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ECONOMIA
Funções e organização do Estado
• Podemos definir o estado como uma sociedade
politicamente organizada, em determinado
território, que lhe é privativo e tendo como
características a soberania e a independência.
• O Exercício do poder do Estado implica a
definição de uma ordem jurídica e constitucional
que estabeleça um conjunto de competências
para o Estado. Essas competências deram origem
as funções jurídicas e não jurídicas
Funções do Estado
• Funções Jurídicas
• Função legislativa – Permite a construção de uma ordem
jurídica (conjunto de normas jurídicas constituídas pelas leis
constitucionais e leis ordinárias). As leis constitucionais são as
mais importantes, sendo as outras hierarquicamente inferiores.
• Função executiva – Consiste na concretização das leis e na
execução das resoluções tomadas pela Administração Publica.
Função exercida pelo Governo.
• Função judicial – Consiste na administração de justiça, de
acordo com a lei. Função exercida de forma independente por
parte dos tribunais
Funções Jurídicas
• Funções Politicas – Garantir a satisfação dos interesses gerais
da comunidade, uma vez que o estado intervencionista inclui
o bem estar económico e social (defesa, segurança, justiça)
• Funções Sociais – Criação de condições necessárias ao bem-
estar da comunidade, garantindo padrões mínimos de vida
aos cidadãos. (fixação do salario mínimo, atribuição de
fundos aos desempregados)
• Funções Económicas – Favorecer o desenvolvimento
económico, criando infraestruturas; apoiar a ciência e
investigação; desenvolver saúde e educação publicas;
preservar recursos naturais e o ambiente.
Organização do Estado Português
• Nas sociedades atuais, existem as leis mais importantes às
quais as normas jurídicas se têm de subordinar, são as leis
constitucionais.
• Após o 25 de Abril, foi aprovada uma lei constitucional: A
constituição da Republica Portuguesa que detém 4 órgãos de
soberania.
• - Presidente da Republica
• - Assembleia da Republica
• - Governo – órgão de condução da politica geral do país
• - Tribunais – órgão com competência para administrar a
justiça em nome do país
Estrutura do Sector Publico
• O sector publico encontra-se mais presente no nosso
quotidiano, fornecendo bens e serviços a preços inferiores aos
do mercado.
• Deparamo-nos com um vasto sector publico que inclui a
atividade administrativa do Estado e a sua atividade como
produtor.
• O estado torna-se também agente económico quando
intervém diretamente na produção de bens e serviços, através
de um sector publico produtivo, geralmente designado por
Sector Empresarial do Estado.
Funções tradicionais do estado no SPA
• - SPA
– Administração Central
– Administração Local (Autarquias Locais)
– Segurança Social
– Fundos Autónomos
Funções tradicionais do estado no SPA
- Gestão Administrativa do Aparelho do Estado (ministérios e outros
departamentos)
- Segurança do Território, propriedade e cidadãos (exercito, policia,
tribunais)
- Lançamento de infraestruturas (construção estradas, escolas, hospitais) -
Manutenção de serviços que satisfazem necessidades coletivas essenciais
(ensino gratuito, assistência saúde)
Sector Empresarial do Estado
• Tem-se verificado a sua intervenção em
sectores-chave da economia como: industria
extrativa, produção e distribuição de energia,
bancos, transportes, construção, etc.
• Esta atitude pode resultar da constituição de
empresas pelo próprio Estado, ou pode
resultar de processo de natureza jurídico-
política (caso das nacionalizações)
Nacionalizações
• Nacionalizações – Consiste na transferência da sua propriedade para o Estado,
com ou sem indemnização a atribuir aos antigos proprietários.
• Resultam dos seguintes fatores:
• - grande importância da empresa no pais – não deve ficar na mão de particulares,
que pretendem alcançar objetivos pessoais e não interesses coletivos
• - situação de previsível falência – consequência de desemprego para muitos
trabalhadores
• - não satisfação por parte da empresa, das necessidades sentidas pela população
• - má administração ou boicote aos objetivos do Estado para o desenvolvimento
do país.
• Em Portugal, a participação do Estado na atividade económica foi reduzida até
1974, criando apenas algumas empresas publicas e impondo algumas medidas de
politica económica.
A partir de 1974, o estado passou a
desempenhar um papel maior, através
- Criação de novas empresas Publicas – (em ramos chave – EDP, EPAC) - Intervenção em
algumas empresas
- Nacionalização de grandes empresas privadas de grande importância
Com estes movimentos resultou um sector publico muito vasto que permitiu ao Estado ser uma
grande parte da iniciativa de produção.
• SEE
– Empresas Publicas – Empresas cuja propriedade é do Estado e este detém mais de 50% do capital
– - Empresas Mistas – São aquelas, cuja propriedade é do Estado (que detêm menos de 50% do capital) e de
particulares
– - Empresas intervencionadas – São as que foram objeto de intervenção do Estado, através da concessão de
créditos, nomeação de gestores, viabilização económica ou da garantia de postos de trabalho.
• Privatizações
– A partir de 1989, o estado iniciou a privatização (venda de parte ou da totalidade das participações do
estado numa empresa publica) de algumas empresas.
– Este processo foi mais significativo: na banca, seguros, transportes, telecomunicações, petróleo,
alimentação, etc.
– Estas receitas ajudaram a reduzir de um modo significativo, a divida publica. Atualmente, o peso do SEE
tem vindo a diminuir, por força do processo de privatizações.
Estado Liberal
• Mesmo no período do Liberalismo politico e económico, o estado interferia na economia,
mas apenas para garantir o funcionamento do mercado. Limitava-se apenas a definir o
quadro jurídico que a atividade económica teria de respeitar – período do Estado Liberal
• Este posicionamento do Estado, perante a economia, correspondeu ao inicio do
capitalismo . O capitalismo assentava na liberdade de iniciativa e na liberdade de
concorrência.
• Estes dois tipos de liberdade conduziram à não intervenção do estado na economia que
ficava reservada às empresas privadas.
• É nos finais do séc. XIX que começam a surgir monopólios e oligopólios, que mostraram
que as regras de mercado, por si só, eram incapazes de assegurar o equilíbrio económico,
vindo a verificar-se algumas situações de desarticulação entre a oferta e a procura, com
excesso de produção de certos bens (+ lucrativos) do que outros de primeira necessidade
(+ baratos).
• Deste modo, o estado liberal conheceu graves crises económicas – nomeadamente a
grande crise de 29, que é o mais perfeito exemplo do facto de que uma economia, por si
só, dificilmente consegue regular-se.
Estado Intervencionista
• Perante a incapacidade do mercado se autorregular, o Estado foi forçado a intervir no sentido
de prevenir outras crises e minimizar os seus efeitos – Período do estado intervencionista –
em que passou a tomar medidas de natureza económica, tendo em conta os objetivos
públicos, económicos e sociais que pretende ver alcançados.
• Em consequência da crise de 29, o economista inglês John Keynes, fez um apelo para que os
poderes públicos passassem a intervir em certas áreas da economia, como as do emprego, do
rendimento, do investimento, etc., com vista a minimizar os efeitos das crises económicas
• É frequente assistir-se à Intervenção do Estado na atividade económica de diversas formas,
das quais se destacam:
• - Condução de politicas anticrise, através de instrumentos fiscais, monetários e controlo de
preços
• - Elaboração de um planeamento de características indicativas, visando o desenvolvimento
nacional e regional
• - Constituição de um SEE
• - Regulação da atividade económica
• - Fiscalização dos agentes económicos
Funções Económicas e Sociais do Estado
• O mercado por si só não é capaz de garantir a eficiência, a equidade
e a estabilidade, devido as falhas no seu funcionamento. Cabe ao
estado intervir na economia, a fim de melhorar o desenvolvimento
económico e a justiça social, promovendo:
• - Uma eficaz utilização dos recursos, reduzindo os custos de
produção (subsídios)
• - Produção de bens públicos (aeroportos, iluminação publica,
educação)
• - Justiça Social – (Repartição dos rendimentos mais equilibrada)
•
• - Diminuição da amplitude das flutuações da atividade económica
(atuando contra desemprego; aumento dos preços)
Eficiência
• Pressupõe que na produção de qualquer bem se utilizem o mínimos de recursos, aos
mais baixos custos.
• No entanto, num mercado dominado por monopólios e oligopólios, estes conseguem
impor preços mais elevados a par de uma oferta também elevada.
• Por outro lado, o conceito de eficiência de uma empresa privada pode não coincidir
com o interesse social – (colocação de bens no mercado, prejudiciais a saúde dos
consumidores, por se poupar nos recursos para se obter lucro máximo) – falha de
mercado.
• Outra falha de mercado é a existência de externalidades nocivas ou negativas, ou seja,
os efeitos perversos de uma determinada produção que não são tidos em conta pelo
mercado. (custos ambientais do naufrágio do Prestige; gases tóxicos provenientes das
centrais termoelétricas que contribuem para o efeito de estufa.)
• O mercado é também inapto no que diz respeito à produção de bens públicos. Existem
bens e serviços que têm de ser produzidos pelo Estado, pois existem famílias
consumidoras que possuem baixos rendimentos e não podem pagar tão alto.
(Privatização dos caminhos de ferro ingleses) – Desastre, descarrilamento
Equidade
• Por si só, o mercado não gera a equidade –
(promoção de uma repartição de rendimentos
mais equitativa, para que haja justiça social),
ajudando as famílias de baixos rendimentos a
satisfazerem as necessidades básicas.
• Cabe ao estado, no exercício das suas funções
sociais, repor a justiça social, corrigindo o
mercado.
Estabilidade
• A atividade económica não evolui de uma forma linear e
é acompanhada por subidas de desemprego e variações
acentuadas dos preços
• Cabe ao estado antecipar-se a esta sucessão de fases de
expansão e de recessão da atividade económica,
reduzindo as flutuações do ciclo económico para garantir
estabilidade económica.
• Podemos concluir que o mercado, pode constituir um
fator de instabilidade e desequilíbrios, implicando a
necessidade de imposição de regras para o regulamentar.
Instrumentos de Intervenção Económica e Social do
Estado (Planeamento ; Politicas Económicas e sociais)