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MORRO

CHAPÉU MANGUEIRA 
HISTÓRIA

A favela surgiu a partir de alguns barracos nas terras do Visconde de Niterói. Em 1908, a prefeitura carioca decidiu reformar a Quinta
Desde 11 de Maio  de 1852, quando se inaugurou nas proximidades da Quinta da Boa Vista e, para isso, demoliu dezenas de casinhas
da Boa Vista  o primeiro telégrafo aéreo do Brasil, a elevação vizinha da Quinta ali construídas por soldados que serviam no 9°
era conhecida como Morro dos Telégrafos. Pouco depois, foi instalada ali perto Regimento de Cavalaria. Com a permissão de carregar
uma indústria com o nome de Fábrica de Fernandes Braga, que produzia os restos da demolição para onde bem entendessem, os
chapéus e que, em pouco tempo, passou a ser conhecida como "fábrica das militares escolheram instalar-se no Morro de Mangueira.
mangueiras", já que a região era uma das principais produtoras de mangas do Outro fato que serviu para aumentar a população da
Rio de Janeiro. Não demorou muito para que a Fábrica de Fernandes Braga área foi o incêndio que, em 1916, destruiu inúmeros
mudasse para Fábrica de Chapéus Mangueira. O novo nome era tão forte que a  casebres do Morro de Santo Antônio, no centro da
Estrada de Ferro Central do Brasil batizou de Mangueira a estação de trem cidade. Surgia assim em Mangueira uma comunidade de
inaugurada em 1889. A elevação ao lado da linha férrea também começou a ser gente pobre, constituída quase que na totalidade por
chamada de Mangueira, enquanto o antigo nome de Telégrafos permaneceu para negros, filhos e netos de escravos, inteiramente
identificar apenas uma parte do morro.  identificada com as manifestações culturais e religiosas
que caracterizavam esse segmento social e racial.
CULTURA
Bandeira da Estação Primeira Da Mangueira

O charme da comunidade, e grande diferencial que lhe dá prestígio


até internacionalmente, é o seu papel fundamental na história do
samba. A Estação Primeira de Mangueira foi ali fundada em 28 de
abril de 1928, pela nata do samba carioca, reunindo nomes como
Cartola, Carlos Cachaça e Saturnino e Zé Espinguela. Ela foi o
resultado da união de vários blocos, ranchos e cordões que
desfilavam na comunidade, como o Pérolas do Egito, Arengueiros,
Guerreiros da Montanha, Trunfos da Mangueira e Príncipe das
Matas. A escola conta com mais de 15 campeonatos do Grupo
Especial carioca, e em boa parte deles o puxador oficial do samba
foi Jamelão, considerado o maior intérprete de sambas enredos. O
verde rosa da escola de samba acabou se tornando uma
referência imediata, e a história e identidade do bairro estão hoje
indissociavelmente ligados à escola de samba .A fama trazida pela
escola ajudou a angariar recursos e a desenvolver o bairro. Hoje a
Mangueira é um conta com um complexo social, com vários
projetos destinados ao ensino de artes, cidadania e esportes (Vila
Olímpica da Mangueira). Muitos líderes mundiais já visitaram a
comunidade, e o desempenho do Príncipe Charles em seu samba
com a passista Pinah é algo que por muito tempo ficou na memória
dos cariocas.
TURISMO

Museu do samba
Aos pés do Morro da Mangueira, ele é considerado o maior
centro de referência da memória do gênero no Brasil.
A organização cultural sem fins lucrativos foi criada como
Centro Cultural Cartola, em 2001, por netos do sambista. É
um espaço de valorização do samba e da sua gente, com
mais de 45 mil itens de acervo, entre pinturas, fotografias,
indumentárias, estandartes, livros… Muitos doados pelos
próprios bambas ou pelas famílias.
Além de apreciar, qualquer um pode consultar todo esse
acervo para pesquisa. A programação conta ainda com
rodas de samba, palestras, encontros, capacitações,
oficinas, entre outras atividades que fortalecem o processo
de salvaguarda do samba enquanto Patrimônio Cultural do
Brasil.
URBANIZAÇÃO

Durante os de 2011 – 2013 o Morro Chapéu Mangueira


participaram do programa Morar Carioca Verde chamado assim
por utilizar componentes de sustentabilidade. As ações visavam
urbanização e instalação de infraestrutura no valor de R$ 63,9
milhões, abrangendo contenção, novos pontos de iluminação
pública, áreas de lazer, praças, recuperação de ruas, escadas,
becos e pavimentação da Ladeira Ary Barroso, bem como redes
de água e esgoto. Também está prevista a construção de 111
unidades habitacionais em três áreas das comunidades.

No que se refere às habitações, o projeto do escritório se efetivou


com a implantação de dois conjuntos: o HAB-2 e o HAB-3. As
obras do HAB 1, previsto para a Chapéu Mangueira, não foi
adiante; e o HAB-3 teve reduzido de quatro para dois o total de
pavimentos.
INTERVENÇÃO PÚBLICA

• Desde 10 junho de 2009, o morro passou a abrigar a 4° Unidade de


Polícia Pacificadora, o que veio a diminuir de forma histórica os índices
de criminalidade no local.
• Contudo, atualmente, o Morro volta a ser palco de tiroteios.
PRINCIPAIS PROBLEMAS

• A disputa de duas facções (TCP e CV) criminosas pela hegemonia no


fornecimento de drogas para o rentável mercado da Zona Sul está por
trás da guerra pelo controle de duas comunidades do Leme;
• A Violência Policial;
• Crescimento populacional;
• Falta de infraestrutura

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