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Strain-gage

Métodos óticos em mecânica dos sólidos

Universidade Federal Fluminense


Pós-Graduação em Engenharia Mecânica
Aluno: Guilherme Cardoso Ribeiro de Barros
Professor: D.Sc. Luiz Carlos da Silva Nunes

11/05/2021 PGMEC 1
Sumári
o1. Introdução
2. Medição
3. Circuitos
4. Instrumentação
5. Inovação

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1. Introdução
• Algumas características básicas:

 Transdutor para medição de


deformação.

 Força de operação significativa.

 Pequenos e com pouca massa.

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2. Medição
 Deformação de engenharia.

𝐿1 − 𝐿 0 ∆ 𝐿
𝜀  = =
𝐿 𝐿

 Medição da área: Comprimento efetivo


X Largura de grade.

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2. Medição
 Relação da resistência com a geometria
e a componente piezoelétrica.
  𝐿
𝑅=𝜌
𝐴
𝐷 
𝑑𝑅
  =𝑑 𝜌 +𝑑 𝐿 − 𝑑 𝐴
𝑅 𝜌 𝐿 𝐴
𝐷+𝑑𝐷
 

 Variação de área.

𝑑𝐴
  =2 𝑑 𝐷 =2 𝜀 𝑡
𝐴 𝐷

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2. Medição
 Coeficiente de Poisson.
𝜀𝑡
 
υ=−
𝜀𝑎

 𝑑𝑅 = 𝑑 𝜌 +𝜀 −2 𝜀 → 𝑑𝑅 = 𝑑 𝜌 +𝜀 (1− 2υ )
𝑎 𝑡 𝑎
𝑅 𝜌 𝑅 𝜌

 Taxa de variação da resistência é função de um fator geométrico e um relativo ao


material condutor.

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2. Medição
 Gage factor.
  𝑑𝑅 / 𝑅
𝐹=
𝜀𝑎

  𝑑 𝜌/ 𝜌
𝐹= + 1− 2υ
𝜀𝑎

 Calibração fornecida pelo fabricante do extensômetro.

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3. Circuitos
 Circuito simples:

 (a) Voltagem constante.


  ∆𝑅𝑔
𝐼0 𝑅𝑔
=
∆𝐼 ∆ 𝑅𝑔
1+
𝑅𝑔
 (b) Corrente constante.

 ∆ 𝐸 = ∆ 𝑅𝑔
𝐸0 𝑅𝑔

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3. Circuitos
 Circuito simples: Baixa resolução e precisão.

 (a) Voltagem constante: Não linearidade;


sensível à variação de corrente; preferível
strain-gage de baixa resistência e alta
sensibilidade à deformação.

 (b) Corrente constante: linearidade;


maximização de eficiência; maior resistência
e maior a resolução; corrente precisa ser
baixa (<< 0.1 A).

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3. Circuitos
 Circuito potenciométrico: simples e versátil.

 Assim como no simples, possui baixo nível


de sinal.
 Um segundo extensômetro pode ser
utilizado no lugar do resistor de lastro
(melhora de sinal).
 Output sempre variação na voltagem.

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3. Circuitos
 Ponte de Wheatstone: mais utilizado.

 Resultados parecidos para C.C. e V.C.


 C.C. produz um erro linear menor.
 Modo balanceado: quase nenhum erro linear.
 Comercialmente: mais comum V.C. e modo
desbalanceado.
 Um gage factor alto aumenta o sinal da
ponte, um valor baixo diminui.

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3. Circuitos
 Ponte de Wheatstone: mais utilizado.

 Resultados parecidos para C.C. e V.C.


 C.C. produz um erro linear menor.
 Modo balanceado: quase nenhum erro linear.
 Comercialmente: mais comum V.C. e modo
desbalanceado.
 Erro linear alto para grandes deformações.
 Um gage factor alto aumenta o sinal da
ponte, um valor baixo diminui.

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3. Circuitos
 Efeito da temperatura.

 Um aumento significativo de temperatura gera uma variação consideravelmente


maior na resistência do que a da deformação.
 Sinal devido à temperatura é somado ao devido à deformação (pode ser
compensado).
 Coeficiente de temperatura do gage factor: variação percentual de sensibilidade por
variação de temperatura.
 Aplicado quando utilizado em temperaturas diferentes da temperatura de calibração
do fabricante (geralmente ambiente).

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3. Circuitos
  Efeito da temperatura.

 Exemplo:

Gage factor à temperatura ambiente 2,05


TC do gage factor

Resultado experimental = à 230°C


• Variação percentual do gage factor:

  0,01 ( 230 − 24 )
− = − 0.0206
100

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3. Circuitos
  Efeito da temperatura.

 Exemplo:

Gage factor à temperatura ambiente 2,05


TC do gage factor

Resultado experimental = à 230°C


• Gage factor na temperatura de ensaio:

  𝐹 𝑎 =2.05 ( 1 − 0.0206 ) =2.01

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3. Circuitos
  Efeito da temperatura.

 Exemplo:

Gage factor à temperatura ambiente 2,05


TC do gage factor

Resultado experimental = à 230°C


• Deformação corrigida:

  2,05
𝜀 𝑎 =1820 =1856 𝜇𝜀
2,01

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3. Circuitos
 Efeito da temperatura.

 O aumento de temperatura acarreta na expansão


do material, gerando deformações térmicas que
em nada estão relacionadas à tensão sofrida pelo
material ensaiado.

 Não variar a temperatura durante o ensaio.


 Gráficos fornecidos por fabricantes

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3. Circuitos
 Efeito da temperatura.

 Utilização de um strain gage idêntico para


fins de compensação térmica.
 Sujeito às mesmas condições, porém
montado numa duplicata do material
ensaiado numa configuração indeformada.
 Devido a natureza balanceada da ponte de
Wheatstone, o efeito da temperatura é
cancelado.

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4. Instrumentação
 Limpar superfície.
 Lixar superfície para dar acabamento.
 Posicionar o strain-gage (Marcas indicam o centro
geométrico).
 Utilização de adesivo para colar o transdutor no material a ser
ensaiado (utilização de um catalisador).
 Solda dos fios (fio de solda de baixa temperatura).
 Aplicação de um revestimento para proteção contra humidade
e selamento dos fios.

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5. Inovação
 Crack-based strain sensor.¹

 Medição de deformação através de trincas.

 Muito utilizado como sensor para


movimento do corpo humano.

 Gage factor maior que 2.000 em


deformações entre 0 – 2%.

_
1

D. Kang, P. V. Pikhitsa, Y. W. Choi, C. Lee, S. S. Shin, L. Piao, B. Park, K. Suh, T. Kim & M. Choi. Ultrasensitive mechanical crack-
based sensor inspired by the spider sensory system, Nature. 2014 Dec 11;516(7530):222-6.
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5. Inovação

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5. Inovação
 Fibra de poliuretano.²

 Nano tubos de carbono.

 Trincas 3D mais sensíveis.

² D. Wang, X. Li, H. Tian, X. Chen, B. Nie, Y. Luo, J. Shao,. Flexible strain sensor based on embedded three-dimensional annular
cracks with high mechanical robustness and high sensitivity, Applied Materials today. 2021, 25 (101247).
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5. Inovação

² D. Wang, X. Li, H. Tian, X. Chen, B. Nie, Y. Luo, J. Shao,. Flexible strain sensor based on embedded three-dimensional annular
cracks with high mechanical robustness and high sensitivity, Applied Materials today. 2021, 25 (101247).
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Strain-gage
Métodos óticos em mecânica dos sólidos

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Pós-Graduação em Engenharia Mecânica
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