Você está na página 1de 134

Curso para Docentes

  do SENAI
 

 FUNDAMENTOS DE HIGIENE
OCUPACIONAL : AGENTES QUÍMICOS

Data: 24 de junho de 2019


Promoção: Fundacentro
Local: R. Capote Valente, 710
SÃO PAULO-SP

José Possebon
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO

A proteção dos ambientes de trabalho é feita


pelo controle dos riscos operacionais e
ambientais.
Os riscos operacionais como: risco de queda,
de choques elétricos, proteção de máquinas,
prevenção e combate a incêndios são
controlados pela Segurança do Trabalho e
os riscos ambientais provocados pelos
agentes físicos, químicos ou biológicos pela
Higiene do Trabalho.
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO

Personagens importantes no desenvolvimento


da higiene do trabalho:

* Paracelso
* Georgius Agricola
* Bernardino Ramazzini
* Percival Pott
* Alice Hamilton
* Paul Ehrlich
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO
Paracelso(1493-1541)
(Phillipus Aureolus Theophrastus Bombastus
von Hohenheim) 
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO

Paracelso(1493-1541)

Foi um médico e alquimista e o primeiro a


utilizar produtos químicos para o tratamento
de doenças que era feito somente por vegetais
e produtos animais. Propôs o tratamento da
sífilis(lues) por um produto a base de mercúrio,
teoria confirmada quatrocentos anos depois.
Afirmava que “não existe nada na natureza que
não seja venenoso e a diferença entre o
remédio e o veneno está na dose”.
1556  
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO

A Alquimia era uma ciência mística


conhecida como a química da Idade Média
e tinha como objetivos principais:
►Pedra Fundamental que permitiria
transformar metais em ouro
► Elixir da vida ou da imortalidade
A Alquimia combinava ciências místicas
com física, química, metalurgia, filosofia e
medicina e prosperou entre 300 AC e 1500
DC.
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO

Paracelso apesar de ser alquimista,


desenvolveu a Quimiatria ou a
iatroquímica onde a finalidade principal
era a preparação de medicamentos
para combate às doenças por meio de
fontes minerais utilizando produtos
químicos que interagiam
harmonicamente no organismo,
permitindo que a doença fosse
eliminada por meio de produtos
químicos.
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO

A química como a conhecemos hoje


devemos à Robert Boyle e Antoine
Lavoisier que utilizaram o método
científico e não mais o misticismo e a
magia para explicar os fenômenos.
Robert Boyle e Antoine Lavoisier são
considerados os pais da química
moderna.
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO

1556 - Georgius Agrícola – Prevenção de


doenças através da ventilação.

Georgius Agrícola morreu em 1555 e em 1556 foi


publicada sua obra “De Re Metalica”, um verdadeiro
trato sobre Mineração, Mineralurgia, e Metalúrgia, que
durante cerca de 250 anos serviu de referência nessas
ciências. Nesse tratado, composto por 12 livros, um
deles discorria sobre a higiene e as doenças dos
trabalhadores em minas.
1556   
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO
De Re Metallica Georgius Agricola
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO
Bernardino Ramazzini – 03/10/1633 a 05/11/1714

Ramazzini reconhecia o desprezo


com que a medicina tratava os
trabalhadores.
O trabalho na época era considerado
vil e torpe, no entanto necessário
para proporcionar comodidades à
Sociedade Humana.
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO

“De morbis artificum diatriba” -1700


1556   

- Doença dos massagistas


- Doença dos Judeus
- Doença dos Cloaqueiros e outras num total de 50
profissões.

Fez uma descrição sucinta de 52 profissões,


preocupando-se com a prevenção, relacionando as
doenças com as atividades dos trabalhadores, sendo
por isso chamado de “Pai da Medicina Ocupacional”
    
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO
Percivall Pott(1714-1788)
1556   

Percivall Pott foi um cirurgião famoso que trabalhou


no Hospital São Bartolomeu em Londres e deu muitas
contribuições à medicina do trabalho e um de seus
mais importantes trabalhos foi uma contribuição à
epidemiologia, em 1775, com a correlação entre a
exposição à fuligem das chaminés e o câncer de
escroto, chamado de doença dos limpadores de
chaminés.

Um fato interessante foi que os limpadores de


chaminés da Alemanha tinham menos doenças que os
da Inglaterra porque utilizavam uma roupa mais
protetora.
    
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO

Limpadores de chaminé
limpadores da Alemanha
em 1915 e atualmente
em 1
é
1556   

    

Crianças trabalhando
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO
   1910 - Dra Alice Hamilton – preocupação com as
doenças ocupacionais e com a avaliação dos
agentes e com o seu controle.
Nasceu em 22 de setembro de 1869 e faleceu aos
22 de setembro de 1970 com 101 anos em sua
maioria dedicados à Medicina Ocupacional.
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO
   1910 - Dra Alice Hamilton – preocupação
com as doenças ocupacionais e com a
avaliação dos agentes e com o seu controle.

Nasceu em 22 de setembro de 1869 e faleceu aos


22 de setembro de 1970 com 101 anos em sua
maioria dedicados à Medicina Ocupacional.

Morou próximo a uma região industrial e fazia


constantes contatos com os trabalhadores e suas
esposas. Foi uma precursora da Higiene
Ocupacional, pois se preocupava com o
reconhecimento, avaliação, os efeitos nos
trabalhadores e o controle desses agentes no
ambiente de trabalho.
 
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO

Paul Ehrlich(1854 - 1915)

Durante quase quatrocentos


anos o mercúrio foi utilizado
como remédio, apesar do
grande número de intoxicações
talvez pelo fato de que algumas
aplicações não foram feitas de
acordo com a técnica proposta.
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO
Paul Ehrlich(1854 - 1915)

Em 1907 Ehrlich descobriu uma substância que não


tinha efeitos colaterais, o Salvarsan que era a base
de Arsênio.
O Salvarsan começou a ser produzido pela Hoechst a
partir de 1910.
Com o Salvarsan Ehrlich comprovou a teoria de
Paracelso de que se poderia tratar as doenças com
produtos químicos.
Em 1943 o Salvarsan foi substituído pela Penicilina
(Penicillium Notatum), que tinha sido descoberta em
1928 por Alexander Fleming
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO

Entidades importantes para a Higiene do Trabalho


* NIOSH(National Institute of Occupational Safety and
Health)
* ACGIH(American Conference of Governmental Industrial
Higienists)
* AIHA(American Industrial Hygienists Association)
* FUNDACENTRO(Fundação Jorge Duprat Figueiredo de
Segurança e Medicina do Trabalho)
* IOHA(International
Occupational
Hygiene Association)
* ABHO(Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais)
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO
 

1914 - Criação da NIOSH – National Institute of


Occupational Safety and Health.

A NIOSH é a agência federal dos EUA responsável


pela realização de pesquisas e elaboração de
recomendações para a prevenção de acidentes e
doenças relacionadas com o trabalho.
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO

1938 - Criação da ACGIH – American


Conference of Governmental Industrial
Higienists.

A ACGIH publica anualmente um livreto com os


TLVs e BEIs e mantém programas de
treinamentos para higienistas ocupacionais
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO

1939 - Criação da AIHA – American Industrial


Hygienists Association

Possui 10460 membros, sendo 96% com curso


universitário, 51% com grau de mestre e 12% de
doutores. Promove a certificação de higienistas e
opera programas de acreditação de laboratórios.
 
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO

1946 - ACGIH –listagem de 148 substâncias


com Limite de Tolerância
  
1966 - Criação da FUNDACENTRO – Fund.
Jorge Duprat Fig. de Segurança e Medicina
do Trabalho
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO

1969 - Início das atividades da Fundacentro

   1978 - Portaria 3214 – 28 Normas


Regulamentadoras Segurança e Medicina
 
do Trabalho
 
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO

IOHA(International Occupational
Hygiene Association)
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO

IOHA(International Occupational
Hygiene Association)

Foi fundada em 1987 com o propósito de


promover e desenvolver a higiene
ocupacional a nível mundial através de
suas organizações membros, e melhorar e
manter a segurança e a saúde dos
ambientes de trabalho para todos.  
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO
 

1992 - Introdução do Mapa de Riscos


O Mapa de Risco deve ser elaborado pelos
trabalhadores, com o auxílio da CIPA e/ou do SESMT.

  
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO
 

1994 - Criação da ABHO – Associação Brasileira de


Higienistas Ocupacionais.

 
1994 - Modificação NR-9 que é um programa de
Higiene do Trabalho(PPRA) e introduziu o conceito
prevencionista do Nível de Ação, segundo o qual
quando a concentração ambiental atinge 50% do
Limite de Tolerância, a empresa deve iniciar as
medidas de controle.
 
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO

1994 Alteração da NR-9 Programa de


Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA,
visando à preservação da saúde e da
integridade dos trabalhadores, através da
antecipação, reconhecimento, avaliação e
conseqüente controle da ocorrência de
riscos ambientais existentes ou que venham
a existir no ambiente de trabalho, tendo em
consideração a proteção do meio ambiente e
dos recursos
HISTÓRICO DA HIGIENE DO TRABALHO

1994 Conceito Prevencionista de Nível de


Ação N.A.(NR-9)

O Nível de Ação corresponde a 50% do


Limite de Tolerância, quando a empresa é
obrigada a iniciar as Medidas de Controle.

Quando a concentração ou exposição for


menor que 50% do LT, o ambiente de
trabalho está controlado.
HIGIENE DO TRABALHO

AMBIENTE exposição TRABALHADOR


INSALUBRE
DOENTE

  DIAGNÓSTICO

  ANÁLISES CLÍNICAS

Alta e TRATAMENTO
retorno   CURA

TRABALHADOR
SAUDÁVEL
HIGIENE DO TRABALHO

O trabalhador exposto em um ambiente


insalubre desenvolve uma doença,
incapacitando-o para o trabalho. Após o
tratamento ele fica novamente em condições
de trabalhar,sofre alta e volta para o mesmo
lugar onde ficou doente, desta vez
provavelmente ficará doente em tempo
menor e assim até ficar totalmente
incapacitado.
Desta forma, tratamos as conseqüências e
não a causa básica que era a exposição em
ambiente insalubre.
HIGIENE DO TRABALHO

Tratamos o doente e não a causa básica que era o


ambiente insalubre.
Teremos agora que realizar um Reconhecimento
para saber quais os agentes presentes neste
ambiente de trabalho, fazer uma Avaliação para
se saber se existe risco à saúde e adotar uma
Medida de Controle.

RECONHECIMENTO
+ AVALIAÇÃO
+ CONTROLE = HIGIENE DO TRABALHO
HIGIENE DO TRABALHO
Engenharia Medicina

AMBIENTE TRABALHADOR
INSALUBRE DOENTE

  DIAGNÓSTICO
RECONHECIMENTO
AVALIAÇÃO   ANÁLISES CLÍNICAS
TRATAMENTO
CONTROLE   CURA

AMBIENTE TRABALHADOR
SAUDÁVEL SAUDÁVEL
HIGIENE DO TRABALHO

DEFINIÇÃO

É A CIÊNCIA E ARTE DEDICADA Á ANTECIPAÇÃO,


RECONHECIMENTO, AVALIAÇÃO E CONTROLE
DAQUELES FATORES OU TENSÕES AMBIENTAIS
QUE SURGEM NO OU DO TRABALHO, E QUE
PODEM CAUSAR DOENÇAS, PREJUÍZOS À SAÚDE
OU AO BEM-ESTAR, OU DESCONFORTO
SIGNIFICATIVOS ENTRE TRABALHADORES OU
ENTRE OS CIDADÃOS DA COMUNIDADE.
AGENTES AMBIENTAIS

FÍSICOS

QUÍMICOS E

BIOLÓGICOS
AGENTES AMBIENTAIS

FÍSICOS

RUÍDO(efeitos auditivos e não auditivos)


VIBRAÇÕES(efeitos semelhantes ao frio)
TEMPERATURAS EXTREMAS(Regime Trab/desc)
PRESSÕES ANORMAIS(descompressão por estágios)
RADIAÇÕES IONIZANTES(particul.e eletromagnét.)
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES(RF, MO, IV,Visível,
UV e Laser)
AGENTES AMBIENTAIS

QUÍMICOS

GASES E VAPORES

AERODISPERSÓIDES:

poeiras, fumos névoas e neblinas (fibras)


AGENTES AMBIENTAIS

BIOLÓGICOS
PRÍONS (encefalopatia espongiforme bovina)

VIRUS (gripe, resfriado, varíola, sarampo, herpes,


pneumonia etc)

BACTÉRIAS (lepra, cólera, peste, tétano,


carbúnculo, botulismo e infecções hospitalares)

FUNGOS, ALGAS E PARASITAS (sífilis, teníase,


leptospirose, ascaridíase etc)
RECONHECIMENTO
O Reconhecimento de Riscos é uma etapa
muito importante da Higiene do Trabalho,
pois um risco não reconhecido
provavelmente não será avaliado e nem
controlado. Consiste em um levantamento
de dados sobre o ambiente e a
organização do trabalho para orientar a
tomada de decisão sobre a necessidade de
avaliações quantitativas ou sobre a
introdução de medidas de controle
imediata ou não.
 
RECONHECIMENTO
1 ) ESTUDO DO PROCESSO
 

Deve ser feita inicialmente uma pesquisa bibliográfica


sobre o processo, seguida de uma ou mais visitas e
entrevistas com os trabalhadores. Os pontos a
serem levantados são:
- Matérias Primas utilizadas
- Produtos auxiliares, catalisadores, Produtos
Intermediários, Sub-produtos
- Produtos de combustão e de decomposição.
- O Arranjo Físico do local: Pé direito, localização
das máquinas.
-        Características do Processo: Contínuo, por
Batelada, condições operacionais e ambientais do
RECONHECIMENTO

2) CONDIÇÕES CLIMÁTICAS
 
- Direção predominante das correntes de ar
-        Temperatura, Umidade Relativa do local,
Pressão Atmosférica.

-         3) PROPRIEDADES DOS PRODUTOS


ENVOLVIDOS.
- Pressão de vapor
- Densidade(do líquido e do vapor), Reatividade,
Toxicologia dos produtos(Limites de Tolerância,
vias de ingresso no organismo, meia vida
biológica)
RECONHECIMENTO

4) CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE DOS


TRABALHADORES
 
5) ATIVIDADES DOS TRABALHADORES.
 
Tipo de exposição(Contínua, intermitente,
esporádica)
Tipo de jornada(turnos e ciclos de trabalho), N de
trabalhadores por operação.
Exigências físicas e intelectuais para a tarefa.
Posicionamento dos trabalhadores em relação às
máquinas.
 
RECONHECIMENTO

6) PROGRAMAS DE MANUTENÇÃO
 
Existem manutenção Corretivas, Preventivas, e
Preditivas? Elas são feitas por quem?
 
7) MEDIDAS DE PROTEÇÃO
 
- Medidas de Proteção Coletivas
- Medidas de Proteção Individuais(EPIs)
-        Medidas de Proteção Administrativas
-         
RECONHECIMENTO
8) SESMT E CIPA

O SESMT e a CIPA funcionam adequadamente?


Existe uma Política de Segurança da Empresa e os
trabalhadores a conhecem? Existem um
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais?
 
9) UTILIZAÇÃO DOS SENTIDOS.

Deve-se utilizar a percepção sensorial para a


detecção de odores, ruídos, vibrações, fumaças
vapores etc., após sua ocorrência.     
        
RECONHECIMENTO
UTILIZAÇÃO DAS PROPRIEDADES ORGANOLÉPTICAS DOS PRODUTOS

ACETALDEÍDO VERDURA, DOCE, FRUTAS


ACETATO DE AMILA FRUTAS, BANANA, PERA
ACETATO DE VINILA PENETRANTE, AZÊDO
ACETONA HORTELÃ, DOCE
ÁCIDO CLORÍDRICO IRRITANTE, PUNGENTE
ACRILATO DE ETILA TERRA, PICANTE, PLÁSTICO
ACRILATO DE METILA PENETRANTE, DOCE, FRUTAS
ACRILONITRILA ALHO, CEBOLA, PUNGENTE
ACROLEÍNA DOCE, QUEIMADO
ARSINA ALHO
BUTILAMINA AMÔNIA, PEIXE
CRESOL CREOSOTO, PICHE, DOCE
CROTONALDEÍDO PUNGENTE, SUFOCANTE
DIMETILAMINA AMONIACAL, PEIXE
SUBSTÂNCIAS COM LIMITE DE
PERCEPÇÃO AO ODOR SUPERIOR AO
LIMITE DE TOLER. DA - ACGIH -1996

SUBSTÂNCIA DESCRIÇÃO DO ODOR L.P.O. L.T. STEL


(ppm) (ppm) (ppm)

Acroleína Doce, queimado, penetrante 0,21 0,1 0,3

Amônia Penetrante 46,8 25 35

Dimetilacetamida Amina, queimado, oleoso 46,8 10 15

Dimetilformamida Peixe, penetrante 100,0 10 20

Fosgênio Semelhante ao feno 1,0 0,1 -

T.D.I. Bandagem medicativa 2,14 0,005 0,02


RECONHECIMENTO DE RISCOS

 Riscos escondidos (produtos não intencionais)

 Na etapa de reconhecimento é importante também


levar em consideração os processos ou
operações que geram acidentalmente outros
agentes químicos como: monóxido de carbono,
fosfina, arsina, dioxinas e furanos, ácidos
clorídrico, cianídrico, nítrico etc.
RECONHECIMENTO DE RISCOS

 Riscos escondidos (produtos não intencionais)

 A maior parte desses agentes são gerados de


forma não intencional, isto é por reação com
componentes das misturas, por pirólise e
aquecimento de substância plásticas e por
processos de queima e incineração de resíduos
municipais ou resíduos de serviços de saúde.
RECONHECIMENTO DE RISCOS
Geração Acidental de Riscos Químicos

– 1) Óxidos de nitrogênio:
– Em operações de soldagem sem ventilação local
exaustora.
– 2) Óxidos de nitrogênio :
– Quando há contato do ácido nítrico com a matéria
orgânica, como madeira; decapagem de metais com
ácido nítrico.
– 3) Ácido sulfúrico, amônia e metano:
– Decomposição de matéria orgânica(em cisternas
abandonadas, poços velhos, conduto de esgotos, e
silos.
RECONHECIMENTO DE RISCOS
GERAÇÃO ACIDENTAL DE AGENTES QUÍMICOS

– 8) Monóxido de carbono:
– Na combustão incompleta, em fornos e fornalhas,
fundições e siderúrgicas, motores de combustão
interna(oficinas de reparação de automóveis, galpões
fechados com máquinas em funcionamento; cozinhas
fechadas com fogões as lenha ou onde haja queima de
gás)

– 9)Ácido cianídrico, ácido clorídrico, isocianetos, óxido de


estireno(C8H8O):
– Resultante da pirólise de certos plásticos

– 10) Dioxinas e furanos (PCDD e PCDF):


– Processos de combustão, incineração ou reação onde o
cloro esteja presente, em temperaturas abaixo de
900ºC(2)
LIMITES DE EXPOSIÇÃO
OCUPACIONAL PARA
AGENTES QUÍMICOS

José Possebon
dezembro de 2014
LIMITES DE TOLERÂNCIA - MP

 LT-MP SÃO VALORES DE


CONCENTRAÇÕES ABAIXO DAS
QUAIS É RAZOAVELMENTE
SEGURO O EXERCÍCIO DAS
ATIVIDADES PELA MAIORIA
DOS TRABALHADORES SEM
RISCO À SAÚDE DURANTE
TODA A VIDA LABORAL
VALOR MÁXIMO

 É A MÁXIMA FLUTUAÇÃO
PERMITIDA DURANTE A JORNADA
DE TRABALHO, SENDO O PRODUTO
DO LIMITE DE TOLERÂNCIA-MP
POR UM FATOR DE DESVIO, QUE É
FUNÇÃO DA ORDEM DE GRANDEZA
DO LT-MP
VALOR MÁXIMO = LT x FD
 LIMITE DE TOL. FATOR DE DESVIO

 0 < LT  1 .................... 3,00


 1 < LT  10................... 2,00
 10 < LT  100...................1,50
 100 < LT  1000..................1,25
 1000 < LT .............................1,10
VALOR MÁXIMO = LT x FD
 EXEMPLO
 o LT p/amônia é de 20 ppm, que está
entre 10 e 100, logo o fator de desvio
será de 1,5 e o seu Valor Máximo para a
amônia será:

 VM = 20 x 1,5

 VM(amônia) = 30 ppm
LIMITE DE TOLERÂNCIA-VALOR TETO

 É UM VALOR QUE NÃO PODE SER


ULTRAPASSADO EM MOMENTO
ALGUM, POR SER UM PRODUTO
DE EFEITO EXTREMAMENTE
RÁPIDO, NESSE CASO NÃO
APLICAMOS O FATOR DE DESVIO,
SENDO O LIMITE DE TOLERÂNCIA
O PRÓPRIO VALOR TETO.
LIMITE DE TOLERÂNCIA-VALOR TETO

EXEMPLOS
ÁCIDO CLORÍDRICO .................4,0 (ppm)
DIÓXIDO DE NITROGÊNIO .......4,0
FORMALDEÍDO ..........................1,6
SULFATO DE DIMETILA ........... 0,08
TOLUENO DI-ISOCIANATO...... 0,016
VALOR DE REFERÊNCIA TECNOLÓGICO

O VRT- Valor de Referência Tecnológico,


não é um Limite de Tolerância e sim um
valor mínimo de concentração
tecnologicamente possível para a
continuidade operacional, pois o Benzeno
é comprovadamente cancerígeno para
humanos, sendo perigoso em qualquer
concentração, tendo sido esse valor
negociado através de uma Comissão
Tripartite entre Governo, Trabalhadores e
Empregadores (vide anexo 13ª).
ADAPTAÇÃO DO LT P/JORNADAS
MAIORES QUE 40 HORAS SEMANAIS
(Fórmula de BRIEF & SCALLA)

 LT(H) = LT(40) x FR
 FR = 40/H x (168-H)/128
 O LT é semanal (24 x 7 = 168h)

– LT = Limite de tolerância-Média Ponderada


– FR = Fator de Redução
– H = Jornada de Trabalho Semanal
– 40/H = Parcela referente ao período de exposição
– (168-H)/128 = Parcela refer.ao período de não exp.
ADAPTAÇÃO DO LT P/JORNADAS
MAIORES QUE 40 HORAS SEMANAIS
(Fórmula de BRIEF & SCALLA)
 LT(H) = LT(40) x FR
 FR = 40/H x (168-H)/128
 FR = 40/48 X 120/128
 FR = 0,78
 Exemplo : Cloreto de Vinila LTACGIH = 200 ppm
 LTNR15 = 200 x 0,78 = 156 ppm

 Hoje LT para Cloreto de Vinila é de 1 ppm pela


ACGIH, que atualiza os LT periodicamente e o
Cloreto de Vinila é cancerígeno.
ADAPTAÇÃO DO LT P/JORNADAS
MAIORES QUE 40 HORAS SEMANAIS
(Fórmula de BRIEF & SCALLA)

 Existem dois critérios: o Legal que é o da NR-15


anexo 11 (156 ppm) e o critério técnico que seria
o mais atual que é de (1ppm) e que realmente
protege melhor o trabalhador.

 Nos levantamentos ambientais deve-se utilizar o


critério técnico para a adoção de medidas de
controle.
Cancerígenos – ACGIH 2011

  A1 – Carcinógeno humano confirmado

 A2 – Carcinógeno humano suspeito

 A3 – Carcinógeno animal confirmado com


relevância desconhecida p/ seres humanos

 A4 – Não classificável como carcinógeno
 humano

 A5 – Não suspeito como carcinógeno humano


Cancerígenos – ACGIH 2011

 A1 – Comprovadamente cancerígeno p/humanos

  Alcatrão de hulha(p)(sol. benzeno),


 4-Aminodifenil(p) , Arsênio, Asbesto,
Benzeno(p), Benzidina(p), Berílio, Cloreto
de vinila,Cromato de zinco, Cromita,
Cromo VI, Eter bisclorometílico, beta
Naftilamina, Níquel (comp.inorg. insol.),
Subsulfeto de níquel, Urânio natural, Talco
com asbesto. Poeiras de madeira:
Carvalho e Faia.
Cancerígenos – ACGIH 2011

 A2 – Cancerígeno suspeito p/humanos

  Ácido sulfúrico, benzo(a)antraceno,


benzo(b)fluoranteno, benzo(a)pireno, brometo de
vinila, 1.3 butadieno, cádmio e compostos,
carbureto de silício(fibroso), cloreto de
dimetilcarbamoila (79-44-7), cromatos de (Ca, Pb,
Sr), diazometano, 1,4 dicloro-2-buteno, éter
metílico de clorometila, fibras cerâmicas
refratárias, fluoreto de vinila, formaldeido, 4,4’
metilenobis(2cloroanilina) (MOCA e MBOCA), 4-
nitrodifenila, óxido de etileno, quartzo,
tetracloreto de carbono, triclorometil benzeno,
tricloroetileno, e tríoxido de antimônio. Poeiras
de madeira: bétula, mogno, teca e nogueira
Cancerígenos – IARC 2013

 IARC(International Agency for Research on Cancer)

  A listagem da IARC tem 970 substâncias,


misturas ou processos de produção
estudados, divididos em 5 grupos
Cancerígenos – IARC 2013

 Grupo 1 - Carcinogênico p/humanos(113)


 Grupo 2A - Provável carcinogênico para
 humanos(66)
 Grupo 2B - Possivelmente carcinogênico
 para humanos(285)
 Grupo 3 - Não classificável como
 carcinogênico para humanos(505)
 Grupo 4 - Provavelmente não carcinogênico
 para humanos(1)
Cancerígenos – IARC 2013

 A ACGIH apresenta cerca de 16


substâncias, misturas ou processos
comprovadamente cancerígeno para
humanos e cerca de 28 suspeitos de
serem, cancerígenos.

 Muitos produtos que pela classificação


ACGIH são considerados suspeitos, na
classificação IARC são comprovadamente
cancerígenos para humanos, como o
formaldeído e o óxido de etileno.
SENSIBILIZANTES
REAÇÃO DE SENSIBILIZAÇÃO.
Uma resposta imunológica a um químico.
O mecanismo de imunização envolve os
seguintes eventos:
a) exposição inicial de uma substância
química ou animal;
b) um período de indução no animal;
c) e a produção de uma nova proteína
chamada de anticorpo.
SENSIBILIZANTES

A ACGIH utilizou como critério para o


estabelecimento dos limites de
tolerâncias os efeitos mais importantes e
a sensibilização foi considerada na
determinação dos LT das seguintes
substâncias
SENSIBILIZANTES
-Ácido pícrico
-Acrilato de etila

-Anidrido ftálico

-Captafol

-2-Cloroacetofenona

-Dietileno triamina

-Dihidrocloreto de piperazina

-Diisocianato de isoforona

-Éter alil glicidílico

-Éter n butil glicidílico


SENSIBILIZANTES
-Etileno diamina
-m e p- fenilenodiamina

-Glutaraldeído

-Hexametileno diisocianato(HDI)

-Metileno bis- 4 ciclohexilisocianato

-Resina de fluxo de solda (Pb/Sn)

-Sais solúveis de Platina

-Tetril

-Tolueno 2,4-diisocianato (TDI)


SENSIBILIZANTES

Alguns ramos de indústria utilizam


muitas substâncias que são
sensibilizantes como:

a) borracha;
b) corantes;
c) fotografia.
SENSIBILIZANTES
METAIS:
Níquel
Cromo
Cobalto
Mercúrio

ADITIVOS DE BORRACHA
Mercaptobenzotiazol
Thiuram
Carbamatos
Tiuréias
SENSIBILIZANTES
CORANTES:
Parafenilenodiamina
Produtos p/fotografia colorida
Corantes p/texteis

PLÁSTICOS
Monômero epoxi
Monômero acrílico
Resinas fenólicas
Catalisadores amínicos
SENSIBILIZANTES
BIOCIDAS:
Formaldeído
Kathon CG
Thimerosal

PLANTAS
Toxidendron
Compositae
Prímula obconica
Tulipa, Alstroemeria

ILO-EOHS- 4thedition – 12.4


A EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A
IRRITANTES E SENSIBILIZANTES
OCUPAÇÃO IRRITANTES SENSIBILIZANTES
Construção civil Terebentina Cromatos, resinas epoxi e
thinner, fibra fenólicas, colofônia, terebentina,
de vidro, colas e madeiras

Dentistas e Detergentes e Borracha, monômeros epoxi


Protéticos desinfetantes e acrílicos, catalisadores,
anestésicos locais, ouro
mercúrio, níquel, eugenol,
formaldeído, glutaraldeído
Fazendeiros, Fertilizantes, Plantas, madeiras, fungicidas
Floristas e desinfetantes, e inseticidas
Jardineiros sabões e deter-
gentes
ILO-EOHS- 4thedition – 12.6
A EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A
IRRITANTES E SENSIBILIZANTES
OCUPAÇÃO IRRITANTES SENSIBILIZANTES
Pessoal médico desinfetantes borracha, colofônia, formaldeído

alcool, sabões glutaraldeído, desisnfetantes,


e detergentes antibióticos, anestésicos locais,
fenotiazinas e benzodiazepinas.

Impressores e solventes, ácido níquel, cobalto, cromo, borracha


Fotógrafos acético, tinta e colofônica, formaldeído, para-
monom.acrílico fenilenodiamina e azo corantes,
hidroquinona, mon. Epoxi e
acrílico, catalisadores amínicos
prod. Para P&B e cor.

ILO-EOHS- 4thedition – 12.6


DIOXINAS E FURANOS
SÃO PRODUTOS SECUNDÁRIOS NAO
INTENCIONAIS, ENVOLVENDO: CLORO,
CARBONO, OXIGÊNIO E CALOR, EM
TEMPERATURAS ENTRE 200 E 400°C OU
MAIS.

Cl + C + O + Calor
DIOXINAS E FURANOS
EXEMPLOS
DIOXINAS POLICLORADAS:PCDDs
2,3,7,8 - TCDD (Tetracloro Dibenzo
Para Dioxina)(Seveso)

FURANOS POLICLORADOS:PCDFs
2,3,7,8 -TCDF (Tetracloro Dibenzo
Furano)
DIOXINAS E FURANOS
FONTES DE DIOXINAS E CLORO
(PROCESSOS GERADORES)
INC INERAÇÃO HOSPITALAR (PVC)
 FUNDICAO DE FERRO (PVC, Solv.Clorados)
 INCINERAÇÃO DE RESÍDUOS PERIGOSOS
 FABRICAÇÃO DE PAPEL E POLPA(branqueadores
clorados)
 INCÊNDIOS(Prédios, Residências e Veículos)
(PVC, PCBs, Pentaclorofenol, Solventes Clorados)
 INCINERAÇÃO DE LIXO URBANO(PVC)
DIOXINAS E FURANOS

FONTES DE DIOXINAS E CLORO


(PROCESSOS GERADORES)
 INDÚSTRIA QUÍMICA(Cl ou Organoclorados)
 INCINERAÇÃO DE LODO DE ESGOTO (Sub-
produtos de Cloração)
 QUEIMA DE MADEIRA(PVC, Pentaclorofenol)
 COMBUSTÍVEL AUTOMOTIVO(AditivosClorados)
DIOXINAS E FURANOS
EFEITOS À SAÚDE
 Descontrole Hormonal e Crescimento
 Câncer
 Impacto no Sistema Imunológico
 Impacto no Desenvolvimento
 Alteração Sexual
 Endometriose
 Efeitos no Fígado, Vesícula e Pele
 Alteração do Metabolismo de Glucose e Gordura
 Diabetes
DISRUPTORES ENDÓCRINOS

  São produtos químicos sintéticos e


naturais que afetam o balanço das funções
hormonais nos animais.
Eles podem ser moduladores estrógenos
ou andrógenos, que são hormônios
sexuais. Os Disruptores Endócrinos podem
imitar esses hormônios sexuais ou
bloquear suas atividades, bloqueando os
químicos chamados anti-estrógenos e anti-
andrógenos.
DISRUPTORES ENDÓCRINOS

O QUE E UM SISTEMA ENDÓCRINO? 


 É um sistema de glândulas que
produz mensageiros químicos
(hormônios) e os receptores que
responde à eles.

Exemplos: tireóide, pituitária,


adrenal, sistemas reprodutivos
masculino e feminino.
DISRUPTORES ENDÓCRINOS
EFEITOS DOS DISRUPTORES ENDÓCRINOS
Redução da produção de espermatozóides
 Redução da hab.do esperma fecundar o óvulo
 Diminuição e atrofia do pênis
 Aumento da incidência de câncer de testículos
 nos jovens
 Hiperplasia prostática nos idosos(HPB)
 Dificuldades da mulher engravidar
 Aumento da incidência de câncer de mama
 Danos no sistema imunológico 
DISRUPTORES ENDÓCRINOS
ESPÉCIES QUÍMICAS SUSPEITAS DE SEREM
DISRUPTORES ENDÓCRINOS
       Biocidas
        Inseticidas
        Herbicidas
        Fungicidas
        Produtos químicos:solventes, plásticos,
tintas, etc.
        Metais: mercúrio, arsênico, estanho e cromo.
        PCBs (Ascarel)
    Dioxinas e Furanos 
DISRUPTORES ENDÓCRINOS
Referências Bibliográficas Sobre Disruptores Endócrinos
2,3,7,8-tetraclorodibenzo-paradioxina(TCDD) 16
Bifenila policlorada (PCB –Ascarel) 10
Estrógenos sintéticos 09
Bisfenol A 07
Estradiol 06
Bifenila Polibromada 05
Estireno(polímeros) 03
Metoxiclor 03
Ftalatos (plastificantes) 02
DDT 02
Dieldrin 02
Dibenzofurano 02
Dibutil e diestrilhexilftalato 01
Dietylbestrol 01
Nonil fenol 01
Endosulfan 01
Toxafen 01
PRODUTOS ORGÂNICOS
PERSISTENTES - POP`s

PERSISTÊNCIA : É o tempo
necessário para um produto químico
perder pelo menos 95% de sua
atividade sob condições ambientais e
usos habituais, não como depósitos.
PRODUTOS ORGÂNICOS PERSISTENTES -
POP`s

CLASSIFICAÇÃO

NÃO PERSISTENTE..................1 A 3 SEMANAS

PERSISTENTE MODERADO.........1 A 18 MÊSES

PERSISTENTE..........................2 OU MAIS ANOS


PRODUTOS ORGÂNICOS PERSISTENTES - POP`s
PERSISTÊNCIA

LINDANO.............................. 728 dias


ENDRIN.................................624 dias
DDT.........................................546 dias
ALDRIN................................ 530 dias
DIELDRIN..............................312 dias
HEXACLOROBENZENO......208 dias
PRODUTOS ORGÂNICOS PERSISTENTES
- POP`s
Convenção de Estocolmo
(ratificada pelo Brasil em 23/05/2001)
12 POP`S inicialmente considerados.

Lindano. Clordano
Endrin. Heptacloro
DDT. Mirex
Aldrin. Toxafeno
Dieldrin. Dioxinas
Hexaclorobenzeno. Furanos
PRODUTOS ORGÂNICOS PERSISTENTES
POPs acrescentados à lista inicial

• Clordecone
• Alpha e Beta hexaclorociclohexano (HCH)
• Lindano
• Hexabromodifenil (HBB)
• Pentaclorobenzeno
• C- Pentabromodifenil éter (Penta-PBDE)
• C-Octabromodifenil éter (Octa –PBDE)
• Perfluorooctano sulfonato (PFOS)
• Endosulfan
MEDIDAS DE CONTROLE

 MEDIDAS DE CONTROLE
 PARA AGENTES QUÍMICOS

José Possebon
 - FUNDACENTRO-CHT/DQi
MEDIDAS DE CONTROLE

FONTE  PERCURSO  TRABALHADOR


(geração) (propagação) (recepção)

RELATIVAS AO AMBIENTE RELATIVAS AO


TRABALHADOR
MEDIDAS DE CONTROLE

 1) RELATIVAS AO AMBIENTE
 VENTILAÇÃO GERAL DILUIDORA
 LOCAL EXAUSTORA
 SUBSTITUIÇÃO DO PRODUTO
 MUDANÇA DO PROCESSO OU OPERAÇÃO
 ENCLAUSURAMENTO DA OPERAÇÃO
 SEGREGAÇÃO DO PROC. NO TEMPO
 NA DISTÂNCIA
 MANUTENÇÃO DOS PROCESSOS
 EQUIPAMENTOS
 PROJETOS ADEQUADOS
MEDIDAS DE CONTROLE
 2) MEDIDAS RELATIVAS AOS
TRABALHADORES
 TREINAMENTO
– EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL
– CONTROLE MÉDICO
– ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
(limitação das exposições)
MEDIDAS DE CONTROLE
 1) RELATIVAS AO AMBIENTE
 a) VENTILAÇÃO GERAL DILUIDORA
 Movimenta grandes massas de ar

 Provoca a diluição dos contaminantes

 Excelente para controle sobre a sobrecarga


térmica

 Utilizada em conjunto com a ventilação local


exaustora
VENTILAÇÃO GERAL DILUIDORA

 A Ventilação Geral Diluidora(VGD) pode ser feita


através de uma insuflação, exaustão ou através
de uma combinação com esses dois tipos de
movimentação de ar.

 Deve-se tomar cuidado para que uma não


interfira com a outra e evitar também o conhecido
curto circuito de ventilação, que ocorre quando
um exaustor é colocado em uma abertura
próxima de uma janela ou porta e a corrente de ar
circula somente no local
VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA
 É excelente para o controle da contaminação
ambiental, porque coleta os contaminantes
diretamente na fonte geradora, impedindo que se
espalhe pelo ambiente de trabalho e tem as
seguintes características:
  - Movimenta pequenas massas de ar
  - Excelente p/controle ambiental
  - Exige veloc.mínima nos dutos(sedim)
  - Exige veloc.de face adequada (função
 de tipo de contaminante e velocidade
 de geração).
  - Um Sistema de V. L. E. é composto por vários
elementos:
VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA

 COMPOSIÇÃO DE UM S.V.L.E.
  - Sistema de retenção dos contamin.
 (Filtro-manga, Precipitador Eletrostático
Lavador de Gases, etc.)
  - Exaustor
  - Tubulação de diversos diâmetros
  - Captores específicos para cada tipo de
 geração.
  - Sistema de válvulas para balanceam.
VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA

 IMPORTANTE:
– O Sistema de retenção dos
contaminantes e o Exaustor devem ficar
fora do ambiente de trabalho, pois além
do ruído e vibração produzido pelo
exaustor, o sistema de retenção
necessita de manutenção e troca de
filtros que são operações extremamente
poluidoras.
VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA
VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA
VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA

 4) CAPTOR TIPO CABINA


 Não é muito eficiente porque as
velocidades de face são muito pequenas,
por ter uma área muito grande em relação
à área da tubulação de exaustão.
 Esse tipo de captor pode ser melhorado
através da redução da área de entrada com
a instalação de uma janela transparente.
VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA

 4) CAPTOR TIPO CABINA


VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA

 3) CAPTOR EXTERNO TIPO FRESTA

 Esse tipo de captor é mais eficiente


pois, as frestas diminuem a área de
entrada de ar aumentando sua
velocidade de face.
VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA

 3) CAPTOR EXTERNO TIPO FRESTA


VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA
VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA

 2) CAPTOR TIPO RECEPTOR

 Este tipo de captor é utilizado


quando a velocidade de geração do
contaminante é muito alta, como no
caso de operações de polimento e
esmerilhamento.
VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA
VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA

 1) CAPTOR TIPO ENCLAUSURAMENTO


COM EXAUSTÃO

 É o mais eficiente dos captores, pois


envolve totalmente a fonte geradora,
mantendo uma pressão interna
menor que a externa.
VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA

 1) CAPTOR TIPO ENCLAUSURAMENTO


 COM EXAUSTÃO
VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA

 Velocidade de captura
CONDIÇÃO EXEMPLOS VELOCIDADE DE
CAPTURA (m/s)

Emissão sem velocidade, ar Evaporação de tanques,


parado desengraxadores 0,25 a 0,5

Baixa velocidade, corrente Cabines de pintura, enchimento


de ar moderada de tambores, soldagem, tanques 0,5 a 1,0
de galvânicas

Geração ativa em
movimentação de ar rápida. Pintura a pistola e trituradores 1,0 a 2,5

Velocidade inicial alta e com Moagem, jateamento abrasivo, 2,5 a 10,1


movimentação rápida do ar tombamento
VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA
 A velocidade nos dutos deve ser de 10 a 20 vezes
maior que a velocidade de face para evitar
acúmulo de materiais nas tubulações

Contaminante Exemplos Velocidade de duto


(m/s)
Vapores, gases e fumaça Vapores, gases e fumaças 5,0 a 10,1
Fumos Soldagens 10,1 a 12,7

Poeiras muito finas Linter de algodão 12,7 a 15,2


Pós e poeiras secas Poeira de algodão 15,2 a 20,3
Poeira de moagens e poeira 17,8 a 20,3
Poeira industrial de calcáreo

Poeiras pesadas Serragens e poeiras metálicas 20,3 a 22,9

Poeira de chumbo e de
Poeiras úmidas e pesadas cimento  22,9
Sistemas de coleta e neutralização
Sistemas de coleta e neutralização
Ciclone separador
Sistemas de coleta e neutralização
Coletor Eletrostático
Sistemas de coleta e neutralização
Lavador de gases
MEDIDAS DE CONTROLE
 SUBSTITUIÇÃO DO PRODUTO

– Substituir por outro menos tóxico
– Corante de Chumbo por Titânio
– Benzeno por Xileno
– Tintas e colas a base de água
– Solventes clorados por não clorados
– Substituição dos refrigerantes CFCs
MEDIDAS DE CONTROLE
 SUBSTITUIÇÃO DO PRODUTO
 Exemplo:
 Em 1973 uma empresa de plásticos
que começou a utilizar o benzeno para
colagem de peças plásticas teve 4
mortes e 106 pessoas intoxicadas por
benzeno, que foi substituído por
tolueno. Mais tarde verificou-se que o
tolueno continha 25% de benzeno e foi
finalmente substituído por xileno.
MEDIDAS DE CONTROLE
 MUDANÇA DE PROCESSO OU OPERAÇÃO

  - Soldagem por Rebitagem(gases por ruído)


  - Trabalhar com materiais umedecidos
  - Motores a explosão por elétricos
  - Utilização de inibidores e catalisadores
  - Pintura(aspersão   pincel   imersão)
  - Pinturas a revolver(c/cortina de água, pintura
eletrostática)
  - Utilizar tampas p/recipientes de tintas e colas
MEDIDAS DE CONTROLE
 MUDANÇA DE PROCESSO OU
OPERAÇÃO

 IMPORTANTE:
 A mudança do processo ou operação não
elimina os riscos, pois novos riscos
surgirão. Portanto deve ser feita uma
análise criteriosa sobre a aceitação desse
novo risco.
MEDIDAS DE CONTROLE
 ENCLAUSURAMENTO DA
OPERAÇÃO
 Enclausurar as operações como:

  Moagem,
  Trituração,

  Britagem,

  Peneiramento, etc.
MEDIDAS DE CONTROLE
 SEGREGAÇÃO DO PROCESSO

 Segregar o Processo ou Operação


no Tempo e/ou na Distância,
realizando as operações em locais
e/ou horários onde o número de
expostos é o menor possível.
MEDIDAS DE CONTROLE
 MANUTENÇÃO DOS PROCESSOS
 E EQUIPAMENTOS

 Manutenção Corretiva
 
 Manutenção Preventiva
 
 Manutenção Preditiva
MEDIDAS DE CONTROLE
 MANUTENÇÃO DOS PROCESSOS
 E EQUIPAMENTOS
 MANUTENÇÃO CORRETIVA
 O conserto só é efeito após a quebra do
equipamento, produzindo:
 Acidentes
 Contaminação
 Interferência no fornecimento p/clientes
MEDIDAS DE CONTROLE
 MANUTENÇÃO DOS PROCESSOS
 E EQUIPAMENTOS
 MANUTENÇÃO PREVENTIVA
 O conserto só é efeito antes da quebra,
utilizando-se dados estatísticos de parada
do equipamento, evitando assim:
 Acidentes
 Contaminação
 Interferência no fornecimento p/clientes
 (Parada programada é mais segura)
MEDIDAS DE CONTROLE
 MANUTENÇÃO DOS PROCESSOS
 E EQUIPAMENTOS
 MANUTENÇÃO PREDITIVA
 É mais eficiente que a Preventiva, pois
permite utilizar o equipamento durante
toda sua vida útil, antes da quebra, sendo
muito utilizado em equipamentos rotativos
de grande porte (compressor de gás de
carga).
MEDIDAS DE CONTROLE
 PROJETOS ADEQUADOS
– Possibilidades de futuras ampliações
– Análises de Risco:

 APR - Análise Preliminar de Risco


 AMFE - Análise de modos de falha e efeitos
 HAZOP - Hazard Operability Studies
 FTA – Failure Three Analisys
 What If/Checklist
 TIC
 Série de Riscos
MEDIDAS DE CONTROLE
 2) RELATIVAS AOS TRABALHADORES
– TREINAMENTO
– É a mais eficiente das medidas, pois o
trabalhador que conhece o risco não se
expõe
– CONTROLE MÉDICO
– Admissional
– Periódico
– Demissional
MEDIDAS DE CONTROLE
 2) RELATIVAS AOS TRABALHADORES
– EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL

 Uso em situações de emergência


 Uso em situações de curta exposição
 Apresenta muitas limitações
 Pode oferecer uma falsa sensação de segurança.
MEDIDAS DE CONTROLE
 2) RELATIVAS AOS TRABALHADORES
 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
– Redução das exposições através de:

• Redução da jornada de trabalho


• Redução do esforço muscular através da
utilização de dispositivos auxiliares
• Utilização de pausas em tarefas repetitivas
• Redução do ritmo das tarefas extenuantes
• OBRIGADO!!!!!!!!

 José Possebon, Engenheiro Químico e de Segurança do Trabalho,


Tecnologista aposentado da Fundacentro na Coordenação de
Higiene do Trabalho, Setor de Agentes Químicos, Mestre em
Sistemas de Gestão na área de SST pela Universidade Federal
Fluminense, Diretor Adjunto da Associação Paulista de
Engenheiros de Segurança do Trabalho e Conselheiro Fiscal da
Associação Brasileira de Higienista Ocupacionais.
jose.possebon@uol.com.br

Você também pode gostar