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Organização da Cozinha
Organização da Cozinha
Objetivos:
•Identificar a organização e as regras de funcionamento da
cozinha.
•Identificar os equipamentos e utensílios de cozinha adequados
às diferentes técnicas de preparação e confeção dos produtos
alimentares.
•Efetuar o aprovisionamento dos produtos alimentares,
assegurando o estado de conservação dos mesmos.
•Identificar os procedimentos inerentes à produção na cozinha.
•Reconhecer a importância do cumprimento das normas de
higiene e segurança.
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Introdução:
• Desde a Pré-história que o homem sente necessidade
de se alimentar. Inicialmente vivia do que encontrava
nos campos, comendo tudo no seu estado natural.
COZINHA NACIONAL:
• Podemos defini-la como o conjunto de pratos e iguarias
representativas de um País e portanto, com a
denominação do mesmo. Em Portugal ou originário de
Portugal, chamar-se-á á Portuguesa.
Temos como exemplo:
- Lulas recheadas à Portuguesa,
- Caldeirada à Portuguesa,
- Carne de porco à Portuguesa,
- Etc.
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COZINHA REGIONAL
• A cozinha Regional caracteriza-se pelo facto de não seguir as regras de uma cozinha
clássica; As receitas variam conforme as diferentes regiões estando a composição dos
seus pratos sujeita aos produtos das mesmas, seja na agricultura, caça, pesca, etc..
Temos como exemplo:
- Migas à Alentejana,
- Iscas à Lisbonense,
- Salmonetes à Setubalense,
- Arroz de cabrito à Ribatejana,
- Rojões de porco à Minhota,
- Lampreia à moda do Minho,
- Chanfana à moda da Bairrada,
- Feijoada à Transmontana,
- Etc.
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Tipologia de serviços:
• Restaurantes tradicionais - São os restaurantes que fazem um serviço de
restaurante, propriamente dito, ou seja, a comida é servida por empregados
de mesa depois de confecionada na cozinha. Engloba a maior parte dos
restaurantes de hoje, desde os restaurantes de alta gama até ao simples
restaurante típico.
• Restaurante de Turismo - São aqueles que se situam em locais
considerados de interesse para o turismo e onde devem ser servidas iguarias
e vinhos característicos da região.
• Restaurante de Hotel: são restaurantes clássicos normalmente, que se
destinam a servir os clientes hospedados no hotel, podendo ainda servir
passantes.
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d) Serviço Empratado –
ou prato montado. O garçom serve o cliente pela direita, sendo que a
mesa já se encontra o sous-plat (descanso do prato, pois este vem
aquecido da cozinha);
e) Serviço à Russa –
muito pouco utilizado atualmente. O prato vem inteiro para a mesa
(porco, aves, etc.) e este é cortado ou trinchado na presença do
comensal;
f) Self-service –
tipo de serviço bastante utilizado em ambientes mais simples. A
comida já preparada fica a disposição do cliente que se serve à
vontade, e paga pela quantidade que consome.
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g) Buffet –
bastante utilizado no café da manhã em meios
de hospedagem. O cliente paga um valor
determinado, e pode repetir quantas vezes
desejar.
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Cozinha Contemporânea
• Na “cozinha contemporânea” diversos itens da gastronomia se reúnem
em uma única preparação, estes itens, muitas vezes são encontrados em
diversas culturas, deste modo, pode-se dizer que a cozinha
contemporânea é amplamente influenciada pela globalização, causando
muitas transformações no universo gastronômico e assim permitindo
que cada vez mais passamos a usar a criatividade nas elaborações de
pratos, fazendo a utilização dos diversos ingredientes disponíveis, sendo
também utilizado novos recursos, podendo fazer misturas jamais
imagináveis, que por sua vez chama a atenção das pessoas pela
característica exótica com muitas cores, aromas e texturas, difere da
cozinha tradicional, principalmente pela evidente transformação dos
elementos, mudando o seu estado original! “Mas sem deixar de ser o
que é no aspecto sabor”
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Cozinha Clássica
EQUIPAMENTOS DE COZINHA
Podemos classificar o Equipamento de cozinha, nos
seguintes grupos.
• Equipamento, móveis de cozinha.
• Equipamentos de preparação.
• Equipamentos de cocção
• Equipamentos de refrigeração.
• Equipamentos de lavagem.
• Bateria de cozinha. (utensílios de cozer, utensílios
acessórios e material de empratamento.)
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câmaras refrigeradoras.
Nas câmaras refrigeradoras a temperatura varia entre 1ºc e 8ºc. e é
regulável conforme os tipos de alimentos. Estas devem ser
constituídas por sub/divisórias, para que os vários tipos de alimentos
não estejam em contacto uns com os outros. Assim deve existir um
espaço demarcado para, Mise-en-place, sobras, alimentos
confeccionados e
produtos lácteos. Uma divisória para pescado e crustáceos. E uma
divisória para carnes. Da mesma forma as câmaras frigorificas devem
ser constituídas por um espaço logo na entrada destas, com o nome
de antecâmara, que é um espaço de temperatura variável dos 5 aos
9ºC. Local este aonde guardamos os legumes, ovos e frutas.
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Câmaras congeladoras.
Nas câmaras congeladoras produzem-se temperaturas inferiores a
0ºc, variáveis em congelação normal de -5º a -20ºc,(negativos),
que permitem a congelação e por sua vez a conservação dos
alimentos por um prazo mais ou menos prolongado.
Neste contexto temos ainda as câmaras de ultra congelação. Estas
permitem efectuar a congelação dos alimentos, a uma
temperatura inferior a -40ºc o que faz com que os alimentos nela
submetidos, adquiram uma congelação muito mais rápida e para
que assim não percam com tanta facilidade o seu grau de
qualidade e frescura.
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Armários frigoríficos
Idênticas funções em relação ás câmaras, diferenciando-se pelo
tamanho. Podem ser também refrigeradores e congeladores
verticais.
O interior dispõe de grelhas, para facilitar a ventilação do frio por
todo o espaço. Grelhas estas que são ajustáveis, para a colocação
dos alimentos. Geralmente são colocados ,próximo das áreas de
trabalho, para conservação da mise-en-place do dia a dia. A
distribuição de armazenamento dos produtos a conservar deve
obedecer ás seguintes regras:
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• Alimentos confecionados devem ser colocados
nas prateleiras superiores, e os alimentos crus
devem colocar-se nas prateleiras inferiores.
Também como armários congeladores, devem
ser constituídos por prateleiras independentes,
para facilitar a distribuição dos diversos
alimentos e os podermos pegar com maior
facilidade, facilitando assim a sua localização.
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Arcas congeladoras
Tem as características de um cofre de metal, cuja tampa
se abre no sentido de baixo para cima, o que dificulta a
renovação do ar no seu interior.
Serve para armazenar por muito tempo, diferentes
alimentos. Numa unidade hoteleira, (caso existam)deve
haver uma arca para peixes e mariscos, outra para os
vários tipos de carnes, outra para legumes congelados.
Todas elas independentes umas das outras, pois a
legislação assim o obriga.
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• Zona de preparação
Tanque para lavagem, mesas diversas de
trabalho, máquinas de descascar batatas,
máquinas de cortar legumes, máquinas de
serrar ossos, máq. De cortar fiambre, máq.
Universal(passar, bater, amassar, etc.), abre latas
industrial, gavetas –rede (para batatas, cebolas,
etc.)
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• Descascador de batatas
Utiliza-se também para outro tipo de tubérculos
e raízes. Os mexilhões também podem ser
limpos pelo trabalho desta máquina.
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Balanças
Utilizam-se para controle das mercadorias chegadas á
cozinha. Preparação de receitas e para cumprir as
tabelas de peso ( capitações). Devem ser perfeitamente
niveladas para o registo do peso exacto.
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• Batedeira
Utiliza-se para misturar ou amassar diferentes
alimentos, preparar molhos frios, cremes, massas de
cozinha, pastas, etc.
Os braços adaptáveis, são feitos de arame ou de
alumínio, sendo os mais comuns:
a) Batedor,(varas),
b) Misturador (raquete),
c) Amansador (braço)
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• Serra mecânica
É usada nas grandes cozinhas para cortar peças
de osso e carne congelada, peixes congelados e
bacalhau seco e salgado.
Tem a vantagem de permitir um corte recto,
mesmo que a carne esteja atravessada por
tendões e ossos.
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• Cortador de legumes
Máquina utilizada para cortes de legumes, tais
como batata, repolho, cenoura, nabo, beterraba
e cebola em diferentes cortes e formas. Segundo
o acessório usado na máquina obtêm-se cortes
em: juliana, paisana, macedónia, jardineira,
brunesa, etc.
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• Fritadeira
Nas fritadeiras são preparados todos os
alimentos fritos em banho de óleo, tais como
peixes, legumes e outros. A temperatura do
banho de óleo é regulável, mediante termostato
variando a graduação de 90ºc. a 220ºc..
Normalmente, é incorporada no bloco quente
da cozinha, podendo também ser instalada
separadamente.
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• Banho-maria
Utiliza-se para manter quentes os alimentos
durante o serviço. Os alimentos postos em
banho-maria, devem ser depositados em
recipientes mais altos e estreitos.
Geralmente deve encontrar-se colocado junto
ao bloco quente.
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• Grelhadores
São peças onde se preparam os comestíveis
diretamente sobre as zonas de calor. podem ser
aquecidas a gás, carvão, ou eletricidade.
O carvão vegetal, como fonte de calor, que dá
um gosto especial aos alimentos, é utilizado
geralmente nas cozinhas do tipo “churrascaria” e
“grill”.
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• Forno de cozinha
Utiliza-se para assar, estufar, guisar e cozinhar em banho-
maria.
Antigamente eram aquecidos a lenha ou carvão, entretanto
hoje apenas se utilizam os aquecidos a gás e elétricos.
O calor emitido pelo forno, age sobre os alimentos de
maneira uniforme.
São incorporados ao bloco de cozinha quente, geralmente,
na parte inferior dos fogões, formando uma só peça.
Podem também constituir uma unidade
separada.
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• Zona de lavagem
Tanques vários de lavagens para a limpeza de
bateria de cozinha , prateleiras para a colocação
do material.
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•Legislação
•Portaria nº 70/2008, de 23.01-Altera a Portaria n.º 1288/2005, de 15 de Dezembro, que
aprova o modelo, edição, preço, fornecimento e distribuição do livro de reclamações a ser
disponibilizado pelos fornecedores de bens e prestadores de serviços
•Decreto Regulamentar nº 20/2008, de 27.11 -Estabelece os requisitos específicos relativos
às instalações, funcionamento e regime de classificação de estabelecimentos de
restauração ou de bebidas.
•Decreto-Lei nº 9/2002, de 24.01 -Estabelece restrições à venda e consumo de bebidas
alcoólicas
•Portaria nº 262/2000, de 13.05 -Determina que em todos os estabelecimentos de
restauração e de bebidas que prestam serviços de cafetaria seja obrigatória a afixação, de
uma tabela de preços e as condições de prestação de serviços.
•Portaria nº 1063/97, de 21.10 -Aprova as medidas de segurança contra riscos de incêndio
aplicáveis na construção, instalação e funcionamento dos empreendimentos turísticos e dos
estabelecimentos de restauração e de bebida
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NORMAS DE HIGIENE
As principais normas de higiene para o pessoal que trabalha
na cozinha são:
ANTES DE APRESENTAR-SE AO SERVIÇO:
- Higiene do corpo - banho ou duche
- Higiene da boca e dentes
- Limpeza e corte das unhas
- Barba feita
- Cabelos devidamente arranjados
- Lavagem das mãos.
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O Vestuário:
• O manipulador de alimentos deve iniciar o seu
dia de trabalho com o vestuário/farda de
proteção limpo e deve manter-se assim, tanto
quanto possível, ao longo de toda a tarefa.
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DURANTE O SERVIÇO:
• Hábitos que deve evitar quando manipula alimentos
- meter os dedos na boca e nariz, olhos e ouvidos
- Mexer no cabelo
- Roer as unhas
- Fumar
- Comer
- Mascar pastilha elástica
- Meter as mãos nas algibeiras
- Mexer em dinheiro, jornais, etc.. Se tal acontecer lavar imediatamente as mãos.
- Tossir ou espirrar. Quando não seja possível, proteger a conspurcação da tosse ou espirro com o
lenço. Lavar as mãos de seguida.
• Provar os cozinhados com os dedos. Para isso utilizar uma colher ou provete, que de seguida será
lavada.
• Duma maneira geral, sempre que seja necessário manusear utensílios em estado higiénico
deficiente, lavar as mãos imediatamente.
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• Barrete
A lenda diz-nos que foi o grande chefe “ Gréme”, o primeiro
que teve a ideia de trocar o pouco gracioso barrete de
algodão usado pelos antepassados, pelo barrete branco,
engomado e usado de forma correta.
• O barrete indica o carácter da pessoa que o usa. “
Casimiro Noisson”, que foi o grande chefe da “ Maison
Dorée” de Paris, usava um barrete chamado “ Torre Eiffel”,
que se assemelhava muito ao dos nossos dias mas que era
pouco engomado, prestando-se ás diversas
transformações da moda.
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Casaco de Cozinheiro
• Quanto ao casaco podemos dizer que também
tem um modelo clássico. É invariavelmente
branco, não só por ser esta a cor que denota
melhor o estado de limpeza, como também
pelo facto de repelir o calor, a que todos os
cozinheiros estão expostos.
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Avental
• O avental, também branco, pela mesma razão,
usa-se normalmente a meia perna, um pouco
acima do joelho.
Lenço
• O lenço do pescoço da mesma cor, tem por
finalidade, além da sua função estética, a de
proteger do calor a nuca, que como se sabe é a
parte mais sensível a temperaturas externas.
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Calça
• A calça, normalmente de cotim ou de terylene, para facilitar a sua
lavagem, é tradicionalmente com um desenho aos quadradinhos de cor
cinzento-azulado.
Socas ortopédicas
• Sobre o calçado, diremos que o mais adequado para a profissão, são as
socas de sola rija. Este calçado, tem a vantagem de evitar as
queimaduras e a humidade, sendo por isso, menos recomendável o uso
de sapatos vulgares.
• Sabemos que muitos profissionais usam sandálias, com o inconveniente
de que muitas das vezes ficam com parte do pé à mostra, sendo por isso
perigoso e ao mesmo tempo anti-higiénico. Consideramos incompatível
o seu uso, com a dignidade do cozinheiro que respeita a sua profissão.
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A HIERARQUIA PROFISSIONAL
Definição / ordem hierárquica numa cozinha:
• Pode-se definir a hierarquia e a disciplina profissional,
como o estado de ordem num centro de trabalho onde se
encontram, logicamente, superiores e subordinados.
• Neste caso, na cozinha, são os profissionais que
compõem a brigada, ocupando os postos existentes na
mesma.
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Chefe de cozinha
• Organiza, coordena, dirige e verifica os trabalhos de cozinha em
restaurantes, hotéis e estabelecimentos similares.
• Elabora ou contribui para a elaboração do plano de ementas e
listas de restaurante, com uma certa antecedência, tendo em
atenção a natureza e o numero de pessoas a servir, os víveres
existentes ou susceptíveis de aquisição e outros factores: requisita
às secções respectivas os géneros que necessita para a sua
confecção.
• Dá instruções ao pessoal da cozinha sobre a preparação
e confecção dos pratos, tipos de guarnição e quantidades a servir.
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Subchefe de cozinha:
• É o profissional que co-ajuda e substitui o chefe da cozinha
e assume as funções do chefe, na ausência deste.
Entremetier :
• Prepara e confecciona todos os legumes, excepto os fritos;
• Confecciona todos os pratos de ovos;
• Confecciona as massas italianas;
• Confecciona sopas e caldos brancos;
• Nos estabelecimentos de maior capacidade, o “potager”
faz as sopas.
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Poissonnier
• Confecciona todos os peixes excepto os fritos e
grelhados;
• Confecciona todos os molhos de peixe;
• Confecciona as batatas à Inglesa;
• Nas casas mais pequenas fica adjunto ao
“Entremetier”.
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Saucier :
• Confecciona as bases e molhos de carne;
• Confecciona todas as carnes e aves estufadas e
salteadas;
• Confecciona a caça excepto a assada ou
grelhada;
• Este cargo é ocupado pelo segundo chefe nos
estabelecimentos menos importantes.
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Garde-Manger:
• Mantém o stock de mercadorias conforme as
necessidades do estabelecimento;
• Prepara todas as carnes (limpa, corta, ata);
• Prepara todos os peixes;
• Confecciona os pratos frios, molhos frios e acepipes;
• Distribui os géneros às restantes partidas durante o
serviço, à medida que vão sendo encomendados pelo
chefe;
• confecciona e decora o “Buffet” frio.
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Família:
• Confecciona as refeições do pessoal, seguindo as instruções do
chefe de cozinha.
Turnante:
• Substitui os chefes da partidas nas suas folgas.
Pasteleiro :
• Faz as sobremesas de cozinha;
• Confecciona a pastelaria, gelados, sorvetes, etc.;
• Confecciona os bolos de aniversário, casamento, etc.;
• Confecciona todas as massas salgadas auxiliares de
cozinha, vol-au-vents, tarteletes, florões, etc.
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Guarda :
É o profissional que faz o horário morto da
cozinha e tem por missão atender algum pedido
que surja, fora da hora normal das refeições.
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“Mise en place”
• Nas grandes cozinhas este termo refere-se ao conjunto
de operações preparatórias antecedentes à confecção
das refeições. A “MISE-EN-PLACE”, nos grandes estabelecimentos,
tanto burgueses como comerciais é
muito importante, sendo menor importância nas casas
pequenas. Tanto nas grandes casas como nas pequenas, o facto de
preparar metodicamente os diversos elementos
auxiliares, para os pratos a confecionar é bastante importante pois
é meio caminho para o sucesso do nosso
serviço.
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PAVIMENTO
O pavimento deve ser mantido em bom estado de
conservação e construído com materiais que permitam
uma fácil limpeza, ou seja, materiais impermeáveis, não
absorventes, laváveis e resistentes. Deverá também ser
anti-derrapante, de forma a evitarem-se quedas e
outros acidentes de trabalho, e resistente quer à
passagem de carrinhos e pessoas, quer à força do
equipamento que sobre o mesmo seja exercida.
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PAREDES
As paredes devem ser revestidas de material lavável, impermeável,
não absorvente nem tóxico, e devem ser lisas até uma altura
ajustada às operações, de forma a facilitarem a limpeza e a
impedirem a acumulação de qualquer tipo de resíduo.
A união das paredes entre si e destas com o chão deve ser
arredondada, de modo a não constituir um local de acumulação de
sujidade e de difícil limpeza.
Todos os estragos, gretas, fissuras, zonas partidas devem
ser rapidamente reparados, pois estes locais são propícios à
acumulação de sujidade e são de difícil limpeza.
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TECTOS
Os tectos devem ser lisos, construídos em material lavá-
vel, impermeável e de fácil limpeza. Dever-se-á impedir
o desenvolvimento de bolores, por exemplo, utilizando
uma tinta anti-fungos ou qualquer outra solução eficaz.
Todos os equipamentos que nele estejam instalados não
deverão originar a contaminação dos alimentos pelo
desprendimento de partículas ou outras substâncias ou
objectos. Por exemplo: as lâmpadas devem ser protegidas,
os electrocutores não deverão ser instalados por cima dos locais
onde habitualmente se manipulem alimentos.
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EXAUSTÃO
A exaustão de fumos e cheiros é outro requisito importante
e independente da ventilação do estabelecimento.
Os sistemas de exaustão de fumos e cheiros das cozinhas
deverão ser sempre construídos em material incombustível,
ter uma potência suficiente para retirar toda a presença de fumos e cheiros da
cozinha e conduzir os mesmos directamente ao exterior e na parte mais elevada
do edifício.
Deverão ser periodicamente limpos, pois são um local propício à acumulação de
gordura, estando na origem da maioria dos incêndios que ocorrem nos
estabelecimentos
de restauração e bebidas.
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ILUMINAÇÃO
A iluminação poderá ser natural ou artificial. É importante
que seja suficiente para a permitir a realização de
actividades de um modo higiénico.
As lâmpadas deverão ser protegidas, para se assegurar
a protecção dos alimentos face a contaminações, por vezes
originadas pelos estilhaços produzidos devido ao rebentamento
das mesmas (ver ponto referente ao tecto).
A forma que se adoptar para proteger as lâmpadas deverá
evitar a acumulação de poeiras e facilitar a sua limpeza
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EQUIPAMENTOS E BANCADAS
DE TRABALHO:
As superfícies de bancadas e equipamentos que
contactam directamente com alimentos devem ser
de materiais lisos, laváveis, não tóxicos e
resistentes à corrosão.
As mesmas devem ser sempre mantidas em boas
condições de conservação e limpeza e, se
necessário, desinfectadas.
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VESTIÁRIOS E INSTALAÇÕES
SANITÁRIAS:
Deve existir uma zona de vestiários equipados com cacifos
individuais para cada trabalhador. Deste modo, assegura-se
que os trabalhadores têm um local para colocar
os seus objetos pessoais, caso contrário os mesmos
irão encontrar-se depositados em diferentes locais do
estabelecimento e irão constituir uma fonte de
contaminação
(física ou biológica) dos alimentos.
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Devem também existir instalações sanitárias para o pessoal em
serviço. Estas deverão ser concebidas de acordo com o número
de trabalhadores e separadas por sexos. Os sanitários não
devem dar directamente para um local onde se guardem e
manuseiem alimentos. Devem ter iluminação suficiente e a
ventilação (natural ou artificial) deve ser contínua, conduzindo
directamente ao exterior. As instalações sanitárias devem estar
equipadas com todas as peças sanitárias (sanita, urinol, lavatório
[de preferência com torneiras não manuais]), de acordo com o
número de trabalhadores, e com os utensílios necessários ao seu
funcionamento, nomeadamente materiais para a limpeza das
mãos e dispositivos de secagem higiénica (sabonete líquido,
toalhas de papel ou secador de mãos, escova de unhas, papel
higiénico, balde do lixo movido a pedal). O pavimento, as
paredes e o tecto devem ser de material lavável, impermeável e
de fácil limpeza.
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SALA DE REFEIÇÕES:
A legislação europeia referente à higiene dos
géneros alimentícios não se aplica às salas de
refeições. Existem, no entanto, algumas
indicações gerais que se devem cumprir, bem
como outras que constam da legislação nacional
e específica do sector.
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LIMPEZA E DESINFECÇÃO
As operações de limpeza e desinfecção, por vezes
também designadas por higienização, têm por finalidade
assegurar que nos locais onde se manipulam, preparam e
confeccionam alimentos não existem micróbios, ou que,
se existirem, seja na menor quantidade possível.
Quando limpamos, removemos a sujidade, restos de
alimentos, gorduras ou outro tipo de detritos.
Quando desinfetamos, eliminamos micróbios, invisíveis
aos nossos olhos, e que, portanto, resistiram à limpeza
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CONSELHOS PRÁTICOS
- Para evitar a contaminação dos alimentos assim como
a contaminação cruzada, é muito importante assegurar
uma correcta limpeza das instalações e de todos os equipamentos
e utensílios.
- Não se pode varrer a seco o pavimento das áreas de
manipulação de alimentos e salas de refeições. Devem
ser utilizados utensílios de limpeza que não levantem
poeira.
- De preferência, devem ser utilizados materiais descartáveis
para a limpeza e desinfecção das bancadas, de forma
a evitar focos de contaminação.
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