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Subdomínio
Unidade
Forças e movimentos
Aspetos quantitativos das
reações químicas

3.1 Características do movimento


de um corpo de acordo com a resultante
das forças e as condições iniciais
do movimento
Aspetos quantitativos das
reações químicas

3.1.2 Queda e lançamento na vertical com efeito

da resistência do ar desprezável
Aristóteles foi dos primeiros
a tentar explicar o movimento de
Aristóteles
(384-322 a. C.)
queda de um corpo.

Segundo Aristóteles, a velocidade de queda

de um corpo era diretamente proporcional à sua massa.

A explicação de Aristóteles, embora errada,


prevaleceu até ao século XVII.
No século XVII, Galileu Galilei
pôs em causa a explicação
Galileu Galilei de Aristóteles.
(1564-1642)

Segundo Galileu, o ar dificulta o movimento dos corpos.

Na ausência de ar, corpos de pesos diferentes


largados da mesma altura atingem o solo ao mesmo tempo.
Movimento sem resistência do ar

Quando o movimento ocorre


sem resistência do ar:

Aumento progressivo
• A velocidade dos objetos
da velocidade
aumenta progressivamente
ao longo do movimento;

• Os dois objetos atingem


o solo ao mesmo tempo;

Solo
Movimento sem resistência do ar

Quando o movimento ocorre


sem resistência do ar:

Aumento progressivo
• A velocidade dos objetos
da velocidade
imediatamente antes de
atingirem o solo é igual.

Velocidade final igual Galileu demonstrou que um corpo


em queda livre está sujeito a uma
aceleração de 9,8 m s–2.
Solo
Movimento sem resistência do ar

Galileu não podia verificar


experimentalmente as suas
conclusões.
Aumento progressivo
da velocidade
Apenas após a invenção
da bomba de vácuo, em 1650,
foi possível confirmar
Velocidade final igual experimentalmente
a explicação de Galileu.

Solo
Sir Isaac Newton,
físico e matemático inglês,
verificou experimentalmente
Isaac Newton
(1643-1727) a explicação de Galileu.

Newton utilizou um tubo de vácuo


para demonstrar que os corpos em vácuo
demoram o mesmo tempo a cair se largados
da mesma altura.
Movimento sem resistência do ar
Conjugando a Lei
da Gravitação Universal
com a 2.ª Lei de Newton:

• A aceleração (g) a que todos

v g os corpos em queda
livre estão sujeitos tem uma

|| g || = 9,8 m s –2 intensidade de 9,8 m s–2;

• O vetor aceleração apresenta


a mesma direção e o
Solo mesmo sentido da força
gravítica.
Movimento sem resistência do ar

Estas conclusões são válidas

v g v quer o corpo se aproxime


quer se afaste da

|| g || = 9,8 m s–2 superfície da Terra.

Solo
Exemplo
Movimento sem resistência do ar
Subida
Considere uma bola lançada
t=3s
v = 0 m s–1 verticalmente para cima com

t=2s
a velocidade de 29,4 m s–1.
v = 9,8 m s–1
Durante a subida:
t=1s
v = 19,6 m s–1 • O módulo da velocidade da
bola diminui 9,8 m s–1 a cada
segundo que passa até atingir
t=0s
v = 29,4 m s–1 a velocidade 0 m s–1.
Solo
Exemplo
Movimento sem resistência do ar
Subida
Considere uma bola lançada
t=3s
v = 0 m s–1 verticalmente para cima com

t=2s
a velocidade de 29,4
v = 9,8 m s–1
m s–1.
Durante a subida:
t=1s
v = 19,6 m s–1 • Os vetores velocidade
e aceleração têm
sentidos opostos:
t=0s
v = 29,4 m s–1 v g
Solo
Exemplo
Movimento sem resistência do ar
Subida Descida
Considere uma bola lançada
t=3s t=3s
v = 0 m s–1 v = 0 m s–1 verticalmente para cima com

t=2s t=4s
a velocidade de 29,4 m
v = 9,8 m s–1 v = –9,8 m s–1
s–1.
Durante a descida:
t=1s t=5s
v = 19,6 m s–1 v = –19,6 m s–1 • O módulo da velocidade
da bola aumenta 9,8
m s–1 a cada
t=0s t=6s
v = 29,4 m s–1 v = –29,4 m s–1 segundo que passa,
Solo até atingir o solo.
Exemplo
Movimento sem resistência do ar
Subida Descida
Considere uma bola lançada
t=3s t=3s
v = 0 m s–1 v = 0 m s–1 verticalmente para cima com

t=2s t=4s
a velocidade de 29,4 m
v = 9,8 m s–1 v = –9,8 m s–1
s–1.
Durante a descida:
t=1s t=5s
v = 19,6 m s–1 v = –19,6 m s–1 • Os vetores velocidade
e aceleração têm
sentidos iguais:
t=0s t=6s
v = 29,4 m s–1 v = –29,4 m s–1 v g
Solo
Exemplo
Movimento sem resistência do ar
Subida Descida Verifica-se que:

t=3s t=3s
v = 0 m s–1 v = 0 m s–1 • O tempo de subida é igual
t=2s t=4s ao tempo de descida
v = 9,8 m s–1 v = –9,8 m s–1
(3 segundos);

t=1s t=5s
v = 19,6 m s–1 v = –19,6 m s–1
• Para uma dada altura,
o módulo da velocidade
da bola durante a subida
t=0s t=6s
é igual ao módulo da
v = 29,4 m s–1 v = –29,4 m s–1

Solo velocidade durante a descida.


Exemplo
Movimento sem resistência do ar
Subida Descida Verifica-se que:

t=3s t=3s • Durante a subida, a bola


v = 0 m s–1 v = 0 m s–1
apresenta movimento retilíneo
t=2s t=4s
v = 9,8 m s–1 v = –9,8 m s–1 uniformemente retardado;

v g
t=1s t=5s
v = 19,6 m s–1 v = –19,6 m s–1
• Durante a descida, a bola
apresenta movimento retilíneo

t=0s t=6s uniformemente acelerado.


v = 29,4 m s–1 v = –29,4 m s–1
v g
Solo
Considere que um corpo é abandonado de uma
dada altura, sujeito apenas à força gravítica.
O gráfico geral de posição-tempo é:
Altura Velocidade
h0 0 m s–1

O gráfico é dado pela função:

y(t) = y0 + v0 t – 1 g t 2
2
Solo
Considere que um corpo é abandonado de uma
dada altura, sujeito apenas à força gravítica.
O gráfico geral de posição-tempo é:
Altura Velocidade
h0 0 m s–1

O gráfico é uma parábola


descrita por uma
função quadrática do tipo:

Solo x(t) = x0 + v0 t + 1 a t 2
2
Considere que um corpo é abandonado de uma
dada altura, sujeito apenas à força gravítica.

O gráfico geral de
Altura Velocidade
h0 0 m s–1
velocidade-tempo é:

O gráfico é dado pela função:

v(t) = v0 – g t
Solo
Considere que um corpo é abandonado de uma
dada altura, sujeito apenas à força gravítica.

O gráfico geral de
Altura Velocidade
h0 0 m s–1
velocidade-tempo é:

O gráfico é descrito por


uma função linear do tipo:

Solo v(t) = v0 + a t
A partir das expressões...

x(t) = x0 + v0 t + 1 a t2 e v(t) = v0 + a t
2

... obtém-se (resolvendo em ordem a t):

V2 (t) = v02 + 2 a Δx Δx = x(t) – x0


No gráfico de posição-tempo, a concavidade
da parábola depende de três fatores:

• Posição de lançamento;

• Velocidade de lançamento;

• Aceleração do movimento
(constante nos movimentos de queda livre).
Variação da concavidade da parábola
com a posição inicial de lançamento:

Posição inicial
de lançamento:
A
A — 100 m

B — 50 m
B
C — 10 m

C
Variação da concavidade da parábola
com a velocidade inicial de lançamento:

Velocidade inicial
de lançamento:
A
A — 0 m s–1

B B — 10 m s–1

C — 20 m s–1
C
Conclusão

• Um corpo em queda livre está sujeito a uma


aceleração de 9,8 m s–2.

• Um corpo em movimento sujeito apenas à


força gravítica apresenta:
• movimento retilíneo uniformemente retardado durante

a ascensão;

• movimento retilíneo uniformemente acelerado durante a queda.

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