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INTRODUÇÃO À TEOLOGIA

Parte 2: Questões primárias

Todo cristão é um teólogo?


Quem precisa de teologia?
O que é teologia?
Por que estas são
questões importantes?
Porque estamos em um
curso
acadêmico de Teologia!
Stanlet J. Grenz e Roger E. Olson, Quem precisa de teologia?
Vida, 2002. p. 14
“muitos cristãos da
atualidade têm o
conceito estranho de que
teologia é um assunto a
ser evitado”
Stanlet J. Grenz e Roger E. Olson, Quem precisa de teologia?
Vida, 2002. p. 14
“Ninguém que reflita sobre as
perguntas cruciais da vida escapa
de fazer teologia. E qualquer um
que reflita sobre as questões
fundamentais da vida – incluindo
perguntas sobre Deus e nossa
relação com Ele – é teólogo.”

Stanlet J. Grenz e Roger E. Olson, Quem precisa de teologia?


Vida, 2002. p. 14
Fatos contrários à prática de
uma teologia saudável
no meio evangélico:

 muita desinformação sobre o real


sentido de textos da Bíblia,
 frieza em relação à teologia e,
 desinteresse no estudo das Escrituras.
Estas são posturas
antagônicas dos que dizem:

 ter fome de entendimento sobre Deus


e Sua Palavra,
 ter interesse em retiros espirituais
para ter mais intimidade com Deus,
 ter interesse em seminários e oficinas
para cristãos leigos e pastores.
Alegam engajamento em uma
vida cristã ativa, mas...

O sentimento sobre estudar teologia ou


pelo menos examinar as Escrituras é:
 aversão
 hostilidade
 dizem que é um risco e que
 poderão perder a fé
?
medo de pensar...
Oh, ele não examina as Escrituras e
tem medo de ir pro inferno só porque
ouviu falar de teologia. HEREGE !
A fé cega também é um tipo de
teologia, ainda que heterodoxa.
“Deus é o horizonte de todas as
indagações humanas [...] autores
populares, compositores,
novelistas, poetas e as mentes
criativas da cultura popular
atuam como teólogos”

Stanlet J. Grenz e Roger E. Olson, Quem precisa de teologia? Vida,


2002. p. 15
GRENZ E OLSON DEFENDEM QUE

ARTISTAS ATUAM COMO


TEÓLOGOS

VOCÊ CONCORDA?
A Paixão de Cristo (Mel Gibson)
diálogos falados em hebraico, latim e aramaico
cenas intensas, recortes da história nua e crua

“De certa forma, é minha


interpretação e minha visão, mas
não penso ter traído o Evangelho.
Acho que fui muito fiel a ele", disse
o diretor Mel Gibson.
“...a ideia de enfatizar o sofrimento partiria
do seguinte pressuposto: talvez, para Gibson
e seus simpatizantes, muitos cristãos
estariam encarando sua fé de forma muito
light, esquecendo-se de que, para a tradição
cristã, Cristo sofreu para trazer a salvação.
A memória e a consciência do sofrimento de
Cristo são parte de uma
“pedagogia” de aprendizado religioso”
http://www.pucsp.br/rever/relatori/filjun04.htm
O filme de Gibson é o oposto dos
filmes holiwoodianos de cenários
clean e um Cristo mais alegórico.
OLHOS AZUIS: No meio, Robert
Powell, em 1977, no filme “Jesus de
Nazareth”. Abaixo, Jeffrey Hunter, no
papel de "O Rei dos Reis", de 1961.
“Quando Deus criou as artes,
deu a elas um lugar no mundo,
ao qual chamou de bom. A arte
existe porque Deus quis que
existisse. Ela tem função e
significado próprios”
Hans Rookmaaker
in http://www.wilsonporte.org/site/o-cristao-e-as-artes-pagas/
Às vezes o homem usa
as artes para induzir
sentimentos, transmitir
visões particulares,
filosofias e conceitos.
Qual destas
imagens de Jesus
o mundo aceita
mais facilmente?
Cabelo claro e traços delicados.
Manipulação a favor de um
padrão de beleza europeu?
ANALISE:
Que intenções há
por trás da escultura a
seguir?
LA PIETÀ
Esculpida
entre
1498 e 1499.
Michelangelo
quebrou as
regras de
proporção
para dar maior
expressividade
à sua obra.

Acervo da Basílica de São Pedro.


foi esculpida para que os
contempladores tivessem pena
do Cristo sobre os braços da
mãe. Para conseguir o efeito,
Michelangelo teve de esculpir a
Maria maior que Jesus
E nós nem percebemos...
“Obviamente, o ser humano tem dó do
que é menor, pequeno, indefeso...
Michelangelo sabia disso e tinha
conhecimento em anatomia, pois a
tíbia de Maria — osso localizado
abaixo do joelho e considerado o
segundo maior do corpo humano — é
bem maior que a do Cristo”
O propósito oculto na escultura
era exaltar a figura de Maria,
não só pelo tamanho e
desproporção, mas também
pela aparência mais jovem do
que na realidade seria.

A imponente escultura tem 174 cm de altura.


Por vezes, as artes podem
fazer saltar aos nossos
olhos uma certa teologia
em defesa da fé: o Servo
sofredor identifica-se com
o homem que sofre.
Um olhar vale por muitas palavras.
Identificação com aquele que contempla
a dor, o sangue, as feridas.
TEOLOGIA DA PERSEVERANÇA DOS SANTOS
O martírio de André e o recebimento da coroa da vida.
Disse-lhe Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida.
Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” Jo 11:25
Por outro lado, a arte não cristã
pode ilustrar crenças diferentes
e outro modo de vida. A arte
grega, por exemplo, conta sobre
mitologia, o valor do gozo da
vida presente, o valor dos
esportes e da música.
Pintura no vaso
representa
Hércules
matando a Hidra
de Lerna,
serpente com
nove cabeças.
Valorização
dos prazeres
na vida
presente.
Nenhuma obra de arte
está isenta das
crenças de seu autor.

(pressupostos e
cosmovisão)
Para os gregos antigos as
mulheres eram desprovidas de
intelecto e de sabedoria. A
relação sexual entre homens
servia para a “contemplação do
amor” e preparação didática de
jovens para a vida adulta.
Homem mais velho, o erastes, era o mentor e amante
de um garoto mais jovem, o eromenos. CRENÇAS:
Eles acreditavam que o esperma era a fonte do
conhecimento e que por meio dele era possível
“transmiti-lo”.
Os gentios, influenciados pelo mundo
helênico, acreditavam que
a matéria é má e o espirito bom.
Desta dicotomia surgiu a crença de que
somos feitos de duas partes quase que
independentes – corpo e espírito ou alma,
o que é uma inverdade,
daí porque muitos cristão gentios não se
preocupavam com o pecado.
A teologia dos ateus:

Deus não existe!

Paradoxalmente, este é um pensamento


teológico – a teologia de não-Deus.
Você é Criacionista ou Evolucionista e a
sua escolha define em que você crê.
O homem quer respostas
às grandes questões da vida:
- Por que das injustiças sociais?
- Por que do sofrimento humano?

Cada um formula respostas com


base na visão de mundo, visão
de Deus ou deuses ou não-Deus.
Wood Allen, em seus filmes
centrados na psicologia, explora
a grande pergunta repetidas
vezes levantada pelo salmista:
“Por que os maus prosperam e
os íntegros sofrem?”
(cf. Jó 21:7-15; Habacuque 1:4,13; Salmo 73)
Em “Crimes e pecados”,
embora não ocorra com
frequência uma pergunta
explícita sobre Deus, o tema
Deus está implícito na
pergunta aflitiva “Por quê?”
Stanlet J. Grenz e Roger E. Olson, Quem precisa de teologia?
Vida, 2002.
Sem Deus => sem pergunta aflitiva
Se a vida surgiu ao acaso
- não há propósito
- não há aflição

Então por que estão aflitos os ateus ante


a prosperidade de uns
em detrimento de outros,
a felicidade de uns e o choro de outros?
Woody Allen (mãe judia) é ateu.
Admitiu não ter razão para existir.

“Que mundo! Poderia ser maravilhoso


se não fossem as pessoas.”

“Deus não existe e, se existe,


não é muito confiável.”

“Por ser ateu e não acreditar numa razão


para estarmos aqui, tive uma vida muito
triste, sem esperança, assustadora”

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