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ESCLEROSE Luis Fernando Miranda

MÚLTIPLA Pozzobom
ESCLEROSE
MÚLTIPLA
•Doença desmielinizante, autoimune, crônica do sistema
nervoso central
•Complexa e heterogênea
•Surtos característicos e acúmulo de complicações
EPIDEMOLOGIA
No mundo → 2,5 milhões de pessoas 
No Brasil → 30-40 mil casos
 Grande distribuição na região sul
 Santa Maria (RS): cidade brasileira com maior incidência de
EM

Mais comum em jovens adultos (na casa dos 20


anos)
Predomínio em mulheres 
Prevalência em populações caucasianas, do norte
da Europa, EUA e Canadá
CAUSAS E FATORES
DE RISCO
Prediposição genética → genes relacionados ao
sistema imunológico
Fatores ambientais têm papel de "gatilho":
 Baixa exposição solar → menores níveis de vitamina D
 Infecções virais
 Tabagismo
 Obesidade
FISIOPATOLOGIA 
Doença imunomediada
Linfócitos T interpretam proteínas básicas da mielina como
autoantígenos
 Lesões (escleroses) na substância branca → processos
inflamatórios, com produção de citocinas e anticorpos;
ativação de micróglia

Inflamação → transposição da barreira hematoencefálica por


linfócitos T reativos 
Perda da mielina → diminuição da velocidade transmissão do
impulso nervoso
CORTE
HISTOLÓGICO
(HE)
Parte normal à direita
Parte lesada à esquerda
 Tecido mais pálido
 Infiltrado inflamatório perivascular →
coroas de linfócitos 
CORTE
HISTOLÓGICO
(LFB-NISSL)
Parte normal à direita
Parte lesada à esquerda
SURTOS
Expressão clínica de lesões desmielinizantes no SNC
Duração mínima de 24 horas, sem febre ou infecções
Origem em um novo sintoma neurológico ou avanço de uma complicação anterior
→ EM como doença progressiva
Possível recuperação total ou parcial
Desmielinização é continua – surtos: maior intensidade 
SINAIS E
SINTOMAS 
Quadro clínico variado
Sintomas mais comuns:
 Fadiga
 Parestesia
 Espasmos musculares
 Ataxia
 Incontinências
 Neurite óptica
 Degradação cognitiva
 Alterações de humor
FORMAS
CLÍNICAS
DA EM
EM Remitente Recorrente (EMRR)
 85% dos casos; primeiros anos da doença
 Ocorrência súbita de surtos e posterior recuperação
sem sequelas

EM Secundária Progressiva (EMSP)


 Segunda forma da doença
 Não há mais recuperação plena
 Acúmulo de sequelas

EM Primária Progessiva (EMPP)


 10% dos casos
 Evolução sem surtos, mas com acúmulo de sintomas

EM Progressiva com surtos (EMPS)


 5% dos casos
 Progressão paralela da desmielinização e desgaste
mais precoce dos axônios. 
DIAGNÓSTI
CO
Ressonância Magnética de crânio
e coluna (encenfalo e medula)
 Lesões presentes em pelo menos
dois locais, de quatro regiões
específicas do
SNC: periventriculares,
medulares, infratentoriais e
justacorticais
DIAGNÓSTIC
O
Exame de coleta de líquor
 presença de Bandas Oligoclonais (BOC)
no líquor → indica parte do processo
imunológico envolvido na Esclerose
Múltipla.
DIAGNÓSTICO
Métodos complementares - neurofisiologia:
 Potencial evocado visual
 Potencial evocado somatossensitivo de
MMSS e MMII
 Potencial evocado auditivo do tronco
cerebral
TRATAMENTO

Tratamento → atenuar
os sintomas e
Não há cura
desacelerar a
progressão da doença 
TRATAMENTO

Fingolimode:
 evita a saída dos linfócitos dos linfonodos

Ocrelizumabe:
 depleção de linfócitos B

Alentuzumabe:
 depleção de linfócitos T e B

Cladribina:
 depleção imune de linfócitos B e T

Natalizumabe:
 impossibilita a entrada dos linfócitos dentro
do SNC
Esclerose Múltipla (EM) - Einstein
O que é Esclerose Múltipla (EM) - ABEM

REFERÊN Neupatimagem-UNICAMP 
Compston A, Coles A. Multiple sclerosis. Lancet.
CIAS 2002 Apr 6;359(9313):1221-31. doi: 10.1016/S0140-
6736(02)08220-X. Erratum in: Lancet 2002 Aug
24;360(9333):648. PMID: 11955556.
FIM Obrigado!

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