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INTERNATO / PEDIATRIA
ENDOCARDITE
INFECCIOSA
Orientadora : Dra Sueli Falcão
Internos: Cristiana, Elaine, Gláucia, Paula e Rafael
CONCEITO
É incomum em crianças.
Na faixa pediátrica o principal fator
predisponente é a cardiopatia reumática.
A média de idade é de 50 anos.
A doença é mais comum em homens que em
mulheres.
A maioria dos pacientes têm lesão valvular
subjacente.
EPIDEMIOLOGIA
EI EM PRÓTESES VALVULARES
Estreptococos
Presentes na cavidade oral,orofaringe e
pele.
Causam de 40 a 70% dos casos.
A maioria é do grupo viridans.
Têm baixa virulência.
Causam EI subaguda.
Geralmente infectam defeitos congênitos e
válvulas previamente lesadas.
ETIOLOGIA
EI EM VÁLVULAS NATURAIS
Enterococos
Habitantes naturais da uretra anterior, trato
digestivo e da orofaringe.
Acomete principalmente homens idosos e
mulheres jovens.
50% dos pacientes não possui lesão
valvular predisponente.
ETIOLOGIA
EI EM VÁLVULAS NATURAIS
Estafilococos
30% dos casos de EI são causados por
estafilococos, com predomínio de S.aureus sobre
S.epidermidis.
Acomete principalmente usuários de drogas
injetáveis e pacientes com cateteres de acesso
venoso prolongado.
S. aureus pode afetar válvulas normais, causar
doença aguda e localmente destrutiva.
S.epidermidis é menos virulento, afeta válvulas
anormais e causa doença subaguda.
ETIOLOGIA
EI EM VÁLVULAS NATURAIS
Bactérias do grupo HACEK
Lesões de
Janeway : eritematosas ou hemorrágicas
indolores nas regiões palmares e plantares.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Hemorragias subungueais
(de Splinter): lesões lineares
sob as unhas.
Diagnóstico Definitivo.
Diagnóstico Provável.
Diagnóstico Improvável ou Rejeitado.
DIAGNÓSTICO
Critérios Maiores:
Hemoculturas positivas:
- Organismo típico causador de EI: Streptococcus
viridans, S. bovis, bactérias do grupo HACEK ou
Staphylococcus aureus ou enterococos.
- Bacteremia persistente: 2 culturas + separadas
por intervalo 12h ou 3 culturas + separadas por
1h ou 70% culturas + (mais de 4 culturas).
ECOCARDIOGRAFIA
Detecção de vegetações valvares, disfunção
valvar, rendimento de VE.
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Depende dos sintomas apresentados, da duração
desses sintomas e do ritmo da doença.
Administração de antibióticos
previamente ou juntamente a
procedimentos que encerram
risco de bacteremia em pacientes
com risco para endocardite.
PROFILAXIA
Os benefícios da profilaxia ainda não são bem
estabelecidos em evidência científica e podem,
de fato, ser modestos:
Apenas 50% dos pacientes com endocardite
de valva nativa sabiam que tinham lesão
valvar.
Maioria dos casos de endocardite não
acontece após procedimento (bacteremia
espontânea) .
35% dos casos são ocasionados por
microorganismos não atingidos na profilaxia.
PROFILAXIA
Recomendações de profilaxia
Indicações
Pacientes de risco.
Procedimentos de risco.
Antibioticoterapia
Variam de país para país
American Heart Association.
Consenso Europeu.
Condições que requerem profilaxia
Consenso Europeu American Heart Association
Alto risco: Alto risco:
Válvulas protéticas Válvulas protéticas
Cardiopatia congênita cianótica Cardiopatias congênitas cianóticas
complexas
Endocardite bacteriana prévia
Shunts cirúrgicos (sist.-pulmonar)
Outras de risco: Risco moderado:
Doença valvar (regurgitação Prolapso mitral c/ regurgitação
aórtica ou mitral, estenose aórtica, e/ou espessamento
prolapso mitral c/ regurgitação, Maioria de outras malformações
válvula aórtica bicúspide) congênitas não citadas
Cardiopatia congênita acianótica Disfunções valvares adquiridas
Miocardiopatia hipertrófica Miocardiopatia hipertrófica
obstrutiva
Profilaxia não recomendada
Consenso Europeu American Heart Association
CIA Malformações isoladas do septo atrial
Prolapso mitral s/ regurgitação Correções cirúrgicas de defeitos nos
Bypass em artérias coronárias septos atrial ou ventricular ou de PCA
Marcapassos Prolapso mitral s/ regurgitação
Desfibriladores implantáveis Bypass em artérias coronárias
Shunts (esq-dir) corrigidos Murmúrios cardíacos fisiológicos ,
funcionais ou inocentes
Doença de Kawasaki prévia sem
disfunção valvar
Febre reumática prévia sem disfunção
valvar
Implantes de marcapasso ou
desfibrilador
Profilaxia
Procedimentos de Risco
DENTÁRIO.
Consenso
Europeu
GENITAL.
Risco controverso: Histerectomia via vaginal e parto normal
American Heart Association
Não especifica
Regimes Profiláticos
A profilaxia é mais efetiva quando:
Dada no período peri – procedimento.
Geral:
Amoxicilina Adulto: 2.0g VO 1 hora antes do
Criança: 50mg/kg VO procedimento
Via oral não possível:
Ampicilina Adulto: 2,0g IM ou EV 30 min antes do
Criança: 50mg/kg IM ou EV procedimento
Regimes Profiláticos
Regime Profilático para Procedimentos dentários, orais, do
trato respiratório e esofageanos (AHA).
Alérgicos à penicilina:
Clindamicina Adulto: 600mg VO
OU Criança: 20mg/kg VO
Cefalexina ou Adulto: 2.0g VO
Cefadroxil 1 hora antes do
Criança: 50mg/kg VO
procedimento
OU
Azitromicina ou Adulto: 500mg VO
Claritromicina Criança: 15mg/kg VO
Alérgicos à penicilina com via oral não possível:
Clindamicina Adulto: 600mg EV
OU Criança: 20mg/kg EV 30 min antes do
Cefazolina Adulto: 1,0g IM ou EV procedimento
Criança: 25mg/kg IM ou EV
Regimes Profiláticos
Antibioticoprofilaxia para Endocardite – Consenso Europeu
1 h antes do procedimento 6 h após
Regime mínimo
S/ alergia à penicilina Amoxicilina 3 g VO (adulto) Não
Alergia à penicilina Clindamicina 300-600 mg VO (adulto) não
Modificações flexíveis do regime mínimo ao máximo
Doses adicionais após o procedimento
Adição de aminoglicosídeo
Administração parenteral
Regime máximo
S/ alergia à penicilina Amoxicilina(ampicilina) 2,0 g EV (adulto) 1 – 1,5g
+ Gentamicina 1,5 mg/kg IM ou EV VO
Alergia à penicilina Vancomicina 1 g >1h EV infusão (adulto) + 1 g >1h
Gentamicina 1,5 mg/kg IM ou EV EV
infusão
Regimes Profiláticos
Antibioticoprofilaxia para Endocardite – Consenso Europeu
EI de valva nativa
Regurgitação aórtica ou mitral relacionadas a IC
classe funcional III ou IV.
Regurgitação aórtica aguda com taquicardia e
fechamento precoce de valva mitral.
Endocardite fúngica.
Evidências de abscesso anular ou aórtico, ou
aneurisma/pseudo-aneurisma do seio Valsalva ou
aórtico.
Evidências de disfunção valvar e bacteremia
persistente por mais de 10 dias.
TRATAMENTO
Indicações Cirúrgicas
EI de valva protética
EI de valva protética precoce com menos de 2 meses
de troca valvar.
Disfunção da prótese valvar com IC.
Endocardite fúngica.
Endocardite estafilocócica não responsiva ao tto .
Endocardite por Gram negativos.
Evidências de leak paravalvar, ou abscesso anular ou
aórtico, ou aneurisma/pseudo-aneurisma do seio
Valsalva ou aórtico, ou formação de fístulas intra-
cardíacas, ou distúrbio novo de condução
intraventricular.
PROGNÓSTICO