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Fundação Hermínio Ometto – FHO

Uniararas
Núcleo Comum de Engenharia

FÍSICA GERAL III


ELETRICIDADE E MAGNETISMO

Prof. José Erinaldo da Fonsêca

Araras – SP, 12 de Fevereiro de 2014


Plano de Ensino

Cargas Elétricas(Lei de Coulomb).


Campos Elétricos.
Lei de Gauss.
Potencial Elétrico.
Capacitância.
 Prova P1(data provável: turmas B, D, C, E : 07, 09, 10 e 11/04/2014)

Campos Magnéticos.
Campos Magnéticos produzidos por correntes.
Indução e Indutância.
Magnetismo da Matéria.
 Prova P2 (data provável: turmas B, D, C, E : 09, 11, 05 e 13/04/2014)
Plano de Ensino

BIBLIOGRAFIA BÁSICA
HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física. Vol. 3. 7a Ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2007.
TIPLER, P. Física para cientistas e engenheiros. Vol. 3. 5ª Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.
YOUNG, H. D. & FREEDMAN, R. A. Sears e Zemansky Física. 10ª Ed. Vol. 3. São
Paulo: Addison Wesley, 2003.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
KELLER, F. J.; GETTYS, W. E.; SKOVE, M. J. Física. Vol. 3. São Paulo: Makron Books, 1999.
SERWAY, R. A. & JEWETT JR, J. W. Princípios de física. Mecânica clássica. Vol. 3. São Paulo:
Pioneira, 2004.
NUSSENZVEIG, H. M..  Curso de física básica.  Vol. 3. São Paulo: Edgard Blucher, 1981.
ALONSO, M.; FINN, E. J. Física : um curso universitário.  Vol. 3. São Paulo: Edgard Blucher, 1972.
FEYNMAN, R. P.; LEIGHTON, R. B.; SANDS, M..  Lições de física de Feynman.  Vol. 3. Porto
Alegre: Bookman, 2008. 
Cargas Elétricas

 Em tempo seco, é possível produzir


uma fagulha simplesmente
caminhando em certos tipos de
tapetes e depois aproximando a mão
de uma maçaneta.

 Também podem surgir faíscas


quando você remove roupas de uma
secadora.

 Esses exemplos revelam que existem


cargas elétricas em todos os corpos.
Cargas Elétricas

 A carga elétrica é uma propriedade


intrínseca das partículas
fundamentais de que é feita a
matéria.

 É uma propriedade associada à


própria existência das partículas.
Cargas Elétricas

 A grande quantidade de cargas que


existem em qualquer objeto
geralmente não pode ser observada
porque o objeto contém
quantidades iguais de dois tipos de
cargas: positivas e negativas.

 Quando existem essa igualdade de


cargas, dizemos que o objeto é
eletricamente neutro.

 E quando essas quantidades de


cargas são diferentes?
Cargas Elétricas

 Quando as quantidades dos dois


tipos de cargas contidas em um
corpo são diferentes, a carga total é
diferente de zero e dizemos que o
objeto está eletricamente
carregado.

 Os objetos eletricamente
carregados interagem exercendo
forças uns sobre os outros.

 Como mostrar que isso é verdade?


Cargas Elétricas
 Carregamos um bastão de vidro
friccionando uma das extremidades
com um pedaço de seda.

 Nos pontos de contato entre o bastão


e a seda pequenas quantidades de
cargas são transferidas de um
material para o outro.

 Suponha que, o bastão seja isolado


por um fio impedindo que sua carga
elétrica mude.

 Ao aproximar desse bastão um novo


bastão eletricamente carregado, os
dois sofrem uma repulsão.
Cargas Elétricas

 Por outro lado, quando


friccionamos um bastão de plástico
com um pedaço de lã, o bastão fica
eletricamente carregado.

 Se aproximamos este novo bastão


ao bastão de vidro suspenso,
observamos uma atração.

 O que podemos concluir?


Cargas Elétricas
 Carga de mesmo sinal se repelem e
cargas de sinais opostos se atraem.

 Os termos “positiva” e “negativa”


foram escolhidos arbitrariamente
por Benjamin Franklin.

 Ao lado, uma partícula de plástico


usado nas copiadoras.

 A partícula está coberta por


partículas ainda menores de toner,
que são atraídas por forças
eletrostáticas.
Condutores e Isolantes
 Os materiais podem ser
classificados de acordo com a
facilidade com a qual as cargas
elétricas se movem em seu interior.

 Condutores: as cargas se movem


com facilidade. Ex: metais, corpo
humano e água da torneira.

 Isolantes (Não condutores): as


cargas não podem se mover. Ex:
plástico, borracha, vidro e água
destilada.
Condutores e Isolantes

 Semicondutores:  Supercondutores:
apresentam propriedades são condutores perfeitos, ou seja,
elétricas intermediárias entre o não há resistência quanto a
condutor e o não condutor. Ex: locomoção das cargas.
silício e germânio.
Condutores e Isolantes

   Como já é bem conhecido, a maior parte das


propriedades físicas variam com a
temperatura, a condutividade e a resistividade
não são diferentes.

 Em geral a relação entre a temperatura e a


resistividade é razoavelmente linear para a
maioria dos metais.

 Com isso, se esperava que em temperaturas


muito baixas, próximo ao “zero absoluto” a
resistividade poderia tender a zero, aparecendo
uma nova propriedade de supercondutividade.

 Supercondutores são materiais que


apresentam pouca ou nenhuma resistência ao
fluxo elétrico.
Condutores e Isolantes

 Muitas teorias citadas sobre os


supercondutores eram conhecidas
no início do século XIX, mas não
eram comprovadas para
temperaturas muito baixas.

 Heike Kamerlingh Onnes foi o


primeiro pesquisador a liquefazer o
hélio em 1908 e realizar
experiências com temperaturas
pouco acima do “zero absoluto” em
torno de 4K.
Condutores e Isolantes
  Heike K. Onnes não conseguiu explicar Prêmio Nobel de Física de 1972.
a propriedade de um supercondutor
satisfatoriamente.

 Após 46 anos surgiu uma explicação


bem sucedida do fenômeno
supercondutividade.

 Em 1957, os físicos John Bardeen


(esquerda), Leon Cooper (no centro) e
Robert Schrieffer (direita)
apresentaram um modelo teórico que
concordava muito bem com as
observações experimentais nos
supercondutores, essa teoria ficou
conhecida como Teoria BCS.
Condutores e Isolantes
 As propriedades dos condutores ou não
condutores se devem à estrutura e a
natureza elétrica dos átomos.

 Os átomos são formados por 3 tipos de


partículas: prótons, elétrons e neutros.

 Quando os átomos de um material


condutor se unem para formar um sólido,
alguns dos elétrons mais afastados do
núcleo se tornam “livres” para vagar no
material – elétrons de condução. Quanto mais distante do núcleo menor a força
eletrostática.

 Portanto, átomos do material ficam


positivamente carregados.
Condutores e Isolantes

 Carga Induzida:
Como podemos observar na figura ao
lado, uma barra de plástico
negativamente carregada atrai
qualquer uma das extremidades de
uma barra neutra de cobre.

Embora a barra de cobre como um


todo continue a ser eletricamente
neutra, dizemos que possui uma
carga induzida.
Lei de Coulomb
 Duas partículas carregadas exercem
forças uma sobre a outra.

 Mesmo sinal – se repelem.


 Sinais opostos – se atraem.

 Esta força é chamada de força


eletrostática.

 A lei que permite calcular essa força


é a Lei de Coulomb(1785).
Lei de Coulomb
 A Lei de Coulomb é representada
pela seguinte expressão:

 q1q2
F  k 2 rˆ
r

r̂é um vetor unitário na direção da
reta que une as duas partículas.
 r é a distância entre as partículas
 k é a constante eletrostática.

 Existe alguma expressão semelhante?


Lei de Coulomb
 A força gravitacional entre duas
partículas.

 m1m2
F  G 2 rˆ
r

Onde G é a constante gravitacional.

Apesar de semelhantes, o que as


difere?
Lei de Coulomb

 Existe apenas um tipo de massa(atração).

 Existem dois tipos de carga elétrica(atração e repulsão).

 A Lei de Coulomb resistiu a todos os experimentos e nunca foi encontrada uma exceção.

 Até mesmo no mundo atômico ela é válida.

 Explica corretamente as forças que unem os átomos para formar moléculas e as forças que
unem os átomos e moléculas para formarem sólidos e líquidos.

 Enquanto a mecânica Newtoniana deixa de ser válida nesse contexto.


Lei de Coulomb

 A unidade de carga no SI é o coulomb (C), que é obtido através da definição


de corrente elétrica.
dq
i
dt
 Onde i é a corrente elétrica (ampéres) e dq (coulombs) é a quantidade de cargas que passa por um
ponto ou região do espaço no intervalo de tempo dt.

dq  idt 1C  (1A)(1s)
 Por razões históricas, a constante eletrostática k é escrita como:

2
1 N .m A constante ε0 é conhecida como
k  8,99 x109 a permissividade do vácuo.
4 0 C2
Lei de Coulomb
 Outra semelhança que existe com a
força gravitacional é que ambas
obedecem ao princípio da
superposição.

     
F1,tot  F12  F13  F14  F15  ...  F1n

 Em um sistema com n partículas


carregadas, as partículas
interagem independentemente,
aos pares, e a força que age sobre
uma das partículas, a partícula 1,
por exemplo, é dada pela soma
vetorial.
Teorema da casca na eletrostática
 Uma casca com uma distribuição
uniforme de carga atrai ou repele
uma partícula carregada situada
do lado de fora da casca como se
toda a carga da casca estivesse
situada no centro.

 Se uma partícula carregada está


situada no interior de uma casca
com uma distribuição uniforme de
carga, a casca não exerce
nenhuma força eletrostática sobre
a partícula.
A carga é quantizada
 Na época de Benjamin Franklin, a
carga elétrica era considerada um
fluido continuo.

 Hoje, sabemos que mesmo os


fluidos “clássicos”, como a água e o
ar, não são contínuos e sim
compostos de átomos e moléculas.

 A matéria é quantizada.

 O “fluido elétrico” é composto de


unidades elementares de carga:

q  ne
n  1, 2, 3,.... e  1,602 x1019 C
A carga é conservada

 Quando friccionamos um bastão de vidro com um pedaço de seda, o bastão fica


positivamente carregado.

 As medidas mostram que uma carga negativa de mesmo valor absoluto se acumula na
seda.

 Isso sugere que o processo não cria cargas, mas apenas transfere carga de um corpo para o
outro.

 Essa hipótese de conservação da carga elétrica, proposta por Benjamim Franklin, nunca
foi contrariada até os dias de hoje.
Referências

BIBLIOGRAFIA BÁSICA
HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física. Vol. 1. 7a Ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2007.
TIPLER, P. Física para cientistas e engenheiros. Vol. 1. 5ª Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.
YOUNG, H. D. & FREEDMAN, R. A. Sears e Zemansky Física. 10ª Ed. Vol. 1. São
Paulo: Addison Wesley, 2003.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
KELLER, F. J.; GETTYS, W. E.; SKOVE, M. J. Física. Vol. 1. São Paulo: Makron Books, 1999.
SERWAY, R. A. & JEWETT JR, J. W. Princípios de física. Mecânica clássica. Vol. 1. São Paulo:
Pioneira, 2004.
NUSSENZVEIG, H. M..  Curso de física básica.  Vol. 1. São Paulo: Edgard Blucher, 1981.
ALONSO, M.; FINN, E. J. Física : um curso universitário.  Vol. 1. São Paulo: Edgard Blucher, 1972.
FEYNMAN, R. P.; LEIGHTON, R. B.; SANDS, M..  Lições de física de Feynman.  Vol. 1. Porto
Alegre: Bookman, 2008. 
Fim

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