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PLANEAMENTO

FAMILIAR
DOCENTE:PAULO CATARINO
SAÚDE REPRODUTIVA E SAÚDE
SEXUAL
“Um estado de completo bem-estar físico,
mental e social em todas as questões
relacionadas com o sistema reprodutivo, e não
apenas a ausência de doença ou enfermidade.
A saúde reprodutiva implica, assim, que as
pessoas são capazes de ter uma vida sexual
segura e satisfatória e que possuem a
capacidade de se reproduzir e a liberdade
para decidir se, quando e com que frequência
devem fazê-lo."
 A definição de Saúde Reprodutiva adoptada por instituições de referência como a International Planned Parenthood Federation(IPPF) ou a Organização
Mundial de Saúde, é a que resultou da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD) realizada no Cairo em 1994.
SAÚDE SEXUAL REPRODUTIVA

Implícito nesta última condição está o


direito de homens e mulheres e A saúde reprodutiva implica ainda "ter
adolescentes à informação o direito a aceder a serviços e
e ao acesso aos métodos de cuidados de saúde adequados que
contraceção e planeamento garantam à mulher condições de
familiar eficazes, seguros e segurança durante a gravidez e o
financeiramente compatíveis com a parto, proporcionando aos pais
sua condição, assim como a outros maiores possibilidades de terem
métodos de regulação da fertilidade filhos saudáveis."
que estejam dentro do quadro legal.
OMS
 “Os direitos em matéria de reprodução
correspondem a certos direitos do Homem já
consagrados em legislações nacionais e
internacionais.
 Têm como fundamental o reconhecimento
aos casais e ao indivíduo da capacidade de
decisão, livre e responsável, do número de
filhos desejado e programar o seu intervalo.
Devem ser informados sobre os métodos para
prevenir a gravidez, assim como devem ter
direito às melhores condições de saúde
possíveis.”
CONTEÚDOS

 Objetivos do
Planeamento Familiar

 Atividades a
Desenvolver

 Consulta de
Enfermagem

 Métodos
Contracetivos
PLANEAMENTO FAMILIAR
 O Planeamento Familiar (PF) é uma componente
fundamental na prestação de cuidados na área da Saúde
Sexual e Reprodutiva, tendo como principal objetivo o
apoio e acompanhamento de mulheres e homens no
planeamento do nascimento dos seus filhos, sobretudo
através do aconselhamento e contraceção. Para além
destas vertentes o PF deve:
 promover uma vivência sexual gratificante e segura; 
 preparar uma maternidade e paternidade saudáveis
 prevenir a gravidez indesejada;
 reduzir os índices de mortalidade e morbilidade
materna, perinatal e infantil;
 reduzir o número de doenças sexualmente
transmissíveis;
ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS
 Considerados como alvos prioritários das atividades
de planeamento familiar, os adolescentes e, nesse
sentido, devem ser implementadas medidas para
atrair e fixar este grupo etário, designadamente,
através de horários flexíveis, atendimento
desburocratizado.
 Criar condições que facilitem o acesso dos
homens, em particular dos mais jovens, a estas
consultas.
 Podem ser inscritos na consulta de planeamento
familiar os indivíduos em idade fértil:
 Mulheres/meninas dos 15 até aos 49 anos;
 homens, sem limite de idade.
ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS
 Devem ser especialmente orientadas para o
planeamento familiar as mulheres:
- com doença crónica que contra-indique uma
gravidez não programada.
- com paridade 4.
- com idade inferior a 20 anos e superior a 35 anos.
- cujo espaçamento entre duas gravidezes for
inferior a 2 anos.
- puérperas.
- após a utilização de contraceção de emergência.
 após uma interrupção da gravidez.
 As consultas de planeamento familiar estão
isentas de taxas moderadoras.
PERIODICIDADE
CONSULTA DE CONSULTA MÉDICA
ENFERMAGEM

6 EM 6 MESES ANUAL
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA EDUCAÇÃO SAÚDE

Criar empatia

Saber escutar

Interagir

Criar clima de confiança (Enfermeiro(a)/Mulher/Homem

Encorajar o utente a colocar questões

Adequar a informação a cada utente

Evitar informação excessiva

Certificar que a informação foi compreendida


1.ª CONSULTA DE ENFERMAGEM

História clínica

Investigar as possíveis contra-indicações absolutas e relativas;

História familiar (história oncológica);

Antecedentes pessoais:
• Hábitos medicamentosos
• Hábitos tabágicos
• Hábitos alcoólicos
• Grupo Sanguíneo
• Vacinação
• História Obstétrica (partos, abortos, gravidezes etópicas, DPPNI,Placenta
prévia,diabetes gestacional)
• História Ginecológica (colpocitologia 3-3 anos,mamografia 35,40,42,44…)
• Utilização anterior de métodos contracetivos
1.ª CONSULTA DE ENFERMAGEM
EXAME FÍSICO
1.Tensão Arterial 1.Colpocitologia(Enfermeiro
2.Peso Especialista/Médico)-
3.Estatura Questionar data e
resultado;
4.Índice de Massa
Corporal 2.Exame
5.Perímetro Abdominal Mamário(Enfermeiro
Especialista/Médico)
PERÍMETRO ABDOMINAL
INDICADOR DE RISCO METABÓLICO

 O Perímetro Abdominal indica-nos a distribuição da gordura


corporal em adultos (> 18 anos).
 A gordura abdominal está relacionada com o risco metabólico
(Riscos Associados: Desenvolver problemas de saúde
associados à obesidade como a diabetes, doenças
cardiovasculares, pressão sanguínea elevada).
 Meça o Perímetro Abdominal com uma fita métrica, entre o
rebordo inferior da última costela e a crista ilíaca (zona
correspondente à cintura).
 Nível de Risco Masculino Feminino
 Risco Aumentado ≥ 94  ≥ 80
 Risco Muito Aumentado ≥ 102  ≥ 88
1.ª CONSULTA DE
ENFERMAGEM
Educação para a Saúde
-Vantagens e - Efeitos -Importância
desvantagens secundários do Rastreio do
dos métodos do método Cancro do colo
contracetivos selecionado; do útero e da
existentes. - Como se mama.
Utiliza o
método
contracetivo;
- Falhas
possíveis;
CONSULTAS SEGUINTES

Exame Educação
Rastreios
Físico para Saúde

- Verificar se fez
-TA -Estilos de Vida Colpocitologia e
Saudável; resultado;
-Certificar se o utente - Mais de 35 anos
- PESO usa o método verificar se fez
contracetivo mamografias/ecografias
Corretamente. mamárias e registar
- IMC resultados.
CANCRO DA MAMA
 O cancro da mama é a neoplasia mais frequente do sexo feminino.
Afeta 1 em cada 9 mulheres e constitui a causa mais frequente de
mortalidade na faixa etária entre os 35 aos 55 anos de idade na União
Europeia.
 Atendendo a que não existem, ainda, medidas efetivas capazes de
prevenir ou curar a doença em qualquer estádio de diagnóstico e a que
mais de 90% das doentes com cancro podem ser curadas, se
diagnosticadas num estádio precoce e adequadamente tratadas, não
devem ser poupados esforços no diagnóstico precoce da doença.
 O diagnóstico da patologia mamária é uma atividade multidisciplinar
que requer profissionais treinados e experientes, utilizando
equipamentos e técnicas de diagnóstico específicas, que deverão ser
usadas com critério clínico e ponderação de custo e de eficácia.
 É recomendado que todas as doentes sintomáticas sejam referenciadas
a serviços clínicos especializados.
CONSULTAS SEGUINTES
 NOTA:
Na Consulta subsequente ao início de um novo
método contracetivo, deve questionar-se a utente
sobre os efeitos sentidos com o novo método
contracetivo e se estes já desapareceram ou pelo
menos estão minimizados.
• Deve marcar-se 3 meses após e não 6 meses
CONSULTAS SEGUINTES

 Perguntar como está a tomar a pílula;

 Questionar sobre falhas na toma, uso de


antibióticos, situações de doença
(diarreias,vómitos, e.t.c.);
REGISTOS DE ENFERMAGEM
S CLINICO
1. PROGRAMAS DE SAÚDE

1. Saúde de Adulto/Saúde Juvenil

2. Saúde Reprodutiva e Planeamento Familiar


PROCESSO DE ENFERMAGEM
2.FOCOS DE ATENÇÃO

1. Planeamento Familiar

2. Uso de Contracetivos

3. Comportamento de Procura de Saúde

4. Auto-vigilância
3.INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
1. Ensinar sobre Planeamento Familiar;
2. Ensinar sobre o uso de métodos contracetivos;
3. Ensinar sobre comportamento de procura de saúde;
4. Instruir sobre auto-vigilância da mama;
5. Informar sobre livro de PF(cada vez mais em desuso);
6. Orientar para consulta médica;
7. Providenciar material de leitura;
8. Elogiar/incentivar a adesão à vacinação ;
9. Monitorizar TA;
10. Monitorizar IMC;
11. Monitorizar Peso Corporal;
12. Monitorizar Altura Corporal;
13. Monitorizar Perímetro Abdominal;
1. Informar sobre os benefícios do espaçamento
ATIVIDADES A adequado das gravidezes.
DESENVOLVER 2. Esclarecer sobre as vantagens de regular a
fecundidade em função da idade.
3. Elucidar sobre as consequências da gravidez
não desejada.
4. Informar sobre a anatomia e a fisiologia da
reprodução.
5. Facultar informação completa, isenta e com
fundamento científico sobre todos os
métodos contracetivos.
6. Proceder ao acompanhamento clínico,
qualquer que seja o método contracetivo
escolhido.
7. Fornecer, gratuitamente, os contracetivos
8. Prestar cuidados pré-concecionais tendo
em vista a redução do risco numa futura
gravidez.
1. INFORMAR SOBRE OS BENEFÍCIOS DO
ESPAÇAMENTO ADEQUADO DAS GRAVIDEZES
 O tempo ideal entre filhos é, segundo a Organização Mundial de Saúde,
entre dois a cinco anos. Uma nova gravidez muito cedo ou mais tarde tem
mais riscos para o bebé e para a mãe, justifica a organização.
 O risco de um espaçamento entre gravidez superior a cinco anos é maior
quando a mulher tem o primeiro filho mais tarde, ou seja, depois dos 35
anos. Uma vez que, desta forma, a gravidez seguinte terá todos os riscos
associados a esta idade, como por exemplo maior probabilidade de
malformações no bebé. Além disso, também será mais difícil engravidar,
pois a fertilidade começa a descer a partir dos 35 anos.
 Quando o intervalo entre gravidezes é muito curto os riscos incluem maior
probabilidade de parto prematuro, de anomalias congénitas e de atraso no
crescimento fetal. Pensa-se que estas complicações podem estar
relacionadas com a diminuição de nutrientes e vitaminas decorrentes do
esforço do corpo na gravidez anterior.
 No caso de o parto anterior ter sido cesariana, existe também o risco de
rotura uterina, recomendando-se, por isso, pelos menos, um intervalo de 18
a 24 meses para uma nova gravidez.
 No caso de um aborto, as recomendações são para que se espere seis meses
antes de voltar a engravidar, embora o médico possa ter outra opinião
dependendo do tempo de gestação em que ocorreu a perda gestacional.
2. ESCLARECER SOBRE AS VANTAGENS DE
REGULAR A FECUNDIDADE EM FUNÇÃO DA IDADE

 Diante a essa mudança no comportamento feminino em que muitas mulheres


procuram estabilidade financeira antes de se dedicarem a maternidade,
muito se questiona se há realmente uma idade certa para engravidar ou qual
seria a melhor idade para ser mãe.
 De acordo com os ginecologistas, em termos biológicos a melhor idade seria
por volta dos dezoito a vinte anos porque apesar de a menstruação ser o
primeiro sinal de que o corpo está pronto para gerar um bebé, é somente por
volta dos dezoito que há uma maturação do sistema reprodutor feminino.
Porém a mulher pode engravidar com tranquilidade até os vinte oito a trinta
anos, pois são considerados período de grande fertilidade e amadurecimento
psicológico.
 Após os trinta anos, com o envelhecimento natural e o avanço da idade, a
produção dos óvulos diminui aumentando a dificuldade em engravidar e ainda
há outros fatores a serem considerados, pois a partir dessa idade muitas
gestações são consideradas de risco, aumentando as complicações como a
hipertensão, parto prematuro, aborto e má formação do feto.
 Embora a gravidez após os trinta e cinco anos não seja muito recomendada,
é possível, pois devido ao avanço na medicina muitas mulheres podem ter
uma gravidez segura, porém deve ser planeada e acompanhada de perto pelo
enfermeiro/médico.
 Desde a década de 60 o universo feminino tem
vindo a modificar-se. As mulheres vêm
conquistando cada vez mais espaços,
principalmente no setor profissional,
paralelamente a toda essa evolução e conquista,
muitos métodos contracetivos vêm sendo
desenvolvidos de forma a permitir à mulher
definir o melhor momento para uma gravidez.
 Diante dessa nova realidade social, o mais
importante é que a gravidez seja planeada e
desejada, pois para uma gravidez saudável e
tranquila, uma boa alimentação e a prática de
atividades físicas são fatores essenciais para uma
melhor qualidade de vida, tanto da futura mãe
quanto do bebê.
3.ELUCIDAR SOBRE AS CONSEQUÊNCIAS DA
GRAVIDEZ NÃO DESEJADA
Será que estou grávida? Será que ela está grávida?
 Se existiram relações sexuais desprotegidas - pelos
mais variados motivos - e a menstruação não
apareceu na altura em que deveria surgir, não vale a
pena entrar em pânico, mas também não adianta
“fingir” que não é nada. É preciso refletir um pouco
sobre a situação e avançar para um teste de gravidez!
 Este pode ser comprado na farmácia e levado para
fazer em casa (com a primeira urina da manhã) ou
então pode ser feito na própria farmácia (levando a
urina num recipiente esterilizado).
 Pode ainda fazer o teste no Centro de Saúde numa
consulta de Planeamento Familiar.
 Se deu negativo...
 São muitas as raparigas e rapazes que já passaram por este
tipo de experiência, sentindo certamente o mesmo pânico,
os mesmos medos, tendo as mesmas dúvidas, as mesmas
preocupações e partilhando a mesma esperança de que o
resultado vai dar negativo e que tudo “não passou de um
susto” ou que “felizmente desta escapámos”!
 Desta vez tiveram sorte, mas é importante lembrar que nem
sempre a sorte anda connosco. Após esta experiência, é
importante pensarem no método contracetivo que melhor se
adapta a vocês e que não vale a pena correr riscos
desnecessários.
 Devem marcar uma consulta de Planeamento Familiar, quer
no Centro de Saúde da área de residência ou outro,
dirigirem-se a um Gabinete de Apoio a Jovens ou ligar para a
Sexualidade em Linha, no caso de haver alguma dúvida
quanto ao método que utilizam ou para obterem contactos
de Espaços de Atendimento a Jovens na área da Sexualidade.
 Deu positivo, e agora?
 Uma gravidez precoce não planeada implica sempre
uma tomada de decisão. Independentemente da
decisão que se venha a tomar, é importante procurar o
apoio de uma ou mais pessoas, para que esta possa ser
uma reflexão ponderada e de forma a conseguir lidar
melhor com a situação.
 Neste momento surgem perguntas como: “o que vão
dizer os meus pais?”, “como vai ser o meu futuro?” ou
“será que devemos prosseguir com a gravidez?”.
Qualquer que seja a decisão, não deve ser fácil.
 Procurem ajuda, falando com alguém da vossa
confiança: o pai ou a mãe ou outro familiar, um
professor, um amigo. Têm, também, a Sexualidade em
Linha, a Linha Opções e a Linha Saúde 24, onde
poderão encontrar o apoio de técnicos especializados
em Saúde Sexual e Reprodutiva.
 As várias Opções...
 Quando confrontados com um teste positivo é natural o(a) jovem
sentir uma grande angústia, sentir-se perdido(a), não saber o que
fazer, onde se dirigir, com quem falar. Quando toma consciência
da situação que está a viver pode ser a altura de todas as
dúvidas. O que quer, o que não quer, o que esperava ou não, o
colocar tudo em causa, o “desarrumar para voltar a arrumar”
todos os pensamentos e sentimentos que o(a) assaltam.
 Chega a hora de decidir...
 Perante esta situação existem várias opções:
 Prosseguir com a gravidez e assumir a maternidade/
paternidade;
 Prosseguir com a gravidez e, se esta for levada a termo, colocar o
bebé em instituição oficial para adoção;
 Interromper a gravidez, tendo em conta a legislação em vigor
(Lei n.º 16/2007 – artigo 1º). No caso de a rapariga ser menor de
16 anos, o consentimento para realizar a interrupção da gravidez
é prestado pelo representante legal.
Decidir pela IVG (Interrupção Voluntária da Gravidez)
 De acordo com a legislação portuguesa, a IVG não é punível se for efetuada por um médico ou sob sua
direção, em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido, e com o consentimento da
mulher grávida, quando:

• Constitui o único meio de evitar perigo de morte ou de grave e irreversível lesão para o corpo da mulher ou
para a saúde física e psíquica da mulher grávida; 

• Se mostra indicado para evitar perigo de morte e duradoura lesão para o corpo ou para a saúde física ou
psíquica da mulher grávida e seja realizado nas primeiras 12 semanas de gravidez;  

• Houver motivos sólidos para prever que o nascituro virá a sofrer, de forma incurável, de grave doença ou
malformação congénita, e for realizada nas primeiras 24 semanas de gravidez, excecionando-se as
situações de fetos inviáveis, caso em que a interrupção poderá ser praticada a todo o tempo;   
 
• A gravidez tenha sido resultado de crime contra a liberdade e autodeterminação sexual e a interrupção for
realizada nas primeiras 16 semanas; 

For realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10


• 
semanas da gravidez.
 Isto é o que a Lei n.º 16/2007 nos diz sobre a IVG. No entanto, devemos fazer a adolescente refletir sobre o
que sente relativamente ao resultado positivo do teste, qual o impacto que uma gravidez pode vir a ter na
sua vida e na do namorado/ companheiro e qual a melhor decisão a tomar neste momento. Ainda que possa
parecer complicado e confuso, é possível encontrar uma solução para este problema.
 Como acima foi referido, com o apoio da família, do companheiro, de amigos e com a ajuda especializada
dos técnicos de saúde, apesar de difícil, pode-se tomar uma decisão mais coerente de acordo com os seus
valores e os seus projetos de vida mas, sobretudo, tomar a decisão de forma esclarecida e informada.
 Se decidir prosseguir com a gravidez:
 Depois de dada a notícia aos pais, podem surgir
grandes dificuldades de relacionamento familiar
porque, perante o confronto com a gravidez da
filha, os pais podem ser invadidos por
sentimentos de desilusão, de fracasso, de culpa,
de zanga e de grande frustração.
 Por outro lado, a jovem pode entrar em conflito
consigo própria pela necessidade de integrar a
gravidez e a expectativa da maternidade, nos
seus projetos e interesses pessoais. O receio das
alterações no relacionamento com o seu
namorado e em conseguir gerir a relação com o
seu grupo de amigos também pode constituir
uma grande fonte de stress na rapariga.
 Qual a forma de tornar toda esta situação mais fácil?
 Os jovens que vão ser pais deverão ser apoiados de um modo
coerente, consciente e realista. O bem estar afetivo é muito
importante para a jovem grávida e também para o jovem que vai
ser pai, que deve ser ouvido e a quem devem ser criadas as
condições para a expressão de sentimentos em relação a si próprio,
à gravidez e à alteração dos seus projetos pessoais e profissionais. É
possível continuar a sair com o grupo de amigos e namorar, mas de
forma diferente. A gravidez não torna os adolescentes em adultos
de uma hora para a outra, mas provoca grandes mudanças no seu
ciclo de vida.
 É importante a gravidez ser acompanhada por um
médico/enfermeiro (normalmente em ambiente hospitalar), de
modo a ir sendo vigiada a viabilidade da gravidez e o
desenvolvimento do feto bem como a saúde da jovem.
 Este é um assunto que não deve ser subestimado pelos pais,
pelos adolescentes, ou pelos educadores e professores. O rapaz e
a rapariga devem ser estimulados a pensar e a viver a sexualidade,
não só como uma maneira de sentir prazer com as suas novas
capacidades reprodutivas e sexuais, mas também acompanhadas
de um conjunto de responsabilidades perante si e perante a
sociedade.
 A Sexualidade em Linha é um
serviço técnico, anónimo e
confidencial, para o qual podes
ligar sempre que sentires
necessidade de tirar uma dúvida 24 h por dia todos os dias.
e/ou de esclarecer alguma
informação na área da Saúde
Sexual e Reprodutiva.   

Nesta Linha vais encontrar


uma equipa técnica constituída
por psicólogas, com formação
específica na área da Saúde
Sexual e Reprodutiva, que
assegura um atendimento claro,
rigoroso e imparcial, sem fazer
juízos de valor. De segunda a sexta-feira:
das 10 às 18 horas.
4.INFORMAR SOBRE A ANATOMIA
E A FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

CICLO MENSTRUAL
 Nascimento cada mulher possui
+/- 2.000.000 de oócitos;
 Menarca já só tem cerca de
250.000;
 Cada oócito dura 50 anos de
vida;
 APENAS 400 FOLÍCULOS
OVULAM (12 meses vezes cerca
de 34-35 anos);
CICLO MENSTRUAL
O ciclo menstrual é o termo científico para as alterações fisiológicas que
ocorrem nas mulheres férteis que têm como finalidade a reprodução
sexual e fecundação.

GENITAIS FEMININOS INTERNOS


CICLO MENSTRUAL

OVULAÇÃO: Fenómeno cíclico na mulher que se inicia na


puberdade e termina na menopausa.
•O ciclo originado pela ovulação denomina-se de CICLO
MENSTRUAL e tem início na menarca.
•O ciclo menstrual inicia-se no primeiro dia da menstruação
(Dia1) e termina no dia anterior à menstruação seguinte.
•A duração do ciclo varia de mulher para mulher e também
ao longo da vida reprodutiva da mesma mulher: 24 a 36
dias, com uma média de 28 dias.
CICLO MENSTRUAL

A regulação do ciclo menstrual depende


de:
 Hipotálamo: Parte do SNC. Produz a

hormona libertadora das gonadotrofinas


(GnRH) que estimula a libertação das
hormonas hipofisárias.
 Hipófise: Glândula de base no cérebro

que liberta as hormonas hipofisárias


gonadotróficas: Hormona
foliculoestimulante (FSH) e Hormona
luteinizante (LH). Ambas exercem as
suas funções nos ovários.
 Os Ovários: Encarregados de produzir o

gameta feminino (óvulo) e segregar as


hormonas sexuais femininas – Estrogénios
e Progesterona
CICLO MENSTRUAL
 É frequentemente
dividido em três fases: a
fase folicular, a
ovulação e a fase
luteínica, embora
algumas fontes refiram
um conjunto diferente
de fases: a
menstruação, a fase
proliferativa e a fase
secretora.
CICLO MENSTRUAL
1.FASE FOLICULAR
CICLO MENSTRUAL
2. Fase de OVULAÇÃO:
 Desprendimento, espontâneo ou induzido, de um óvulo maduro
que varia conforme um ciclo menstrual normal, curto ou longo.
CICLO MENSTRUAL

3. FASE LÚTEA: OU Progestativa. Tem uma duração


constante de 14±2 días. Ocorre depois da ovulação
1. FASE FOLICULAR OU
PROLIFERATIVA

 Esta fase também é designada por fase proliferativa devido à ação hormonal que


provoca o crescimento, ou proliferação, do revestimento uterino durante este período.
 O aumento dos valores da hormona folículo-estimulante (FSH) durante os primeiros
dias do ciclo estimula alguns dos folículos ovarianos. Estes folículos, presentes nos
ovários desde o nascimento e em desenvolvimento constante ao longo de um ano num
processo designado por foliculogénese, competem entre si pelo domínio. Através da
ação de várias hormonas, todos os folículos exceto um param de crescer, que será o
dominante e continuará a crescer até à maturação. Um folículo que atinja a maturidade
é designado por folículo terciário, ou folículo de Graaf, e formará o óvulo.
 À medida que amadurecem, os folículos segregam quantidades cada vez maiores de
um estrogénio designado por estradiol. Os estrogénios dão início à formação de uma
nova camada de  endométrio no útero, classificado como endométrio proliferativo. O
estrogénio também estimula as glândulas do colo do útero a produzir muco cervical
fértil, o que pode ser registado por mulheres que pratiquem monitorização da
fertilidade(figura).
2. OVULAÇÃO

 Durante a fase folicular, o estradiol suprime a produção de hormonas luteinizantes(LH)


na adenoipófise. À medida que o óvulo se aproxima da maturação, os níveis de estradiol alcançam um
valor de referência acima do qual estimulam a produção de LH. Num ciclo regular, a afluência de LH
tem início no 12º dia e pode decorrer durante 48 horas.
 A libertação de LH amadurece o óvulo e enfraquece a parede do folículo no ovário, o que faz com que
um folículo completamente desenvolvido liberte o seu ovócito secundário. Este ovócito secundário
tornar-se-à um óvulo, que no fim deste processo apresenta já um diâmetro de cerca de 0,2 mm.
 Qual dos dois ovários ovula - o direito ou esquerdo - aparenta ser de ordem aleatória, não sendo
conhecido qualquer mecanismo de coordenação entre ambos. Ocasionalmente, ambos os ovários
podem libertar um óvulo, e no caso de ambos serem fertilizados dão origem a gémeos bivitelinos(2
óvulos dois espermatozóides).
 Depois de ser libertado pelo ovário, o óvulo é lançado nas trompas de falópio através da fímbria, uma
pequena membrana de tecido no fim de cada trompa. Após cerca de um dia, um óvulo não fertilizado
desintegra-se ou dissolve-se.
 A fertilização pelo espermatozoide, quando ocorre, dá-se normalmente na ampulla, a secção mais
larga das trompas de Falópio. Um óvulo fertilizado começa imediatamente o processo
de embriogénese. O embrião em desenvolvimento leva cerca de três dias a alcançar o útero e mais
três dias a implantar-se no endométrio, altura em que já atingiu o estágio de blastocisto.
 Em algumas mulheres, a ovulação é acompanhada por uma dor característica designada
por ”mittelschmerz”(dôr no meio do ciclo). A alteração hormonal súbita nas hormonas durante o
período da ovulação pode por vezes causar hemorragias ligeiras a meio do ciclo.
3. FASE LUTEÍNICA OU FASE
SECRETORA
 O corpo lúteo, formado no ovário depois do óvulo ser libertado na trompa de falópio,
desempenha um papel importante durante esta fase, continuando a crescer durante algum
tempo após a ovulação e produzindo quantidades significativas de hormonas,
sobretudo progesterona. A progesterona é fundamental ao fazer com que o endométrio se
torne recetivo à nidação do blastocisto e capaz de oferecer condições para o primeiro
estágio da gravidez. Como efeito secundário, aumenta também a temperatura corporal
basal da mulher.
 Após a ovulação, as hormonas pituitárias FSH e LH fazem com que os resquícios do folículo
dominante se transformem no corpo lúteo, que produz progesterona. O aumento desta
hormona na glândula suprarrenal induz a produção de estrogénio. As hormonas produzidas
pelo corpo lúteo também suprimem a produção de FSH e HL de que o corpo lúteo necessita.
Consequentemente, os níveis de FSH e HL decrescem rapidamente, fazendo com que o corpo
lúteo atrofie. A queda dos níveis de progesterona ativa a menstruação e o início do ciclo
seguinte. Desde a ovulação até à supressão de progesterona que dá início à menstruação,
decorrem em média duas semanas, sendo considerado normal um período de 14 dias.
 Em cada mulher, a duração da fase folicular varia frequentemente de ciclo para ciclo.
Pelo contrário, a duração da fase luteínica demonstra ser bastante coerente entre cada
ciclo.
 A perda do corpo lúteo não ocorre quando existe fertilização do óvulo.
O embrião produz gonadotrofina coriónica humana, que é bastante similar à LH e capaz
de preservar o corpo lúteo. Uma vez que esta hormona é apenas produzida pelo
embrião, muitos testes de gravidez são reativos à sua presença.
MENSTRUAÇÃO
  É a causa fisiológica do período fértil da mulher, que se dá caso não haja a
fecundação do ovócito, permitindo a eliminação periódica, através da vagina,
do endométrio uterino (ou mucosa uterina). Geralmente ocorre 14 dias após a
ovulação.
 O termo eumenorreia designa a menstruação regular e normal que ocorre
durante alguns dias; normalmente 3 a 5, mas qualquer valor entre 2 e 7 dias é
considerado normal. 
 O valor de sangue perdido durante a menstruação é de cerca de 35 mililitros,
sendo normal qualquer valor entre 10 e 80 ml. Em consequência da hemorragia
menstrual, as mulheres são mais suscetíveis à deficiência de ferro do que os
homens. Uma enzima chamada plasmina impede a coagulação do fluido
menstrual.
 Durante os primeiros dias da menstruação são comuns cólicas abdominais,
assim como dores nas costas e nas ancas. A dor intensa no útero durante a
menstruação designa-se por dismenorreia e é mais frequente entre
adolescentes e mulheres jovens, afetando 67,2% das adolescentes. Quando se
inicia a menstruação, normalmente diminui também a intensidade dos sintomas
associados à tensão pré-menstrual (TPM), como a mastodinia e irritabilidade.
ESPERMATOGENESE OU ESPERMIOGÊNESE
 Trata-se do processo de formação de
espermatozóides. Tem início
na puberdade, passando a ocorrer de
um modo continuo até ao fim da vida
do homem. É uma sequência de eventos
pelos quais as espermatogônias se
transformam no final em
espermatozoides. Ocorre a nível
dos tubos seminíferos dos testículos e
é dividido em quatro períodos: o
germinativo, o de crescimento, o de
maturação e o de espermiogênese.
 A. Período germinativo
As células germinativas
masculinas, denominadas
espermatogônias, dividem-
se ativamente por mitose.
Nos machos de mamíferos,
a multiplicação mitótica
das espermatogônias
ocorre durante toda a vida
do indivíduo. É importante
lembrar que as gônias são
células diploides (2n).
 B. Período de crescimento
É o período em que a espermatogônia pára de se
dividir e passa por um período de crescimento, antes
de iniciar a meiose. Com o crescimento, a
espermatogônia transforma-se em espermatócito I.
 C. Período de maturação
O espermatócito I - dito espermatócito primário ou
de primeira ordem - sofre divisão meiótica. Cada
espermatócito I, pela divisão I da meiose, produz
dois espermatócitos II, os quais, pela divisão II da
meiose, dão um total de quatro células, denominadas
espermátides. Os espermatócitos II e as espermátides
são haplóides.
 D. Período de espermiogênese
É o processo de transformação da espermátide em
espermatozoide. As espermátides são haploides, mas
não funcionam como gametas. Elas sofrem um
processo de diferenciação, transformando-se em
espermatozoides. Tal processo de diferenciação é a
espermiogênese.
CICLO MENSTRUAL
5. FACULTAR INFORMAÇÃO COMPLETA, ISENTA E
COM FUNDAMENTO CIENTÍFICO SOBRE TODOS OS
MÉTODOS CONTRACETIVOS
MÉTODOS CONTRACETIVOS
 Os métodos contracetivos são procedimentos, dispositivos
ou substâncias que são utilizados para se evitar gestação
indesejada. Os métodos contracetivos permitem-nos
controlar e regular a nossa reprodução permitindo aos
casais decidir quantos filhos querem ter e o momento em
que estarão mais bem preparados para tê-los.

Não existe um método ideal para todos. Cada um deve


escolher o método mais adequado para sua situação
pessoal, levando em conta:
 Idade;
 Estado de saúde;
 Número de filhos;
 Estabilidade económica;
 Estabilidade no emprego;
 Ambições profissionais;
BREVE HISTÓRIA DA CONTRACEÇÃO
 A contraceção tem uma história milenar. Hipócrates
(460-377 a.C.) já sabia que a semente da cenoura
selvagem(figura em baixo) era capaz de prevenir a
gravidez. No mesmo período, Aristóteles mencionou a
utilização da Mentha Pulegium(figura em cima-poejo)
como anticoncecional, no ano 421 A.C.. O uso de
anticoncecionais feitos de plantas naturais parece ter
sido tão difundido na região do Mediterrâneo, que no
século II A.C., Políbio escreveu que as "famílias gregas
estavam a limitar-se a ter apenas um ou dois filhos."

Os antigos egípcios também utilizavam tampões


vaginais ou tampas feitas de excremento de
crocodilo, linho e folhas comprimidas.
O PRIMEIRO PRESERVATIVO
 Acredita-se que o preservativo remonte aos
tempos da Roma antiga, quando eram
utilizadas bexigas de animais(figura-intestino
de cordeiro) para proteção contra as doenças
sexualmente transmissíveis. 
Os envoltórios ou preservativos de linho foram
descritos em 1564 pelo anatomista italiano
Falópio. No século XVIII, pedaços das vísceras
de animais eram utilizadas para produzir os
chamados "preservativos de pele".
O NASCIMENTO DA PÍLULA
 Em 1921, Haberlandt provocou a infertilidade temporária em
coelhas nas quais havia implantado ovários retirados de outras
coelhas. Ele sugeriu que os extratos de ovários poderiam ser
anticoncecionais eficientes.

A noretisterona, uma hormona sintética semelhante à progesterona,


foi sintetizada em 1950 por Djerassi, a partir da diosgenina, planta
derivada da batata-doce mexicana com propriedades esteroidais.

Outro investigador,Frank Colton, produziu outro progestagéneo, o


noretinodrel, que foi combinado com o estrogênio sintético-o
mestranol- na composição da primeira pílula anticoncecional
combinada (contracetivo oral combinado - COC), em 1960. 
 Foi Gregory Pincus quem realizou a maioria dos estudos com os
primeiros COCs, tornando-se o médico conhecido como "o pai da
pílula". A primeira pílula que continha somente o progestógeno
(depois chamada de Minipílula) foi lançada apenas oito anos mais
tarde.
COMO SE CLASSIFICAM
OS MÉTODOS CONTRACETIVOS?

REVERSÍVEIS IRREVERSÍVEIS OU
DEFINITIVOS
A maioria dos métodos
contracetivos são São os que têm um efeito
reversíveis, isto é, permanente. Estes
permitem à mulher métodos, como a
engravidar quando ela ou laqueação de trompas,
o seu parceiro deixam de para a mulher, e a
os usar. São exemplo: os vasectomia, para o
preservativos, a pílula, homem, implicam a
o DIU, as hormonas realização de
injetáveis e o implante. intervenções cirúrgicas
COMO SE CLASSIFICAM
OS MÉTODOS CONTRACETIVOS?

Métodos Naturais Métodos Não Naturais ou


artificiais
Baseiam-se no conhecimento
do período fértil da mulher e Impedem a fecundação
implicam a abstinência através do uso de objetos,
sexual durante esse período químicos ou cirurgia

Definições:
-Período fértil – dias do ciclo menstrual em que a
mulher pode engravidar (18/11).
-Abstinência sexual – Decisão de não ter relações
sexuais.
COMO SE CLASSIFICAM OS MÉTODOS
CONTRACETIVOS NÃO NATURAIS?
Mecânicos Químicos ou Cirúrgicos
ou de barreira hormonais

Recorrem a objetos Usam substâncias Correspondem a uma


que funcionam como químicas que cirurgia no sistema
barreira, impedindo impedem a ovulação reprodutor da
os (métodos hormonais) mulher ou do
espermatozoides de ou que matam os homem
encontrar o óvulo. espermatozoides
(espermicidas)
MÉTODOS CONTRACETIVOS
MAIS UTILIZADOS EM PORTUGAL

Método 1997 (%) 2005-2006


(%)

Pílula 62.3 65.9

Preservativo 14.6 13.4

Diu 9.7 8.8

Fonte: IFF 1997, 4.º Inquérito Nacional de


Saúde (2009)
MÉTODOS
HORMONAIS

• 1. Pilula
• 2. Contraceção Hormonal Injetável
• 3. Implante
• 4. Contracetivo Transdérmico
• 5. Anel Vaginal
1. Pilula
CONTRACEÇÃO HORMONAL ORAL
PILULA
 O que é e como funciona?
 A pílula contracetiva é um método que, através da ação hormonal,
inibe a ovulação evitando a gravidez. A pílula deve ser prescrita
nos casos em que se pretende um método contracetivo eficaz e se
pretenda obter outros efeitos benéficos para a saúde que se
encontram indicados como vantagens. A mulher deverá ser
acompanhada periodicamente por um enfermeiro/médico.
 Existem as pílulas de tipo combinado (COC) que contêm estrogéneo
e progestagéneo. Existem ainda pílulas que contêm só
progestageneo (POC), que devem ser receitadas caso o estrogéneo
não seja recomendável.
 Nível de eficácia Se tomada corretamente, a pílula apresenta um
elevado grau de eficácia.
 Combinado (COC): 0,1-1 gravidezes por ano em cada 100
mulheres 
Progestativo (POC)1,15 gravidezes por ano em cada 100
mulheres
CONTRACEÇÃO HORMONAL ORAL
 Eficaz;
 Segura;
 Reversível;
 Efeitos colaterais ligeiros (passam nos
primeiros 3 meses);
 Toma diária da mulher;
 Pode ser utilizada como contraceção de
emergência;
 Não protege DST;
TIPOS DE CONTRACEÇÃO
HORMONAL
Monofásica
Combinado Estrogenio
(COC) Bifásica
(Mais eficaz) Progestagenio
Trifásica

Progestativo
(POC)
(utilizada na
Progestagenio Cerazette
amamentação ou
Azalia
quando o uso de
estrogénio está
contraindicado)
MECANISMOS DE AÇÃO

 Os contracetivos orais combinados funcionam através de


três principais mecanismos de ação:

1. Após serem ingeridos, são absorvidos no intestino e


passam à corrente sanguínea. Através do sangue,
circulam e chegam a hipófise e aos ovários, impedindo
a ovulação.
2.Também fazem com que o muco do colo uterino (muco
cervical) torne-se mais espesso, de forma a impedir a
passagem dos espermatozoides.
3. O terceiro mecanismo de ação consiste em evitar que o
endométrio (revestimento interno do útero) esteja
adequadamente preparado para a gravidez
VANTAGENS
COC
 Para além do elevado grau de segurança na prevenção
da gravidez, a pílula apresenta as seguintes vantagens:
1. Não interfere na relação sexual;
2. Pode regularizar os ciclos menstruais;
3. Melhora a tensão pré-menstrual e a dismenorreia;
4. Não afeta a fertilidade;
5. Diminui o risco de Doença Inflamatória Pélvica
(DIP)-DST;
6. Reduz em 50% o risco de cancro do ovário e do
endométrio;
7. Diminui a incidência de quistos funcionais do ovário
e a doença poliquística;
VANTAGENS POC

 Tem alta eficácia contracetiva. Os erros na toma que é


diária sem interrupções – tablete com 28 drageias- podem
resultar em gravidez mais facilmente do que com a COC.
 Pode ser utilizada em algumas situações em que os
estrogeneos estão contraindicados.
 Não parece modificar a quantidade ou a qualidade do
leite materno, podendo ser utilizada durante o período da
amamentação.
 Pode contribuir para a prevenção da doença fibroquística
da mama, do cancro do ovário e do endométrio e da DIP.
 Não altera a fertilidade, após a suspensão do método.
Indicações Coc Indicações Poc

Se se pretende:
Se há contraindicações para os
-Um método muito eficaz; estrogéneos e se pretende um CO:
- Para algumas mulheres no
-Obter outros benefícios além do climatério;
contracetivo, por exemplo, alívio - Durante o aleitamento materno;
da dismenorreia;
DESVANTAGENS

 Algumas mulheres têm dificuldade em fazer


a toma diária e regular da pílula;
 Não protege contra as Infeções Sexualmente
Transmissíveis (DST);
CONTRA-INDICAÇÕES ABSOLUTAS

 Gravidez;
 Mulheres como mais de 35 anos e fumadoras;
 Riscos de AVC, doença arterial cerebral ou
coronária;
 Neoplasia hormonodependente;
 Hemorragia genital anormal sem diagnóstico
conclusivo;
 Tumor hepático ou doença hepática crónica;
 Icterícia colestática na gravidez.
CONTRA-INDICAÇÕES RELATIVAS
 Diabetes mellitus (com compromisso vascular, renal,
oftalmológico ou outro é contraindicação absoluta);
 Hipertensão (≥ 160/100 mmHg é contra-indicação
absoluta);
 Hiperlipidémia;
 Depressão grave (agrava a sintomatologia);
 Síndroma de má-absorção;
 Cefaleia grave, tipo enxaqueca;
 Epilepsia e outras doenças cuja terapêutica possa
interferir com a pílula;
 Varizes acentuadas(por maior risco
tromboembólico).
EFEITOS SECUNDÁRIOS
 Náusea e vómitos;

 Alteração do fluxo menstrual. Pode mesmo surgir, eventualmente,


amenorreia sem significado patológico. Nestas situações, há que
excluir a existência de gravidez;
 Spotting (pequenas perdas de sangue durante o periodo
intermenstrual) -  um efeito colateral que pode ocorrer em algumas
mulheres quando fazem uso de anticoncecional hormonal – pílulas. É
um dos sintomas mais comuns durante o período de adaptação a um
contracetivo oral, mesmo com uso regular.

 Mastodinia –  é a dor nas mamas que precede a menstruação;

 Alteração do peso;

 Sintomas depressivos.
COMO TOMAR A PÍLULA

• 1.º dia do ciclo menstrual


e não necessita de método

COC
adicional;
• Se iniciar depois necessita
de até ao 7.º dia usar
método adicional)
• À mesma hora;

• Amamentação – logo no 1.º

POC mês-21ºdia;
• Outras situações – 1.º dia
do Ciclo;
• À mesma hora;
ADVERTÊNCIAS
 Esquecimento:
– Até 12 horas – tomar a esquecida – mantém
eficácia
– Após 12 horas – Tome o último comprimido
esquecido assim que se lembrar e tome os
próximos comprimidos à hora habitual. Utilize
um método contracetivo adicional (método de
barreira) durante os próximos 7 dias.
2. Contraceção Hormonal
Injetável
CONTRACEÇÃO HORMONAL INJETÁVEL

 O que é e como funciona?


 Tal com a designação indica, trata-se de um método
contracetivo que consiste numa injeção intramuscular profunda
de uma solução aquosa contendo acetato de medroprogesterona
(DMPA). A solução vai-se introduzindo lentamente na corrente
sanguínea e, à semelhança da pílula, previne a ovulação.
 Cada injeção tem  um efeito até 3 meses (12 semanas).
 A utilização da contraceção hormonal injetável deve ser
indicada quando é necessário um método de elevada eficácia e,
por razões médicas, não é recomendado o uso da contraceção
oral (pílula) ou o Dispositivo Intrauterino (DIU).
 Nível de eficácia
 Elevado nível de eficácia 0,0 a 1,3 gravidezes por ano em cada
100 mulheres;
VANTAGENS

 Este método é bastante discreto e prático na sua


utilização, uma vez que não interfere na relação sexual e
não obriga à toma diária, como sucede com os métodos
de contraceção orais;
 É muito eficaz, seguro e reversível;
 É de longa duração, não exigindo o compromisso diário
da mulher;
 Pode ser usada em qualquer idade.
 Não tem os efeitos colaterais do estrogéneo;
 Pode melhorar a qualidade do aleitamento;
 Os riscos de desenvolver a Doença Inflamatória Pélvica,
a gravidez ectópica ou o carcinoma do endométrio, são
menores;
 Reduz as perdas de sangue;
DESVANTAGENS
 Provoca irregularidade menstrual, que varia
entre spotting e amenorreia.
 Pode provocar atraso de alguns meses no
retorno da fertilidade (cerca de 10 meses);
EFEITOS SECUNDÁRIOS

 Irregularidade no ciclo menstrual. Em


situações raras, pode conduzir a hemorragias
contínuas.
 Possível amenorreia.
 Atraso no retorno aos níveis de
fertilidade anteriores.
 Pode causar queda do cabelo , aumento
do apetite, diminuição desejo sexual ou
acne.
MECANISMO DE AÇÃO
 As hormonas depositam-se no local da injeção,
sendo absorvidos lenta e gradativamente para
a corrente sanguínea, chegando à hipófise e
aos ovários, de forma a impedir a ovulação.
 Também fazem com que o muco do colo do
útero torne-se mais espesso, impedindo a
passagem dos espermatozoides.
 Como terceiro mecanismo de ação, impedem
que o endométrio (revestimento interno do
útero) esteja adequadamente preparado para
uma gravidez.
CONTRA-INDICAÇÕES
 Gravidez;
 Neoplasias hormonodependentes;
 Hipertensão grave;
 Diabetes mellitus com lesões vasculares;
 Antecedentes de acidente cardiovascular
tromboembólico;
 Doença hepática em atividade;
NÃO ACONSELHÁVEL

 Caso se verifique hemorragia vaginal de causa


não esclarecida;
 Para mulheres que desejam engravidar
imediatamente após a suspensão do método;
 Para mulheres que não aceitam irregularidade
do ciclo;
Depo-provera (Acetato de
medroxiprogesterona)

-IM Profunda até ao 7.º dia do ciclo


-Repetida de 12 em 12 semanas (3/3
meses)
-Pós parto ou pós aborto – qualquer dia
1.º mês
-Prática
-Sem efeitos dos estrogéneos.
-Pode ser usada durante o aleitamento
3. Implante
IMPLANTE
 Trata-se de um método contracetivo de longa duração. O implante
liberta progestagéneo que impede a ovulação, prevenindo a
gravidez. A inserção do implante é feita no braço por um
profissional especializado. Trata-se de um procedimento simples em
que apenas é necessário o uso de uma anestesia local.
 O efeito de um implante pode prolongar-se de 3 a 5 anos e a sua
remoção deve ser feita também por um médico. É recomendável
para as mulheres que estejam a ponderar a esterilização, mas ainda
não tomaram a decisão final.
 Em Portugal apenas é comercializada a marca Implanon.

 Nível de eficácia
 O nível de eficácia dos implantes é muito elevado.
 0 a 0,07 gravidezes por ano em cada 100 mulheres (ou 99,8%)
VANTAGENS
 É muito eficaz, seguro e reversível.
 De longa duração, não exige o compromisso diário da
mulher.
 Pode ser usada em qualquer idade.
 Não interfere com a relação sexual.
 Não tem os efeitos secundários dos estrogéneos.
 Não interfere com o aleitamento.
 Melhora a dismenorreia.
 Não tem efeitos significativos sobre os fatores de
coagulação, a fibrinólise, a tensão arterial ou a função
hepática.
 Não mostrou ter efeitos adversos sobre a massa óssea.
 Rápido retorno da fertilidade, após a remoção.
do implante.
DESVANTAGENS
 Em regra, verificam-se irregularidades do ciclo menstrual,
que podem variar entre spotting e amenorreia. A
aceitabilidade de um dado padrão de hemorragia é muito
influenciada pelo aconselhamento fornecido pré-inserção.
 Em algumas mulheres verifica-se, ao longo do tempo, um
ligeiro aumento de peso.
 Pode causar, em certas mulheres, cloasma, cefaleia,
náuseas, mastalgia e variações de humor.
 Necessita de um profissional treinado para a inserção e
remoção.
 É relativamente dispendioso (130€ totalmente
comparticipados pelo SNS).
 Não protege contra as DTS.
EFEITOS SECUNDÁRIOS

 Instabilidade no ciclo menstrual;


 Pode causar em determinadas mulheres
dores de cabeça, náuseas e variações de
humor;
TIPOS

 Implanon – É o único implante, atualmente,


comercializado em Portugal.
 4 cm de comprimento, que contém 68 mg de

3-ceto-desogestrel.
 O progestagéneo é libertado lentamente e o

efeito contracetivo prolonga-se por 3 anos.


 EFICÁCIA

􀁏 0 a 0,07 gravidezes por 100 mulheres/ano;


QUANDO INSERIR O IMPLANTE?

 Preferencialmente, até ao 5.º dia do ciclo e, neste


caso, não necessita de contraceção suplementar.
Pode ser feita em qualquer altura do ciclo, excluída
a possibilidade da existência de uma gravidez, e
deve ser aconselhado o uso simultâneo de um
método de barreira, durante 7 dias.
 Imediatamente após um aborto precoce e, entre a
3.ª e 4.ª semanas do puerpério ou do pós aborto
do segundo trimestre. Quando o implante é inserido
mais tarde, deve ser aconselhado o uso de outro
método durante 7 dias.
QUANDO PODE SER RETIRADO O IMPLANTE?

 Em qualquer momento. Se não se pretende uma


gravidez, deve ser iniciado de imediato outro
método contracetivo.
 Pode surgir dor ou edema ligeiros no local da
inserção do implante.
 Complicações mais graves, após os procedimentos
de inserção e remoção, são raras.
 As mulheres que optem por este método devem ser
informadas sobre o significado das irregularidades
do ciclo menstrual e tranquilizadas, em particular
no que se refere a amenorreia.
4. CONTRACETIVO
TRANSDÉRMICO
CONTRACETIVO TRANSDÉRMICO
 Trata-se de um adesivo fino, quadrado, confortável e
fácil de aplicar. O adesivo transfere uma dose diária de
hormonas, o estrogéneo e progestagéneo, através da
pele para a corrente sanguínea.
 Estas hormonas são similares às  produzidas pelos
ovários e usadas também nas pílulas contracetivas.
 O adesivo funciona de duas formas:

- Impede a ovulação (libertação do óvulo)


- Torna mais espesso o muco do colo do útero,
dificultando a entrada dos espermatozoides no
útero.
 Nível de eficácia

Apesar de não haver ainda muita informação, estima-se


que a taxa de eficácia se aproxime dos 98%.  
FORMA DE UTILIZAÇÃO
 Cada adesivo é colocado uma vez por semana, durante 3 semanas
consecutivas, seguidas de uma semana de descanso:
- O primeiro adesivo é aplicado no 1º dia da menstruação, o "dia de início".
Não é necessário um método contracetivo adicional.
- Após sete dias, o primeiro adesivo é retirado e substituído por outro - "dia
de mudança". Esta mudança ocorrerá no 8º e 15º dia do seu ciclo. O
adesivo pode ser mudado a qualquer hora do dia.
- Após três semanas, a mulher faz a sua "semana de descanso", durante a
qual pode aparecer uma hemorragia (hemorragia de privação).
- Um novo ciclo recomeça após um período de sete dias sem o adesivo. O
novo adesivo é aplicado no 8º dia.
 Se a mulher aplicar o adesivo num dia qualquer à sua escolha e não no 1º
dia da menstruação (1º dia do ciclo), é necessário que se proteja durante
sete dias com um método contracetivo não hormonal, como por exemplo, o
preservativo ou espermicidas.
VANTAGENS

 A mulher não tem que pensar todos os dias em contraceção,


apenas tem que se lembrar de mudar uma vez por semana o
adesivo;
 É fácil de usar;
 Ao contrário da pílula, as hormonas não necessitam de ser
absorvidas pelo aparelho digestivo, permitindo que a eficácia deste
método não seja posta em causa, em caso de vómitos ou
diarreia;
 Normalmente torna as hemorragias regulares, mais curtas e
menos dolorosas;
 É um método reversível;
 O adesivo oferece uma excelente aderência. A mulher pode
continuar a realizar as suas atividades diárias como o banho,
duche, idas à piscina, exercício físico, sem nenhuma medida
especial de precaução.
DESVANTAGENS

 - Não protege contras as infeções


sexualmente transmissíveis.
EFEITOS SECUNDÁRIOS

 Os seus efeitos secundários são similares aos


observados com a pílula combinada. Assim,
mulheres que têm contraindicações para o
uso da pílula, não podem utilizar este
método contracetivo.
5. Anel Vaginal
ANEL VAGINAL
 O anel vaginal é um método contracetivo hormonal
feito de plástico, transparente e flexível. É
colocado pela própria mulher na vagina e deve ser
mantido durante 3 semanas, parando durante 1
semana (ciclo de uso), período durante o qual vai
libertando estrogéneo e progestagéneo, hormonas
que ao entrar na corrente sanguínea inibem a
ovulação, à semelhança da pílula.
 Nível de eficácia
Quando usado corretamente, o anel vaginal oferece
um elevado grau de eficácia 0,4 a 1,2 gravidezes
por ano em cada 100 mulheres.
VANTAGENS

 Discreto e cómodo diminui probabilidade de esquecimento;


 Não interfere no ato sexual;
 É um método reversível;
 As mulheres que usam o anel vaginal, têm propensão para
períodos mais curtos e regulares;
 Retorno rápido aos níveis de fertilidade anteriores à utilização
do anel;
 Pode ter outros efeitos benéficos para a saúde, como a proteção
contra os cancros dos ovários ou do colo do útero;
 Previne também o aparecimento de quistos nos ovários.
DESVANTAGENS

 Não previne contra as DST;  


 Pode haver perda ou aumento de peso;
 Podem provocar irritação vaginal;
EFEITOS SECUNDÁRIOS

 Os efeitos secundários são similares aos da


pílula e decorrentes da ação do estrogéneo e
progestagéneo. Em determinadas situações
podem ocorrer efeitos secundários
como corrimento vaginal, infeção ou
irritação.
ANEL VAGINAL
 A partir do dia em que coloca o  Após exatamente uma
anel na vagina, o anel deve semana sem anel, deverá ser
permanecer na vagina sem
interrupção durante 3 semanas. colocado um novo anel
 Após as três semanas, o anel (novamente no mesmo dia
deve ser retirado no mesmo dia da semana e,
da semana e, aproximadamente, à mesma
aproximadamente, à mesma
hora em que foi colocado. hora), mesmo que a
 Por exemplo, se colocou o anel hemorragia não tenha
vaginal numa 4ª feira, por volta terminado.
das 10 horas da noite, deverá
retirá-lo 3 semanas mais tarde,
 Após três semanas, deve
também numa 4ª feira, por retirar o anel.
volta das 10 horas da noite.
Retirar o anel é também muito
simples. Ao introduzir o dedo,
conseguirá encontrá-lo. Puxe-o
gentilmente, sem medo.
COMO APLICAR?

• PRESSIONE-O COM OS DEDOS E INTRODUZA-O


SUAVEMENTE ATÉ AO INTERIOR DA VAGINA.
• NÃO DEVE SENTIR O ANEL (A PARTE SUPERIOR DA
VAGINA É INSENSÍVEL AO TATO).
• CASO O SINTA, DEVE EMPURRÁ-LO UM POUCO MAIS
PARA O INTERIOR.
MÉTODOS MECÂNICOS

1. Dispositivo Intra-uterino
2. 2. Preservativo Masculino
3. 3. Preservativo Feminino
4. 4. Diafragma
1. Dispositivo Intra-uterino
DISPOSITIVOS INTRA-UTERINOS (DIU E SIU)

 O DIU é um pequeno dispositivo de plástico


revestido com fio de cobre que é inserido no
útero. O DIU impede a gravidez através da
alteração das condições uterinas e funcionando
também como uma barreira aos espermatozóides.
A inserção é feita numa consulta médica, podendo
permanecer no útero durante vários anos.
 Nível de eficácia
 O nível de eficácia do DIU é muito elevado e
aumenta com o tempo de utilização.
0,1- a 2 gravidezes por ano em cada 100 mulheres
SIU
SISTEMA INTRA-UTERINO
(MIRENA)
 A diferença do Sistema Intra-Uterino(SIU)face ao
DIU, reside no facto de ser um dispositivo que
liberta uma hormona que torna mais espessa a
parede do útero, dificultando a entrada
dos espermatozóides e prejudicando a sua
mobilidade. Ao contrário do DIU, o SIU não
aumenta o fluxo menstrual. 
O DIU ESTÁ INDICADO PARA QUEM:
 Mulheres que tiveram filhos e desejam uma contraceção muito eficaz.
 Mulheres que necessitam de um método muito eficaz e a quem a
contraceção hormonal está contra-indicada;
 Mulheres que se esquecem, com frequência, de tomar a pílula;
 Fumadoras com mais de 35 anos;
 Mulheres cujos companheiros estão ausentes por períodos irregulares
de tempo (emigrantes por ex);
 Nulíparas que não são capazes de utilizar outro tipo de contraceção ou
não podem fazê-lo (devem ser explicados os riscos que podem advir de
uma infeção por DTS);
 Pretende um método de longa duração, reversível e que não interfira
na relação sexual;
 Tem um relacionamento estável e não há risco de relações com outros
parceiros;
 Tem um ou mais filhos ou acabou de ter;
 Para quem tolera alterações na menstruação, nomeadamente fluxos
menstruais mais abundantes e prolongados;
 Pretende uma rápida recuperação dos níveis de fertilidade.
VANTAGENS

 Para além do seu grau de eficácia, é um método reversível


e de longa duração;
 A ação do DIU não depende da mulher; assim, a sua eficácia
teórica é muito semelhante à eficácia prática.
 Requer um único ato de motivação para um efeito de longa
duração.
 Não tem efeitos sistémicos (com exceção dos com conteúdo
hormonal).
 Não interfere no ato sexual.
 Não interfere com a amamentação.
 Pode permanecer no útero por muitos anos (5 no mínimo).
 Contribui para a redução da incidência de gravidez ectópica
(reduz o número de espermatozóides que atinge a trompa).
Este efeito é menos significativo do que o obtido com os COC.
DESVANTAGENS

 Não protege contra as DTS


 A DIP é mais frequente, após as DTS, em mulheres que
utilizam o DIU (não parece ser o caso verificado com o
Mirena).
 Necessita de profissional treinado para a sua colocação.
 A eficácia e eventuais complicações dependem, em
grande parte, da competência do técnico.

 Não é aconselhável a mulheres com risco aumentado de


contrair DST.

 A utilização do DIU pode tornar o fluxo menstrual mais


abundante e prolongado (de cobre).
EFEITOS SECUNDÁRIOS

 Aumento do fluxo menstrual ( para o caso


dos DIU não hormonais).
 Dor pélvica.
 Corrimento vaginal.
DIU

1.Com cobre e Prata


2.Só com Cobre 5 anos
• Perturbando a fecundação, impedindo que o ovo
fecundado se fixe à parede do útero e inutilizando os
espermatozóides pelo efeito do cobre.

SIU

Com levonogestrel – Mirena 7 anos


O Mirena está indicado para as mulheres que
têm fluxo menstrual abundante e dismenorreia
MIRENA
 O sistema intra-uterino (SIU) é um dispositivo de contraceção
hormonal que é colocado no útero. Um SIU tem um cilindro com
hormonas que liberta uma progesterona chamada levonorgestrel.
Um exemplo de SIU é o Mirena.
 Indicações: Contraceção, menorragia idiopática, prevenção da
hiperplasia endometrial na terapia de reposição estrogénica.
 Mecanismo de ação:  O SIU liberta levonorgestrel diariamente na
cavidade uterina. Esta hormona promove a contraceção por dois
efeitos: espessamento do muco cervical que impede a passagem
dos espermatozóides e alterações morfológicas do endométrio
que o torna inóspito para o embrião. Estes efeitos são os mais
significativos. Este método não age inibindo a ovulação já que
esta continua a ocorrer, apenas uma parte das mulheres têm as
suas ovulações suspensas.
CONTRA-INDICAÇÕES
ABSOLUTAS

 Gravidez;
 DIP ativa ou episódios recorrentes;
 Qualquer hemorragia uterina anormal cujo
diagnóstico não foi estabelecido;
 Suspeita de neoplasia uterina;
 Anomalias da cavidade uterina;
 Doentes com medicação imunossupressora;
 Doentes portadoras de HIV ou com SIDA;
 Alergia ao cobre (rara) e doença de Wilson
(para DIU com cobre).
CONTRA-INDICAÇÕES RELATIVAS
 Gravidez ectópica anterior (ponderar o uso de COC).
 Menorragia; o DIU pode aumentar a quantidade de
sangue perdido na menstruação;
 Anemia crónica, incluindo a Talassemia e Drepanocitose;
 Um único episódio de DIP (ponderar o risco de
reinfeção);
 Infeções cervicovaginais: tratar antes da inserção. A
erosão simples do colo não é contra-indicação;
 Fibromas uterinos; não são contra-indicação, desde que
não deformem a cavidade e não provoquem hemorragia;
 Nuliparidade. Avaliar risco/benefício;
 Doença cardíaca valvular (a inserção deve ser feita sob
cobertura antibiótica);
 Medicação habitual com corticoesteróides sistémicos.
EFEITOS COLATERAIS
 Dor pélvica. Pode ocorrer no momento e durante
alguns dias após a colocação. Dor intensa e
persistente deve levar à extração do DIU;
 Spotting. Hemorragia irregular ou spotting
podem ocorrer nos primeiros meses após a
colocação, desaparecendo com o tempo;
 Menstruações mais abundantes. É vulgar um
aumento da quantidade ou da duração do fluxo
menstrual;
 Corrimento vaginal. Há um aumento da secreção
mucóide, que não tem significado patológico e
que não deve ser confundido com infeções
cervicovaginais.
COMPLICAÇÕES
 Expulsão. Ocorre com mais frequência nos 3 primeiros meses
após a colocação e resulta, geralmente, duma inserção baixa do
DIU. A expulsão pode ser total ou parcial e provoca dores ligeiras
e hemorragia intermenstrual. A taxa de expulsão diminui com a
idade, paridade e meses de utilização.
 Infeção pélvica. Ocorre em cerca de 2% das utentes.
Geralmente, deve-se à falta de assepsia no momento da inserção
ou a DTS adquirida pela mulher, e cuja progressão a presença do
DIU vem facilitar (o DIU por si só não causa infeção). São
sintomas: dor pélvica, corrimento vaginal, perda anormal de
sangue e febre. O tratamento habitual é com antibiótico de largo
espectro. Se o quadro não melhorar ao fim de 48 horas de
tratamento, retirar o DIU.
 Gravidez. A gravidez é rara entre as utilizadoras de DIU.
Quando confirmada a existência de gravidez intra-uterina, e se se
pretende que ela evolua, deve extrair-se o DIU o mais
precocemente possível, o que é simples, se os fios forem visíveis.
Se os fios não são visíveis deixa-se o DIU in situ e a gravidez deve
ser considerada de risco e referenciada. A gravidez pode evoluir
normalmente com DIU,mas há um risco acrescido e aborto
espontâneo, hemorragia, amnionite e parto pré-termo.
2. Preservativo Masculino
PRESERVATIVO MASCULINO

  Constitui uma barreira à passagem do esperma


para a vagina durante o coito. A maioria dos
preservativos são feitos de latex. Quando usado
corretamente, para além de ajudar a prevenir a
gravidez, é um método que diminui o risco de
contrair DST. Trata-se de uma forma de contraceção
que envolve o homem.
 Nível de eficácia
A eficácia  deste método depende da sua utilização
correta e sistemática. 5 a 10 gravidezes por ano em
cada 100 mulheres
VANTAGENS

 Não necessita de acompanhamento médico.


 Protege DST.
 Pode contribuir para minorar situações de ejaculação precoce.
 Ausência de efeitos secundários graves ou contra-indicações.
 Sem efeitos sistémicos.
 Envolve o homem no PF.
 A eficácia depende da utilização correta e sistemática. Quanto mais
frequente for a utilização, maior será a experiência no uso correto e
maior será a eficácia.
 Pode ser utilizado com outro método contracetivo, para a
prevenção das DTS e, como coadjuvante, na proteção contra a
gravidez.
 Algumas pessoas recusam o preservativo, objetando que o seu uso
interrompe a relação sexual, reduz a sensibilidade ou causa
embaraço.
 Quem utiliza o preservativo deve ser informado/a sobre a
possibilidade de recurso à contraceção de emergência.
DESVANTAGENS

 Alergia látex ou lubrificante.


 Pode rasgar.
 Pode interferir negativamente com o ato
sexual.
3. Preservativo Feminino
PRESERVATIVO FEMININO
 Tem a forma de um tubo feito à base de silicone
com um anel na extremidade. Deve ser introduzido
na vagina antes da relação sexual. Depois da
ejaculação, o preservativo retém o esperma
prevenindo o contacto com colo do útero, evitando
a gravidez.
 O preservativo feminino protege contra as DST e
deve ser indicado em situações de ejaculação
precoce.
 Nível de eficácia
Se usado corretamente, é um método seguro.
Estima-se que possam ocorrer 10 gravidezes por
cada ano em 100 mulheres.
VANTAGENS
 Protege do contágio de DST;
 É mais resistente que o preservativo masculino,
sendo menor a probabilidade de rompimento;
 É menos provável que o poliuretano cause uma
reação alérgica do que o látex que constitui o
preservativo masculino;
 Pode ser inserido até 8 horas antes da relação sexual;
 Não tem efeitos secundários ou contra-indicações
graves;
 Para ser adquirido não necessita de prescrição
médica;
 Não necessita de supervisão médica;
 No caso de mulheres que tenham sido mães
recentemente, não interfere com a amamentação.
DESVANTAGENS
 Apesar de ser mais resistente que o preservativo
masculino, pode romper-se se não for utilizado
adequadamente;
 Difícil aplicação;
 Diminui a sensação vaginal;
 Pode causar desconforto durante o ato sexual;
 Tal como o preservativo masculino, não pode ser
reutilizado;
 Podem surgir alergias ou irritações que podem ser
reduzidas com o uso de lubrificantes à base de água;
 É um método contracetivo de difícil aquisição e de
elevado custo.
MODO DE UTILIZAÇÃO

 Segurar no preservativo estreitando o anel interior


com os dedos indicador e polegar;
 Com a outra mão, afastar os pequenos lábios
enquanto se introduz o preservativo profundamente
na vagina;
 Assegurar-se que o anel exterior permanece fora da
vagina, cobrindo os pequenos lábios;
 Utilizar uma única vez.
MODO DE UTILIZAÇÃO
4. Diafragma
DIAFRAGMA
 O diafragma é um dispositivo de borracha com
um aro flexível que se introduz na vagina. Quando
corretamente introduzido previne o contacto do
esperma com o colo do útero, funcionando como
meio eficaz de contraceção.
 Nível de eficácia
 O diafragma oferece um nível de eficácia
relativamente alto.
 15 gravidezes em cada 100 mulheres / ano
VANTAGENS

 Diminui o risco de DIP;


 Não tem efeitos sistémicos;
 Não interfere com o ato sexual, podendo ser
inserido até 24 horas antes do mesmo.
DESVANTAGENS

 Dificuldade na utilização;
CONTRA-INDICAÇÕES

 Fístulas ou lacerações vaginais;


 Alergia à borracha ou ao espermicida;
 Existe elevado risco de infeção por VIH;
 É evidente a incapacidade de manusear e
utilizar corretamente.
MEDIDA DO DIAFRAGMA

 Através de exame ginecológico.


 Introduzir os dedos indicador e médio na vagina
até que a extremidade do dedo médio toque o
fundo do saco posterior; assinalar o ponto no qual
o dedo indicador toca o bordo inferior da sínfise
púbica. A distância entre este ponto e a
extremidade do dedo médio, menos 1 cm,
corresponde ao diâmetro do diafragma, que,
convertido em mm, dará o número do diafragma.
 Esta medida deverá ser reavaliada após o parto,
cirurgia pélvica, ganho ou perda de peso
acentuados.
MODO DE UTILIZAÇÃO
 A mulher deve pegar no diafragma com uma das mãos, estreitando o aro com os
dedos indicador e polegar. Com a outra mão afasta os pequenos lábios enquanto
introduz o diafragma na vagina.
 O diafragma é empurrado ao longo da parede posterior da vagina, de modo a que a
sua extremidade anterior (ao nível do orifício vulvar) fique de encontro à parede
posterior da sínfise púbica. O aro do diafragma deve tocar as paredes vaginais
laterais.
 O diafragma deve cobrir o cérvix e não deve causar qualquer incómodo.
 Deve-se pedir à utente para inserir o diafragma antes de sair da consulta e verificar
se foi corretamente colocado.
 Aconselha-se a colocação de um espermicida à volta do aro e no interior do
diafragma antes de cada utilização.
 Não retirar o diafragma antes de 6 a 8 horas após a relação
sexual, nem efetuar irrigações nesse período.
 O diafragma poderá permanecer colocado até 24 horas e não mais, devido à
possibilidade de ocorrência de infeções. Após a utilização, deverá ser lavado e
seco.
 Antes de colocar o diafragma, verificar o estado de conservação.
 O diafragma não deve ser utilizado nas primeiras 6 a 12 semanas após um parto ou
um aborto do 2.º trimestre. Nestes casos, deve ser reavaliado o tamanho do
diafragma.
MÉTODOS
CONTRACETIVOS
QUÍMICOS
1. Espermicida
1. Espermicidas
ESPERMICIDAS

 Os espermicidas são compostos por substâncias que


eliminam a mobilidade dos espermatozóides. Podem
apresentar-se sob a forma de creme, gel, espuma ou
comprimidos vaginais. O espermicida deve ser
introduzido na vagina até 1 hora antes da relação
sexual.
 Nível de eficácia
A eficácia do espermicida é limitada. A sua ação pode
ser melhorada e potenciada se utilizado com outro
método contracetivo.
ESPERMICIDAS

 A eficácia depende da utilização correta e


sistemática.
 Utilizado como único contracetivo, é mais
recomendável em situações de reduzida
fertilidade, como, por exemplo, na peri-
menopausa.
 Pode ser utilizado como coadjuvante de outros
métodos contracetivos.
 Oferece alguma proteção contra as DST e suas
consequências (embora menos que o preservativo).
VANTAGENS

 É um método controlado pela mulher;


 Não tem efeitos sistémicos;
 A utilização é fácil e não necessita de
supervisão clínica;
 Pode aumentar a lubrificação vaginal
(cremes e cones).
DESVANTAGENS

 Pode provocar reações alérgicas ou irritativas na


mulher ou no homem.
 Interfere com a relação sexual, se não for
inserido com antecedência.
 Alguns espermicidas devem ser colocados na
vagina pelo menos 10 minutos antes da
ejaculação (comprimidos, cones).
 Alta taxa de falha.
MODO DE UTILIZAÇÃO

 Introduzir o espermicida profundamente na vagina.


 O intervalo entre a aplicação do espermicida e a
relação sexual pode ir até 60 minutos.
 Sempre que ocorra nova relação sexual, deverá ser
feita uma aplicação adicional de espermicida.
 Nas 6 horas seguintes ao ato sexual, não deverão ser
efetuados duches vaginais.
 Alguns espermicidas, principalmente cones ou
supositórios, devem ser guardados em locais frescos.
 Ler atentamente as instruções de uso que
acompanham cada produto específico.
TIPOS

 Cremes
 Espumas
 Esponjas
 Cones e Comprimidos Vaginais
ABSTINÊNCIA PERIÓDICA/
AUTOCONTROLO
1.Método do Calendário (Ogino-Knauss)
2. Método das Temperaturas Basais (MTB)
3. Método do Muco Cervical (Billings)
4. Método Sintotérmico (MTB+Billings)
ABSTINÊNCIA PERIÓDICA
/AUTOCONTROLO
 A mulher aprende a reconhecer e a compreender
as modificações fisiológicas do seu ciclo menstrual.
 É necessário um grande envolvimento do homem e
uma estreita colaboração entre o casal.
 Para ser eficaz, necessita de ser utilizado de forma
muito rigorosa.
 Não tem efeitos colaterais físicos. Métodos que
envolvem abstinência sexual prolongada podem ser
inadequados para alguns casais
 Pode não ser possível utilizar o método quando
houver febre ou infeção vaginal, no pós-parto e
durante o aleitamento
TIPOS

1. Método do calendário
2. Método das temperaturas basais
3. Método do muco cervical
4. Método Sintotérmico

EFICÁCIA
-2 a 20 gravidezes em 100 mulheres / ano
-Varia muito com o método escolhido e com a
consistência e correção da utilização.
-A eficácia é maior quando se opta por uma combinação
dos métodos e quando há abstinência total de relações
sexuais, durante o período fértil.
VANTAGENS
 Não tem efeitos físicos.
 Pode ser utilizado para evitar a gravidez, ou
para engravidar, de acordo com o desejo do
casal .
 É imediatamente reversível.
 É aceitável para alguns grupos religiosos que
rejeitam outros métodos.
 Envolve o homem no planeamento familiar.
DESVANTAGENS

 Pode requerer um longo período de abstinência,


o que não é aceitável para alguns casais.
 Geralmente são necessários 3 a 6 ciclos para
aprender a identificar o período fértil.
 É difícil ou impossível de utilizar durante o
aleitamento e o climatério.
 É necessária uma atenção cuidada das
modificações fisiológicas do corpo e o registo
diário de dados pela mulher.
 Não protege contra as DTS.
1. Método do Calendário (Ogino-Knauss)
 O óvulo vive, em média, 24 horas e o espermatozóide cerca de 72
horas.
 Considerando estes dois dados, e considerando a duração dos ciclos
menstruais anteriores (idealmente 12 ciclos), pode calcular-se o
período fértil, por subtração de 11 dias ao ciclo mais longo e de 18
dias ao ciclo mais curto.
 O período de abstinência corresponde ao período fértil.
 Exemplos:
 1.Mulher com ciclo regular de 28 dias
 28 – 18 = 10
 28 – 11 = 17
 o período fértil será entre o 10.º dia e o 17.º dia do ciclo, inclusive.
 2.Mulher com ciclos menstruais entre 25 a 30 dias
 25 – 18 = 7
 30 – 11 = 19
 O período fértil será do 7.º ao 19.º dia do ciclo, o que corresponde ao
período de abstinência entre o 7.º e o 19.º dia, inclusive.
2. Método das Temperaturas Basais (MTB)

 A temperatura basal do corpo varia ao longo do


ciclo menstrual, sendo mais elevada após a
ovulação.
 A subida da temperatura basal do corpo, a meio
do ciclo, é precedida de uma ligeira descida, que
corresponde à ovulação. Em muitos casos a subida
é abrupta, noutros, leva 4 a 5 dias a estabilizar.
 Após 3 dias de manutenção da temperatura
elevada, foi ultrapassado o período fértil, e
poderão ocorrer relações sexuais, sem risco de
gravidez.
MODO DE UTILIZAÇÃO

 Medir a temperatura diariamente, durante 3 a 4


minutos, utilizando sempre o mesmo local (boca,
vagina ou reto).
 Essa medição deverá ser feita de manhã, quando a
mulher ainda não tiver tido qualquer atividade, e
após, pelo menos, 4 a 5 horas de repouso.
 Registar de imediato a temperatura num gráfico.
 Alertar para a necessidade de registo de
sintomatologia que possa justificar alterações na
temperatura.
 Registar igualmente alterações do fluxo menstrual,
dores, etc.
3. Método do Muco Cervical (Billings)

 O muco cervical aumenta em volume e


viscosidade durante o período periovulatório.
 O período fértil é suposto ter início no 1.º dia
em que se observam as alterações do muco.
Este período poderá durar 7 a 14 dias.
 Os dias subsequentes a 3 dias sem muco são
considerados inférteis.
MODO DE UTILIZAÇÃO

 Observar diariamente o muco cervical, retirando-o da


vagina com dois dedos.
 A característica do muco no período infértil é a pouca
elasticidade quando distendido entre dois dedos.
 No período fértil a elasticidade (filância) pode atingir os
15 a 20 cm.
 É da observação diária do muco e da evolução destas
características que a mulher poderá identificar o seu
período fértil.
 Com frequência, a existência de corrimento vaginal,
devido a infeção cervical ou vaginal, pode levar a uma
interpretação incorreta do muco.
4. Método Sintotérmico (MTB+Billings)

 A mulher identifica os dias férteis e inférteis


relacionando os métodos da temperatura
basal e do muco cervical.
 Pode associar outros sinais de fertilidade,
como a tensão mamária ou a dôr
ovulatória.
 O período fértil inicia-se logo que sejam
avaliáveis secreções vaginais, terminando no
4º dia após a filância máxima do muco
cervical e depois de ultrapassado o 3º dia de
subida de temperatura basal.
CONTRACEPÇÃO
CIRÚRGICA
1.Laqueação de Trompas
2. Vasectomia
CONTRACEPÇÃO CIRÚRGICA

“1 - A esterilização voluntária só pode ser


praticada por maiores de 25 anos, mediante
declaração escrita devidamente assinada,
contendo a inequívoca manifestação de que
desejam submeter-se à necessária intervenção
e a menção de que foram informados sobre as
consequências da mesma, bem como a
identidade e a assinatura do médico chamado a
intervir.
2 - A exigência do limite de idade constante do
n.º1 é dispensada nos casos em que a
esterilização é determinada por razões de
ordem terapêutica”
ACONSELHAMENTO CORRETO
Pode potenciar a segurança da decisão e evitar o eventual
arrependimento posterior. Para fazer uma escolha
informada acerca da esterilização, o/a utente deve
compreender que:
 Estão disponíveis outros métodos de contraceção eficazes
e reversíveis.
 A esterilização é um método cirúrgico.
 Se for bem sucedida, a intervenção fará com que a(o)
utente não tenha mais filhos.
 O procedimento é considerado permanente e,
provavelmente, irreversível.
 Antes da intervenção, o/a utente pode mudar de ideia
em qualquer momento, mesmo depois do consentimento
assinado.
1.Laqueação de Trompas
 TIPOS
 Os procedimentos mais utilizados são:
-Minilaparotomia: infraumbilical (até ao 7.º
dia pós-parto) ou suprapúbica (em qualquer data
após a 6.ª semana pós-parto)
- Laparoscopia

 EFICÁCIA
 0,5 a 1,8 gravidezes em 100 mulheres/ano
 Depende do método utilizado. A laqueação pós-
parto é um dos métodos mais eficazes, ao
contrário da colocação de anéis ou clips.
ESTERILIZAÇÃO FEMININA
 Também chamada de "ligadura de trompas" ou "laqueadura tubária", que consiste
em uma intervenção cirúrgica onde são seccionadas as trompas de Falópio em sua
parte mediana, para evitar que o óvulo seja fecundado e chegue ao útero.

Existem diferentes alternativas de técnicas cirúrgicas, porém a mais usual é feita


através da via abdominal por minilaparotomia ou laparoscopia.
O índice de eficácia é de quase 100%.
 Vantagens
 Pode ser realizada no momento em que a paciente não deseje mais filhos, no pós-
parto, no pós-aborto ou simultânea a outras cirurgias abdominais;
 Não necessita revisão constante pois não afeta a saúde;
 Requer rápida internação hospitalar;
 Recuperação igualmente rápida.

 Desvantagens
 É um método definitivo;
 Requer uma equipe médica experimentada e hospitalização;
 Pode trazer influências negativas por fatores culturais e psicológicos.
2. Vasectomia
 É um procedimento cirúrgico simples e rápido.
Não é uma castração, não afeta os testículos e
não provoca “impotência”.
 Após a cirurgia, continua a haver ejaculação,
embora o ejaculado não contenha
espermatozóides.
 Eficácia
 0.15 gravidezes por 100 homens/ano. Menor que
1 gravidez/mulher ano
A lógica da cirurgia de vasectomia é muito simples, basta causar uma interrupção
no ducto deferente, que os espermatozódes armazenados no epidídimo não mais
conseguirão chegar à vesícula seminal. Deste modo, o esperma ejaculado passa a
sair sem um único espermatozoide presente.
Como é feita a cirurgia de vasectomia?
A vasectomia é um procedimento cirúrgico tão simples que não precisa ser feito
em ambiente hospitalar. O urologista faz uma pequena anestesia local na pele da
bolsa escrotal e com um pequeno corte exterioriza o ducto deferente. A partir daí,
basta cortá-lo e depois suturar cada uma das pontas. A cirurgia dura cerca de 15-
20 minutos.
VANTAGENS
 Um único procedimento permite uma contraceção segura,
eficaz e definitiva.
 Não interfere com o ato sexual.
 Não tem efeitos colaterais ou riscos para a saúde, a longo
prazo.
 Pode melhorar a satisfação sexual, uma vez que elimina o
receio de uma gravidez não desejada.
 Pode ser realizada com anestesia local, em regime de
ambulatório.
 Quando comparada com a laqueação de trompas, é
ligeiramente mais eficaz, mais segura, mais simples de
realizar e mais barata.
 A eficácia pode ser avaliada a qualquer momento (mediante
espermograma)
DESVANTAGENS
 Requer exame físico e um procedimento cirúrgico por
profissional treinado.
 Reverter o método é difícil, caro e não disponível em todos
os serviços.
 Podem surgir algumas complicações imediatas (embora
raras), como infeção, hemorragia ou hematoma do escroto.
 Dor e edema do escroto são comuns, na primeira semana
do pós—operatório.
 Não é imediatamente eficaz. As primeiras 20 ejaculações,
após a vasectomia, podem conter espermatozóides. O casal
deve utilizar outro método contracetivo nas primeiras 20
relações sexuais ou nos primeiros 3 meses. Dois
espermogramas sem espermatozóides asseguram o êxito da
cirurgia.
 Não protege contra as DTS.
MÉTODOS DE
CONTRACEÇÃO EM
COMPARAÇÃO
PÍLULA IMPLANTE DISPOSITIVOS CONTRACEPÇÃO
INTRAUTERINOS INJECTÁVEL

HORMONAL HORMONAL (Implanon®) Os DIU podem conter: HORMONAL (Depo-Provera


(Estrogénio e Com progestagénio - Cobre ®)
progestagénio Colocado sob a pele - Cobre e prata (Injecção intramuscular de
TIPO DE MÉTODO ou só progestagénio) Duração de 3 anos - Levonorgestrel (hormonal) acetato de
medroxiprogesterona)
Duração de 3 meses

Muito eficaz Muito eficaz Muito Eficaz Muito eficaz


0,5 a 1,5 gravidezes em 99,8% 0,1 a 2 gravidezes por cada 0,0 a 1,3 gravidezes por
100 mulheres/ano 0 a 0,07 gravidezes por 100 100 mulheres/ano cada
EFICÁCIA mulheres/ano 100 mulheres/ano

Períodos mais regulares Útil a quem não pode ou não A eficácia não depende da Eficácia e segurança
Diminuição das dores quer tomar estrogénios mulher e da forma como utiliza Melhora situações de
menstruais Pode amamentar-se  Não diminui a fertilidade endometriose; diminui risco
VANTAGENS Menor risco do cancro do Reversível  Longa duração e reversível de DIP.
ovário e do endométrio Duração 3 anos

Não previne contra as Alguns efeitos desagradáveis -Não previne as IST’s – Provoca irregularidade
IST’s (dor de cabeça, aumento de infecções sexualmente menstrual
Exige um compromisso peso...) transmissíveis Alguma demora no retorno
DESVANTAGENS diário da mulher Não protege contra as IST’s -O DIU não hormonal pode
levar a períodos menstruais
à fertilidade
Pode trazer alguns Não protege contra as
efeitos secundários mais prolongados IST’s
Aumento de peso

Várias marcas acessíveis O DIU só pode ser colocado -Só está acessível em
ACESSIBILIDADE nas farmácias, bem como por técnicos especializados centros de saúde e
genéricos O implante é colocado por um maternidades
E Preço acessível. Preço
médio: 5€ (sem receita
profissional de saúde
DIU hormonal – cerca 143€
O implante da marca Implanon -Um seringa pré-cheia de
PREÇOS médica)
custa cerca de 140€. Comparticipado em 70% Depo-Provera, 1ml=2,48€
Comparticipada em 70%
Comparticipado em 70%
ADESIVO ANEL VAGINAL PRESERVATIVOS ABST.PERIÓDICA/
AUTO-CONTROLO
DA FERTILIDADE

HORMONAL (Evra ®) HORMONAL (Nuvaring ®) Método de barreira que evita o Estes métodos obrigam a
Sistema trasnsdérmico Com estrogénio e contacto directo com fluídos que a mulher aprenda a
contendo Norelgetsromina progestagénio corporais identificar as fases férteis.
TIPO DE MÉTODO Aplicação 3 semanas Anel flexível de plástico de Normalmente são feitos de
latex e têm vários tamanhos,
Existem métodos:
seguidas/colocar ao fim de textura suave -Baseados no calendário
7dias Colocado no 1º dia de cores, formas, etc. -Método da temperatura
menstruação e permanece na basal
vagina por 3 semanas -Método do muco
-Método sintotérmico

Embora haja pouca Embora a informação seja 5,0 a 10 gravidezes em cada 2 a 25 gravidezes em 100
informação disponível, limitada, é eficácia similar à da 100 mulheres mulheres/ano
sabe-se que a eficácia está pílula combinada A eficácia depende muito no
EFICÁCIA acima dos 98% uso consistente do método

Fácil utilização Fácil de colocar Não tem quaisquer riscos


Torna as hemorragias Não exige compromisso para a saúde e efeitos
mais regulares, curtas e diário É O MÉTODO MAIS EFICAZ secundários
VANTAGENS menos dolorosas Método reversível
PARA EVITAR AS
 Método reversível INFECÇÕES
SEXUALMENTE
TRANSMISSÍVEIS

Os efeitos secundários Pode ser mais difícil de Tem de estar disponível no Pode requerer longos
são similares aos da pílula utilizar para mulheres que momento da relação sexual períodos de abstinência
Não protege contra as tenham dificuldade em tocar- Requer uma observação
DESVANTAGENS IST’s se
Não previne as IST’s
rigorosa do funcionamento
do corpo da mulher
Não é comparticipado Não protege contra as IST’s

Não é comparticipado O anel vaginal vende-se na Muito acessível: A escolha deste método
ACESSIBILIDADE Custa cerca de 13€ farmácia supermercados, farmácias ou depende apenas da
 Custa cerca 11€ gratuitos em centros de saúde motivação do casal
E e organizações não-
governamentais (ex: APF)
envolvido

PREÇOS Preço por unidade: 1€


ESPERMICIDAS LAQUEAÇÃO DE VASECTOMIA
TROMPAS

Podem apresentar-se sob a forma -Método cirúrgico -Procedimento cirúrgico


de creme, de espuma, esponja, As trompas de Falópio são Consiste em cortar o canal deferente
cones ou comprimidos vaginais A opção pelo método deve ser muito que liga o testículo ao pénis. Feito
TIPO DE MÉTODO ponderada normalmente com anestesia local
A decisão deve ser muito

18 a 30 gravidezes em 100 0,5 a 1,8 gravidezes em 100 0,15 gravidezes por 100 homens/ano
mulheres/ano mulheres/ano < 1 gravidez por mulher/ano
(sem combinar com outro
EFICÁCIA método)

Fácil utilização Método muito eficaz e seguro na Método seguro, eficaz e definitivo
Pode aumentar a lubrificação contracepção Mais eficaz que simples que a
vaginal Não tem efeitos ou riscos para a laqueação
VANTAGENS saúde a longo prazo Sem efeitos ou riscos para a saúde

Baixa eficácia Requer procedimentos cirúrgicos É muito difícil e dispendioso reverter


Pode interferir com a relação É caro e difícil reverter o método o método
sexual Pode ter complicações a curto prazo Não é imediatamente eficaz
DESVANTAGENS

Os espermicidas estão á venda É muito difícil e dispendioso reverter Exige recorrer a serviços de saúde
ACESSIBILIDADE em farmácias e sexshops o método
Não é imediatamente eficaz
E
PREÇOS
CONTRACEPÇÃO DE
EMERGÊNCIA (CE)
• Método com Progestativo
1. 1.Levonorgestrel
2. 2.Postinor
CONTRACEPÇÃO DE
EMERGÊNCIA (CE)
 É um recurso importante para a mulher que, não
desejando engravidar, teve uma relação sexual
não protegida ou um acidente contracetivo. Tem
particular interesse nos casos de violação.
 Ter acesso à CE é particularmente importante
para os/as adolescentes que com frequência, têm
pouca experiência na utilização da contraceção.
 Dar informação sobre a CE e os serviços onde se
pode recorrer é um meio de evitar os sérios
problemas de saúde que podem advir de uma
gravidez precoce.
VANTAGENS
 A CE é o único método que pode ser utilizado
após a relação sexual, para prevenir a gravidez.
 A CE poderia prevenir a maior parte das
gravidezes não desejadas que ocorrem, se um
maior número de mulheres soubesse que existe
esta opção e se a ela tivesse acesso.
 Reduzindo o número de gravidezes não desejadas,
a CE pode reduzir o número de abortos
provocados.
 Existe evidência científica de que a CE é eficaz e
segura, virtualmente para todas as mulheres.
POSTINOR 1.5MG
 Quando pode ser utilizada a contraceção de emergência? Este contracetivo deve ser utilizado
logo que possível, de preferência nas primeiras 12 horas e no máximo 72 horas (3 dias) após a
relação sexual não protegida ou falha de um método contracetivo.
 Este medicamento é mais eficaz se for tomado o mais rápido possível após uma relação sexual
não protegida. Postinor apenas consegue impedir que engravide se for tomado até 72 horas
após a relação sexual não protegida. Não tem efeito se já estiver grávida.
 Se tiver uma relação sexual não protegida após ter tomado o Postinor, este não impedirá de
ficar grávida.
 Postinor demonstrou prevenir 52% a 85% das gravidezes esperadas.
 Se suspeita que possa estar grávida por um dos seguintes motivos:
-teve uma relação sexual desprotegida;
- esqueceu-se de tomar a sua pílula contracetiva regular a tempo;
- o seu parceiro não utilizou o preservativo ou este se rompeu, deslizou ou foi removido inadequadamente;
- receia que o seu dispositivo intrauterino tenha sido expulso;
- o seu diafragma vaginal ou o seu cone vaginal se deslocou ou foi retirado antes de tempo;
- receia que o método do coito interrompido ou método do calendário tenham falhado;
 em caso de violação.
 Postinor funciona impedindo a libertação de um óvulo dos seus ovários. Não pode impedir que o
ovo fertilizado se fixe no útero. Este comprimido destina-se apenas a contraceção de
emergência, não deve ser usado como método regular de contraceção, uma vez que é menos
eficaz que o contracetivo regular (“a pílula”).
POSTINOR
 A pílula Postinor, nos ensaios clínicos,
demonstrou um eficácia de 85%
das gravidezes esperadas, sendo que a
percentagem de eficácia diminui à medida
que o tempo decorre, sendo que se for nas:
 24 horas após o contato tem eficácia de 95%
 24 a 48 horas após tem eficácia de 85%
 48 a 72 horas após tem eficácia de 58%
POSTINOR
 Após a administração deste medicamento é obrigatório
realizar um teste de gravidez:
- se o seu período menstrual tiver um atraso de mais do que cinco
dias;
- em caso de hemorragia anormal mesmo que na data esperada do
período menstrual.
 Se não utilizou um preservativo (ou se este se rompeu ou
deslizou) durante a relação sexual, é possível que tenha
contraído uma doença sexualmente transmissível, como por
exemplo o vírus do HIV. A contraceção de emergência não a
protege das doenças sexualmente transmissíveis e não pode
substituir as precauções e medidas a tomar em caso de risco
de transmissão (ver Recomendações / Educação Sanitária).
6.PROCEDER AO
ACOMPANHAMENTO CLÍNICO,
QUALQUER QUE SEJA O
MÉTODO CONTRACETIVO
ESCOLHIDO
6.PROCEDER AO ACOMPANHAMENTO
CLÍNICO, QUALQUER QUE SEJA O MÉTODO
CONTRACETIVO ESCOLHIDO

 Através das consultas de enfermagem a 3 e/ou


6 meses e médica anual ou conforme as
necessidades da mulher que pode por exemplo:
-querer suspender o contracetivo e preparar-se
para engravidar.
-querer mudar de método de contraceção.
7.FORNECER GRATUITAMENTE,
OS CONTRACETIVOS
7.FORNECER, GRATUITAMENTE,
OS CONTRACETIVOS
 Os serviços só podem recusar a disponibilização
de um determinado método contracetivo com
base em razões de ordem médica, devidamente
fundamentadas.
 A contraceção de emergência deve estar
disponível em locais de fácil acesso, em todos
os centros de saúde e hospitais com serviços de
ginecologia/obstetrícia, em particular nos
serviços de urgência e nos atendimentos
complementares (Lei 12/2001 de 29 de Março).

 A quantidade de contracetivos orais e preservativos
entregue a cada utente, no âmbito das consultas de
planeamento familiar, deve ser de modo a não obrigar
deslocações desnecessárias ao centro de saúde.
 No caso de utilizadores habituais, devem ser fornecidos,
no mínimo, 6 blisters de contraceptivos ;
 Os preservativos devem ser fornecidos para um período
a acordar com o/a utente de acordo com as suas
necessidades e nunca inferior a 3 meses (30
unidades).
 No caso dos anéis vaginais 3 por mulher(3 meses).
 No caso de utentes sem patologia, a entrega dos
contracetivos orais pode ser feita pelo enfermeiro
dispensando a consulta médica desde que esta tenha
sido realizada há menos de 1 ano.
 O número de embalagens de contracetivos e a
data de entrega devem ser registados no
Boletim de Saúde Reprodutiva/Planeamento
Familiar (BSR/PF).
 Os contracetivos podem ser dispensados
através de terceiras pessoas mediante a
apresentação do BSR/PF da/o utente a quem
se destinam para verificação da comparência
às consultas de vigilância e de anteriores
fornecimentos.
 Não esquecer de agendar a próxima vinda ao
Centro de saúde para daqui a 6 meses –pilula-
ou 3 meses- anel vaginal.
8. PRESTAR CUIDADOS PRÉ-
CONCECIONAIS TENDO EM VISTA A
REDUÇÃO DO RISCO NUMA FUTURA
GRAVIDEZ
CUIDADOS PRÉ-CONCECIONAIS
 As consultas de planeamento familiar
constituem momentos privilegiados para a
prestação de cuidados pré-concecionais,
conforme é preconizado na Circular
Normativa n.º 2/DSMIA, de 18/03/98, da qual
se transcrevem os seguintes procedimentos:
DETERMINAR

 O risco concecional, de forma sistemática, em


particular o risco genético, através da história
reprodutiva, médica e familiar.
 Os possíveis efeitos da gravidez sobre as
condições clínicas existentes, quer do ponto de
vista materno, quer fetal, e introduzir as
modificações convenientes, orientando de acordo
com os riscos identificados, com recurso aos
cuidados diferenciados, sempre que necessário.
EFECTUAR

 O rastreio das hemoglobinopatias, de acordo com a


circular normativa n.º 5/DSMIA/96.
 O rastreio da toxoplasmose, da sífilis e da infeção por
HIV.
 A determinação da imunidade à rubéola e a vacinação,
sempre que necessário.
 A determinação do estado de portador de hepatite B e
a vacinação, nas situações de risco, de acordo com a
circular normativa n.º 12/DSDT/95.
 A vacinação anti-tetânica, de acordo com o PNV.
 O rastreio do cancro do colo do útero, se o anterior foi
efetuado há mais de um ano.
 Outros testes laboratoriais, sempre que indicado.
DISCUTIR
 O espaçamento, recomendado, entre os
nascimentos, incluindo as questões relativas ao
uso dos contracetivos e à sua interrupção.
 Os aspetos psicológicos, familiares, sociais e
financeiros relacionados com a preparação da
gravidez.
 O estado nutricional, hábitos alimentares e
estilos de vida.
 A importância da vigilância pré-natal precoce e
continuada.
RECOMENDAR

 O registo no calendário das menstruações;


 A suplementação com ácido fólico
PROGRAMAR

 O acompanhamento das situações de risco;


 Todos os utilizadores da consulta de
planeamento familiar devem estar informados
da importância da Programação de uma
próxima gravidez.
 Nenhuma mulher que pretenda engravidar
deve interromper o uso do método
contracetivo que o casal utiliza, sem que
sejam postos em prática os procedimentos
anteriormente citados.

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