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A INTERVENÇÃO DO ESTADO NA

ECONOMIA
Funções e organização do Estado
• Podemos definir o estado como uma sociedade
politicamente organizada, em determinado
território, que lhe é privativo e tendo como
características a soberania e a independência.
• O Exercício do poder do Estado implica a
definição de uma ordem jurídica e constitucional
que estabeleça um conjunto de competências
para o Estado. Essas competências deram origem
as funções jurídicas e não jurídicas
Funções do Estado
• Funções Jurídicas
• Função legislativa – Permite a construção de uma ordem
jurídica (conjunto de normas jurídicas constituídas pelas leis
constitucionais e leis ordinárias). As leis constitucionais são as
mais importantes, sendo as outras hierarquicamente inferiores.
• Função executiva – Consiste na concretização das leis e na
execução das resoluções tomadas pela Administração Publica.
Função exercida pelo Governo.
• Função judicial – Consiste na administração de justiça, de
acordo com a lei. Função exercida de forma independente por
parte dos tribunais
Funções Jurídicas
• Funções Politicas – Garantir a satisfação dos interesses gerais
da comunidade, uma vez que o estado intervencionista inclui
o bem estar económico e social (defesa, segurança, justiça)
• Funções Sociais – Criação de condições necessárias ao bem-
estar da comunidade, garantindo padrões mínimos de vida
aos cidadãos. (fixação do salario mínimo, atribuição de
fundos aos desempregados)
• Funções Económicas – Favorecer o desenvolvimento
económico, criando infraestruturas; apoiar a ciência e
investigação; desenvolver saúde e educação publicas;
preservar recursos naturais e o ambiente.
Organização do Estado Português
• Nas sociedades atuais, existem as leis mais importantes às
quais as normas jurídicas se têm de subordinar, são as leis
constitucionais.
• Após o 25 de Abril, foi aprovada uma lei constitucional: A
constituição da Republica Portuguesa que detém 4 órgãos de
soberania.
• - Presidente da Republica
• - Assembleia da Republica
• - Governo – órgão de condução da politica geral do país
• - Tribunais – órgão com competência para administrar a
justiça em nome do país
Estrutura do Sector Publico
• O sector publico encontra-se mais presente no nosso
quotidiano, fornecendo bens e serviços a preços inferiores aos
do mercado.
• Deparamo-nos com um vasto sector publico que inclui a
atividade administrativa do Estado e a sua atividade como
produtor.
• O estado torna-se também agente económico quando
intervém diretamente na produção de bens e serviços, através
de um sector publico produtivo, geralmente designado por
Sector Empresarial do Estado.
Funções tradicionais do estado no SPA
• - SPA
– Administração Central
– Administração Local (Autarquias Locais)
– Segurança Social
– Fundos Autónomos
Funções tradicionais do estado no SPA
- Gestão Administrativa do Aparelho do Estado (ministérios e outros
departamentos)
- Segurança do Território, propriedade e cidadãos (exercito, policia,
tribunais)
- Lançamento de infraestruturas (construção estradas, escolas, hospitais) -
Manutenção de serviços que satisfazem necessidades coletivas essenciais
(ensino gratuito, assistência saúde)
Sector Empresarial do Estado
• Tem-se verificado a sua intervenção em
sectores-chave da economia como: industria
extrativa, produção e distribuição de energia,
bancos, transportes, construção, etc.
• Esta atitude pode resultar da constituição de
empresas pelo próprio Estado, ou pode
resultar de processo de natureza jurídico-
política (caso das nacionalizações)
Nacionalizações
• Nacionalizações – Consiste na transferência da sua propriedade para o Estado,
com ou sem indemnização a atribuir aos antigos proprietários.
• Resultam dos seguintes fatores:
• - grande importância da empresa no pais – não deve ficar na mão de particulares,
que pretendem alcançar objetivos pessoais e não interesses coletivos
• - situação de previsível falência – consequência de desemprego para muitos
trabalhadores
• - não satisfação por parte da empresa, das necessidades sentidas pela população
• - má administração ou boicote aos objetivos do Estado para o desenvolvimento
do país.
• Em Portugal, a participação do Estado na atividade económica foi reduzida até
1974, criando apenas algumas empresas publicas e impondo algumas medidas de
politica económica.
A partir de 1974, o estado passou a
desempenhar um papel maior, através
- Criação de novas empresas Publicas – (em ramos chave – EDP, EPAC) - Intervenção em
algumas empresas
- Nacionalização de grandes empresas privadas de grande importância
Com estes movimentos resultou um sector publico muito vasto que permitiu ao Estado ser uma
grande parte da iniciativa de produção.
• SEE
– Empresas Publicas – Empresas cuja propriedade é do Estado e este detém mais de 50% do capital
– - Empresas Mistas – São aquelas, cuja propriedade é do Estado (que detêm menos de 50% do capital) e de
particulares
– - Empresas intervencionadas – São as que foram objeto de intervenção do Estado, através da concessão de
créditos, nomeação de gestores, viabilização económica ou da garantia de postos de trabalho.
• Privatizações
– A partir de 1989, o estado iniciou a privatização (venda de parte ou da totalidade das participações do
estado numa empresa publica) de algumas empresas.
– Este processo foi mais significativo: na banca, seguros, transportes, telecomunicações, petróleo,
alimentação, etc.
– Estas receitas ajudaram a reduzir de um modo significativo, a divida publica. Atualmente, o peso do SEE
tem vindo a diminuir, por força do processo de privatizações.
Estado Liberal
• Mesmo no período do Liberalismo politico e económico, o estado interferia na economia,
mas apenas para garantir o funcionamento do mercado. Limitava-se apenas a definir o
quadro jurídico que a atividade económica teria de respeitar – período do Estado Liberal
• Este posicionamento do Estado, perante a economia, correspondeu ao inicio do
capitalismo . O capitalismo assentava na liberdade de iniciativa e na liberdade de
concorrência.
• Estes dois tipos de liberdade conduziram à não intervenção do estado na economia que
ficava reservada às empresas privadas.
• É nos finais do séc. XIX que começam a surgir monopólios e oligopólios, que mostraram
que as regras de mercado, por si só, eram incapazes de assegurar o equilíbrio económico,
vindo a verificar-se algumas situações de desarticulação entre a oferta e a procura, com
excesso de produção de certos bens (+ lucrativos) do que outros de primeira necessidade
(+ baratos).
• Deste modo, o estado liberal conheceu graves crises económicas – nomeadamente a
grande crise de 29, que é o mais perfeito exemplo do facto de que uma economia, por si
só, dificilmente consegue regular-se.
Estado Intervencionista
• Perante a incapacidade do mercado se autorregular, o Estado foi forçado a intervir no sentido
de prevenir outras crises e minimizar os seus efeitos – Período do estado intervencionista –
em que passou a tomar medidas de natureza económica, tendo em conta os objetivos
públicos, económicos e sociais que pretende ver alcançados.
• Em consequência da crise de 29, o economista inglês John Keynes, fez um apelo para que os
poderes públicos passassem a intervir em certas áreas da economia, como as do emprego, do
rendimento, do investimento, etc., com vista a minimizar os efeitos das crises económicas
• É frequente assistir-se à Intervenção do Estado na atividade económica de diversas formas,
das quais se destacam:
• - Condução de politicas anticrise, através de instrumentos fiscais, monetários e controlo de
preços
• - Elaboração de um planeamento de características indicativas, visando o desenvolvimento
nacional e regional
• - Constituição de um SEE
• - Regulação da atividade económica
• - Fiscalização dos agentes económicos
Funções Económicas e Sociais do Estado
• O mercado por si só não é capaz de garantir a eficiência, a equidade
e a estabilidade, devido as falhas no seu funcionamento. Cabe ao
estado intervir na economia, a fim de melhorar o desenvolvimento
económico e a justiça social, promovendo:
• - Uma eficaz utilização dos recursos, reduzindo os custos de
produção (subsídios)
• - Produção de bens públicos (aeroportos, iluminação publica,
educação)
• - Justiça Social – (Repartição dos rendimentos mais equilibrada)

• - Diminuição da amplitude das flutuações da atividade económica
(atuando contra desemprego; aumento dos preços)
Eficiência
• Pressupõe que na produção de qualquer bem se utilizem o mínimos de recursos, aos
mais baixos custos.
• No entanto, num mercado dominado por monopólios e oligopólios, estes conseguem
impor preços mais elevados a par de uma oferta também elevada.
• Por outro lado, o conceito de eficiência de uma empresa privada pode não coincidir
com o interesse social – (colocação de bens no mercado, prejudiciais a saúde dos
consumidores, por se poupar nos recursos para se obter lucro máximo) – falha de
mercado.
• Outra falha de mercado é a existência de externalidades nocivas ou negativas, ou seja,
os efeitos perversos de uma determinada produção que não são tidos em conta pelo
mercado. (custos ambientais do naufrágio do Prestige; gases tóxicos provenientes das
centrais termoelétricas que contribuem para o efeito de estufa.)
• O mercado é também inapto no que diz respeito à produção de bens públicos. Existem
bens e serviços que têm de ser produzidos pelo Estado, pois existem famílias
consumidoras que possuem baixos rendimentos e não podem pagar tão alto.
(Privatização dos caminhos de ferro ingleses) – Desastre, descarrilamento
Equidade
• Por si só, o mercado não gera a equidade –
(promoção de uma repartição de rendimentos
mais equitativa, para que haja justiça social),
ajudando as famílias de baixos rendimentos a
satisfazerem as necessidades básicas.
• Cabe ao estado, no exercício das suas funções
sociais, repor a justiça social, corrigindo o
mercado.
Estabilidade
• A atividade económica não evolui de uma forma linear e
é acompanhada por subidas de desemprego e variações
acentuadas dos preços
• Cabe ao estado antecipar-se a esta sucessão de fases de
expansão e de recessão da atividade económica,
reduzindo as flutuações do ciclo económico para garantir
estabilidade económica.
• Podemos concluir que o mercado, pode constituir um
fator de instabilidade e desequilíbrios, implicando a
necessidade de imposição de regras para o regulamentar.
Instrumentos de Intervenção Económica e Social do
Estado (Planeamento ; Politicas Económicas e sociais)

• O estado intervencionista distingue-se dos


restantes agentes económicos pelo facto de
intervir na economia, a fim de corrigir as
assimetrias na repartição dos rendimentos e
de promover a estabilização da atividade
económica.
Planeamento económico
• Planeamento económico – Permite articular as diferentes
iniciativas publicas e privadas, no sentido de potenciar as
capacidades da economia e assim, maximizar a satisfação
das necessidades individuais e coletivas, com o mínimo de
dispêndio de recursos materiais, financeiros e humanos. A
atividade planificadora exige uma definição de critérios que
assegurem a sua eficácia (ramos de atividade a incentivar,
tipo de subsídios a conceder, regiões mais carenciadas, etc)
• A crescente intervenção do Estado na economia tem criado
grandes criticas por parte de alguns economistas, pois esta
representa um excessivo dirigismo por parte do Estado
Fatores que levam a adotar o planeamento:
• - Carecimento de uma previsão e de uma coordenação a nível nacional que só o plano pode
oferecer.
• - Exigência de uma organização e um estudo previsional em determinadas empresas
privadas
• - Correção dos desequilíbrios, nos complicados esquemas nacionais ou internacionais.
• O Plano surge então como instrumento importante na condução da atividade económica.
Reveste-se normalmente de dois aspetos:
• Indicativo – (para o sector privado) – não se encontra sob a alçada do Estado. Para que os
objetivos definidos no Plano sejam efetivamente atingidos, o Estado (já que não pode
obrigar compulsivamente o sector privado a aceitá-lo) lança mão de determinadas
estratégias: nomeadamente, politicas fiscais, regulamentação de preços, taxas de juro, etc)
• Imperativo – (para todo o sector publico) – Neste sector, as empresas publicas são
obrigadas a cumprir à risca os objetivos e os meios definidos pelo Plano
• O plano surge como um instrumento indispensável ao desenvolvimento articulado de toda
a economia – permite adequar os recursos existentes às necessidades da coletividade.
Orçamento do Estado
• Como sabemos, a Administração realiza despesas, no sentido de servir a coletividade,
no entanto, tem de prever e fixar o montante de despesas que irá efetuar.
• Todavia, a Administração apenas poderá efetuar aquelas despesas desde que disponha
dos recursos necessários para as concretizar – Torna-se então indispensável prever o
montante das receitas que irá arrecadar, de forma a afetar as diversas iniciativas que
pretende realizar, uma vez que as receitas serão sempre inferiores às despesas
necessárias para satisfazer todas as necessidades da coletividade.
• Surge assim um documento – orçamento de estado – que é aprovado pela Assembleia
da Republica – onde são previstas as receitas e as despesas do Estado para
determinado período de tempo, geralmente 1 ano.
• Este dá-nos a conhecer as suas fontes de receita e as realizações concretas que a
Administração se propõe conduzir.
• Uma vez que a maior parte das receitas arrecadadas são em forma de imposto, é
necessário que o orçamento obedeça a determinadas regras e exerça determinadas
funções compensatórias do esforço exigido aos cidadãos.
Funções do orçamento:
• - Adaptação das receitas as despesas – não serão previstas despesas
superiores as receitas e apenas serão arrecadadas as receitas
estritamente necessárias à efetivação das despesas previstas

• - Limitação das despesas – não poderão ser realizadas despesas não


previstas no orçamento ou por montantes superiores aos previstos
• - Exposição do plano financeiro do Estado – Mostrar as despesas
que se irão realizar e as respetivas fontes de receita. Assim os
cidadãos poderão conhecer as áreas privilegiadas pela
Administração.
• Ver word
Politicas Económicas e Sociais
• O estado intervém na esfera económica:
• - regulando, fiscalizando, e dinamizando a atividade económica
• - produzindo, através do SEE bens e serviços essenciais
• - planificando a atividade económica, consoante o modelo
politico do pais
• As varias formas de intervenção do estado, pretendem prevenir
e corrigir os desequilíbrios inerentes ao funcionamento das
economias (inflação, desemprego, défice nas balanças etc)
procedendo a uma forma mais eficaz de utilização de recursos,
que por si só resultaria dos mecanismos de mercado; regulando
a atividade económica e redistribuindo os rendimentos
As politicas económicas e sociais são ações que o
estado intervencionista desenvolve para atingir
determinados objetivos.
• Estas necessitam de medir a atividade económica para a analisar e
efetuar previsões. Para isso recorrem-se dos indicadores
macroeconómicos

• (índice de preços, índice de produção, taxa de desemprego) cujos


valores são sistematicamente analisados – indicadores de
conjuntura
• - Para atingir esses objetivos o estado promove medidas e utiliza
instrumentos macroeconómicos – estes afetam a economia na
globalidade e podem ser controlados direta ou indiretamente pelo
Estado. (IVA como instrumento macroeconómico, ao aumentar a
taxa, fara com que esta medida se repercuta em toda a economia).
As politicas económicas podem ser
classificadas de duas formas
• Politicas conjunturais – Têm como objetivo promover a
estabilização da economia, corrigindo os desequilíbrios no
curto prazo, num período inferior a um ano (politicas
orçamentais, fiscal, monetária, de preços, combate ao
desemprego)
• Politicas estruturais – Têm como objetivo uma alteração do
funcionamento e das estruturas em que se assenta a economia.
Os seus efeitos fazem-se sentir a média (1 a 5) e longo prazo (5
a + anos). (politicas de crescimento em determinados sectores
– politicas onde se prendem a qualidade de vida dos cidadãos –
politicas de educação, saúde, ambiente e segurança social).
Politica Fiscal
• A politica fiscal incide sobre os impostos, que são a principal fonte de receita do estado
• Quando o estado tem como prioridade a promoção do crescimento económico,
desenvolve uma politica fiscal mais expansionista, para dinamizar o consumo e o
investimento. Deste modo, procede a uma redução dos impostos, com consequências no
rendimento disponível das famílias e nos lucros das empresas.

• Quando o objetivo é diminuir o défice orçamental, o Estado aumenta os impostos para


arrecadar maior valor de receitas; desta forma, fará diminuir o consumo e o
investimento.
• - Consequências
• na politica + expansionista – reduz os impostos, mas pode acentuar o défice
orçamental e produzir tensões inflacionistas devido ao aumento da procura e da massa
monetária em circulação em relação à oferta.
• na politica + retraccionista – aumenta os impostos, pode reduzir o défice orçamental,
mas pode estar a comprometer o crescimento económico e o aumento do desemprego.
Politica Orçamental (estabilidade)
• Tem como finalidade corrigir os excessos do ciclo económico
• É constituído por períodos de expansão e recessão.
• Deste modo, a politica orçamental retraccionista atuará no sentido de:
• - minimizar os desequilíbrios causados por um aquecimento da
economia, em que os indicadores macroeconómicos revelam uma
expansão da actividade económica, acompanhada de tensões
inflacionistas e do aumento do défice orçamental e externo.

• Por outro lado, a politica orçamental expansionista desenvolverá


medidas com a finalidade de – inverter a fase do ciclo económico que
se verifica quando a economia se encontra em recessão. É por isso
que também se chamam de politicas de contraciclo.
Politica Monetária
(menos zona euro/BCE)até 86
• Consiste num conjunto de decisões tomadas
pelo Estado com a finalidade de controlar a
massa monetária em circulação – oferta da
moeda (retirar moeda, valoriza-a e 0reduz o
poder de compra / injetar moeda, desvaloriza-
a e aumenta o poder de compra) – e, deste
modo, a inflação e a atividade económica.
Politica Monetária
• Medidas de uma politica mais expansionista à+ moeda /+ consumo /+
investimento
• - Taxa de desconto – redução, para facilitar o recurso ao credito por parte dos
bancos comerciais.
• - Taxas de juro – redução, para facilitar a procura do crédito.
• - Open market – Compra de títulos pelo banco central aos bancos comerciais –
obrigações do tesouro – para aumentar a liquidez destes

• - Reservas bancárias – Diminuição, para promover o credito


• - Limites ao credito – Inexistência
• - Taxa de Cambio – Revalorização da moeda nacional – importações mais baratas
/ exportações mais caras no mercado internacional.
• Estas medidas promovem o crescimento económico mas podem provocar
inflação e défice externo.
Politica Monetária
• Medidas de uma politica mais restritiva à+ moeda /+ consumo /+
investimento
• - Taxa de desconto – Aumento, para dificultar o recurso ao credito por
parte dos bancos comerciais.
• - Taxas de juro – Aumento, para diminuir a procura do crédito.
• - Open market – Venda de títulos pelo banco central aos bancos
comerciais – obrigações do tesouro – para reduzir a liquidez destes
• - Reservas bancárias – Aumento, para limitar o credito
• - Limites ao credito – Imposição
• - Taxa de Cambio – Desvalorização da moeda nacional – importações mais
caras / exportações mais baratas no mercado internacional.
• Estas medidas podem provocar uma diminuição no consumo e no
investimento, com efeitos no crescimento económico e no emprego.
Política de preços
• Política de preços – tem como finalidade o controlo dos preços (e inflação) podendo o estado tomar as
seguintes medidas:
• - fixação dos preços dos bens essenciais – pão, leite, eletricidade, azeite – que são subsidiados pelo estado
• - controlo administrativo dos preços para que não sofram distorções por partes das empresas –
principalmente nos mercados de monopólios e oligopólios
• - controlo dos bens e serviços produzidos pelo SEE
• A politica tem vindo a deixar de ser regulada pelos estados, (exceto em bens n sujeitos as leis de mercado –
t.públicos, luz, telecomunicações). Desde a década de 80 que em Portugal e outros países, o SEE reduz-se
com privatizações e diminui assim o controlo dos preços por parte do mercado.
• Em Portugal no período do estado novo – preços eram tabelados ou aprovados administrativamente. Estado
tinha papel intervencionista. Os baixos salários e os produtos alimentares baratos possibilitavam o controlo
da inflação.
• Logo apos ao 25 de abril – um acentuado controlo dos preços dos bens essenciais.
• No final da década de 70 e na de 80 Portugal promoveu politicas de estabilização para reduzir défice externo
e a inflação.
• Isto levou a implementação de politicas reacionistas e ao fim do controlo dos preços, que passaram a ser
livres, cabendo apenas ao estado regular os preços das empresas publicas que não tivessem sujeitas a
concorrência (mono-oligo polios)
Politica de combate ao desemprego
• Politica de combate ao desemprego – tem como objetivo baixar a
taxa de desemprego através de um conjunto de medidas no
âmbito do mercado de trabalho
• Essas medidas situam-se quer do lado da oferta quer do da
procura de trabalho

• Ações do lado da procura de trabalho – abaixamento dos


salários e dos encargos sociais suportados pela entidade
patronal, através de subsídios as empresas que empreguem
mão de obra e através da flexibilização do mercado de trabalho
(facilidade de despedimentos, trabalho a tempo parcial e
temporário, p.e.)
Politica de combate ao desemprego
• Ações do lado da oferta do trabalho
• – diminuição da idade da reforma, para antecipar a retirada dos velhos do
mercado de trabalho, e alongamento da formação dos jovens, para retardar
a sua entrada no mercado. Assim diminui-se os trabalhadores em atividade
• - desenvolvimento da educação, qualificação profissional e formação
permanente ao longo da vida ativa para o trabalhador se manter
atualizado no mercado competitivo

• Politica de partilha de trabalho


• - redução do horário de trabalho, implementando as 35 horas semanais
• - acordos empresariais para salvaguardar os postos de trabalho, com a --
-redução do horário semanal, que será compensado pelo trabalhador, mais
tarde.
Politica de redistribuição dos rendimentos
(fiscais/orçamentais)
• Atua sobre os rendimentos primários (que surgem diretamente do
mercado e património) e tem como prioridade reduzir as
assimetrias socias para reforçar a coesão social.
• Esta politica usa os instrumentos da politica orçamental e fiscal –
impostos e prestação de serviços (educação, saúde, transf sociais)
p/ seguintes medidas:
• - impor impostos diretos progressivos – famílias e empresas com
mais rendimentos pagam parcela maior ao estado
• - aumento das transferências sociais – pensões de reforma,
subsídios – para as famílias mais desfavorecidas
• - prestação de serviços – educação, saúde, transportes públicos,
habitação social
Politicas estruturais
• Politicas estruturais - Desde a 2 guerra mundial que
os governos ocidentais desenvolvem politicas
estruturais para melhorar o funcionamento da
economia e limitar os efeitos dos mecanismos do
mercado através de:
• - politicas sectoriais / politicas de regulamentação
do mercado de trabalho e relações laborais /
politicas de reforma dos sistemas fiscais e da
segurança social / politicas que definem regras de
concorrência, etc
Politicas sectoriais – agrícola
• Politica agrícola – tem por finalidade, a modificação
das estruturas produtivas e a melhoria dos resultados,
quer a nível global, quer a nível dos vários subsectores.
• Tem como prioridades a modernização da agricultura,
usando tecnologias menos poluidoras, o crescimento
da produção, da produtividade e do nível de vida dos
agricultores, garantindo aos consumidores preços
justos e bens que não prejudiquem a saúde.
• Portugal e UE sujeitos a PAC
Politicas sectoriais – industrial

• Politica Industrial – visa melhorar os resultados deste sector e promover a sua


modernização.
• A existência de um SEE permitiu aos governos dos países da OCDE, agir
diretamente sobre as empresas publicas. No entanto, tem vindo a diminuir
devido as privatizações, mas mesmo assim, o estado tem vindo a:
• - agir sobre alguns subsectores (siderúrgico e construção naval)
• - incentivar as industrias de ponta (eletrónica, robótica e biotecnologias)
• - agir sobre o investimento privado – concedendo subsídios e isentando
impostos
• - promover a I&D
• - efetuar parcerias com o sector privado para realização de projetos
• No entanto, a influencia da ideologia neoliberal – minimiza o papel do estado
na economia – tem vindo a enfraquecer a importância da politica industrial.
Politica do ambiente
• A poluição provocada pela agricultura intensiva, centrais térmicas,
aglomerações urbanas, etc., fazem perigar a vida no planeta.
• O crescimento económico tem sido feito a custa do ambiente, originando
problemas ecológicos: efeito de estufa, chuvas acidas, contaminação do
planeta etc.

• Desde 92 que a ONU tem vindo a alertar para as consequências nefastas do
ef de estufa – mudança de clima / destruição do ambiente.
• A UE tem vindo a impor um conjunto de medidas aos Estados Membros no
sentido de reduzirem a emissão de gases e contaminação do planeta
• Estas preocupações levaram a que exigências no domínio do ambiente se
integrassem noutras politicas comunitárias como: a PAC, a industrial e
energética e através da fixação de normas e da adoção de medidas que
integram as necessidades da área ambiental.
Politica de proteção social
• Politica de proteção social – tem como objetivo promover a
integração social e a coesão social, associando-se à politica de
redistribuição dos rendimentos e de assistência e segurança
social, pois integra medidas destas politicas.
• O que resulta cada vez mais nos objetivos da coesão social
exigem medidas direccionadas para situações especificas –
famílias numerosas, mães solteiras, famílias monoparentais,
discriminação étnica, toxicodependência etc
• Politica de redistribuição. dos rendimentos + politica seg social
à proteção social = instrumento de solidariedade + integração
e coesão social
Politica de proteção social
• Baseia-se em 2 princípios:
• Principio da segurança social – condiciona a proteção social às
quotizações previas que o trabalhador descontou ao longo da sua vida
ativa. Neste caso, os trabalhadores que sofrerem uma mudança de
situação terão direito a receber subsídios: doença, desemprego,
pensão de reforma, invalidez, terceira idade, etc

• Principio da assistência social – não se encontra condicionada a


nenhum laço contratual prévio. Assegura a protecção social as pessoas
que não têm apoios e que vivem em situações de indignidade e
pobreza. É um dos grandes instrumentos de combate a exclusão social
e incentiva as pessoas a uma futura integração social. Exemplo:
rendimento mínimo garantido – contribui para coesão social
As politicas económicas e sociais do Estado
português
• Politica de emprego – a taxa de desemprego, em Portugal, tem vindo a
crescer desde 2001
• A Empregabilidade – Os estados-membros deverão implementar
estratégias p/ a aprendizagem ao longo da vida, nomeadamente através da
melhoria da qualidade e eficiência dos sistemas de educação e formação,
de modo a dotar todas as pessoas das competências que se exigem de uma
força de trabalho moderna numa sociedade assente no conhecimento e
permitir a sua progressão na carreira e a reduzir as disparidades e
estrangulamentos de competências no mercado de trabalho.
• - as fragilidades portuguesas afetam o nível de qualidade do trabalho e a
produtividade
• - existem desigualdades no mercado de trabalho entre homens e mulheres
• - prestações sociais abaixo do nível da UE
As politicas económicas e sociais do Estado
português
• Exclusão social em Portugal, 4 causas:
• - sinais de uma pobreza tradicional associada ao mundo rural
• - famílias de baixos recursos, ligados aos membros ativos com muito
baixos níveis de qualificação profissional
• - concentração urbana e suburbana com recentres movimentos
migratórios que geram ( famílias monoparentais, crianças sem
enquadramento familiar e drogados)
• - insuficiência marcada pelo modelo de proteção social desenvolvido.
• Economia portuguesa – esta numa fase de recessão. Taxa de
crescimento do PIB com valores negativos.
• O Estado, sem a politica monetária que e controlada pelo BCE, tem de
usar os instrumentos da politica orçamental e fiscal.
Constrangimentos as politicas económicas e sociais

• Portugal, sendo membro da UE desde 86 esta sujeito a


constrangimentos no âmbito das suas politicas económicas e
sociais.
• Embora tenhamos as politicas orçamental, fiscal e redistribuição
dos rendimentos ao nosso dispor, são também sujeitas aos
constrangimentos do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC):
• Por exemplo: os efeitos negativos do aumento do desemprego
poderiam ser amortecidos pelo reforço do subsidio de
desemprego ou pelo aumento das obras publicas, dada a
exigência de evitar défices orçamentais excessivos, tais medidas
são difíceis de se implementar.
Exemplo 1-Reduzir a inflação
• OPÇÃO 1- Politica fiscal restritiva--»aumento
dos impostos--»diminuição da massa
monetária em circulação--»menos
procura/menos produção--»diminuição dos
preços
• OPÇÃO 2- Política orçamental restritiva--»
aumento dos impostos--»aumento da receita
pública
Exemplo 2- Atingir a maior equidade
• OPÇÃO 1-Política fiscal expansionista--»
diminuição dos impostos aos escalões mais
desfavorecidos--» maior rendimento disponivel
dos menores escalões
• OPÇÃO 2-Política orçamental expansionista--»
aumento da despesa pública
• OPÇÃO 3- aumentar os impostos dos 5º e 6º
escalões--» maior receita publica--» política de
redistribuição dos rendimentos--» equidade
Exemplo 3- TROIKA-Défice orçamental

• Política orçamental restritiva--» esfriar a


ecónomia --» menos despesas/+receitas
Exemplo 4- combate ao desemprego
• OPÇÃO 1-política fiscal expansionista, ajudando
também as PME; em contraciclo, uma política
orçamental expansionista; uma política de combate
ao desemprego, com acordos com empresas
privadas, havendo por base incentivos à qualificação
profissional; uma política de redistribuição de
rendimentos, ligada às despesas públicas correntes.
• OPÇÃO 2- políticas de combate ao desemprego --»
menos salários --» maior nº de trabalhadores

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