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DISGRAFIA: INTERVENÇÃO

FONOAUDIOLÓGICA
CASOS CLÍNICOS

Profª e Fga Esp. Jéssica Iara Costa Bessa Paraguassu

Discentes: Ariadne Bordin


Adna Santana
Estefani Freitas
Pármenas Pimenta

2016 - 1
A disgrafia pode ser caracterizada como um tipo de dificuldade de
aprendizagem relacionada à linguagem, caracterizada por alterações
na pressão da letra e falta de harmonia nos movimentos dissociados,
bem como signos gráficos indiferenciados. Pode ser adquirida por
lesão ou ser resultado de uma disfunção no SNC. Para alguns
especialistas, enquanto a lesão resulta em perda de habilidades
anteriormente adquiridas, a disfunção resulta no desenvolvimento
anormal da habilidade de escrever. “A disgrafia de enfoque funcional
começa a ter maior consistência a partir do início da escolarização.
Algumas pessoas portadoras de disgrafias podem também
apresentar a disortográfia. Isso acontece devido ao
amontoado de letras na escrita, que por sua vez escondem
erros ortográficos.
Mas vale ressaltar que não são todos disgráficos que possuem
disortografia. A disgrafia, porém, não está associada a
nenhum tipo de comprometimento intelectual.
TIPOS
Podemos encontrar dois tipos de disgrafia:
- Disgrafia motora (discaligrafia): a criança consegue falar e
ler, mas encontra dificuldades na coordenação motora fina
para escrever as letras, palavras e números, ou seja, vê a
figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos para
escrever
- Disgrafia perceptiva: não consegue fazer relação entre o
sistema simbólico e as grafias que representam os sons, as
palavras e frases. Possui as características da dislexia sendo
que esta está associada à leitura e a disgrafia está associada à
escrita.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA
DISGRAFIA
Os especialistas consideram como principais características da disgrafia:
* Escrita marcada por junção de letras maiúsculas e minúscula;
* Mistura de letra de forma e cursiva;
* Letras muito juntas ou incompletas;
* Dificuldade ou lentidão para realizar cópias;
* Falta de respeito à margem do caderno;
* Emprego de muita força na mão no momento da escrita que comprometem a
caligrafia;
A ESCRITA DISGRÁFICA PODE OBSERVAR-SE COM
TRAÇOS POUCO PRECISOS E INCONTROLADOS. HÁ
UMA DESORGANIZAÇÃO DAS LETRAS, LETRAS
RETOCADAS E “FEIAS”. O ESPAÇO ENTRE AS LINHAS,
PALAVRAS E LETRAS SÃO IRREGULARES. HÁ UMA
DESORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO OCUPADO NA FOLHA E
PODE-SE REFERIR À PROBLEMAS DE ORIENTAÇÃO
ESPACIAL.
• Há falta de pressão com debilidade dos traços, ou traços
demasiadamente forte o que causa cansaço e lentidão na
hora da escrita. Além disso, devido a letra ilegível há
dificuldades de entendimento na hora da leitura por parte
dos alunos e professores.
ALGUMAS ORIENTAÇÕES
O USO DE PAUTAS QUADRICULADAS PODE CORRIGIR
OS TRANSTORNOS DE DIMENSÃO DAS LETRAS. DEVE-
SE DAR À CRIANÇA ALGUMAS ORIENTAÇÕES: AS
LETRAS ASCENDENTES OU DESCENDENTES OCUPAM
TRÊS QUADRADOS, AS LETRAS BAIXAS APENAS UMA.
TRANSTORNOS DA
INCLINAÇÃO

• •Desenhar linhas paralelas.


• •Desenhar ondas e linhas retas paralelas.
• •Recortar tiras de papel paralelas.
• •Numa folha de papel desenhar pontos em ambos os extremos que
a criança deve unir. Realizar também atividades de escrita
procurando terminar em locais adequados.
TRANSTORNOS DE ESPAÇAMENTO
O uso de pautas quadriculadas com o estabelecimento de
deixar três quadriculas entre as palavras pode ajudar na
homogeneidade do espaçamento.
TRANSTORNOS DE LIGAÇÃO ENTRE
ENTRE LETRAS

• Exercícios de repassar palavras e frases sem levantar o


lápis.

• Pôr palavras com letras separadas para que a criança as


una de forma correta.
TRATAMENTO
Não é recomendavel usar caderno de
caligrafia esse poderá sobrecarregar o
punho podendo dar dores no braço indo
até os ombros. É preciso intervenção
fonoaudiológica!
É importante que se faça uma avaliação
fonoaudiológica o quanto antes melhor
evitando-se assim o fracasso escolar.
POSIÇÃO DO CORPO

• Durante a escrita, o corpo tem de

permanecer paralelo à mesa evitando

que se forme um ângulo com esta,

uma vez que isso obriga a rodar os

ombros para escrever. As costas

devem estar apoiadas nas costas da

cadeira e só a zona dorsal formará

um ligeiro ângulo com o bordo da

mesa
POSIÇÃO DO PAPEL
•À medida que a criança cresce o papel vai-se separando da

posição vertical criando-se um ângulo cada vez maior entre a

mesa e a posição do papel. O ângulo de inclinação aumenta

progressivamente ao longo dos anos (nos adultos é de 30 º). Do

mesmo modo, a criança tende a proximar o papel em direcção

ao hemicorpo da mão que escreve. Determinadas posturas

provocam alterações no grafismo (ângulo inadequado,

movimentos persistentes). Convém realizar exercícios em que a

criança possa aprender a escrever com correcta inclinação. Um

exemplo é fixar o papel para impedir que a criança o mova

durante a escrita.

PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO

• Anamnese
• Prova de leitura oral e silenciosa, cópia, ditado e escrita
espontânea – TIPITI
• Habilidades metalinguísticas – PROHMELE
• Triagem do processamento auditivo
• Teste de velocidade de leitura oral e silenciosa
• Teste de nomeação rápida – RAN
• Avaliação audiológica completa
DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO
• Alteração de leitura e escrita
• Distúrbio de aprendizagem

DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO
• Funcional
• Orgânico
BIBLIOGRAFIA

http://www.centraldafonoaudiologia.com.br/tratamentos/f
onoaudiologia-disortografia

http://www.centrodefonoaudiologia.com/disgrafia/

httpdis://omovimentodaescrita.blogspot.com/2010/05/metodo-
antigrafico-exercicios-de.html

Clinicaama.med.br

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