A importância da Aferição da Pressão

Arterial na clínica de pequenos

animais

M.V Rianne Gomes Falcão

Graduada em Medicina Veterinária - UFRA
Especializada em Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais – UFPA
Pós graduanda em Cirurgia em Pequenos Animais - Qualittas

Belém -PA, 2021

Pressão Arterial(PA)
Parâmetros fisiológicos mais importantes
Homeostasia do organismo
Desordens da pressão Fundamentais para
entendimento de desordens e abordagem à várias
doenças.
Técnicas não-invasivas Rotina clínica
Hipertensão e Hipotensão
Lesões órgãos-alvos
Fisiologia da PA
1. Débito Cardíaco (DC) –
quantidade de sangue
2. Pressão Arterial (PA) –
promover o fluxo sanguíneo
adequado pra cada tecido.

Diferença Resistência
de Pressão vascular

Circulação de alta pressão- AORTA

Circulação de baixa pressão – VASOS CAPILARES

Definição
A pressão arterial é gerada durante a sístole cardíaca,
sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo na artéria
aorta promove a distensão
de suas paredes, produzindo
uma pressão máxima,
denominada Pressão Arterial
Sistólica (PAS).
Definição
A pressão mínima antes de cada nova sístole é
denominada Pressão Arterial Diastólica
(PAD).
Pressão Arterial Média (PAM)
é a pressão média na aorta a
cada ciclo cardíaco.

PAM = (PAS – PAD) / 3 + PAD

Fatores determinantes da PA
Débito cardíaco e pela Resistência Periférica Total

PA = DC x RPT

DC é volume Necessidades
bombeado pelo metabólicas do
VE, na aorta/min organismo
Fatores determinantes da PA
Débito cardíaco e pela Resistência Periférica Total

PA = DC x RPT

RPT é a soma
de todas as
resistências Diâmetro dos
exercidas pelos vasos
vasos
sanguíneos.
Regulação da Pressão Arterial
Controle rápido – seg a min
Mecanismo de feedback barorreceptores
“Sistema Tampão da PA”
Mecanismo de feedback quimiorreceptores
O2 diminuida, H+ e CO2 aumentados
Mecanismo resposta isquêmica do SNC
Acumulo CO2, subst. ácidas e H+
Controle intermediário – a partir de 30min
Mecanismo vasoconstritor Sistema Renina-Angiotensina
Relaxamento por estresse da vasculatura
Mecanismo de deslocamento de liquido capilar
Regulação da Pressão Arterial
Controle a longo prazo
Dias, meses ou anos
Sistema Rim – liquidos corporais
H2O e Na++
Classificação da Pressão
Pressão Arterial Subestágio Risco futuro de lesão
(mmHg) em órgão - alvo
<150 Normotenso Mínimo
150 – 159 Hipertensão limítrofe Baixo
160 – 179 Hipertenso Moderado
>180 Hipertensão grave Alto

Tabela I -Subestadiamento de cães e gatos hipertensos proposto pela Sociedade

Internacional de Interesse Renal (IRIS), relacionando risco futuro de lesão à
órgãos-alvo com valores de pressão arterial. (IRIS, 2018)
Fatores que podem afetar a PA
Sexo – + 10mmHg
Raça – Sighthounds + 10-20mmHg
outras – 7 – 10mmHg
Obesidade - <5mmHg
Fator de HAS secundária
(NELSON & COUTO, 2001)
Idade (???)
Desordens da Pressão Arterial
Hipotensão - < 80mmHg PAS e < 60 mmHg PAM
Comum na rotina clínica
Mecanismo da hipotensão
Diminuição do DC
Diminuição do tônus vagal
Hipovolemia
Estados patológicos
HIPÓXIA
CHOQUE SEPSE ANAFILAXIA

HEMORRAGIA DOENÇA CARDIACA

NEOPLASIA
AVANÇADA
Hipotensão
Sinais clínicos

LETARGIA
FRAQUEZA

EXTREMIDADES
FRIAS

SÍNCOPE
DIMINUIÇÃO
DO TPC
Hipertensão
Hipertensão Primária e Hipertensão Secundária
Doenças associadas
Hiperadrenocorticismo em cães
Doença renal aguda
Hipertireoidismo em gatos
Hipotireoidismo em cães
Feocromocitoma
Acromegalia
Anemia em gatos
Doença IC
Doença hepática
Hipertensão
Sinais clínicos
Lesões em órgãos-alvos
Rim – DRC progressiva
Olhos – deslocamento de retina
Encéfalo – encefalopatia com SC
Coração – Hipertrofia do VE
e ICC
Tratamento
Hipotensão Hipertensão
Fluidoterapia - Prova de Bloqueadores de cálcio :
carga – 3 máximo Anlodipino
cão : 15mL/kg/30min Inibidores da ECA :
gato : 10mL/kg/30min enalapril, benazepril
Drogas vasoativas :
norepnefrina,
epinefrina, dobutamina
Técnicas de mensuração
Direta – invasiva
Cateter venoso central
Indireta – não invasiva
Doppler ultrassônico
Oscilometria
Plestismografia
Técnicas de mensuração
Hipertensão do jaleco branco
Escolha do cuff adequado: 40% de circunferência
Posicionamento do cuff corretamente
Treinamento do operador: ESSENCIAL!
Obrigada!
Referências
BROWN, S. et al. Guidelines for the identification, evaluation, and management of
systemic hypertension in dogs and cats. Journal of veterinary internal medicine, v.21,
p.542-558, 2007
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Cardiac output, venous return and their regulation. In:___.
Textbook of medical physiology. 11.ed. Philadelphia: Elsevier sauders, 2006, Cap.20, p.232-
245.
NELSON, R.W.; COUTO, C.G. Hipertensão arterial sistêmica. In:___.Medicina interna de
pequenos animais. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2001, Cap.12, p. 150-155.
RABELO, R.C; MELO, M. A importância da avaliação pressórica em pequenos animais.
2002. 11f. Seminário (Graduação em medicina veterinária) – Escola de Medicina
Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte – MG, 2002.
RENALVET. Hipertensão Arterial: Crise Hipertensiva. Disponível em:
http://renalvet.com.br/especialidades-veterinarias/cardiologia/crise-hipertensiva/
SILVEIRA, J.; Hipertensão arterial sistêmica em cães : Revisão de literatura. Trabalho de
conclusão de curso. Universidade Federal de Santa Catarina, 2018.