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A ANÁLISE TEXTUAL DOS

DISCURSOS: PARA UMA TEORIA


DA PRODUÇÃO CO(N)TEXTUAL
DE SENTIDO.
(PASSEGGI et al. 2010)
CONTRIBUIÇÕES DE ADAM
 Pesquisas sobre as sequências textuais;
 Articula texto, discurso e gênero;
 Pensa o texto e o discurso como novas categorias;
 Redefine os campos da LT e da AD. LT como
subdomínio das práticas discursivas;
 Situa a LT no campo mais vasto da AD. “Ao mesmo
tempo, uma separação e uma complementaridade das
tarefas e dos objetos e da Linguística textual e da análise
de discurso.
A ANÁLISE TEXTUAL DOS DISCURSOS
(ATD)
 “pretende responder à demanda de propostas concretas
para a análise de textos”;
 Traz uma “reflexão epistemológica e uma teoria do
conjunto”;
 Advém da LT e mantém o seu pressuposto de base
semântica, pragmática, sociocognitiva e sócio-
interacionista;
 Dialoga com a Linguística Enunciativa (Benveniste,
Bakhtin e seu círculo, Authier-Revuz, ), dentre outros.
PARA ADAM:
 Linguística Textual “uma teoria da produção co(n)textual
de sentido que deve fundar-se na análise de textos
concretos”. Por isso propõe a desenvolver “análise
textual dos discursos”.
NÍVEIS DA ATD
 Níveis da análise de discurso e níveis da análise textual.
 Ver esquema já apresentado.
 Ver exemplos dos níveis de discurso e textual (p. 266,
267, 268).
NÍVEIS E UNIDADES TEXTUAIS
 “depreendidas e combinadas de acordo com as operações
de segmentação e de ligação”.
 Retomar esquema anterior que para os autores pode ser
integrado ao esquema 1 de Adam (esquema mais amplo).
AS PROPOSIÇÕES
 Unidade textual de base = Unidade textual mínima:
“proposição-enunciado” ou “proposição enunciada” –
“efetivamente realizada por um ato de enunciação”.
 Microunidade sintática e microunidade semântica .
 SN + SV, ou tema + rema (unidade de predicação). Ver
exemplos (p. 271)
O PERÍODO
 Termo bem explorado e bem trabalhado em Adam.
 Não corresponde ao “período” da língua portuguesa.
 A ATD recupera a noção retórica para designar uma
unidade de estruturação textual.
 Unidade que articula proposições e sequências, na
interface gramática/texto
 “Os períodos resultam das mais variadas formas de
ligação: ligações rítmicas, ligações léxico-semânticas,
ligações por conexões.
 Os períodos são “conjuntos mais ou menos complexos
de enunciados que entram na composição textual” e que
“permitem “levar em conta as conexões lógico-
gramaticais assim como rítmicas”. (Ver exemplo)
SEQUÊNCIAS
 “unidades textuais complexas, composta de um número
limitado de conjunto de proposições-enunciadas: as
macroproposições”.
 As macroproposições dependem de combinações
denominadas de sequências descritiva, narrativa,
argumentativa, explicativa e dialogal (ADAM, 2008,
2011)
A SEQUÊNCIA DESCRITIVA
 No nível da composição textual a aplicação de um
repertório de operações de base proposições descritivas,
ordenadas por um plano de texto.
 Quatro macrooperações: tematização, aspectualização,
relação, expansão por subtematização.
A SEQUÊNCIA NARRATIVA
 “as diferentes formas de construção da narrativa
dependem de seu grau de narrativização. O mais alto
grau seria expresso por 5 macroproposições narrativas de
base”.
 Ver esquema 3, 4 e 5.
 Análise do conto
A SEQUÊNCIA ARGUMENTATIVA
 “A passagem de um período argumentativo a uma
sequência argumentativa ocorre quando nos
aproximamos de um modelo de composição que se
apresenta como raciocínio, cujo objeto é ou demonstrar
ou refutar uma tese”.
 Dois movimentos são evidenciados: demonstrar-
justificar uma tese e refutar uma tese.
 Esquema de composição (p. 290)
A SEQUÊNCIA EXPLICATIVA
 Estrutura sequencial de base, na qual um primeiro
operador [por que?] introduz a primeira
macroproposição obrigatória (P. explicativa 1), e o
segundo operador [porque] leva à segunda
macroproposição obrigatória (P. explicativa 2). A
terceira da ratificação (P. explicativa 3).
 Esquema
A SEQUÊNCIA DIALOGAL
 “pares de atos de discurso à sequência dialogal”.
 Estrutura canônica.
 Pode apresentar “sequências fáticas”.
 Esquema
ESTRUTURAÇÃO DAS SEQUÊNCIAS
 Tipo homogênea
 Tipo heterogênea
PLANOS DE TEXTO
 São responsáveis pela estrutura composicional do texto.
 Planos de texto fixo e ocasional
 Esquema 10
 Responsabilidade enunciativa
 Esquema 10 (p. 299)

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