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DROGADIÇÃO E

ASSISTÊNCIA À
SAÚDE NA
ADOLESCÊNCIA

Discentes:
Daniela Borges Melo
Débora Tayane Barbosa Gomes
Thaís Vieira dos Santos
Vanilda Nunes de Araújo
Docente: Maria Helena Cabral
DROGAS É
PURA ILUSÃO
INTRODUÇÃO

• Desde os tempos antigos as pessoas usam


drogas para ter a satisfação de excitação
ou relaxamento;

• Intuito de sono ou para ficar sem ele;

• Melhorar a percepção ou ter alucinações.


• Em qualquer motivo, o uso de droga é uma forma de alterar a
consciência podendo provocar dependência física (tolerância
com a droga e o uso continuado, o indivíduo precisa consumir
mais droga para obter o mesmo efeito) ou psicológica (é uma
necessidade que se desenvolve através do aprendizado, usa-
se a droga para aliviarem a ansiedade, mas podem tornar-se
dependente dela, sem que desenvolva necessidade física).
(SANTOS et al, 2014)
• O consumo exagerado do álcool e outras
drogas prevalecem no mundo inteiro;

• 10% das pessoas no mundo consomem


abusadamente substâncias psicoativas
(afetam o comportamento, a consciência, as
emoções e o humor), independente de idade,
sexo, nível de instrução e poder aquisitivo;

• As pessoas usam em excesso o álcool que é


responsável por 3,2% de mortes no mundo;

• Não é suficiente identificar e tratar apenas os


sintomas, temos que olhar o indivíduo na sua
totalidade, como um ser biopsicossocial e
espiritual. (SANTOS et al, 2014)
 
• A droga modifica todo o sistema nervoso central, como
resultado temporário de prazer, ocasionando no sujeito
um estado de euforia, criatividade e atenção;

• A compulsão contínua ou periódica trás consequências


à saúde e à vida do indivíduo, podendo gerar inúmeras
doenças;

• A dependência química é resultante de causas


biológicas, biopsicossociais, genéticas e culturais;

• O uso de substância psicoativa é um problema social e


de saúde pública, esses indivíduos estão expostos à
vulnerabilidade, riscos e violências, numa sociedade
sem limites. (GONÇALVES; NUNES, 2014)
• Os distúrbios mentais e comportamentais
resultantes do uso de substâncias
psicoativas são reconhecidos pela “A
Classificação Internacional de Doenças”-
CID10, (COUTINHO et al, 2014);

• No Brasil a estimativa é que 6% sofre com


distúrbios comportamentais e mentais
consequentes ao uso de drogas.

• No caso de estimativa feita na Universidade


Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho
(Unesp)” é de 9 a 11% na faixa etária de 12 à
65 anos, são dependentes de álcool e com
categoria de ambos os sexos de 65% inferior
a idade de 60 anos.
• Conforme estudo feito por Marques e Cruz (2000) o uso de
álcool e outras drogas entre os adolescentes no mundo e no
Brasil, é na transição da fase da infância para a adolescência
na qual inicia o consumo;

• Com o uso demasiado da substância química, o usuário passa


a perder o interesse e se distancia da constituição familiar,
comprovando também um número altíssimo de usuários
divorciados e solteiros. (CANAZES et al, 2010)
• De acordo com Marques e Cruz (2000), a adolescência passa
por algumas questões internas, modificações, assim
conquistando seu poder e controle de si próprio, pois está
aprendendo a ser adulto;

• A identificação em um grupo social, constantemente os jovens


são influenciados pelos amigos na curiosidade de experimentar
impressões novas, que só a droga pode oferecer;

• Pode ser que há uma influência externa, mas sempre é uma


opção pessoal. (GONÇAVES; SILVA, 2014 apud LOYOLA et al.,
2009).
• O mau funcionamento das instituições, a polícia que não
oferecem segurança e proteção, a política é hipócrita e sem
ética, sendo que nas escolas são ensinadas a cidadania para
os adolescentes.

• Os conflitos podem abrir portas de fuga, os adolescentes


podem usar meios como drogas, ser antissocial e cometer
suicídio.

• O mundo está um caos, os valores mudaram e não se sabe


mais em quem acreditar ou contar, a sociedade valoriza apenas
o dinheiro, o status, o imediatismo e o individualismo,
oferecendo para esses jovens em formação, suas próprias
confusões e tipos de referências. (DA SILVA, 2008)
O PERFIL
SOCIODEMOGRÁFICO
EPISTEMOLÓGICO DOS
USUÁRIOS DE DROGAS
Segundo Gonçalves e
Nunes apud Batista, et al
(2012), existe uma
dominância do sexo
masculino de 86,12%,
devido sua predisposição
por mais tempo de uso e
frequência do que as
mulheres.
Conforme as pesquisa do
Centro de Atenção
Psicossocial (CAPS) em
Campinas, 33% tinha o
ensino fundamental
incompleto e 76,6% não
estava trabalhando.
Os dados apontam
37% que os
dependentes roubam
para conseguir dinheiro
e 29% estão
envolvidos ou já se
envolveram com
comércios de drogas.
Devido a falta de
atenção e a presença no
trabalho e por causa da
substância química, trás
desequilíbrio afetando
funções cognitivas,
exaustão e
deformidades nos lobos
frontais. (MOMBELLI;
MARCON, 2010)
• Segundo Coutinho (2014), no caso da maconha, os
adolescentes entre 12 a 17 anos, 3,5% já usufruíam alguma
vez a maconha, entre as mulheres 3,4% e os homens 10,6%.

• Cita sobre decorrência da acessibilidade e preço, os inalantes


passam a ser mais usados por adolescentes e crianças em
condição de rua.
Devido o uso abusivo, acarreta-se síndromes neurológicas e
danos hepáticos, cardíacos, pulmonares, renais ou podem
desencadear transtornos psicóticos.
O uso do crack vem aumentado com a estima de 1% no Brasil,
entre o sexo masculino 0,7% e no sexo feminino 0,2%
provocando rapidamente dependência e efeito.
• Os dependentes combinam múltiplas drogas, como forma de
conter abstinência pela falta da droga preferida, do modo de
comportamentos de riscos sexuais, destrutivos e delituosos,
são mais relevantes nessa época.( MARQUES; CRUZ, 2000)
• O alcoolismo corresponde a 12,3% da população brasileira,
dentro dessa parcela 7,0 % são adolescentes de 12 a 17 anos,
podendo ocorrer com 13 anos.

• Junto com alta ocorrência de overdose, acidentes


automobilísticos, fome, violências e assassinatos.
(DEPARTAMENTO DE ADOLESCÊNCIA DA SBP, 2007) .
• A substância cocaína no Brasil está entre 4% do sexo
masculino e 1% do sexo feminino. No caso dos jovens de 12 a
17 anos que já consumiram essa droga alguma vez na vida
corresponde a 0,5%.

• Conforme Marques e Cruz (2000) conseguem gerar


envenenamento, ataque epilético, complicações cardíacas e
cerebrais ate distúrbios maníacos e paranóides.
• A alta incidência dos solteiros com o estudo de Coutinho
(2014) é explicado pelo uso de substância psicoativa
provocando o afastamento do relacionamento afetivo e os
relacionamentos afastam e não deixam de usar essas
substâncias. (BATISTA; CONSTANTINO, 2012)
Conforme Coutinho et al (2014), indicam um número
insignificante de êxito de tratamento antidroga devido
diferentes razões.

Em correlação a idade e o término do tratamento quanto mais


a idade for mínima do dependente, menos a vontade de
continuar no tratamento
• Alem disso, quanto mais imaturo o tratamento,
maiores as chances de dependência e
malefícios causados como overdose, intoxicação
e modificações permanentes.

• Frequentemente podem ser encontrados nas


organizações especializadas em tratamento,
como internados ou em estado de restauração.
• Concluindo o elemento primordial, o tratamento desses
usuários químicos, é o apoio e a estrutura da família.

• O atendimento do usuário interliga primeiro a desintoxicação,


afastamento da droga e sequelas e depois a manutenção, uma
reorganização longe da droga.
LEGALIZAÇÃO DAS DROGAS
Alguns dados:
• Art: 28 da Lei Anti – Drogas
• Porte e consumo; Infrações penais, prestação de serviços, medida
educativa: Crime de Tráfico; Prisão, se achar que a quantidade
apreendida da substância não for pra consumo. Não há um
critério objetivo da quantidade de “gramas’’ que será dado como
tráfico.

• Presos no Brasil: 668.000,00 – 182.000,00 presos por tráfico, 62%


negros e 53% não concluíram o Ensino Médio – (INFOPEN).

• Cristiano Ávila Maronna, presidente da Instituição Brasileira de


Ciências Criminais: A lei não é igual para todos. Os pobres são
considerados “Traficantes” e os ricos ou de classe média são
beneficiados como posse para consumo próprio.
O uso Medicinal
• Obter uma Prescrição médica:

• A Cultive (Associação de Cannabis e Saúde) disponibilizou uma 


lista de médicos que prescrevem cannabis, em diferentes estados brasileiros e em
diversas áreas da medicina – de psiquiatras a oncologistas. A lista ainda é pequena
e’ restringe pacientes que vivem em regiões que não constam na lista, ou com uma
enfermidade não atendida pela especialidade desses médicos.

• Importação:

• A importação de medicamentos é realizada através da Anvisa.


• Os custos de importação podem ser relativamente altos, considera-se a dosagem
que o paciente precisa, peso, intensidade da enfermidade.
• Apesar de várias famílias terem recebido liminar na justiça para que o governo
garantisse o seu acesso aos importados, muitos nunca os receberam. Cerca de
metade dos que ganharam na justiça ainda não receberam o medicamento.

• Cultivo caseiro:

• Por conta do alto custo da importação, muitos pacientes entraram na


justiça para que o governo bancasse os custos de importação e
fornecesse os produtos à base de cannabis. O auto cultivo é a opção
mais barata, podendo ter um custo quase zero no caso de cultivo ao ar
livre. Os custos da prática estão associados à manutenção dos
produtos de jardinagem. No caso do cultivo indoor (dentro de casa), os
custos podem ser mais altos por conta dos equipamentos e iluminação,
que também acabam aumentando a conta de energia. Cultivadores
afirmam que o custo de um grow razoável (para suprir um paciente)
custa em média 250 reais por mês. O valor ainda é inferior ao da
importação.
• Associação Brasileira de Psiquiatria:
Recorre à estudos pra defender a lei
como está – Presidente: Antônio Geraldo
da Silva

• Elisando Carlini Prof. Emérito da


Unifesp: Estuda os efeitos da maconha a
quase 60 anos “Não há mais provas de
que quem usa drogas irá se tornar um
assassino ou vai ter depressão. Mas
temos provas do efeito benéfico.”
• Luiz Roberto Barroso, Ministro do STF (Descriminalização)
• Comércio: Ele propõe que o estado imponha regras, regular, fiscalizar,
cobrar tributo, não fazer publicidade, não vender para menor de idade,
ter cláusula de advertência e campanha de esclarecimento.
• O poder do tráfico advém da ilegalidade, é um poder econômico e
politico nas comunidades carentes e impedem as famílias de bem de
criarem seus filhos em uma cultura de honestidade, pois eles são
cooptados pelo tráfico. “Iremos enfraquecer o poder do tráfico.”

• Já Cid Vieira de Souza Filho – Advogado criador da comissão da Anti –


Drogas da OAB de SP, discorda do Ministro. “Não vejo na visão do
Ministro como isso enfraquece o poder do tráfico. O tráfico só irá
migrar, vai aumentar, vai ter o consumo permitido e legalizado mas de
outro lado terá o tráfico.”
• Juiz da Central de Flagrantes
de Recife, Luiz Vieira de
Figueiredo:
• “Penso mil vezes antes de
me decidir pela prisão,
mesmo para os que
cometem pequenos crimes.”
• Pisou na Bola.
• Risco à sociedade.
Outros países
• Uruguai: Liberação completa da maconha. Venda
em farmácias desde julho/2017.

• Chile: Distinção entre porte e consumo. No Brasil


ainda discute a liberação.

• A cadeia é a pior alternativa para enfrentar as


drogas.

• O jovem escolhe qual vai frequentar, o presídio ou a


defensoria. A reincidência caiu de 70% para 7%

• Defensor Público – Pablo Aranda “a gente oferece


uma porta de saída e cadeia não é saída pra nada.”
Por que o combate ao tráfico como
é hoje, não funciona?
Reginaldo: Ex consumidor.
Menor: No crime a 3 anos, atualmente tem 16 anos.
INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA
• Internação voluntária: Ocorre por meio de
solicitação do próprio paciente, sendo
necessária a assinatura do termo de
consentimento livre e esclarecido no
momento da internação.

• O término da internação voluntária ocorre por


solicitação escrita pelo paciente ou por
determinação do médico assistente.
(DUAILIBI, VIEIRA e LARANJEIRA 2011)
• Internação involuntária: Ocorre
por meio de uma solicitação de
terceiros (familiares ou
responsáveis).

•O término da internação
involuntária depende de
solicitação escrita do familiar ou
responsável legal, ou de
determinação do especialista
responsável pelo tratamento.
(DUAILIBI, VIEIRA e
LARANJEIRA 2011).
• Internação compulsória: É a terceira opção em caso de
internação. Ela está rígida no código civil desde 2001, pela lei
da Reforma Psiquiátrica 10.216.(COSTA, 2012)

• Ruiz e Marquez explicam que no artigo 28, da lei 11.343, existe


uma responsabilidade de lei com a saúde do usuário ou
dependente químico.

• O Estatuto da criança e do Adolescente (ECA) pratica a


internação compulsória em prol dessa medida, corresponder os
princípios de recolhimento, triagem e decisão judicial pela
internação. (RUIZ; MARQUES apud TAKASHI)
• A lei assinala ainda que a internação voluntária ou involuntária,
somente será autorizada por médico devidamente cadastrado
no Conselho Regional de Medicina do Estado, onde localize o
estabelecimento e nos casos de internação involuntária, o
responsável por este estabelecimento deve, no prazo de 72
horas, informar ao Ministério Público Estadual sobre a
internação e quando da alta dos pacientes. (DUAILIBI, VIEIRA
e LARANJEIRA 2011)
 
PESQUISA DE CAMPO
“COMUNIDADE TERAPÊUTICA COLINA DA PAZ”
• Segundo o diretor proprietário da Comunidade, senhor Valdineu, o Brasil
está em primeiro lugar do mundo em recuperação por causa da
espiritualidade, que é o foco principal;
• A “Comunidade Terapêutica Colina da Paz” é uma fazendinha de
recuperação e perseverança de conclusão de recuperação em regime
aberto, de pulso firme, mas sem castigos e nem perversidades, sem uso
de medicação (somente os prescritos por médicos) e está entre os cinco
no estado de Minas Gerais, nessas condições;
• A internação é a partir de 16 anos, pela ordem judiciária;
• A entidade é mantida somente por doações, é cobrada de cada usuário
uma quantia de R$1.000,00;
• Políticas públicas tem, a verba existe, mas nunca chega;
• O trabalho de tratamento é desenvolvido com quatro finalidades: oração,
disciplina, trabalho (laborterapia-trabalho manual) e lazer;
• O ambiente é muito acolhedor, com um jardim muito lindo na entrada;
• Os cômodos da casa são muito simples, mas extremamente limpos e
organizados;
• O usuário tem o tempo todo preenchido e todo o trabalho é feito por eles;
• O que é produzido na fazendinha é para o sustento dos internos e para
vender também;
• Uma vez por semana há uma oficina de oração e no caso desta
fazendinha, a religião é a católica e existe uma igreja;
•A permanência dos internos na fazendinha é no prazo máximo de nove meses, sendo
graduados e aptos a serem inseridos na sociedade;

•Os primeiros três meses são de desintoxicação, período de abstinência (a pessoa


experimenta reações desagradáveis, físicas e psicológicas), de aceitação que são
doentes, impotentes (significa usar a droga contra a vontade deles) a conscientização
que a dependência das drogas não tem cura, que precisam de muita vigilância, como
viver um dia de cada vez e que são incapazes de conduzirem as próprias vidas, mas
que estão ali para que a porta para a recuperação seja aberta. É feito um trabalho
intenso de escuta e palavra para o resgate da autoestima, do amor próprio, porque
toda a referência e dignidade são perdidas, eles chegam na fazendinha como
farrapos humanos;

•Eles são internados por livre vontade ou por que estão sendo ameaçados por
traficantes;

•Às Terças Feiras as famílias dos usuários participam de uma reunião no Centro
Comunitário Pe. Damião de Molokai, às 20:00, para apoio à família que adoece junto;
• Todos os internos são acompanhados pelo CAPS e são direcionados
conforme a necessidade - médico, dentista, psicólogo, psiquiátra, dentro
outras especialidades – Pronto Socorro;
• O tratamento também é regido por uma cartilha de estudo que contem os
doze passos dos narcóticos anônimos;
• A conscientização dos dependentes da negação, substituição,
racionalização, justificativa, desconfiança dos outros, culpa,
constrangimento, abandono, degradação, isolamento e perda de controle,
são todos resultantes da doença deles. Uma doença que é progressiva,
incurável e fatal. A ajuda para os dependentes só começa quando eles
admitem a derrota completa, isso pode ser assustador, mas é a base
sobre a qual construirá as vidas deles;
• Assistem TV e praticam exercícios físicos.
• Visite o site: www.ctcolinadapaz@gmail.com
• Telefones: (34) 99951-4554 e (34) 991728432.
Trecho tirado da cartilha:

• “Descobrimos a esperança, descobrimos que podemos


aprender a funcionar no mundo em que vivemos. Nós também
podemos encontrar sentido e propósito na vida e sermos
resgatados da insanidade, da depravação e da morte. Quando
admitimos nossa impotência perante nossa toxicomania e a
incapacidade para conduzimos nossas vidas, abrimos a porta
para um Poder Supremo a nós mesmos para nos ajudar. Não é
onde estávamos que conta e sim para onde vamos. Ninguém é
culpado pela doença, mas somos responsáveis pela
recuperação.”
Os dozes passos
Cronograma
Diário
Cozinha
Refeitório
Quarto
Trabalhos Manuais
Igreja
Academia
CAPS AD lll
Como surgiu o CAPS AD III?
• O CAPS AD III foi redefinido pela Portaria nº. 130, de 26 de Janeiro de
2012. Em seu artigo 2º, diz que é o Ponto de Atenção do Componente
da Atenção Especializada da Rede de Atenção Psicossocial destinado
a proporcionar a atenção integral e contínua a pessoas com
necessidades relacionadas ao consumo de álcool, crack e outras
drogas, com funcionamento diurno e hospitalidade noturna para
alguns casos, em todos os dias da semana, inclusive finais de
semana e feriados. Atende adultos e/ou crianças e adolescentes,
considerando as normativas do Estatuto da Criança e do Adolescente,
com necessidades de cuidados clínicos contínuos. Habilitado como
CAPS AD III região de saúde Patrocínio/Monte Carmelo pela portaria
nº 2.477 de 28 de Dezembro de 2016, atendendo todos os municípios
que fazem parte da micro região de saúde (Patrocínio, Douradoquara,
Estrela do Sul, Iraí de Minas, Romaria, Abadia dos Dourados,
Coromandel, Grupiara e Monte Carmelo).
• É um lugar de referência de cuidado e proteção para usuários e
familiares em situações de crise e maior gravidade, tais como
uso abusivo de substâncias, dependência química, recaídas,
abstinência e risco para sua vida e do outro. É um serviço aberto,
de base comunitária, de adesão voluntária. O encaminhamento
ao CAPS pode ser feito de qualquer ponto da Rede de Saúde ou
de outros setores, desde que atendendo aos critérios para
atendimento neste ponto da rede. Onde há CAPS, a solicitação
do atendimento e articulação deverá ser através deste ponto. O
usuário poderá permanecer em hospitalidade ou acolhimento
noturno de acordo com critérios clínicos específicos. Este
procedimento é caracterizado pela permanência do usuário no
serviço por 24 horas, realizando as atividades propostas no
Projeto Terapêutico Singular, suas refeições (ao menos quatro
por dia), cuidados de higiene e sono.
• O procedimento de hospitalidade de um mesmo paciente pode
ocorrer por até 14 dias, em um período de 30 dias, e é definido
pela equipe do CAPS, equipes de referência e família do usuário.
Para a hospitalidade ou acolhimento noturno, este deve
apresentar, ao mesmo tempo, alterações da saúde física e
psíquica decorrente do uso abusivo e/ou dependência de álcool,
crack e/ou outras drogas, prejuízo do autocuidado e da autonomia,
vulnerabilidade social, tais como desamparo familiar, vivência de
rua, ameaça de morte e outros. O contato com o CAPS deverá ser
feito com um profissional de referência local, promovendo uma
pequena discussão do caso, e assim realizar o agendamento. O
transporte é responsabilidade do município de origem. A pessoa
deve ir acompanhada de um familiar ou outra pessoa vinculada ao
caso, para colaborar na avaliação inicial e PTS.
• Sempre que possível, é importante que o profissional de referência
acompanhe o caso na avaliação inicial. Os profissionais trabalhadores
do CAPS AD III formam uma equipe multidisciplinar, com diferentes
níveis de formação, desde os profissionais de nível médio, de nível
técnico, até os de nível superior e pós-graduados. Funcionam pela
lógica da interdisciplinaridade e trabalho em equipe. Todos os
funcionários participam das atividades e colaboram com o processo
de cuidado dos usuários, porém em intensidade, momento e de
formas diferentes. A equipe que promove a solicitação deve orientar a
família e usuário da Rede que a proposta de avaliação e atenção é
interdisciplinar, e não com um profissional especifico. O Projeto
Terapêutico será elaborado de forma conjunta entre a equipe do
CAPS e a equipe de referência, que pode definir, inicialmente a
permanência no CAPS de forma intensiva, semi-intensiva, ou não
intensiva, ou ainda com hospitalidade noturna. A equipe de
referência/ESF deverá promover o acompanhamento e a articulação
local, compartilhados com o CAPS.
Como Funciona o CAPS AD III?
• Funciona 24 horas por dia e em todos os dias da semana,
inclusive finais de semana e feriados. Com acolhimento de 7 às
19 horas. E hospitalidade no período noturno. É um serviço
aberto que oferece tratamento voluntário a pessoas que
apresentam uso abusivo de álcool e outras drogas.
• Todos os usuários tem tratamento imediato ou é
necessário passar por processo de seleção?
• Todos recebem tratamento imediato, o que pode acontecer é o
paciente não estar em crise. Nesse caso será encaminhado
para acompanhamento na unidade básica de saúde.
• Os familiares recebem algum tipo de acompanhamento?
Se sim? Quais?
Sim, depende da necessidade do familiar. Apoio psicológico,
orientações, auxílio social, reuniões.
Quais são os procedimentos Feitos ao chegar com o usuário?
• Assim que o usuário chega ao serviço é realizado o acolhimento com
um profissional de nível superior onde é apresentando a política do
serviço que envolve, redução de danos e caráter voluntário. Após
avaliação o paciente pode ser encaminhado para consulta de
enfermagem, atendimento psicológico, atendimento social,
atendimento médico, entre outros. E após isso o usuário aceitando de
forma voluntária o tratamento, é definido um projeto terapêutico com
atendimento individual e familiar, grupos terapêuticos, etc. Caso seja
um familiar que procure o serviço e o paciente não aceite o tratamento
a equipe realiza visita como forma de tentar convencê-lo ao tratamento
e dependendo da situação o paciente pode não estar em condições de
responder por si devido uso abusivo de drogas ou transtorno mental.
Dessa forma o médico avalia e caso necessário será realizado
internação hospitalar involuntária para estabilizar o quadro e após esse
momento se tenta conscientizar o usuário sobre a necessidade de
tratamento.
• Há um número exato de usuários que frequentam o CAPS AD?
Como o serviço é voluntário e rotineiro, não tem o número exato, mas a
frequência diária é em média de 40 usuários por dia, durante os três turnos.

• Há um número exato de usuários na cidade de patrocínio?


Não que temos conhecimento, temos alguns dificultadores para eficácia desse
levantamento porque muitos não aceitam tratamento e não assumem serem
usuários. Ou procuram outros tipos de atendimento como atendimento médico
particular.

• O usuário tem tempo limitado no CAPS AD ou pode ficar o tempo que


precisar?
O tempo vai depender do andamento de seu tratamento, alguns casos em poucos
meses já recebem transferência de cuidado para a atenção primária e em outros
leva mais de um ano.
Endereço: Rua Rodolfo Lemos de Castro, nº. 1079, Bairro Boa Esperança,
(antiga UBS Boa Esperança) CEP: 38.740–000, Patrocínio – MG, e-mail:
caps.ad@patrocinio.mg.gov.br Referência municipal: Lívia Carla Queiroz da
Silva – Coordenadora Municipal da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) –
(34) 3839 – 1818 ramal 438 – e-mail: raps@patrocinio.mg.gov.br
CONCLUSAO
Conforme Coutinho et al (2014)
indicam um número
insignificante de êxito de
tratamento antidroga devido
diferentes razões.

Em correlação da idade e o
término do tratamento quanto
mais a idade for mínima do
dependente, menos a vontade
de continuar no tratamento.
REFERÊNCIAS
•CANAVEZ, M. F.; ALVES, R. A.; Fatores predisponentes para o uso precoce de drogas por
adolescentes. Cadernos Unifoa. ed. 14. dez 2010. Disponível em:<
http://webserver.foa.org.br/cadernos/edicao/14/57.pdf >Acesso em: 17 out. 2017.
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• DIOGO, S. A. LEGALIZAÇÃO E DESCRIMINALIZAÇÃO DA MACONHA
http://www.ipub.ufrj.br/portal/jbp/62/01/06%20_JBP_61(4).pdf >. Acesso em: 20 out. 2017.
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