a
taquisfigmia e abaixo bradisfigmia.
CARACTERÍSTICAS DO PULSO

 RITMO - É dado pela seqüência das pulsações,


sendo que quando ocorrem a intervalos iguais,
chamamos de ritmo regular,
  sendo que se os intervalos são ora mais longos ora
mais curtos, o ritmo é irregular.
  A arritmia traduz alteração do ritmo
cardíaco.
Respiração
 A respiração é a
troca de gases dos
pulmões com o
meio exterior, que
tem como objetivo
a absorção do
oxigênio e
eliminação do gás
carbônico.

 FREQÜÊNCIA -
crianças - 30 a 40
movimentos
respiratórios/minuto

 adulto - 14 a 20
movimentos
respiratórios/minuto
ALTERAÇÕES DA RESPIRAÇÃO

 Dispnéia: é a respiração difícil, trabalhosa ou curta. É


sintoma comum de várias doenças pulmonares e
cardíacas; pode ser súbita ou lenta e gradativa.

 Ortopnéia: é a incapacidade de respirar facilmente,


exceto na posição ereta.

 Taquipnéia : respiração rápida, acima dos valores da


normalidade, freqüentemente pouco profunda.

 Bradipnéia : respiração lenta, abaixo da normalidade.

 Apnéia: ausência da respiração


COMO VERIFICAR A
RESPIRAÇÃO?
 MATERIAL

 Relógio com ponteiro de segundos

 Papel e caneta para anotações


COMO VERIFICAR A
RESPIRAÇÃO?

 Lavar as mãos
 Orientar o paciente quanto ao exame
 Não deixar o paciente perceber que estão
sendo contados os movimentos
 Contagem pelo período de 1 minuto
 Lavar as mãos no término
 Anotar no prontuário
Pressão Arterial
PRESSÃO ARTERIAL

 É medida com a utilização do esfigmomanômetro


e do estetoscópio.
 A pressão ou tensão arterial é um
parâmetro de suma importância
na investigação diagnóstica, sendo

obrigatório em toda consulta de
qualquer especialidade;
relacionando-se com o coração.
PRESSÃO ARTERIAL
 É a medida da força aplicada contra as paredes
das artérias, quando o coração bombeia sangue
através do corpo. A pressão é determinada
pela força e quantidade de sangue bombeado e
pelo tamanho e flexibilidade das artérias.
ESFIGMOMANÔMETRO

É o instrumento utilizado para a medida da pressão


arterial. Foi idealizado por três cientistas: VonBasch
(1880), Riva-Ricci (1896) e Korotkoff (1905).
O tamanho do aparelho depende da circunferência do
braço a ser examinado, sendo que a bolsa inflável do
manguito deve ter uma largura que corresponda à 40%
da circunferência do braço, sendo que seu
comprimento deve ser de 80%; manguitos muito curtos
ou estreitos podem fornecer leituras falsamente
elevadas.
ESFIGMOMANÔMETRO
O esfigmomanômetro pode ser de coluna
de mercúrio para a medida da
pressão, ou aneróide. Existem
aparelhos semi- automáticos que se
utilizam do método auscultatório e
oscilométrico, com grau de
confiabilidade variável, devido
sofrerem com freqüência alterações na
calibração.
 coluna de
mercúrio
 Digital
ESFIGMOMANÔMETRO
aneróide
ESTETOSCÓPIO
ESTETOSCÓPIO
- Existem vários modelos, porém os principais
componentes são:
 Olivas auriculares: são pequenas peças cônicas que
proporcionam uma perfeita adaptação ao meato auditivo,
de modo a criar um sistema fechado entre o ouvido e o
aparelho.
Armação metálica: põe em comunicação as peças
auriculares com o sistema flexível de borracha; é provida
de mola que permite um perfeito ajuste do aparelho.
Tubos de borracha: possuem diâmetro de 0,3 a 0,5 cm. e
comprimento de 25 a 30 cm.
Receptores: existem dois tipos fundamentais: o de
campânula de 2,5 cm. que é mais sensível aos sons de
menor freqüência e o diafragma que dispõe de uma
membrana semi-rígida com diâmetro de 3 a 3,5 cm.,
utilizado para ausculta em geral.
DIAFRAGMA
VERIFICANDO...
VALORES NORMAIS DA PRESSÃO
ARTERIAL

 - Os valores máximos estabelecidos pelo Consenso


Brasileiro da Sociedade Brasileira de Cardiologia
para indivíduos acima de 18 anos é de 120/80
mmHg. A pressão arterial sistólica como a diastólica
podem estar alteradas isolada ou conjuntamente.
VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS

 Idade - em crianças é nitidamente mais baixos do


que em adultos

 Sexo - na mulher é pouco mais baixa do que no


homem, porém na
prática adotam-se os mesmos valores

 Raça - as diferenças em grupos étnicos muito


distintos talvez se deva à condições culturais e de
alimentação.
VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS
 Sono - durante o sono ocorre uma
diminuição de cerca de 10% tanto na
sistólica como na diastólica

 Emoções - há uma elevação principalmente


da sistólica
VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS
 Exercício físico - provoca intensa elevação
da PA, devido ao aumento do débito
cardíaco, existindo curvas normais da
elevação da PA durante o
esforço físico. (testes ergométricos).
 Alimentação - após as refeições, há discreta
elevação, porém sem significado prático.

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