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AMEBÍASE

Transmissão
A Amebíase é uma infecção causada pelo micro-organismo Entamoeba histolytuca, parasita que invade o
corpo humano e pode trazer diversos sintomas. A doença é transmitida através de contaminação fecal e pode
ser manifestada dentro ou fora do intestino. A ingestão do protozoário pode ser feita através de comidas ou
bebidas contaminadas ou, ainda, através do contato direto com o material fecal. Ter relações sexuais
desprotegidas também podem ser um meio de infecção.

Ciclo de vida do parasita


O parasita libera cistos (ovos) que podem sobreviver meses no
mesmo local em que foram depositados. Esses lugares costumam ser
o chão, a água e até mesmo as próprias fezes. Os cistos possuem 15
micrômetros e, após entrar no corpo humano, passam pela parte ácida
do estômago e já no intestino se transformam em oito trofozoítos.
Alguns desses trofozoítos se multiplicam e causam doenças, já outros
se transformam em cistos que não se aderem à mucosa e são
expelidos do corpo pelas fezes. Após invadir o corpo humano o parasita
pode ficar instalado lá de dias até anos, mas geralmente ele se
hospeda de 2 até 4 semanas. A grande maioria dos pacientes não
sentem sintomas e nem sabem que ficaram com o parasita no corpo.
Apenas 1 ou 2 pessoas de 10 sofrem os sintomas.
Fatores de risco
Os pacientes que mais têm risco de serem infectados por amebíase são os que estão com a
imunidade mais baixa e os que não se protegem. Eles são:
•Desnutridos;
•Gestantes;
•Pacientes que sofrem de câncer;
•Pessoas que tem problemas com o alcoolismo;
•Pessoas que utilizam corticoides para inibir o sistema imunológico;
•Pessoas que mantêm relações sexuais sem proteção;
•Pessoas que realizaram viagens a lugares que não possuem boas condições de higiene e sanitárias;
•Crianças e idosos.
Sintomas
Os sintomas podem ser separados por leves e graves e costumam surgir apenas de sete a dez
dias após a doença ser contraída.
Os sintomas leves costumam ser:
•Cansaço;
•Desconforto e cólicas abdominais;
•Liberação de fezes pastosas com sangue ou com muco;
•Gases excessivos;
•Calafrios;
•Dor no reto durante a evacuação;
•Emagrecimento;
•Colite (inflamação do trato intestinal).
Os sintomas graves costumam ser:
•Febre;
•Vômitos;
•O protozoário pode se espalhar e afetar pulmões, cérebro e fígado;
•Evacuar de 10 a 20 vezes ao dia;
•Evacuar fezes líquidas e com sangue;
•Ter sensibilidade abdominal;
•Perfuração do intestino.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por médicos proctologistas, infectologistas, gastroenterologistas e até mesmo clínico
geral. Os exames que costumam detectar a doença são:
•Tomografia;
•Ressonância magnética;
•Ecografia.
Para confirmar o diagnóstico, punções, abscessos e exames de sangue também podem ser realizados para
detectarem anticorpos contra o parasita. Exames de fezes e exames laboratoriais são feitos para ver se a
função hepática sofreu alteração e se houve dano ao fígado. Realizar uma coloscopia poderá detectar se o
parasita Entamoeba histolytica invadiu também o cólon ou o intestino.

Tratamento
Casos simples de amebíase podem ser tratados com medicamentos antiinfecciosos, como o
metronidazol. Geralmente, dez dias são o suficiente para o tratamento com esse medicamento, mas o
tratamento pode variar de acordo com o comprometimento do paciente. Se ocorrer abscessos hepáticos,
aspiração com agulha pode ser necessária para o diagnóstico e tratamento e, em raros casos, a cirurgia pode
ser recomendada ao paciente.
Profilaxia
Como a pessoa parasitada é a fonte dos cistos, o tratamento adequado dos dejetos humanos é a principal
providência para evitar a disseminação da doença. Medidas de saneamento ambiental (que incluem coleta e
tratamento de esgotos e da água domiciliar) cumprem esse papel. Os alimentos merecem cuidado especial:
cozidos ou cuidadosamente lavados, devem ser protegidos do contato com moscas e baratas. As mãos devem
ser bem lavadas antes do preparo dos alimentos, antes das refeições e após as evacuações.

Incidência
A incidência da amebíase é bastante variável dentro de cada país, apesar de ser mais prevalente em
regiões tropicais. Essa alta prevalência não se deve principalmente a condições precárias e subnutrição dos
povos que habitam essas regiões, uma vez que, em países de clima frio com mesmas condições a prevalência
também é alta.
No Brasil, o número de pessoas infectadas ou com a sintomatologia varia para cada região. No Sul e
Sudeste do país, a prevalência varia de 2,5% a 11%, na região amazônica atinge até 19%, e nas demais
regiões fica em torno de 10%.
A região Amazônica apresenta manifestações da amebíase mais grave, caracterizada por uma maior
prevalência, causando frequentes formas disentéricas e abscessos hepáticos. Possui uma incidência
aproximada de 40 a 50 milhões de casos no mundo e causa 100 000 mortes por ano, considerada a segunda
maior causa de mortes por parasitoses.
GIARDÍASE
Transmissão
O parasita é encontrado em lagos e riachos do sertão, assim como em
piscinas, banheiras de hidromassagem, poços e até mesmo nos abastecimentos
municipais de água. Além disso, a giardíase pode ser transmitida por alimentos,
por fezes de animais contaminados ou no contato pessoa-a-pessoa. Antes dos
parasitas microscópicos serem eliminados nas fezes, encasulam-se em cascas
duras chamadas de cistos, o que lhes permite sobreviver fora dos intestinos
durante meses. Uma vez dentro do hospedeiro, os cistos se dissolvem e os
parasitas são liberados.

Ciclo de vida do parasita


Após a ingestão, o trofozoíto sai do cisto para se replicar e se alimentar. Ele
se reproduz por divisão binária. São poucas as pessoas infectadas que possuem
sintomas (cerca de 1/3). As duas formas podem ser encontradas nas fezes (cistos
e trofozoítos), e quando estão fora do corpo, somente os cistos sobrevivem. O
cisto pode ser encontrado em alimentos, água e nas fezes, podendo até
sobreviver por semanas ou meses.
Sintomas
Algumas pessoas com giardíase nunca desenvolvem sintomas, mas ainda carregam o parasita e podem
se espalhar para os outros por meio de suas fezes. Para aqueles que ficam doentes, os sintomas geralmente
aparecem uma a duas semanas após a exposição e podem incluir:
• Diarreia aquosa, que podem se alternar com fezes gordurosas;
• Fadiga ou mal-estar;
• Cólicas abdominais e inchaço;
• Eructação (arroto) com um gosto ruim;
• Náuseas;
• Perda de peso.
Os sintomas de giardíase geralmente duram duas a quatro semanas, mas em algumas pessoas podem
permanecer por mais tempo.
Fatores de Risco
A giárdia é um parasita intestinal muito comum. Embora qualquer pessoa esteja suscetível a uma
contaminação, algumas pessoas estão especialmente em risco:
• Crianças: giardíase é muito mais comum em crianças do que em adultos. As crianças são mais
propensas a entrar em contato com fezes, especialmente se usam fraldas, estão aprendendo a usar o
banheiro ou frequentam creches e escolas infantis. As pessoas que vivem ou trabalham com crianças
pequenas também estão em maior risco de desenvolver a infecção por giárdia;
• Pessoas sem acesso à água potável: a giardíase é mais incidente onde o saneamento é inadequado ou
a água não é segura para beber. Você está em risco se você viajar para lugares onde a giardíase é
comum, especialmente se você não for cuidadoso sobre o que você come e bebe. O risco é maior em
áreas rurais ou selvagens;
• Pessoas que mantêm relações sexuais sem preservativo.

Incidência
O parasita costuma afetar com mais frequência os países tropicais por conta da temperatura agradável,
porém ela pode proliferar em qualquer parte do mundo, podendo atingir até 50% de uma mesma população. A
Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que ocorram mais de 200 milhões de casos anuais de giardíase
na África, Ásia e América Latina, 16 com elevada morbidade mundial, acometendo cerca de 280 milhões de
pessoas a cada ano. Infecções por protozoários intestinais são comuns em humanos por todo o mundo, com
infecções mais importantes em crianças pequenas, em mulheres grávidas e indivíduos com AIDS.
Diagnóstico
Os médicos que são indicados para tratar a giardíase são os infectologistas, enfermeiros, pediatras e
também clínicos gerais. O paciente pode anotar em um bloquinho o que está sentindo, o que ingere durante as
alimentações e também os medicamentos que toma para contar ao médico e fazer com que o diagnóstico seja
dado o quanto antes. O diagnóstico pode ser feito de diversas maneiras. Os exames costumam variar e podem
ser feitos através da microscopia das fezes, em pesquisa de antígenos do parasita nas fezes ou na aspiração
do conteúdo que há no duodeno do paciente.

Tratamento
A doença tem tratamento e cura, mas para que isso funcione é fundamental seguir à risca o que o médico
mandar. Pacientes que estão com sintomas de diarreia devem sempre se manter hidratados, principalmente as
crianças, pois possuem mais chances de se desidratarem. Alimentar-se de comidas que não tenham tanta
gordura é uma boa opção para dar descanso ao intestino. A melhor forma de garantir uma boa saúde é se
prevenir das doenças.

Profilaxia
• Manter as mãos sempre higienizadas faz com que grande parte das infecções seja evitada.
• Também é fundamental lavá-las com água e sabonete sempre depois de trocar uma criança ou após ir
ao banheiro e antes de lavar os alimentos.
• Ao viajar para locais que não haja saneamento básico, é preferível utilizar água engarrafada para realizar
atividades básicas como escovar os dentes e tomar água.
Profilaxia
• É importante também evitar comer alimentos que não sejam industrializados, pois eles podem ter sido
lavados com água contaminada. O mesmo vale para o gelo.
• Por mais que a água venha de rio, riacho, lago, poços ou nascentes, é importante filtrá-la ou fervê-la
para eliminar qualquer chance de contaminação. Para a fervura, é necessário deixar no mínimo 10
minutos no fogo de cerca de 70°C. Ao nadar ou entrar em piscinas, lagos ou riachos, evite engolir água.
• Ao realizar o sexo anal, é necessário estar totalmente protegido para garantir a prevenção da doença
que, apesar de quase não haver riscos de saúde, os sintomas podem ser incômodos.

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