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Princípios básicos de

Ciência dos materiais -1

Laboratório de Materiais

Design Industrial – 1º ano


ESD - IPCA
1 - O ÁTOMO

 Estrutura atómica

 Ligações atómicas
ESTRUTURA ATÓMICA
 Segundo Rutherford, o átomo é constituído por um núcleo
central, circundado e protegido por uma nuvem de
electrões em contínua rotação.

 Segundo esta teoria, o átomo em si é neutro, dado que o núcleo é


dotado de um determinado número de cargas positivas, os
protões, contrabalançados por igual número de cargas negativas,
representadas pelos electrões que giram em volta do núcleo.

 O núcleo contém, ainda, outras partículas, os neutrões, que não


estão carregadas electricamente
IÃO POSITIVO (catião)
 Retirando ao átomo um certo número de
electrões, teremos um átomo carregado
positivamente pelo excesso de carga
nuclear, que se designa por ião positivo
(catião).
IÃO NEGATIVO (anião)
 Se, por outro lado, conseguirmos
aumentar o número de electrões de um
átomo electricamente neutro, obteremos
um átomo carregado negativamente, que
se designa por ião negativo (anião).
Número atómico
 O número de neutrões é, normalmente,
igual ao número de protões, designando-
se por número atómico (Z) o número de
protões existentes no núcleo.

 O número atómico permite identificar o


elemento, porque cada elemento tem uma
massa atómica característica.
 Núcleo – refere a massa do átomo;
 Nuvem electrónica – refere o tamanho
do átomo;
Mole
 Mole – uma mole-grama de um elemento, é
definido como a quantidade, cuja massa em gramas,
é a massa atómica relativa molar desse elemento.

 A configuração electrónica de um átomo é o


modo como os seus electrões se distribuem pelas
diferentes camadas e sub camadas.

 Isótopo – átomos com o mesmo número de protões


e diferente número de neutrões. Os isótopos de um
elemento têm as mesmas propriedades químicas
mas têm massas diferentes.
Número de massa (A)
 Os electrões, particularmente os mais exteriores, determinam
a maioria das propriedades eléctricas, mecânicas, químicas
e térmicas dos átomos e por essa razão, os conhecimentos
básicos sobre a estrutura atómica são importantes.

 Número de massa (A) de um átomo – é a soma dos seus


protões e neutrões.

 As massas atómicas relativas de um elemento é a massa em


gramas de 6,023 x1023 átomos (nº Avogadro) desse elemento.
Carbono 12
 As massas atómicas relativas dos elementos, desde
1 até 105, estão indicadas por debaixo dos
símbolos atómicos na Tabela Periódica.

 O átomo de carbono com seis protões e seis


neutrões - o carbono 12 - é tomada como a
massa de referência das massas atómicas.

 Uma unidade de massa atómica (u) é definida


como um dozeavos (1/12) da massa de um átomo
de carbono, o qual tem a massa de 12 u
O núcleo do átomo
 O núcleo do átomo é uma parte muito pequena (da
ordem de 10-13cm),extraordinariamente densa e
carregada positivamente.

 O núcleo é constituído de protões e neutrões,


denominados colectivamente como nucleões. Num
átomo electricamente neutro, o número de
electrões é igual ao número de protões.

 O número de protões de um átomo identifica o


elemento. Os isótopos de um elemento têm as
mesmas propriedades químicas mas têm massas
diferentes.
O núcleo do átomo
 A massa do núcleo dos átomos é um pouco menor que a
soma das massas dos protões e neutrões que os
constitui.

 Esta diferença de massa (m) é libertada na forma de


energia (E), de acordo com a equação da equivalência
entre massa e energia de Albert Einstein ( 1879-1955) :
E - é a energia libertada;
m - é a variação de massa;
C - é a velocidade da luz (2,9979⋅108 m/s).

 A partir da diferença de massa mencionada acima,


pode-se calcular a energia de ligação por nucleão.
Princípios básicos de
Ciência dos materiais

2 - Tipos
de
ligação atómica
Ligações atómicas
 Inicialmente é importante destacar que, por vezes,
mais de um tipo de ligação actua em um material.

 Ligações fortes – iónicas, covalentes e metálicas.

 Ligações fracas – ligações de Van der Waals


Ligação iónica

Na ligação iónica um ou mais electrões são transferidos de um átomo


electropositivo para outro mais electronegativo.
Ligação covalente

Na ligação covalente, um ou mais electrões são compartilhados


entre dois átomos, gerando uma força de atracção entre os
átomos que participam da ligação. Esta junção é muito comum
na maioria das moléculas orgânicas.
Ligação metálica

Os metais têm um, dois ou no máximo três electrões de valência. Estes electrões
não estão ligados a um único átomo, mas estão mais ou menos livres para se
movimentar por entre a rede de iões metálicos positivos. (espécie de núvem)
Ligações fracas
 A denominação de ligação de van der Waals é utilizada como
designação geral para todos os tipos de ligações secundárias (fracas).

 Esta denominação é uma homenagem ao físico holandês Johannes


Diderik van der Waals (1837-1923), que em 1873 estudou a interacção
entre moléculas de gás e a sua relação com a não validade da lei dos
gases ideais (P ⋅ V = n ⋅ R ⋅ T ).

 A principal causa para a ocorrência de uma ligação de van der Waals é


a polarização da molécula, existindo pelo menos quatro modalidades
deste tipo de ligação:
 • atração entre dipolos permanentes;.
 • atração entre dipolos permanentes e dipolos induzidos;
 • forças de dispersão;
 • ligação ou “ponte” de hidrogênio.
Materiais Metálicos

 Os materiais metálicos, embora apresentem carácter metálico predominante, exibem um certo


carácter covalente. Quanto menor o número de electrões de valência do átomo metálico, maior será
a predominância da ligação metálica.

 Por exemplo, o sódio, o potássio, o cobre, a prata e o ouro têm carácter metálico muito forte. Eles
apresentam condutividades eléctricas e térmica muito altas.

 Já os metais de transição, que apresentam elevado número de electrões de valência nos seus
átomos, tais como níquel, ferro, e vanádio, apresentam uma parcela apreciável de ligações
covalentes.

 Isto explica as suas piores condutividades térmicas e eléctricas, assim como suas maiores
resistências mecânicas e mais altos pontos de fusão, pois nesses casos a ligação metálica é
reforçada pela ligação covalente.
Fim
Curiosidades extra aula– o avião
que lançou a bomba atómica
A bomba atómica
Hiroshima e Nagasaki
Arremessada pelo avião Enola Gay sobre Hiroshima no dia 6 de agosto de
1945, a Little Boy era uma bomba de urânio com cerca de três metros
de comprimento.
Ela carregava 64 quilos do material e pesava 4 toneladas e meia.
Quando a bomba explodiu como planeado, a cerca de 600 metros acima
de Hiroshima, uma média de dois quilos de urânio sofreu fissão nuclear,
criando um lançamento de 16 quilotons de força explosiva.

Como Hiroshima fica em uma planície, a Little Boy causou um imenso


desastre.

As estimativas variam, mas cerca de 70 mil pessoas foram


mortas, sendo que a detonação deixou ainda o mesmo número de
pessoas feridas
Em Fevereiro, o Arcebispo publicou um artigo no qual explica
que esta imagem de madeira criada na Itália e levada ao Japão em 1930,
se unirá a outro ícone da Virgem Maria que também
sobreviveu a um bombardeamento, esta vez em Guernica,
Espanha, em 26 de abril de 1937 durante a Guerra Civil
Espanhola.
 Diferenças
 Como você pode concluir, a explosão de Chernobyl foi em terra firme, o que deixou um ambiente totalmente
inadequado para a habitação humana com contaminação no ar e, principalmente, no solo. Como as bombas de
Hiroshima e Nagasaki explodiram algumas centenas de metros acima das cidades, essas regiões não sofreram uma
contaminação tão profunda no decorrer dos anos e foi dissipada mais rapidamente.
 Além disso, o reator de Chernobyl tinha muito mais combustível nuclear, o qual detonou de forma mais eficiente nas
reações. Para ter uma ideia da dimensão do estrago, enquanto a Little Boy tinha 64 quilos de urânio e a Fat Man tinha
seis quilos de Plutônio, o reator número 4 de Chernobyl tinha 180 toneladas de material nuclear, sendo que dessa
quantidade cerca de sete toneladas foram lançadas na atmosfera e vazaram por terra.
 Apesar disso, existem alguns relatos de que alguns animais selvagens estão voltando aos poucos à zona de exclusão de
Chernobyl e parecem bem e fisicamente normais (porém, ainda com resultados de níveis altos em testes de
contaminação radioativa). Apesar disso, ainda é muito cedo para saber se a região condenada um dia poderá

novamente abrigar humanos de uma forma segura.  


Hiroshima hoje

Hiroshima se transformou numa cidade moderna e


desenvolvida, com árvores, prédios, pessoas circulando e
carros, como em qualquer outra. Contudo, as
lembranças continuam vivas dentro de cada um.
A Cúpula Genbaku, chamada hoje Memorial da Paz de Hiroshima, foi
uma da únicas estruturas que restaram da cidade e uma das atrações
mais visitadas no Japão, servindo de apelo à paz e um acervo cultural,
tombada como Patrimônio Mundial pela Unesco apesar da oposição dos
EUA e China.

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