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CESC – Centro Espírita Suave Caminho

ESDE – Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita

CELIBATO E MONOGAMIA

Rosi e Márcio
DEFINIÇÕES:

O celibato
DEFINIÇÕES:

O celibato (do latim caelibatus, estado daquele que não é casado ou que é
célibe) é, na sua definição literal, o estado de uma pessoa que se mantém
solteira , sem obrigação de manter a virgindade, podendo ter relações
sexuais.

A abstinência sexual é a prática voluntária ou involuntária de abster-se de


alguns ou todos os aspectos da atividade sexual.
CELIBATO
“698. O celibato voluntário é meritório aos olhos de Deus?
R: - Não, e os que vivem assim por egoísmo desagradam a Deus e enganam a todos.

699. O celibato não é para algumas pessoas um sacrifício com a finalidade de se devotar
mais inteiramente ao serviço da humanidade?
R: - Isso é bem diferente. Eu disse: por EGOÍSMO. Todo sacrifício pessoal é meritório
quando é para o bem; quanto maior o sacrifício, maior o mérito.

Comentário de Kardec: Deus não pode se contradizer nem achar mau o que fez. Não pode
haver mérito na violação de Sua lei. Mas se o celibato, por si mesmo, não é meritório, não
ocorre o mesmo quando é pela renúncia às alegrias da família, um sacrifício decidido em
favor da humanidade. Todo sacrifício pessoal para o bem e sem o disfarce do egoísmo eleva
o homem acima de sua condição material”. (O Livro dos Espíritos – Cap. IV - Lei de Reprodução -
Allan Kardec)
CAUSAS BÁSICAS DA ABSTINÊNCIA SEXUAL E CELIBATO
Abstinência, em matéria de sexo e celibato, na vida de relação pressupõe experiências da
criatura em duas faixas essenciais:

 Espíritos que escolhem semelhantes posições voluntariamente para burilamento ou serviço.


“Agindo assim, por amor, doando o corpo a serviço dos semelhantes e, por esse modo, amparando
os irmãos da Humanidade, através de variadas maneiras, convertem a existência, sem ligações
sexuais, em caminho de acesso à sublimação, ambientando-se em climas diferentes de
criatividade, porquanto a energia sexual neles não estancou o próprio fluxo; essa energia
simplesmente se canaliza para outros objetivos — os de natureza espiritual.” (Vida e Sexo – Francisco
C. Xavier)

 Espíritos que se veem forçados a adota-las, por força de inibições diversas.


“(...) encontramos aqueles outros, os que já renasceram no corpo físico induzidos ou obrigados à
abstinência sexual, atendendo a inibições irreversíveis ou a processos de inversão pelos quais
sanam erros do pretérito (...)”. (Vida e Sexo – Francisco C. Xavier)
CELIBATO: PRINCIPAIS CASOS E DIFICULDADES

 Celibato voluntário sem aproveitamento espiritual

“Vida monástica, por si só, não é sinônimo de evolução espiritual. Podemos


passar uma vida toda com disciplinas rígidas e não aproveitá-las para o
aprimoramento dos sentimentos”. (Sexo e Evolução - Walter Barcelos)
CELIBATO: PRINCIPAIS CASOS E DIFICULDADES

 Compreensão para com as pessoas de vida celibatária

“As criaturas com vida celibatária na Terra muito dificilmente são


compreendidas e normalmente sofrem críticas e acusações, por parte de
familiares e amigos, de possuírem indiferença, frieza, preguiça,
irresponsabilidade ou de serem afeitos à vida fácil, porque não se casaram,
fugindo das obrigações sagradas do matrimônio. São acusações que não
retratam a realidade espiritual destas criaturas, na maioria dos casos”. (Sexo e
Evolução - Walter Barcelos)
CELIBATO: PRINCIPAIS CASOS E DIFICULDADES

 Eunucos que se castraram pelo reino dos céus

“O Evangelho nos fala dos “eunucos que se castraram a si mesmos por causa do Reino
dos Céus”. Os eunucos serão, em nosso entendimento, aqueles que, com abstinência
sexual e vida celibatária, entregaram a vida a benefício da Humanidade ou de si mesmos,
em duas situações:
1º) a dos Espíritos Superiores que vêm com missão definida em atividades religiosas para
impulsionar as criaturas humanas ao progresso espiritual e que aceitaram voluntariamente,
vivendo num clima de amor, renúncia e humildade a bem dos semelhantes;
2º) a daqueles Espíritos que se encontram com necessidades expiatórias e aceitaram
involuntariamente ou seja, sem a aprovação de um desejo íntimo. Trazem ainda muitos
problemas morais por resolverem, através de um trabalho árduo e penoso de reeducação
dos sentimentos, em busca do Amor Universal.” (Sexo e Evolução - Walter Barcelos)
1º Estudo de caso – Programa de abnegação não
cumprido por um sacerdote
“Vejamos agora os belíssimos votos de abnegação sacerdotal do Espírito Pólux, quando se
encontrava na Vida Espiritual, pouco antes da reencarnação, prometendo uma vida exemplar de
sacerdócio com renúncia, ascetismo e aperfeiçoamento. Atentemos no que nos fala Emmanuel em
o livro “Renúncia”:
“— Sim, esclareceu Pólux, desfeito em lágrimas —‘ roguei a recapitulação do esforço dos
sacerdotes devotados ao labor divino. Uma vez mais, quero tentar as provas da abnegação e o
ascetismo, na exemplificação do amor ao próximo. (...) Quero viver sem lar e sem filhos carinhosos,
quero conhecer a solidão que muitas vezes já experimentaste no mundo, nos extremos sacrifícios
por mim. Minhas noites hão de ser desertas e tristes, caminharei junto dos que caem e padecem
sobre a Terra, no propósito de servir a Jesus, através da sua Seara de Amor e Perdão.”
Este maravilhoso projeto de trabalhos de amor e aperfeiçoamento não foi concretizado por Pólux,
pois na Terra ele foi o sacerdote Carlos Chenagham, no século dezoito, na época da Inquisição, e
levou sua vida de sacerdote para a intriga, o crime, a perseguição e a crueldade”.
(Sexo e Evolução - Walter Barcelos)
2º Estudo de caso – Modificação de programa de celibato
para matrimônio
Francisco C. Xavier nos conta no livro “Os Mensageiros”, a história intitulada: A queda de Otávio.
Nela é relatada uma mudança de programação reencarnatoria da vida celibatária para a de
casamento. “Otávio precisava experimentar a vida de celibato, porque o seu caso particular assim o
exigia. Como missão particular, deveria receber, com a vida de solteiro, seis crianças órfãs, seus
credores de vidas passadas, a fim de ampará-las e educá-las. Aos dezenove anos, sofrendo
problemas mediúnicos, interpretados como alucinações, vai ao médico, o qual lhe aconselha
experiências sexuais. De imediato, entrega-se aos abusos sexuais. Aos vinte anos de idade,
quando foi chamado à tutela das seis crianças, fugiu ao compromisso assumido, tomado de horror.
Em virtude de uma ação menos digna com uma jovem, foi obrigado a casar-se, precipitadamente, o
que não estava no seu programa de vida. A mulher a quem se ligara somente por apetites do
instinto sexual era criatura muito inferior aos seus recursos espirituais. Otávio não foi feliz no
casamento, pois sofreu muito com a esposa, que não se dedicava a nenhum valor espiritual. Teve
um filho de triste condição espiritual, o qual, juntamente com a sua esposa, atormentou sua vida a
tal ponto, que, sem os recursos inestimáveis da fé viva, desalentado e infeliz, veio a desencarnar
aos quarenta anos de idade, roído pela sífilis, pelo álcool e pelos desgostos. Perdeu todas as
oportunidades para o resgate, aperfeiçoamento e libertação”. (Sexo e Evolução - Walter Barcelos)
MONOGAMIA E POLIGAMIA

DEFINIÇÕES:

Monogamia  é uma forma de relacionamento em que um indivíduo tem apenas um


parceiro durante a sua vida ou durante períodos (a monogamia serial).

Poligamia do grego muitos matrimônios, é a união reprodutiva entre mais de dois


indivíduos de uma espécie.
MONOGAMIA E POLIGAMIA

“701. Qual das duas, a poligamia ou a monogamia, é mais conforme à lei da Natureza?
R: - A poligamia é uma lei humana cuja abolição marca um progresso social. O casamento,
conforme os desígnios de Deus, deve estar fundado na afeição dos seres que se unem.
Com a poligamia não há afeição real: há apenas sensualidade.
 
Comentário de Kardec: Se a poligamia estivesse de acordo com à lei natural, deveria ser
universal, o que seria materialmente impossível por causa da igualdade numérica dos
sexos. A poligamia deve ser considerada como um uso particular ou uma legislação
especial, apropriada a alguns costumes, e que o aperfeiçoamento social faz pouco a pouco
desaparecer”. (O Livro dos Espíritos – Cap. IV - Lei de Reprodução - Allan Kardec)
MONOGAMIA E POLIGAMIA

 Passagem da poligamia para monogamia


A transição ocorre nas relações afetivas e sexuais humanas de forma lenta conforme relato de
Francisco C. Xavier no Livro Evolução em dois Mundos “[...] à medida que se nos dilata o
afastamento da animalidade quase absoluta, para a integração com a Humanidade, o amor assume
dimensões mais elevadas [...]”.

“O dever íntimo do homem fica entregue ao seu livre arbítrio. O aguilhão da consciência, guardião
da probidade interior, o adverte e sustenta; mas, muitas vezes se mostra impotente diante dos
sofismas da paixão. Fielmente observado, o dever do coração eleva o homem; porém, como
determina-lo com exatidão? Onde começa ele? Onde termina? O dever principia sempre, para
cada um de vós, do ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranquilidade do vosso próximo;
acaba no limite que não desejais ninguém transponha com relação a vossa.” (O Evangelho Segundo o
Espiritismo – Cap. XVII, Item 7 - Allan Kardec)
MONOGAMIA E POLIGAMIA

 Monogamia
“[...] é o clima espontâneo do ser humano, de vez que dentro dela realiza,
naturalmente, com a alma eleita de suas aspirações a união ideal do raciocínio e do
sentimento, com a perfeita associação dos recursos ativos e passivos, na constituição
do binário de forças, capaz de criar não apenas formas físicas, para a encarnação de
outras almas na Terra, mas também as grandes obras do coração e da inteligência,
suscitando a extenção da beleza e do amor [...]” ( Francisco C. Xavier - Evolução em dois
Mundos)
CELIBATO E MONOGAMIA

“Tais considerações nos impelem a concluir que a vida sexual de cada criatura
é terreno sagrado para ela própria, e que, por isso mesmo, abstenção, ligação
afetiva, constituição de família, vida celibatária, divórcio e outras ocorrências,
no campo do amor, são problemas pertinentes à responsabilidade de cada um,
erigindo-se, por essa razão, em assuntos, não de corpo para corpo, mas de
coração para coração.” (Vida e Sexo – Francisco C. Xavier)
CESC – Centro Espírita Suave Caminho

MUITA PAZ!!!!!

REFERÊNCIA:
Francisco C. Xavier - Vida e Sexo - Pelo Espírito de Emmanuel
Francisco C. Xavier e Waldo Vieira - Evolução em dois Mundos - Pelo Espírito de André Luiz
Walter Barcelos - Sexo e Evolução
Allan Kardec - O Livro dos Espíritos – Cap. IV - Lei de Reprodução - Tradução de Guillon Ribeiro
Allan Kardec - O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. XVII, Item 7 - Tradução de Renata Barboza da Silva
Wikipédia – A enciclopédia livre

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